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Coluna Mulher : Tire suas dúvidas sobre o cabelo ruivo e saiba se essa cor é para você
Enviado por alexandre em 22/03/2023 00:52:10

Tire suas dúvidas sobre o cabelo ruivo e saiba se essa cor é para você

Foto: Reprodução

Pintar o cabelo pode ser uma tarefa complicada, principalmente se você fica em dúvida sobre qual coloração ou nuance usar. A aposta de muitas mulheres é o ruivo, que varia entre vermelho vibrante e um laranjinha mais natural. Como selecionar o tom que vai exaltar sua beleza? Para ajudar nessa decisão, a influenciadora Ju Romano (@ju_romano) e a técnica da Embelleze Ana Regina tiraram algumas dúvidas sobre essa mudança de visual.


Primeiro, não existe tom de pele correto para ter cabelo ruivo. É o que afirma Ju Romano. “Cabelo é pra gente despertar nossa personalidade, transbordar pela cabeça como a gente se sente, e isso não precisa ter ‘harmonia’. Essa ideia de harmonizar tudo só faz com que cada vez mais todo mundo fique igual e todas nossas diferenças, que deveriam fazer a gente se destacar, acabam sendo apagadas”, explica.


Para escolher a tonalidade que queria, Ju mirou na atriz Marina Ruy Barbosa. “No caso específico do meu ruivo, eu escolhi a tinta Maxton 8.43 Ruiva Mais Provocante, da Embelleze, porque eu queria um ruivo mais próximo do tom natural, uma coisa meio Marina Ruy Barbosa, e que desbotasse para uma cor bonita também, assim eu não precisaria ficar frenética nos retoques”, continua.

 

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Ela avisa que essa cor de cabelo é uma das que mais desbota e, por isso, antes de optar pela coloração, saiba que os retoques de cor serão frequentes, ou seja, a cor do comprimento deve ser retocada a cada quinze dias, e a raiz, uma vez por mês.

 

“Uma coisa é fato: o ruivo desbota muito, então é uma cor que precisa de manutenção e cuidados frequentes. Para quem já está acostumada a cuidar dos fios, não faz tanta diferença. Agora pra quem não faz nada no cabelo e de repente quer ficar ruiva é sempre bom avisar que qualquer cabelo com tinta precisa de atenção.”Já Ana Regina, técnica da Embelleze, dá dicas de qual numeração utilizar para um resultado mais natural, ou seja, mais puxado para o cobre do que para o vermelho. “Nesse caso os ruivos indicados são: Maxton Ruiva + Atrevida 7.4 e Maxton Ruiva + Provocante 8.43.”


O importante também é realizar o teste de mecha, para ter certeza que a coloração vai atingir o resultado mais próximo como o da caixinha. “Os cabelos devem estar saudáveis e tratados, em uma altura de tom a partir de 8.0 e com a cor uniforme”, conta. Também é importante ressaltar que, caso seu cabelo esteja com alguma coloração mais escura do que o ruivo, o melhor é ir a um profissional, já que o pigmento artificial só é removido com descoloração.

 

COMO PINTAR O CABELO EM CASA


Decidido o número da tinta que você irá usar, vem a parte que deixa mais pessoas com medo de fazer o procedimento em casa: pintar o cabelo sozinha. Ju explica como ela faz, e as dicas que ela dá podem ser bastante úteis para você. Confira o passo a passo da Ju:


Divido o cabelo em 4 partes e geralmente começo aplicando a tinta por um dos quadrantes da parte de trás da cabeça, porque o braço cansa bastante ao ficar muito tempo levantado e, como a parte da nuca é a mais difícil para mim, prefiro estar 100% disposta quando faço.
Depois de aplicar em todas as mechas – quanto mais finas as mechas que você separar, melhor o resultado, inclusive -, eu aguardo o tempo de espera indicado na caixinha (30 minutos no meu caso).


Sempre que espero a tinta agir eu deixo o cabelo solto, para ela reagir com o oxigênio da forma mais homogênea possível.


Ao entrar no banho, para retirar a tinta eu uso um creme de tratamento ultraprofundo. A química abre as escamas dos fios, então esse é um momento ótimo para aproveitar e já adicionar alguns nutrientes ao cabelo.


Para finalizar a lavagem, só no dia do retoque eu uso uma técnica chamada co-wash, que consiste em lavar o cabelo apenas com o tratamento condicionante. Isso faz com que o cabelo desbote mais lentamente.


