Em abril, o Brasil registrou um crescimento significativo nas exportações de carne suína, tanto in natura quanto processada, totalizando 112,7 mil toneladas. Esse volume representa um aumento de 7,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 104,5 mil toneladas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2024, as exportações de carne suína somaram 402,1 mil toneladas, um incremento de 6% em relação às 379,4 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior. No entanto, a receita total gerada no quadrimestre caiu 6,5%, passando de US$ 897,7 milhões em 2023 para US$ 839,6 milhões em 2024.
No ranking dos maiores destinos, a China ainda lidera, com 21,5 mil toneladas importadas em abril, embora tenha registrado uma queda de 35,9%. Em seguida, aparecem as Filipinas, com 16,7 mil toneladas (+66,5%), Hong Kong, com 9,1 mil toneladas (-34,7%), Singapura, com 8,1 mil toneladas (+3%), Chile, com 7,3 mil toneladas (+22,7%), Japão, com 7 mil toneladas (+82,4%), e Vietnã, com 5,3 mil toneladas (+99,1%).
Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que a demanda internacional tem contribuído para a recuperação dos preços ao longo deste ano, especialmente entre janeiro e abril. “O bom ritmo das exportações deve se manter, com embarques acima das 100 mil toneladas”, afirmou.
Santa Catarina se mantém como maior exportador de carne suína no Brasil, com 62 mil toneladas embarcadas em abril (+9,1%). O Rio Grande do Sul segue com 21,6 mil toneladas (-7,5%), Paraná com 17,1 mil toneladas (+15,4%), Mato Grosso com 4 mil toneladas (+62,5%), e Mato Grosso do Sul com 2,3 mil toneladas (+2,2%).
Luís Rua, diretor de mercados da ABPA, apontou para uma crescente diversificação nos destinos das exportações brasileiras de carne suína, que agora chegam a mercados de alto valor agregado, como Japão e outros países asiáticos. Ele também ressaltou a crescente presença do produto brasileiro nas Américas, como Estados Unidos, Porto Rico e Chile, graças a novas certificações. Segundo Rua, essa tendência de diversificação deve continuar ao longo do ano, com boas perspectivas especialmente para as Filipinas, que recentemente aceitou o sistema de pre-listing do Brasil.
Evento é o mais importante do gênero no Norte do Brasil e comercializou em 2023 mais de R$ 3,5 bilhões
Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
No período de 20 a 25 deste mês de maio Rondônia estará promovendo um dos eventos agropecuário-comercial mais significativos do País, maior da Região Norte, a Rondônia Rural Show Internacional (RRSI), que em 2023 comercializou mais de R$ 3,5 bilhões. A mostra será realizada no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná com expectativa de quebra de recorde de participação e comercialização.
A Rondônia Rural Show (RRS), até 2023 não era internacional. Ela surgiu no período do ex-governador Confúcio Moura (MDB), hoje senador, após uma visita ao Show Rural Coopavel, em Cascavel, Oeste do Paraná, atendendo convite do casal Nair-Assis Gurgacz, do senador Acir Gurgacz e do na época vice-governador, Airton Gurgacz.
Ao retornar Confúcio formatou com o secretário da Agricultura do seu governo, Anselmo de Jesus, hoje presidente regional do PT, e o então prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), a criação da Rondônia Rural Show, hoje internacional, que está na 11ª edição e rapidamente se tornou a maior e mais importante do Norte do Brasil.
A RRSI é diferente das feiras-exposições, que atende mais a comercialização de gado, priorizam shows artísticos e o entretenimento. Não há apresentações de artistas e a mostra funciona somente das 8h às 18 com início numa segunda-feira e encerramento no sábado seguinte. A prioridade é a comercialização, a troca de experiências, a tecnologia cada vez mais presente no meio rural.
