« 1 ... 68 69 70 (71) 72 73 74 ... 80 »
Ciência & Tecnologia : Estátua de Buda avaliada em R$ 600 mil é encontrada na Austrália
Enviado por alexandre em 15/03/2023 15:17:51

Uma estátua de Buda chamou atenção por suas características peculiares e preço considerável. Veja do que se trata a descoberta.

Na costa ocidental da Austrália, foi descoberta uma estátua de Buda minúscula que pode mudar a história das migrações humanas. O artefato de bronze, avaliado em R$ 600 mil, pertence à dinastia Ming, de acordo com especialistas.

 

Os cineastas e exploradores Leon Deschamps e Shane Thompson encontraram a relíquia enquanto detectavam metal em busca de objetos da era napoleônica para seu documentário sobre a exploração francesa da Austrália no início dos anos 1800.

 

Até aquele momento, a única descoberta havia sido uma lata de cerveja vazia.

Veja também

 

Maior organismo do planeta está sendo comido lentamente; saiba mais

 

Afinal, o ChatGPT é uma ameaça ou um aliado do criador de conteúdo?

 

VIAJANTES CHINESES

 

Foto: Reprodução

 

A descoberta de um pequeno artefato na Austrália pode ser uma prova da presença de marinheiros chineses no país séculos antes dos europeus.

 

O objeto em questão é uma estátua de Buda de bronze, avaliada em R$ 600 mil e pertencente à dinastia Ming. Os cineastas Leon Deschamps e Shane Thompson encontraram a relíquia enquanto procuravam objetos da era napoleônica para um documentário.

 

Acredita-se que a estátua tenha vindo para a praia por Bao Chuan, um navio do tesouro chinês, por volta de 1420.

 

Deschamps entrou em contato com o programa britânico Antiques Roadshow, cujos especialistas em arte asiática examinam objetos trazidos pelo público, para tentar provar sua teoria sobre a jornada de Buda.

 

No entanto, o especialista Lee Young não confirma que a estátua possa ser usada como evidência concreta da presença dos viajantes chineses no continente há mais de 600 anos. Contudo, essa informação precisa de revisão e confirmação por especialistas da área.

 

Mesmo assim, a descoberta e autenticação da estátua de Buda a tornam o artefato chinês mais antigo encontrado em solo australiano. Para Young, a história por trás do objeto o torna um tesouro mundial.

 

“Ocasionalmente, aparece um objeto com uma história incrível que o torna quase um tesouro mundial. A história sobre esse pequeno Buda e sua jornada para chegar aqui hoje, para mim, torna este um objeto excepcional”, diz o especialista.

 

ESTÁTUA DE BUDA

 

Lee Young, especialista em arte asiática, confirmou que a estátua de Buda na Austrália pertence à dinastia Ming, que governou a China entre 1368 e 1644.

 

De acordo com ele, trata-se de uma representação infantil para cerimônias para celebrar o aniversário do líder religioso.

 

Durante as cerimônias, água purificada ou chá caíam sobre os ombros de Buda. No entanto, para evitar danos, as estátuas eram feitas de bronze. Essa tradição é responsável pela representação infantil de Buda na praia da Austrália.

 

QUEM FOI BUDA?

 

A estátua de Buda encontrada possui um valor ainda maior referente a quem ela representa.

 

Buda foi um líder espiritual e fundador do budismo, uma das principais religiões do mundo. Seu nome real era Siddhartha Gautama e ele nasceu no século VI a.C. na região que hoje é o Nepal.

 

Contudo, tornou-se Buda adulto, que significa “o iluminado”, após alcançar a iluminação através da meditação.

 

Buda ensinou a seus seguidores a importância do autoconhecimento, da compaixão, da busca pela sabedoria e do caminho do meio, que consiste em evitar os extremos e buscar equilíbrio em todas as áreas da vida.

 

Assim, o budismo não possui um Deus criador ou um conjunto de regras divinas, e sim um conjunto de ensinamentos e práticas que visam levar os indivíduos a alcançar a paz interior e a liberação do ciclo de reencarnação, conhecido como samsara.

 

PROVAS

 

Existem diversas fontes históricas e arqueológicas que atestam a existência de Buda e de sua influência na Ásia. No entanto, Buda viveu há mais de 2500 anos. Por isso, não há muitos registros escritos ou materiais originais que tenham sobrevivido até os dias de hoje.