E, para finalizar, a influenciadora também contou seus segredinhos para fazer a cor desbotar o menos possível até o próximo retoque de tinta:

 

Lavo o cabelo com shampoo hidratante e aplico SEMPRE o tratamento condicionante ao final da lavagem.


Sigo um cronograma capilar alternando os cremes de hidratação, nutrição e reconstrução. Com ênfase na fase de reconstrução, que é superimportante para quem tem química nos fios.


Aplico um creme para pentear depois do banho e antes de pentear os fios, para diminuir o atrito e deixar meu cabelo mais forte e mais protegido.


Passo um leave-in com proteção térmica antes de submeter o cabelo a qualquer fonte de calor, como secador e modeladores.


Passo um protetor solar capilar e/ou um leave-in que crie uma película em volta do fio antes de ir à praia ou à piscina.

 


Faço banho de brilho ou uso a máscara tonalizante sempre que possível (mais ou menos 1 vez por mês), para reavivar os reflexos vermelhos do cabelo e pra fazer um tratamento mais profundo.

 

Fonte: Revista IstoÉ

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Coluna Mulher : Endometriose afeta 1 em cada 10 mulheres, mas diagnósticos são tardios
Enviado por alexandre em 21/03/2023 00:42:35


Março é o mês da conscientização sobre a endometriose, criado em 1993 pela Associação de Endometriose para chamar a atenção para essa condição inflamatória.

 

A endometriose é o quadro em que um tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora do útero. Os sintomas podem incluir dores, sangramento irregular ou intenso, problemas digestivos, incômodo durante o sexo e dificuldade para engravidar.

 

Os órgãos mais comumente afetados são os ovários, as trompas de falópio e o tecido que reveste a pelve, mas a endometriose pode se estender para outras partes do corpo.

 

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Os sintomas podem incluir dores, sangramento irregular ou intenso, problemas digestivos, incômodo durante o sexo e dificuldade para engravidar. Os órgãos mais comumente afetados são os ovários, as trompas de falópio e o tecido que reveste a pelve, mas a endometriose pode se estender para outras partes do corpo.


Estima-se que essa condição afete 10% das mulheres que menstruam em todo o mundo, mas especialistas da área da saúde dizem que o número real pode ser muito maior, porque os diagnósticos são tardios. A média é de dez anos, de acordo com a médica Lora Liu, especialista em cirurgia pouco invasiva de endometriose.

 

 “Muitas mulheres pensam que seus sintomas são ‘normais’ ou que estão sendo diagnosticadas de forma equivocada com outras condições, como síndrome do intestino irritável, síndrome do supercrescimento bacteriano no intestino delgado, cistite intersticial e disfunção do assoalho pélvico”, diz ela.

 

Outra barreira, explica a médica, é que um diagnóstico oficial de endometriose requer uma biópsia feita sob cirurgia para que os patologistas possam examinar o tecido no microscópio. O processo remove a excisão do tecido da endometriose para proporcionar alívio à paciente.

 

“Na maioria das vezes, os exames de imagem são negativos porque os implantes endometrióticos podem ser tão pequenos que não aparecem. Quando as mulheres procuram um médico com dores excruciantes e debilitantes e o exame é negativo, elas são informadas de que estão bem e levadas a acreditar que tudo está na cabeça delas”.


Mais uma dificuldade em diagnosticar e tratar a endometriose é o “gaslighting médico”, que ocorre quando as preocupações com a saúde de uma pessoa são descartadas por um profissional.

 

“O gaslighting médico é muito comum na saúde das mulheres por conta dos persistentes preconceitos de gênero que existem em nosso modelo de saúde. As preocupações geralmente não são levadas tão a sério quanto as dos homens, e muitos profissionais continuam a acreditar que as mulheres são mais propensas ao exagero ou à histeria.

 

Infelizmente, quando eles descartam ou minimizam os sintomas ou preocupações de uma paciente, isso geralmente leva a diagnósticos atrasados ??ou incorretos”, afirma Nicole Jardim, coach de saúde feminina e autora de “Fix Your Period” (ou Conserte Sua Menstruação, em tradução livre.

 

Ela também aponta para a falta de compreensão e pesquisa sobre os problemas de saúde, anatomia e fisiologia da mulher, levando a uma lacuna significativa de conhecimento. Além disso, Jardim destaca o papel do estigma cultural em torno da menstruação em diversos países do mundo.

 

Chelsea Leyland já passou por isso. Ela é fundadora da Looni, uma empresa de suplementos que ajudam as mulheres com o desconforto e as dores dos ciclos menstruais, além de DJ e ativista da endometriose e da cannabis medicinal.

