Meio Ambiente : Plataforma mobiliza investimentos para promoção de negócios sustentáveis na Amazônia
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Enviado por alexandre em 22/09/2023 09:59:20 |
Ferramenta reúne diferentes instrumentos financeiros para angariar até R$ 3,9 bilhões em investimentos em projetos sustentáveis na Amazônia Legal brasileira Portal Amazônia com informações do Brasil 61 O Instituto Amazônia+21 desenvolveu uma plataforma para angariar investimentos para financiamento de projetos sustentáveis em vários segmentos do setor produtivo da floresta Amazônica. A Facility de Investimentos funciona a partir de um blended finance, que são estruturas de financiamento misto que utilizam fundos não reembolsáveis e ações filantrópicas para atrair investimentos.
O especialista sênior do Instituto Amazônia+21 Fernando Penedo detalha o funcionamento da plataforma:
"Ela trabalha com diferentes veículos e instrumentos financeiros, a partir do blended finance. Então é um ambiente de segurança jurídica, transparência, risco equilibrado, alto desempenho econômico e impacto significativo no ecossistema da Amazônia." Foto: Gustavo Frazao/Shutterstock Segundo Penedo, esse ambiente se localiza dentro do próprio Instituto Amazônia+21, a partir das relações humanas e negociações entre os diferentes atores. "Então tem uma relação com o sistema financeiro, com as ONGs locais, com as empresas locais, com os distribuidores de ativos. Ela se dá por meio da conexão entre diferentes atores fazendo o ecossistema de financiamento sustentável acontecer na Amazônia" destaca o especialista Os recursos da Facility são captados de diferentes atores como filantropos, fundações, institutos empresariais, grandes fortunas, bancos empresariais, bancos de desenvolvimento, organismos multilaterais, entre outros. "Todo esse ecossistema de financiamento, de coinvestimento ou de doação se acomoda na Facility em diferentes veículos", explica Penedo. A estratégia é que a plataforma opere em três ciclos sucessivos e crescentes. O primeiro, com duração de 3 anos, tem a meta de captar R$ 79 milhões para o Fundo Catalítico, R$ 168 milhões para o Fundo de Investimento em Participações, e R$ 450 milhões para o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, totalizando R$ 697 milhões no primeiro ciclo. A expectativa é alcançar R$ 3,9 bilhões ao final do último ciclo. Plataformas A Facility de Investimentos trabalha simultaneamente com quatro plataformas que integram múltiplas ferramentas de apoio aos projetos, como empréstimos, participação acionária, garantias, seguros, programas ou fundos de garantia, doações, remuneração com base em resultados e suporte técnico.
- Plataforma de conhecimento: gera dados e informações quantitativas e qualitativas sobre a Amazônia, como riscos e oportunidades, por exemplo;
- Plataforma de assistência técnica: auxilia os originadores de projetos a criarem ativos financiáveis no contexto do desenvolvimento sustentável;
- Plataforma de investimentos: onde acontece de fato o blended finance, que irá acomodar os diferentes capitais para fazer os investimentos, os financiamentos e as doações aos projetos do território;
- Plataforma de engajamento multistakeholder: onde os variados atores se encontram e se alocam em diferentes funções dentro do ecossistema de finanças sustentáveis.
Como participar Os projetos são selecionados de quatro formas: a Facility contata os originadores um a um; os originadores podem procurar a Facility; seleção por meio de parcerias ou lançamento de edital. "A própria Facility contata os atores originadores daquelas iniciativas e começa a modelar um projeto que é financiável e que gera impacto na Amazônia Legal brasileira. Uma outra possibilidade é esse ator procurar a gente também. Uma terceira possibilidade é a gente operar com parcerias. E a quarta forma é lançar edital. Então, a gente já lança edital chamando projetos dentro de todo o regramento que a gente espera que aquele projeto atenda e ele pode ser beneficiado com o financiamento dentro dessa lógica de finanças híbridas" - detalha Fernando Penedo Os originadores dos projetos devem atender aos critérios de conformidade, compliance e integridade da Facility de Investimentos. Segundo Fernando Penedo, a plataforma possui vantagens tanto para os originadores, quanto para quem financia. "É um ambiente seguro, de risco controlado, que faz gestão de impacto de forma muito madura. E tem oferta de diferentes tipos de capital. Então eu posso ofertar um capital filantrópico, coinvestimento, cofinanciamento, e eu posso combinar todas essas estratégias em um mesmo projeto. Na ponta, para o originador de projetos, a grande vantagem é que, no caso de um financiamento, uma Facility consegue, combinando recursos, aumentar o prazo de carência e diminuir a taxa de juros frente ao que é colocado diretamente para ele pelo mercado." Segundo o especialista sênior do Instituto Amazônia+21, a estimativa é que a Facility de Investimentos seja lançada agora em outubro de 2023. O Instituto Amazônia+21 é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para mais informações acesse o site.