 

As principais fontes de informação sobre Buda são os textos budistas, que foram escritos alguns séculos após a morte de Buda e que relatam sua biografia, ensinamentos e os eventos importantes de sua vida.

 

Esses textos foram transmitidos oralmente por muitos anos antes de serem registrados por escrito, o que significa que podem conter algumas imprecisões históricas.

 

Além disso, existem diversas relíquias e locais sagrados associados a Buda, como templos, mosteiros e stupas (monumentos sagrados em forma de cúpula), que são considerados pelos budistas como locais importantes de peregrinação e veneração.

 

De maneira geral, as provas da existência de Buda se baseiam em uma combinação de relatos históricos, tradições orais e arqueologia.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

Posteriormente, novas provas se adicionaram, como a influência duradoura que seus ensinamentos tiveram na história e cultura da Ásia, e, eventualmente, estátuas que demonstram a fé de seus seguidores.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos

 

LEIA MAIS

Ciência & Tecnologia : Novas imagens de james webb podem mudar nossa compreensão do universo
Enviado por alexandre em 13/03/2023 09:52:14

Nos primeiros milhões de anos após o Big Bang, os astrônomos acreditavam que universo passou por um período conhecido como idade das trevas. Foram algumas centenas de milhões de anos nas quais ele estaria se esfriando o suficiente para que o gás se aglutinasse e colapsasse nas primeiras estrelas e as galáxias começassem a se formar.

 

Todos os modelos cosmológicos apontavam para isso. As primeiras galáxias seriam pequenas e menos massivas — muito menores que a Via Láctea, por exemplo —, do que as que surgiram após a idade das trevas. Porém, toda essa compreensão do nosso universo pode estar prestes a mudar.

 

Na última semana, o telescópio espacial James Webb detectou o que parecem ser seis galáxias muito antigas. Elas teriam surgido em uma época em que o universo tinha apenas 3% de sua idade atual. Elas não são nem as galáxias mais antigas que o telescópio já detectou e nem estão em um local desconhecido. Mas o que realmente importa é que elas parecem ser tão massivas quanto as galáxias que surgiram alguns bilhões de anos depois delas. E isso é algo que não faz muito sentido.

 

Veja também

 

Nasa monitora asteroide com chances de atingir a Terra

 

Robôs não vão superar pessoas, diz cofundador da OpenAI, criadora do ChatGPT

 

QUEBRADORES DO UNIVERSO

 

Joel Leja é professor assistente de astronomia e astrofísica da Penn State University e coautor do estudo que apresenta a descoberta. Segundo ele, “esses objetos são muito mais massivos do que se esperava. Esperávamos apenas encontrar galáxias pequenas, jovens e bebês neste momento, mas descobrimos galáxias tão maduras quanto a nossa no que antes era entendido como o alvorecer do universo”.

 

Como a região do universo em questão está muito longe, as informações que o James Webb consegue captar são de alguns bilhões de anos no passado. E o que se esperava é que ali as galáxias fossem menores, com estrelas pouco massivas. Porém, ao perceber os pontos vermelhos, os astrônomos ficaram confusos.

 

Na astronomia, a cor vermelha é um indicativo importante para determinar a idade de astros e objetos, porque à medida que a luz viaja pelo universo em expansão, ela é esticada ou deslocada para o vermelho. O artigo publicado na revista Nature explica que, até o momento, os astrônomos não obtiveram o espectro das imagens, que é o que vai confirmar se realmente se tratam de galáxias tão massivas, ou se a coloração vermelha pode ter outra explicação.

 

Uma das possibilidades é que os seis pontos vermelhos sejam, na verdade, buracos negro supermassivos que foram obscurecidos por poeira cósmica. Isso poderia deixá-los avermelhados como na imagem. Os astrônomos planejam em breve voltar o espelho do James Webb para essas galáxias novamente para, desta vez, obter espectros de luz desses pontos distantes. Os espectros quebram a luz observada de acordo com sua composição de comprimento de onda e, assim, revelam as propriedades químicas e físicas de sua fonte.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

"O mais importante é que os espectros fornecem distâncias muito precisas a esses objetos", disse Leja. "A 'distância' e a 'identidade' desses objetos estão correlacionadas: se soubermos a distância, podemos definir a identidade e vice-versa. Portanto, um espectro nos dirá imediatamente se nossas hipóteses estão corretas".