 

Pouco depois de começar a menstruar, ela conta, “meus ciclos ficaram incontroláveis. Eu vivia com medo do próximo ciclo porque a dor era tão forte que eu desmaiava e vomitava.”

 

Isso a levou a ter ataques de pânico, enquanto ela lutava para respirar e suas mãos ficavam travadas. “Também sou epilética, então quando minhas mãos travavam, eu pensava que ia ter uma convulsão. Isso estava afetando minha vida e saúde mental, além da minha produtividade.”

 

“Meu instinto era de que algo estava errado, mas toda vez que eu falava com meu clínico-geral sobre isso, era dispensada e recebia o mesmo tipo de resposta, que isso fazia parte de menstruar”.

 

Dez anos depois, sua ginecologista mencionou a endometriose. A cirurgia e a biópsia revelaram que Leyland tinha, de fato, esse quadro. “Eu tive algum alívio por cerca de seis meses, e então voltou com força total”, lembra. Isso a levou a explorar opções de tratamento e a inspirou a ajudar outras pessoas.


Encontrando apoio para tratar a endometriose


Para aquelas que suspeitam que podem ter endometriose, Jardim incentiva a fazer um registro detalhado dos sintomas, incluindo a gravidade e quando eles ocorrem no ciclo, para compartilhar com seu médico.

 

“Faça sua própria pesquisa e chegue à consultas com bastante conhecimento”, diz Leyland. Se você tiver dificuldade para falar, ela acrescenta: “Se defenda ou leve alguém para as consultas que possa falar por você”.

 

Além de encontrar um bom profissional, Liu recomenda, se necessário, procurar alguém especializado em endometriose. “As mulheres precisam encontrar um médico que acredite nelas, leve a situação sério e não apenas jogue pílulas anticoncepcionais.”

 

É importante encontrar uma comunidade em que você se sinta apoiada. Depois de perder uma gravidez ectópica, ela criou um grupo de apoio no Whatsapp, que se tornou o que hoje é o grupo Looni Cycle Sanity em Genebra, na Suíça. Lá, existem espaços dedicados à fertilidade, sala de condições crônicas, TPM e menstruação, sala de perguntas urgentes e muito mais para ensinar as mulheres e oferecer apoio.

 

Segundo a Dra. Liu, as mulheres são as maiores especialistas em seus corpos e precisam falar por si mesmas. “Ciclos menstruais dolorosos não são normais. Ter que faltar à escola e ao trabalho por causa de dores não é normal. Ter que planejar sua vida em torno disso não é normal. Ter que ir ao pronto-socorro por causa da dor da menstruação não é normal. Sexo doloroso não é normal.” 

 

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Se algo não parecer certo, fale e não tenha medo de continuar falando até que alguém realmente ouça.

 

Fonte: Forbes
 

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Coluna Mulher : Skin-icing: saiba tudo sobre a técnica badalada de cuidados com a pele
Enviado por alexandre em 20/03/2023 09:52:09

Como funciona? Há riscos? Saiba as respostas para essas e outras perguntas comuns sobre a técnica de skin-icing

O skin-icing está com tudo! A técnica, apesar de não ser nova, tem aparecido em massa em vídeos no TikTok e outras redes sociais. A dica de cuidado com a pele se tornou ainda mais famosa depois que celebridades e influenciadoras, como Jade Picon e Rafa Kalimann, compartilharam a técnica nas suas redes sociais.

 

Porém, o skin-icing ainda pode gerar muitas dúvidas em quem acabou de conhecê-lo. Por isso, conversamos com a biomédica da área da estética Dra. Angélica Quina para entender um pouco mais sobre a técnica que virou tendência. Veja a seguir:

 

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O QUE É O SKIN-ICING?


O skin-icing é uma técnica que faz parte da rotina de skincare de muitas pessoas e consiste em usar cubos de gelo na pele. O truque visa reduzir inchaço, amenizar poros dilatados e inflamações.

 

“Os efeitos ocorrem devido a vasoconstrição, onde temos uma contração dos vasos sanguíneos diminuindo edema e inflamação e as glândulas sebáceas passam a trabalhar mais devagar. Assim, os poros não precisam dilatar tanto para enviar sebo para as camadas superficiais da pele”, explica a Dra. Angélica.


Apesar de ter esses benefícios, o skin-icing sozinho não pode ser considerado um tratamento, já que seus efeitos não são de longo prazo, segundo a especialista.