*Com informações do Brasil 61 |
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Meio Ambiente : Bactérias encontradas em áreas degradadas podem ser utilizadas na agricultura e combate de doenças
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Enviado por alexandre em 21/09/2023 09:46:14 |
Bactérias encontradas em áreas degradadas podem ser utilizadas na agricultura e combate de doenças Cientistas têm coletado e catalogado bactérias em áreas degradadas próximas a bacias hidrográficas do estado de Mato Grosso Portal Amazônia com informações da Universidade Federal do Mato Grosso Bacias hidrográficas do estado de Mato Grosso - Foto: Reprodução/UFMT Cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) têm coletado e catalogado bactérias em áreas degradadas próximas a nascentes de rios para reutilizá-las de forma sustentável. O projeto testa a utilização dos micro-organismos na saúde e na agropecuária. A equipe identificou os micro-organismos nos estômagos de insetos que se alimentam de detritos, em áreas com alta concentração de mercúrio. "Essas bactérias estão sendo catalogadas e estamos estudando os usos para fins agropecuários e combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, como a dengue. Temos pelo menos 13 materiais genéticos com potencial para descoberta de novas espécies ou de registros dessas espécies associadas a essas áreas" explica Adilson Pacheco, coordenador do projeto e pesquisador da UFMT. O projeto é um dos 67 selecionados pelo PDPG na Amazônia Legal, que tem como objetivo fomentar propostas de Planos de Desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em áreas estratégicas da região: biotecnologia, biodiversidade, conservação e recuperação ambiental, saúde pública, doenças tropicais e tecnologias para o trabalho em saúde, combate e prevenção voltadas ao enfrentamento de epidemias, engenharias e tecnologias de informação e comunicação, clima energia e recursos hídricos, produção animal e vegetal sustentável, diversidade sociocultural e atividade socioeconômica. Os trabalhos envolvem três PPG. Além de Ciências Ambientais: o PPG em Zoologia, PPG em Ecologia e Conservação da Biodiversidade. A atuação conjunta dos programas irá consolidar aqueles que ainda não contam com curso de doutorado. O investimento é de até R$627,2 mil por projeto. |
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Meio Ambiente : El Niño interrompe capacidade das florestas da América do Sul de absorver carbono, revela estudo
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Enviado por alexandre em 19/09/2023 10:21:24 |
Os pesquisadores observaram que o maior impacto relativo do evento El Niño de 2015 a 2016 ocorreu em florestas historicamente mais secas.
COM INFORMAÇÕES DE INPA Um estudo divulgado recentemente pela revista Nature Climate Change aponta que as altas temperaturas causadas pelo evento climático El Niño, no período de 2015 a 2016, interromperam a capacidade das florestas da América do Sul de absorver o carbono. Mais de 100 cientistas de instituições nacionais e internacionais participaram do trabalho, entre eles a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Flávia Costa, e a pós-doutoranda do Inpa, Thaiane Sousa. Foto: Laboratório de Ecologia Vegetal/Inpa/Divulgação O estudo liderado pela pesquisadora Amy Bennett da Universidade de Leeds, no Reino Unido, revelou que o El Niño, evento climático que aquece a superfície do mar no Oceano Pacífico levando a uma grande mudança no sistema climático mundial, daqueles dois anos foi recorde, causando aumentos extremos de calor e seca em toda a América do Sul. Isso levou cientistas de várias instituições a avaliar o impacto do fenômeno (2015-2016) comparado com os anteriores. Durante muito tempo, as florestas tropicais funcionaram como sumidouros de carbono, retirando mais carbono do ar do que emitindo, um processo que reduziu o impacto das mudanças climáticas. A recente pesquisa mostrou que as altas temperaturas e a seca durante o El-Niño de 2015-2016 levaram ao aumento das perdas de carbono através da mortalidade das árvores. Foto: Laboratório de Ecologia Vegetal/Inpa/Divulgação Foram estudadas 123 parcelas florestais, que são áreas delimitadas de uma população de floresta, na América do Sul tropical, árvore por árvore. Essas áreas florestais são administradas pelas redes de pesquisa da Rede Amazônica de Inventários Florestais (RAINFOR) e do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio/Inpa). Após as análises foi notado que o sumidouro de carbono, representado pelo acúmulo de biomassa nas árvores, cessou durante o El Niño, com o balanço de carbono tornando-se indistinguível de zero. De acordo com o estudo, de 123 parcelas estudadas, 119 delas experimentaram um aumento médio mensal de temperatura de 0,5 graus celsius. Outro dado relevante é que 99 parcelas sofreram déficits hídricos, isso quer dizer que onde estava mais quente, também estava mais seco. Essas parcelas florestais estudadas são estruturalmente intactas e abrangem florestas amazônicas e atlânticas, incluindo as que são de transição com florestas secas e Cerrado.