 

Fonte: Mega Curioso

LEIA MAIS

Ciência & Tecnologia : Aplicativo permite que usuário interaja com qualquer lembrança gravada em vídeo; confira!
Enviado por alexandre em 11/03/2023 13:13:48

Quem não gosta de guardar momentos preciosos por meio de vídeos? Mas o designer americano de softwares Andrew McHugh decidiu ir além e criou o aplicativo Wist, por enquanto exclusivo para iPhone, que permite que usuários “vivenciem” gravações antigas como se fossem memórias em 3D imersivas. A interação é feita por meio de celulares habilitados com a tecnologia AR (realidade aumentada) ou por meio de headset de realidade virtual.

 

“Minha avó morreu quando eu estava no ensino médio. Tenho alguns flashes de memória daquela época, mas não lembro muito bem. [Com o Wist] é o mesmo que estar lá…”, comenta o designer em entrevista á versão italiana da revista Wired.

 

Como funciona o aplicativo? Segundo a revista, o Wist pega um vídeo da galeria do sistema iOS e, em seguida, transforma as imagens 2D em uma experiência 3D imersiva. McHugh explica que o aplicativo é capaz de coletar dados 3D da gravação original, incluindo profundidade, cor e informações de áudio.

 

Veja também

 

Desocupados: Cientistas revivem vírus ?zumbi? que passou 48.500 anos congelado no permafrost

 

NASA já tem data para divulgar os astronautas da Artemis 2

 

Depois que o conteúdo é transformado em memórias espaciais, os usuários podem usar a realidade aumentada do iPhone ou um headset de realidade virtual para “interagir” com o ambiente. As memórias criadas pelo Wist podem ser experimentadas individualmente ou compartilhadas com amigos e familiares – desde que todos tenham telefone da Apple.

 

No vídeo de divulgação do aplicativo, é possível ter uma prévia de como as memórias são inseridas no ambiente em que o usuário está. Parece até cenas de filmes de ficção científica, que retratam o futuro distante.

 

https://portaldozacarias.com.br/site/noticia/aplicativo-permite-que-usuario--interaja-com-qualquer-lembranca-gravada-em-video--confira-/

O Wist ainda não está disponível na loja App Store da Apple, mas os interessados podem se cadastrar na whitelist (lista de espera), por meio deste questionário.

 

Fonte: Trendsbr

 

VEJA VÍDEO:

Ciência & Tecnologia : Desocupados: Cientistas revivem vírus ?zumbi? que passou 48.500 anos congelado no permafrost
Enviado por alexandre em 10/03/2023 01:01:37

Temperaturas mais altas no Ártico estão descongelando o permafrost da região – uma camada congelada de solo abaixo do chão– e potencialmente ativando vírus que, depois de permanecerem inativos por dezenas de milhares de anos, podem colocar em risco a saúde animal e humana. Enquanto uma pandemia desencadeada por uma doença do passado distante soa como o enredo de um filme de ficção científica, os cientistas alertam que os riscos, embora baixos, são subestimados. Resíduos químicos e radioativos que remontam à Guerra Fria, que têm o potencial de prejudicar a vida selvagem e perturbar os ecossistemas, também podem ser liberados durante o degelo.

 

“Há muita coisa acontecendo com o permafrost que é preocupante e realmente mostra por que é super importante mantermos o máximo possível do permafrost congelado”, disse Kimberley Miner, cientista do clima no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, Califórnia. O permafrost cobre um quinto do hemisfério norte, tendo sustentado a tundra ártica e as florestas boreais do Alasca, Canadá e Rússia por milênios.Ele serve como uma espécie de cápsula do tempo, preservando – além de vírus antigos – os restos mumificados de vários animais extintos que os cientistas conseguiram desenterrar e estudar nos últimos anos, incluindo dois filhotes de leão das cavernas e um rinoceronte lanudo .

 

A razão pela qual o permafrost é um bom meio de armazenamento não é apenas porque é frio; é um ambiente livre de oxigênio que a luz não penetra. Mas as temperaturas atuais do Ártico estão esquentando até quatro vezes mais rápido do que no resto do planeta, enfraquecendo a camada superior do permafrost na região. Para entender melhor os riscos representados por vírus congelados, Jean-Michel Claverie, professor emérito de medicina e genômica na Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille em Marselha, França, testou amostras de terra retiradas do permafrost siberiano para ver se alguma partícula viral contidos nele ainda são infecciosos.