 

QUANDO E COMO FAZER?


Para a Dra. Angélica, um bom momento para o skin-icing é pela manhã, já que esse é o período no qual observamos maiores edemas na face e nas pálpebras. “Pode lavar o rosto na água bem fria ou deslizar o gelinho fazendo movimentos circulares com uma pressão leve e nunca deixar o gelo parado sobre o mesmo local por muitos segundos. Para ter maiores benefícios, é legal também fazer uma preparação ervas naturais ou aplicar um sérum na pele e em seguida o gelo, assim os ativos penetram com maior facilidade”, explica. Além disso, é importante sempre higienizar a pele antes do procedimento e, após o skincare, passar filtro solar.

 

HÁ RISCOS? 


É muito importante lembrar que o gelo, quando entra em contato direto com a pele, tem riscos de sensibilizar ou queimar. Então, a Dra. Angélica orienta a sempre usar uma toalhinha entre a pele e o gelo ou acessórios específicos para o skin-icing.

 

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HÁ OUTRAS OPÇÕES?


De acordo com a profissional, há outras técnicas parecidas com o skin-icing disponíveis. “Hoje, na estética, temos a técnica de criolipólise, por exemplo, que promove o resfriamento na pele e seu uso é mais comum corporal”, diz. Porém, ela explica que, antes de recorrer a qualquer técnica, é importante consultar um médico especialista para entender qual a melhor opção para a sua pele. 

 

Fonte: Alto Astral

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Coluna Mulher : Primeira diretora negra do Arquivo Nacional defende direito à memória
Enviado por alexandre em 18/03/2023 12:08:40

A historiadora e jornalista Ana Flávia Magalhães toma posse como nova diretora-geral do Arquivo Nacional, nesta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro. Primeira mulher negra a ocupar o cargo, ela tem a responsabilidade de valorizar e promover a diversidade do acervo, além de tornar mais transparente o acesso à instituição, criada há 185 anos.

 

No atual governo, o Arquivo Nacional ganhou status de secretaria dentro do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que é comandado pela ministra Esther Dweck.

 

Com sede no Rio de Janeiro, a instituição reúne acervo de diferentes períodos da história brasileira. São milhões de documentos textuais, cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 44 mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e mais 112 mil livros, sendo 8 mil raros. Além disso, possui importante série histórica de dados que auxiliam na formulação e no monitoramento de políticas públicas.

 

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Ana Flávia é professora adjunta do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB). Ela tem licenciatura (Unip), mestrado (UnB) e doutorado em história (Unicamp), além de bacharelado em jornalismo (UniCeub).

 

A historiadora substituiu Ricardo Borda D’Água Braga. Nomeado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele foi alvo de críticas de entidades civis por ser considerado sem qualificação para o cargo: era formado em direito, possuía empresa de consultoria e treinamento em segurança e participava de competições de tiro esportivo. Na época, servidores fizeram denúncias de censura e assédio. Eles alegavam receber ordens para não divulgar datas e documentos de determinados temas, como sobre a ditadura militar.

 

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Ana Flávia prometeu que sua gestão vai aproximar o Arquivo Nacional da sociedade, com foco em projetos que resgatem a memória dos grupos historicamente oprimidos. Além disso, disse que temas tidos como sensíveis e controversos não vão ser evitados. Segundo ela, é preciso lidar com os traumas e não "esconder os nossos esqueletos no armário".

 

Agência Brasil: Como foi construída a sua trajetória profissional e intelectual antes de chegar à direção do Arquivo Nacional? Por que optou pela carreira de historiadora e professora?

 

Ana Flávia Magalhães Pinto: A minha história começa a partir de uma graduação em jornalismo, em um período anterior às políticas de ações afirmativas, quando as universidades brasileiras ofereciam pouquíssimas vagas e o curso de comunicação era extremamente concorrido. Venho de escola pública e de uma região periférica do Distrito Federal, de uma cidade chamada Planaltina.

 

Assim como várias outras pessoas negras daquele final da década de 90, eu ingressei no ensino superior em uma faculdade privada, a partir de uma decisão familiar de comprometer o orçamento geral para garantir esse sonho. E eu tenho experiências que me marcam bastante: a primeira é a de perceber que as expectativas de uma jovem negra de uma cidade satélite do Distrito Federal para o curso de jornalismo não eram tão compatíveis.

 

Porque havia uma expectativa de que essa formação me tornasse uma excelente profissional para o mercado de trabalho, mas a imprensa corporativa queria profissionais enquadrados com aquilo que a gente chama de jogos de poder. Isso me deu uma certa sensação de desajuste.