O estudo aponta que as florestas em climas mais secos da América do Sul sofreram os maiores impactos do El Niño, indicando maior vulnerabilidade a temperaturas extremas e secas, provavelmente, algumas árvores já estavam operando nos limites das condições toleráveis. Entretanto, se acreditava que as florestas mais úmidas seriam mais vulneráveis ao clima extremamente seco, já que estariam menos adaptadas a tais condições. Vigilância constante Os resultados da pesquisa sugerem que as florestas mais secas na região tropical terão maiores taxas de mortalidade no El Niño que está acontecendo em 2023, provocando uma emissão maior de carbono para a atmosfera, que influencia de forma significativa nos impactos das mudanças climáticas. Nas regiões de florestas mais secas, onde o desmatamento é maior, especialmente no leste e sul da Amazônia, existe risco de incêndios florestais. Outro fator apontado na pesquisa é que secas mais frequentes em curtos espaços de tempo enfraquecem as florestas que já mostraram ser mais resistentes no passado, tornando-as mais vulneráveis. Foto: Laboratório de Ecologia Vegetal/Inpa/Divulgação Segundo a pesquisadora do Inpa, Flávia Costa, esses resultados demandam uma vigilância constante por parte das agências ambientais em todos os estados da Amazônia brasileira. "A proteção destas florestas que ainda não sofreram efeitos negativos do El Nino é crucial para continuar a prover os serviços ecossistêmicos de absorção de carbono e produção de água, que afetam não só a população amazônica, mas todo o planeta", frisa. A pós-doutoranda do Inpa, Thaiane Sousa, destaca a importância das análises, principalmente ao considerar os eventos recorrentes. "É importante analisarmos as respostas das florestas às secas extremas e seus efeitos no balanço de carbono para entendermos como as plantas podem ser nossas aliadas. A partir disso, poderemos definir formas de diminuir as mudanças climáticas e conservação das áreas de floresta nativa. Considerando o papel crucial das florestas na absorção de carbono da atmosfera, é importante termos medidas eficientes de controle ao desmatamento, valorização da floresta em pé e apoio às comunidades tradicionais" pontua. Equipe de pesquisadores O estudo envolveu uma ampla rede de pessoas para a medição de mais de meio milhão de árvores, todas as medidas feitas à mão, utilizando fita diamétrica, e a identificação de mais de 4.000 espécies. O trabalho foi realizado em seis países sul-americanos por pesquisadores de diversas nacionalidades e destaca a importância do monitoramento ecológico de longo prazo para compreender e proteger as florestas. Dois relatórios foram publicados na Nature Climate Change relacionados a esta pesquisa. O artigo científico, "Sensitivity of South American tropical forests to an extreme climate anomaly", e um resumo de pesquisa intitulado "Impact of the 2015-2016 El Nino on South American tropical forests". |
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Meio Ambiente : Ideflor-Bio instala viveiro agroflorestal em comunidade ribeirinha da APA Lago de Tucuruí
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Enviado por alexandre em 05/09/2023 11:19:33 |
Ideflor-Bio instala viveiro agroflorestal em comunidade ribeirinha da APA Lago de Tucuruí O equipamento será um instrumento para fomentar a recuperação de áreas alteradas e o fortalecimento da cadeia produtiva sustentável. Com informações da Agência Belém O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) instalou um viveiro de mudas na comunidade ribeirinha de Pontal, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Tucuruí, região sudeste paraense. O equipamento será um instrumento para fomentar a recuperação de áreas alteradas e o fortalecimento da cadeia produtiva sustentável.