Rondônia está desde o início do mês com as atenções voltadas para a RRSI. O Estado marcará presença durante todo o período da mostra com o Governo Itinerante, assim como a Assembleia Legislativa (Ale) com estande e reunião extraordinária na quinta-feira (23) e homenagens a personalidades em estande próprio. Também teremos exposições de máquinas e equipamentos agrícolas, vitrines tecnológicas, insumos, exposição de animais, palestras, oficinas, demonstrações práticas e oportunidades network.
A RondoLEITE, que ocorre dentro da RRSI tem como objetivo fortalecer o desenvolvimento da cadeia produtiva do Estado e proporciona oportunidades de conhecer melhor a terra e implementar o setor leiteiro, inclusive com a realização do Concurso de Qualidade de Queiros de Rondônia-ConQueijo.
Em 2023 a RRSI comercializou mais de R$ 3,5 bilhões, contou com mais de 600 expositores e passaram pela feira mais de 265 mil visitantes. A expectativa para este ano é superar esses números.
A realização de uma mostra do porte da RRSI exige dedicação e aplicação dos seus organizadores, no caso o Governo do Estado, via Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). O sucesso em 2023 com a comercialização superando os R$ 3,5 bilhões, primeiro ano, após a pandemia deixou o governador Marcos Rocha (UB) mais animado para a mostra deste ano, pois Rondônia ganha, a cada RRSI, maior destaque em nível nacional com proporções internacionais, ampliando os negócios com outros países.
O governador Marcos Rocha (UB) destacou a importância da RRSI e alertou para tecnologia que estará disponível para coordenação, padronização e modernização com o TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). “É essencial a análise de dados para a gestão pública. Em 2023, na 10ª edição da RRSI, pela primeira vez, tivemos uma ferramenta de Inteligência de Negócios realizando a gestão de todos os valores arrecadados na Rondônia Rural Show. Neste ano, teremos novamente, mas de forma mais aprimorada”.
Desde o início do ano as reservas estão fechadas no parque hoteleiro de Ji-Paraná. Nem mesmo nas cidades vizinhas, de Cacoal, presidente Médici, Ouro Preto do Oeste, Jaru é possível encontrar acomodações para o enorme volume de visitantes e expositores, que estão dispostos a participar da mostra. Muita gente programou viagens no período e já alugou casas e apartamentos faturando uma grana extra.
Ji-Paraná tem uma ótima opção gastronômica desde a comida mais brejeiras, daquelas bem simples, mas saudável, caseira, que as pessoas encontrarão no Restaurante do Mineiro, um dos mais tradicionais da cidade, que só atende no almoço e tem o comando do competente Samuca.
A verdade é que Rondônia e boa parte das pessoas ligadas ao agronegócio nacional e internacional estarão marcando presença na RRSI deste ano, que certamente terá resultados mais expressivos que em 2023. A mostra, apesar de estar na sua 11ª edição demonstra, que veio para ficar e já está entre as maiores e mais importantes do País, pois não é apenas uma feira agrícola, mas um marco no calendário do agronegócio no Brasil.
É Rondônia com pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa a cada ano se consolidando econômica, social e politicamente em nível nacional e internacional devido a pujança do setor produtivo e dedicação de sua gente.
O Estado continua sendo a grande opção de progresso e desenvolvimento econômico, político e social, onde pessoas capacitadas têm a certeza de futuro promissor. E a RRSI é um espelho do que é e será Rondônia no futuro.
No site oficial da Rondônia Rural Show Internacional está o manual e o regulamento de exposição dos animais
Porto Velho, RO - Com o tema “Agricultura da Amazônia”, a 11ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, realizada pelo Governo de Rondônia entre os dias 20 a 25 de maio, em Ji-Paraná, trará a exposição de mais de 200 animais, entre ovinos, caprinos, equinos e bovinos da raça de produção de leite e carne. A apresentação faz parte da programação da 5ª Exposição Rondoniense do Agronegócio do Leite (RondoLEITE), no pavilhão da Bovinocultura.