 

Por essa razão, logo no início da graduação, eu começo a me dedicar à pesquisa e nessa experiência eu tomo conhecimento de um jornal chamado O mulato ou O Homem de cor. O meu contato com essa fonte me marcou bastante, porque ela colocava em xeque tudo aquilo que eu tinha aprendido sobre história do Brasil.

 

Era um jornal editado em 1833, na cidade do Rio de Janeiro, que afirmava uma identidade racial e era escrito por pessoas negras não escravizadas que sabiam, não só ler, mas tinham acesso àquele ambiente da produção da comunicação nos modos do século 19. Pensei, isso não faz sentido nenhum porque o que eu sei sobre a história da população negra é que todas eram escravas e não sabiam ler. E a partir daquela fonte se abre um horizonte sem limites.

 

Cada vez menos parecia possível que eu aplicasse esses conhecimentos na comunicação. Mas ao mesmo tempo, eu via que ali tinha uma possibilidade de promover ações de reparação sobre como a comunicação era pensada no Brasil e como a própria história do Brasil estava sendo contada. Com isso, eu tenho uma experiência de contato não só com a pesquisa, mas com o ativismo.

 

No final da década de 90, estamos vivendo no Brasil aquela efervescência em defesa das ações afirmativas. Nesse sentido, eu vou travar contato com uma experiência, um grupo de ativistas que estavam trabalhando na publicação de um jornal chamado Irohin, com o Edson Cardoso, que retoma o projeto no início dos anos 2000, e eu sou convidada a contribuir.

 

Eu me formo em 2001 e entro no mestrado em história. Nesse momento, a comunicação não estava nem um pouco interessada em estudos sobre a imprensa negra. E concluo essa pesquisa sobre os estudos de imprensa negra para o século 19. Até então, se considerava que a imprensa negra era um fenômeno do pós-abolição, que as pessoas negras teriam construído esses veículos se inspirando na imprensa operária feita por imigrantes. Pessoas negras não eram vistas como agentes da imprensa operária e a gente vai desconstruir essa narrativa com fontes, com documentos que estão aqui no Arquivo Nacional e em outros acervos documentais.

 

E a gente vai reencontrando esses documentos que não estavam perdidos, estavam até bem acessíveis, bem fáceis, mas as perguntas não estavam sendo feitas.

 

No doutorado, eu fiz uma pesquisa sobre trajetórias. Eu estava lidando com homens negros livres atuantes na imprensa e na política na segunda metade do século 19 em duas cidades: Rio de Janeiro e São Paulo. Qual a chance que eu tinha de não pensar logo de cara sobre a possibilidade de essas pessoas se conhecerem? Era praticamente impossível. Com o avanço na pesquisa documental, eu começo a perceber uma possibilidade de contar essa história de uma outra forma, de pensar em simultaneidade e conexões diretas e indiretas. E aí, então, eu concluo essa tese que vai acabar sendo premiada na Unicamp.

 

Eu não tinha dúvida de que eu era uma historiadora que contribuía ao longo desse tempo para ações do movimento negro. Nesse processo, eu acabo percebendo o diálogo entre ativismo e comunicação popular, uma história engajada, que hoje a gente chama de história pública. Eu percebia demandas populares a respeito do direito à memória.

 

As pessoas queriam ter acesso a essas informações, queriam ter contato com os documentos. A gente fala sempre que o Brasil tem um problema com a sua memória, mas existe o desejo. E eu percebo uma série de iniciativas de formação de acervos particulares da preservação da memória do ativismo. E eu vejo também uma série de fragilidades da preservação desses acervos.

 

Nesse contexto, enquanto eu tentava encontrar um caminho de estabilidade profissional, eu começo a mobilizar organizações, para que as pessoas olhassem para o que tinham nas casas, nas organizações com respeito, cuidado e reconhecimento da sua legitimidade.

 

E a gente tem nos últimos anos uma sensibilidade para incorporação desses acervos naquilo que está abrigado em instituições públicas. Eu estou falando de uma demanda popular para o direito à memória. A gente vai ver o reconhecimento da presença negra, indígena, de mulheres, de populações subalternizadas, das chamadas populações periféricas.