 

Veja também

 

39% do tempo de trabalho doméstico vai ser automatizado na próxima década

 

Honda lança veículo autônomo capaz de carregar mais de 900 kg

 

O CAÇADOR DE VÍRUS  

 

Foto:Reprodução

 

Claverie estuda um tipo específico de vírus que descobriu pela primeira vez em 2003. Conhecidos como vírus gigantes, eles são muito maiores do que a variedade típica e visíveis sob um microscópio de luz comum, em vez de um microscópio eletrônico mais poderoso – o que os torna um bom modelo para isso.

 

Seus esforços para detectar vírus congelados no permafrost foram parcialmente inspirados por uma equipe de cientistas russos que em 2012 reviveram uma flor silvestre de um tecido de semente de 30.000 anos encontrado na toca de um esquilo. Desde então, os cientistas também trouxeram de volta à vida antigos animais microscópicos.

 

Em 2014, ele conseguiu reviver um vírus que ele e sua equipe isolaram do permafrost, tornando-o infeccioso pela primeira vez em 30.000 anos, inserindo-o em células cultivadas. Por segurança, ele escolheu estudar um vírus que só poderia atingir amebas unicelulares, não animais ou humanos.

 

Ele repetiu a façanha em 2015, isolando um tipo diferente de vírus que também tinha como alvo as amebas. E em sua pesquisa mais recente, publicada em 18 de fevereiro na revista Viruses, Claverie e sua equipe isolaram várias cepas de vírus antigos de várias amostras de permafrost retiradas de sete lugares diferentes da Sibéria e mostraram que cada uma delas poderia infectar células de ameba cultivadas.

 

Essas últimas cepas representam cinco novas famílias de vírus, além das duas que ele havia revivido anteriormente. O mais antigo tinha quase 48.500 anos, com base na datação por radiocarbono do solo, e veio de uma amostra de terra retirada de um lago subterrâneo 16 metros abaixo da superfície.

 

As amostras mais jovens, encontradas no conteúdo estomacal e na pelagem dos restos de um mamute lanoso, tinham 27.000 anos.
O fato de os vírus que infectam amebas ainda serem infecciosos depois de tanto tempo é indicativo de um problema potencialmente maior, disse Claverie. Ele teme que as pessoas considerem sua pesquisa uma curiosidade científica e não percebam a possibilidade de vírus antigos voltarem à vida como uma séria ameaça à saúde pública.

 

“Vemos esses vírus que infectam amebas como substitutos de todos os outros vírus possíveis que possam estar no permafrost”, disse Claverie à CNN “Vemos vestígios de muitos, muitos, muitos outros vírus”, acrescentou. “Então sabemos que eles estão lá. Não sabemos ao certo se ainda estão vivos. Mas nosso raciocínio é que, se os vírus da ameba ainda estão vivos, não há razão para que os outros vírus não continuem vivos e sejam capazes de infectar seus próprios hospedeiros”.

 

PRECEDENTE PARA INFECÇÃO HUMANA 

 

Traços de vírus e bactérias que podem infectar humanos foram encontrados preservados no permafrost. Uma amostra do pulmão do corpo de uma mulher exumada em 1997 do permafrost em uma vila na Península de Seward, no Alasca, continha material genômico da cepa de influenza responsável pela pandemia de 1918. Em 2012, os cientistas confirmaram que os restos mumificados de 300 anos de uma mulher enterrada na Sibéria continham as assinaturas genéticas do vírus que causa a varíola.

 

Um surto de antraz na Sibéria, que afetou dezenas de humanos e mais de 2.000 renas entre julho e agosto de 2016, também foi associado ao degelo mais profundo do permafrost durante verões excepcionalmente quentes, permitindo que velhos esporos de Bacillus anthracis ressurgissem de antigos cemitérios ou carcaças de animais.

 

Birgitta Evengård, professora emérita do Departamento de Microbiologia Clínica da Universidade de Umea, na Suécia, disse que deveria haver uma melhor vigilância do risco representado por patógenos potenciais no descongelamento do permafrost, mas alertou contra uma abordagem alarmista.