O viveiro mede 6m x 6m e vai facilitar o processo de recomposição florestal por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs). A montagem teve início no dia 21 de agosto e durante todo o período contou com a participação ativa dos moradores locais, que receberam capacitação e orientações técnicas para a sua operação e manutenção adequada do viveiro. Vale destacar que os trabalhos de recomposição florestal são importantes para a preservação dos recursos naturais e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas.
Titular da GRTUC, Keylah Borges destacou que a participação da comunidade durante o processo de montagem do viveiro é fundamental para fortalecer vínculos. "Após a conclusão dos trabalhos, as famílias envolvidas recebem capacitação para preparar o substrato e encher as sacolinhas ou tubetes. Eles aprendem a fazer a mistura adequada de terra com adubação orgânica ou química, antes de realizar o plantio das sementes. É importante citar que o Ideflor-Bio fornece kits contendo adubos, sacolinhas e sementes de açaí ou cacau, garantindo todo o suporte necessário para o cultivo das espécies", detalhou.
Ainda de acordo com a gerente, a montagem do viveiro e a visita técnica foram apenas o começo de um longo caminho. Para ela, é esperado que os resultados positivos desse trabalho sejam duradouros, contribuindo para a preservação da rica biodiversidade da região amazônica e o bem-estar das comunidades ribeirinhas. A ação é fruto da parceria entre o Ideflor-Bio, por meio da Gerência Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí (GRTUC) e a Prefeitura de Novo Repartimento, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semear). A expectativa é que essa ação inspire outras comunidades e instituições a se engajarem em projetos semelhantes, promovendo a conscientização e a preservação do meio ambiente.
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Meio Ambiente : Estudos para proteger maior árvore da América Latina iniciam no Pará
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Enviado por alexandre em 15/08/2023 00:32:42 |
O angelim-vermelho com 88,5 metros de altura e 3,15 metros de diâmetro foi encontrado no município de Almeirim, no Oeste do Pará. Com informações da Agência Pará Para iniciar os estudos voltados à criação da Unidade de Conservação (UC) que vai proteger a maior árvore da América do Sul, e a quarta maior do planeta, técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) realizaram sobrevoo na área onde está o vegetal, um angelim-vermelho (Dinizia excelsa), que mede 88,5 metros de altura e 3,15 metros de diâmetro, equivalente a um prédio de 30 andares.
Sobrevoo na área onde está o angelim-vermelho. Foto: Pablo Alves/Ideflor-Bio O objetivo foi visualizar e avaliar a integridade física das árvores e obter imagens de diferentes ângulos. Na ocasião, a equipe liderada pela Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio) identificou inúmeras árvores, que devem ter altura superior a 70 metros.
Em 2016, um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 36 árvores de grande porte na região, utilizando o LiDAR (Light Detection and Ranging), equipamento de última geração que cria um modelo digital de terreno fazendo a leitura do solo e das copas das árvores, dimensionando a altura de cada uma delas.
Expedição O Ideflor-Bio planeja para outubro deste ano uma expedição científica pelo Rio Jari, em conjunto com o Instituto Federal do Amapá (Ifap), que irá até a árvore gigante, localizada a 200 km ao norte de Monte Dourado, distrito do município de Almeirim, no Oeste do Pará.
"Essa expedição vai realizar um estudo do relevo, da flora e da fauna, com relevância para a datação desse angelim-vermelho, que estimamos ter entre 400 e 600 anos", informou o diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato.
O mapeamento será importante para a compreensão e preservação dessas árvores gigantes, além de contribuir para o conhecimento sobre o ecossistema em que estão inseridas. A proteção das espécies e de seu habitat é essencial para a conservação da biodiversidade amazônica. Foto: Pablo Alves/Ideflor-Bio Recategorização Atualmente, o local em que se encontra a maior árvore é uma UC de Uso Sustentável. Com o sobrevoo, o Ideflor-Bio iniciou os estudos para a recategorização da parte da Floresta Estadual (Flota) Paru, onde ocorrem essas espécies, como uma UC de Proteção Integral.
A mudança no status da Flota Paru garantirá a proteção desse patrimônio natural. As árvores gigantes são importantes não apenas para o Pará e a floresta amazônica, mas para toda a humanidade. A preservação desses vegetais e da floresta é essencial para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade e do equilíbrio ambiental.
"Já temos pesquisas que indicam que onde se encontram árvores de grande porte os índices de biodiversidade são maiores, a diversidade biológica é maior. Esse é outro elemento que justifica a proteção dessas áreas em que árvores estão situadas", informou o engenheiro florestal Thiago Valente, assessor da presidência do Ideflor-Bio. |
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