 

Esses documentos, essas pistas estão nos arquivos públicos. Não estão visíveis na intensidade que a gente gostaria, mas a gente está lidando com o fato de que pessoas negras, indígenas, mulheres e outros segmentos sempre existiram. É nesse sentido que eu chamo atenção para a própria ação do Arquivo Nacional, que ao longo da sua existência, por força da ação de pesquisadores e de servidores, têm empenhado esforços para tornar visível o potencial que essas instituições têm na promoção do direito à memória. E a gente tem muito interesse de que ele seja fortalecido, porque sabe que encontra bastante coisa aqui e pode encontrar ainda mais.

 

Agência Brasil: Como foi receber o convite para dirigir o Arquivo Nacional?

 

Ana Flávia Magalhães Pinto: Eu recebo o convite para o Arquivo Nacional no melhor momento da minha presença na Universidade de Brasília. Era um momento em que eu tinha inclusive assumido o compromisso de não sair de lá em hipótese alguma. Nem que fosse para composição do governo eleito em 2022, porque dificilmente pensava que pudesse ser convidada para dirigir o Arquivo Nacional, considerando a tradição, considerando as disputas e as prioridades.

 

Eu cheguei a recusar um convite para estar em outro ministério, porque eu estava na universidade estabelecendo práticas de letramento histórico com os arquivos do Distrito Federal, com arquivos de outras instituições. E o convite vem no momento em que compartilhava essa certeza de que não sairia da sociedade civil.

 

Mas há o reconhecimento de que estar à frente de uma instituição como o Arquivo Nacional é estratégico para a promoção de uma série de ações de reparação histórica que são fundamentais. E é por essa razão, inclusive, que o convite chega.

 

Não é por uma simples alteração na fotografia: 'Ah, precisamos ter um número, uma mulher negra, primeira vez como titular na direção do Arquivo Nacional'. Mais do que a minha presença como uma mulher negra historiadora, eu venho com uma perspectiva, com um compromisso de propor um reposicionamento da imagem do Arquivo Nacional naquilo que é mais caro: um instrumento de promoção da cidadania, via acesso à informação e pelo direito à memória.

 

Isso impacta não só o diálogo com a sociedade geral, mas até mesmo a maneira como os órgãos da administração pública federal têm pensado o processamento de documentos. Aquilo que é prioritário, como esses parâmetros são estabelecidos, de modo que a gente pense não só nas necessidades imediatas da gestão dos órgãos, mas como a gente constrói uma memória que dê visibilidade aos sujeitos que são impactados pela ação dos órgãos.

 

A gente sabe da importância que o Arquivo tem para fornecer dados que fomentem não só a proposição de políticas públicas, mas o monitoramento com foco na promoção da cidadania. É importante que a gente lembre que o Arquivo Nacional ou qualquer outro arquivo público não têm clientes. Eles têm usuários. O público precisa ser entendido assim. E usuário de equipamento público é cidadão. Temos por óbvio o desejo de orientar a rota do Arquivo Nacional para que ele jamais se afaste desse objetivo de ser um instrumento de promoção de cidadania, de ser fundamentador de direitos humanos.

 

Agência Brasil: Na gestão passada, houve denúncias de censura dentro do Arquivo Nacional, de que era proibido divulgar datas e documentos sobre determinados temas, como a ditadura militar.

 

A nomeação do diretor anterior, Ricardo Borda D’Água Braga, foi criticada por não ter experiência e formação profissional adequadas ao cargo. Havia ainda uma preocupação pelo fato de o Arquivo Nacional estar subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Comovocê encontra o Arquivo Nacional depois desse período e como se posiciona sobre o tipo de gestão que se construiu no governo passado?

 

Ana Flávia Magalhães Pinto: Estar no Ministério da Justiça não é um problema. O Arquivo Nacional já esteve na Casa Civil, foi para o Ministério da Justiça e agora está no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

 

Muitas vezes, os arquivos públicos estaduais estão vinculados à Secretaria de Cultura. Não existe um lugar óbvio, um lugar obrigatório para se vincular os arquivos. Ao contrário do que as pessoas pensam, os arquivos são espaços dinâmicos. Arquivo não é depósito. E, por isso, que cabe interface com a cultura, com o direito, com a ideia de gestão e inovação de serviços públicos.

 

A gente sobreviveu a um governo que não tinha um compromisso com uma ideia de cidadania ampliada e com isonomia. Não era esse o projeto. É preciso dizer que a isonomia entre cidadãos, inclusive, é um problema da história do Brasil. Ano que vem, a gente chega aos 200 anos da Constituição do Império. Se a gente observar a Constituição do Império, não tinha como projeto a igualdade entre os cidadãos. A gente tem lutado ao longo desses 200 anos.