A Rondônia Rural Show Internacional, desenvolvida pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), é um evento fundamental para os produtores rurais do Estado, pois proporciona um espaço para troca de conhecimentos e disseminação de novas técnicas e tecnologias para o campo.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressaltou a relevância do evento, que proporciona conhecimento técnico e ferramentas aos produtores rurais para aplicarem em suas propriedades. “É uma oportunidade valiosa para que os pecuaristas possam conhecer novas técnicas de melhoria genética”.
A 5ª RondoLEITE acontece no pavilhão da Bovinocultura
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Luiz Paulo, o evento gera benefícios, tanto para o produtor rural quanto para economia local. “Todo plantel é certificado e estará disponível, também, para comercialização. A proposta de apresentar esses animais de alta qualidade é exatamente para promover a troca de informações entre os criadores, com o intuito de aprimorar geneticamente cada raça”, destacou.
REGULAMENTO
No site oficial da Rondônia Rural Show Internacional está o manual e o regulamento de exposição dos animais. Segundo o documento, divulgado com antecedência a todos os inscritos, nenhum animal poderá entrar no evento, senão estiver acompanhado de Nota Fiscal (GTA), atestado ou certificado sanitários; emitidos por médico veterinário credenciado, conforme as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Outra exigência é o registro genealógico definitivo dos animais, em sua respectiva associação, conforme registro específico, com documento emitido. Os visitantes poderão conhecer o plantel nas baias construídas pela organização da Rondônia Rural Show Internacional, no Pavilhão da Bovinocultura. Haverá também, comercialização dos bovinos, durante os seis dias do evento, a partir das 8 horas.
Medida ocorre em resposta às perdas com as enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção de arroz no país
O governo federal editará uma medida provisória (MP) que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar 1 milhão de toneladas de arroz. De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a medida busca evitar a alta exacerbada dos preços diante das perdas com as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul (RS).
O ministro destacou que o estado é, hoje, responsável por 70% da produção de arroz no país. “Não é concorrer [com produtores nacionais]. A Conab não vai importar arroz e vender para os atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, afirmou.
Segundo Fávaro, os produtos serão direcionados a pequenos supermercados e estabelecimentos na periferia do país. A compra deve ser feita por meio de um leilão da Conab, visando principalmente o arroz descascado e empacotado.
O titular da Agricultura ressaltou que as enchentes no Rio Grande do Sul afetaram a logística do transporte de produtos. Além disso, uma parte dos insumos, que já havia sido colhido das lavouras, se perdeu devido aos armazéns que ficaram alagados.
DÍVIDAS DO SETOR
Após uma reunião de Fávaro com representantes da Federação da Agricultura e dos sindicatos rurais, nesta terça-feira (7/5), o ministro encaminhou um pedido ao Conselho Monetário Nacional para que as dívidas do setor em municípios afetados sejam prorrogadas por 90 dias.
Mato Grosso continua a reforçar sua posição como maior produtor de etanol à base de milho do Brasil. Durante a safra de abril do ano passado até março deste ano, o estado produziu 4,54 bilhões de litros de etanol de milho, um crescimento expressivo de 39,24% em relação à safra 2022/23.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a maior parte desse volume é de etanol hidratado, que representa 64,84% da produção total, enquanto o etanol anidro corresponde a 35,16%. Para alcançar esse resultado, foram moídas 10,11 milhões de toneladas de milho, um aumento de 37,86% em relação ao ciclo anterior.
Esse crescimento acentuado solidificou Mato Grosso como líder nacional na produção de etanol de milho, um setor em expansão que tem atraído investimentos significativos ao estado. As perspectivas para a safra 2024/25 também são positivas: o IMEA prevê que a moagem aumentará 14,53%, com uma estimativa de produção de etanol de milho exibindo alta de 14,64%.
Esses números refletem o dinamismo do setor agroindustrial em Mato Grosso e seu papel crucial no desenvolvimento do etanol à base de milho. A crescente demanda por biocombustíveis e a capacidade de produção do estado sugerem um futuro promissor para essa cadeia produtiva. Além de contribuir para a economia local, o aumento da produção de etanol de milho também pode ter implicações positivas para a matriz energética do Brasil, tornando-a mais diversificada e sustentável.