 

Memória é política, direito à memória é espaço de disputa política. Neste sentido, a memória está associada diretamente ao esquecimento e tem a ver com as prioridades estabelecidas por quem pode pautar, quem tem mais poder ao longo do tempo. Temos segmentos que merecem receber um tratamento de reparação pelas injustiças. Temos uma oportunidade para isso já em 2023.

 

Uma das coisas prioritárias dessa gestão é que não precisamos esconder os nossos esqueletos no armário. É preciso que a gente explicite quais são os nossos traumas. Porque sem um reencontro com a nossa história, não teremos chance de resolver os nossos desafios fundantes e estruturantes. É uma tarefa fácil? Não.

 

É algo que implica dialogar com os próprios gestores dos diferentes órgãos sobre como se lê, como se dimensiona o potencial histórico dos documentos que têm sido produzidos hoje. É preciso lidar com a própria sociedade a respeito de quem são e quais são os documentos importantes, que são capazes de dar a medida da nossa experiência coletiva.

 

A gente percebe uma certa obsessão do anterior governo em silenciar as memórias sobre o período da ditadura, decorrente do golpe civil militar, mas é uma tradição. A gente tem desde 1824 uma tentativa de colocar para fora do primeiro plano da paisagem vários outros segmentos populacionais, sobretudo populações negras, indígenas e mulheres, sendo elas ou não das classes poderosas concentradoras de renda desse país. Então, é importante que a gente tenha uma postura um pouco mais propositiva.

 

Não vamos mudar a nossa naturalização da violência de raça, gênero, de classe, de sexualidade, se nós não criarmos estratégias de reconhecimento da legitimidade desses sujeitos. E para isso essa gestão vai trabalhar arduamente. E não é porque ela é contra determinado grupo. É porque ela é a favor do direito de todo mundo.

 

Agência Brasil: Quais mudanças você pretende fazer no Arquivo Nacional?

 

Ana Flávia Magalhães Pinto: É preciso retomar e fazer uma análise do impacto que teve nesses anos de governo o projeto Memórias Reveladas. É preciso reestruturar esse projeto, reposicioná-lo. É também preciso arregimentar forças que estão dispostas a contribuir com o Arquivo Nacional. Vamos nos reunir com representantes dos segmentos que serão prioritários: pessoas negras, indígenas, da comunidade LGBTQIA+. E temos uma dimensão que é muito cara: a internacionalização.

 

É preciso ampliar os territórios a partir da documentação do Arquivo Nacional. Nesse sentido, a gente tem sinalizado uma parceria com a Universidade de Pittsburgh, com a Universidade de Harvard e outras. Essas universidades estão com projetos de história da Amazônia, que permitem a gente não só perceber sujeitos negligenciados, mas territórios negligenciados, e um reposicionamento a partir do acervo do Arquivo Nacional.

 

Outra ação que a gente já movimentou foi a garantia da presença do Arquivo Nacional no Comitê Gestor do Cais do Valongo. O Arquivo Nacional não era um sujeito político protagonista dessa iniciativa, mesmo estando localizado nesse território que é chamado de Pequena África. Então, houve uma negociação via Ministério da Igualdade Racial, em diálogo com a ministra Anielle Franco, que estabeleceu uma interlocução com o círculo do Cais do Valongo. E a gente conseguiu uma cadeira com direito a voz e voto nos debates que vão acontecer para construção desse equipamento de letramento histórico e de reparação.

 

Agência Brasil: A senhora é a primeira mulher negra a ocupar o cargo mais alto do Arquivo Nacional. Temos visto outras mulheres negras assumindo postos de poder no governo federal. Qual a importância simbólica disso e de que maneira essas presenças impactam o funcionamento das instituições e como elas atuam no provimento de serviços públicos?

 

Ana Flávia Magalhães Pinto: Representa um esforço de rompimento com a naturalização da exclusão. A nossa presença em si não significa a superação dos problemas que temos enfrentado historicamente. Muito pelo contrário.

 

Ainda temos uma presença reduzida se considerarmos a nossa participação na totalidade da população brasileira. Se fizer um recorte de raça e gênero, percebe-se que mulheres negras formam o maior segmento da nossa população. Existe um descompasso e as pessoas não estão acostumadas a encontrar mulheres negras nesses lugares.

 

Portanto, há uma certa bravura em topar encarar esse desafio, mas é importante que se diga que não se pode impor às mulheres negras que resolvam sozinhas os problemas historicamente construídos nessa sociedade.

 

Há um esforço e um entendimento da necessidade da mudança, mas também do quão vulnerável somos se a nossa presença lida com pensamentos como: 'agora mostre o seu talento'. Bom, a gente tem feito isso, nós sobrevivemos a um país estruturado em termos de raça e gênero. Se temos hoje mulheres negras com currículos para serem acionadas a compor essas pastas que estamos, significa que já temos demonstrado talentos e virtudes.

 

É por isso que há uma discussão para que a gente não fique confortável só com esses lugares. Porque há uma cultura da nossa exclusão. As pessoas que estão sendo chamadas a compor a nova direção do Arquivo Nacional, as que não são da casa, estão sendo convocadas considerando o perfil técnico, mas também a necessidade de se promover uma diversidade de gênero e de região. Porque não dá para gente seguir priorizando só profissionais do eixo Rio-São Paulo, tem gente boa no Brasil espalhada por todos os cantos.

 

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Estamos lidando com uma série de fragilidades, então é preciso ter criatividade para que se proponha soluções para os nossos problemas e não fique paralisada neles. Afinal de contas, só estamos aqui porque não estivemos inertes perante os desafios, perante as barreiras. 

 

Fonte: Agência Brasil

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Coluna Mulher : Cuidados com a pele: veja dicas para mantê-la saudável
Enviado por alexandre em 17/03/2023 10:25:50

Saiba como manter a hidratação e prevenir o ressecamento causado pela mudança brusca no clima com a chegada da estação

A chegada do outono traz consigo uma série de cuidados com a saúde, especialmente da região da pele. Isso porque ela fica mais suscetível ao ressecamento e também ao agravamento de doenças pré-existentes, como a dermatite atópica.

 

“A pele sofre os impactos das diferenças bruscas no clima, como deve acontecer entre as estações. Os cuidados no outono precisam ser direcionados especialmente à hidratação, para tentar manter ao máximo a saúde da pele e minimizar os danos”, alerta o dermatologista Dário Rosa.

 

Para evitar que situações assim aconteçam, o profissional recomenda intensificar a rotina de skincare ao longo de todo o outono. Além disso, existem outros cuidados que devem ser adotados nos dias que sucedem o verão. Abaixo, o especialista faz alguns alertas:

 

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1. NÃO TOME BANHOS QUENTES


Banhos quentes e demorados favorecem a perda de água da pele e a retirada dos óleos naturais, deixando-a mais ressecada.

 

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2. EVITE USAR BUCHAS 


As buchas agridem a pele e retiram ainda mais os fatores naturais que ajudam a mantê-la hidratada.

 

3. PREFIRA SABONETES NEUTROS


O uso de sabonetes neutros ou suaves, tanto no corpo quanto no rosto, ajudam a preservar a oleosidade natural da pele.

 

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4. HIDRATE A PELE 


Utilize hidratantes corporais logo após o banho e com a pele ainda úmida. Isso vai potencializar o poder do cosmético.

 

5. APOSTE EM ÓLEOS CORPORAIS 


Se preferir, aposte nos óleos corporais. Eles formam uma barreira protetora contra a perda de água da pele no chuveiro. Produtos com manteiga de karité, ureia e óleo de amêndoas podem ajudar bastante.

 

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6. USE PROTETOR LABIAL 


A mudança no clima no outono pode rachar e ressacar os lábios. Sendo assim, inclua protetores labiais na sua rotina: opte pelos produtos com vitamina C, que ajudam a recuperar a luminosidade e a firmeza da pele.

 

7. ATENÇÃO AO CARDÁPIO


Ter uma alimentação saudável também contribui para a beleza da pele, uma vez que frutas, legumes e verduras fornecem os nutrientes necessários para a saúde.

 

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Fotos: Reprodução

 

OUTROS CUIDADOS IMPORTANTES 


O uso do filtro solar também é fundamental para ter uma pele saudável durante o outono, destaca a dermatologista Anelise Dutra. “Mesmo nos dias frios e nublados, não podemos esquecer de usar o protetor. Faça chuva, ou faça sol, não dá para sair de casa sem proteção”, pontua a médica, que reforça a necessidade de reaplicar o produto a cada duas horas.

 

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Outro cuidado, de acordo com a médica, é procurar um profissional para saber as próprias necessidades. “Cada paciente tem que ser analisado de forma única, por isso é importante consultar o seu dermatologista para saber mais detalhes de como cuidar da sua pele especificamente, não só durante o outono, como durante o resto do ano”, conclui. 

 

Fonte: Alto Astral

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