 

“Você deve se lembrar que nossa defesa imunológica foi desenvolvida em contato próximo com o ambiente microbiológico”, disse Evengård, que faz parte do CLINF Nordic Center of Excellence, um grupo que investiga os efeitos das mudanças climáticas na prevalência de doenças infecciosas em humanos e animais nas regiões do norte. “Se houver um vírus escondido no permafrost com o qual não temos contato há milhares de anos, pode ser que nossa defesa imunológica não seja suficiente”, disse ela. “O correto é ter respeito pela situação e ser proativo e não apenas reativo. E a maneira de combater o medo é ter conhecimento.”

 

CHANCES DE PROPAGAÇÃO VIRAL 

 

É claro que, no mundo real, os cientistas não sabem quanto tempo esses vírus podem permanecer infecciosos uma vez expostos às condições atuais, ou qual a probabilidade de o vírus encontrar um hospedeiro adequado. Nem todos os vírus são patógenos que podem causar doenças; alguns são benignos ou mesmo benéficos para seus hospedeiros. E embora seja o lar de 3,6 milhões de pessoas, o Ártico ainda é um lugar pouco povoado, tornando muito baixo o risco de exposição humana a vírus antigos.

 

Ainda assim, “o risco tende a aumentar no contexto do aquecimento global”, disse Claverie, “no qual o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas povoarão o Ártico na sequência de empreendimentos industriais”. E Claverie não está sozinho em alertar que a região pode se tornar um terreno fértil para um evento de transbordamento – quando um vírus salta para um novo hospedeiro e começa a se espalhar.

 

No ano passado, uma equipe de cientistas publicou pesquisas sobre amostras de solo e sedimentos de lagos retirados do Lago Hazen, um lago de água doce no Canadá localizado no Círculo Ártico. Eles sequenciaram o material genético no sedimento para identificar assinaturas virais e os genomas de potenciais hospedeiros – plantas e animais – na área.

 

Usando uma análise de modelo de computador, eles sugeriram que o risco de vírus se espalhar para novos hospedeiros era maior em locais próximos a onde grandes quantidades de água derretida glacial fluíam para o lago – um cenário que se torna mais provável à medida que o clima esquenta.

 

CONSEQUÊNCIAS DESCONHECIDAS

 

Identificar vírus e outros perigos contidos no permafrost em aquecimento é o primeiro passo para entender o risco que eles representam para o Ártico, disse Miner do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Outros desafios incluem quantificar onde, quando, com que rapidez e profundidade o permafrost irá derreter. O degelo pode ser um processo gradual de apenas alguns centímetros por década, mas também acontece mais rapidamente, como no caso de grandes depressões de terra que podem expor repentinamente camadas profundas e antigas de permafrost.

 

O processo também libera metano e dióxido de carbono na atmosfera – um fator negligenciado e subestimado da mudança climática. Miner catalogou uma série de riscos potenciais atualmente congelados no permafrost do Ártico em um artigo de 2021 publicado na revista científica Nature Climate Change. Esses possíveis perigos incluíam resíduos enterrados da mineração de metais pesados e produtos químicos, como o pesticida DDT, que foi proibido no início dos anos 2000. Material radioativo também foi despejado no Ártico – pela Rússia e pelos Estados Unidos – desde o advento dos testes nucleares na década de 1950.

 

“O degelo abrupto expõe rapidamente velhos horizontes de permafrost, liberando compostos e microorganismos sequestrados em camadas mais profundas”, observaram Miner e outros pesquisadores no artigo de 2021 . No trabalho de pesquisa, Miner rotulou a infecção direta de humanos com patógenos antigos liberados do permafrost como “atualmente improvável”. No entanto, Miner disse que está preocupada com o que chamou de “microrganismos Matusalém” (em homenagem à figura bíblica com o maior tempo de vida). Estes são organismos que podem trazer a dinâmica de ecossistemas antigos e extintos para o Ártico atual, com consequências desconhecidas.

 


O ressurgimento de microrganismos antigos tem o potencial de alterar a composição do solo e o crescimento vegetativo, possivelmente acelerando ainda mais os efeitos das mudanças climáticas, disse Miner. Não sabemos ao certo como esses micróbios vão interagir com o ambiente moderno”, disse ela. “Não é realmente um experimento que eu acho que qualquer um de nós queira fazer.” O melhor curso de ação, disse Miner, é tentar interromper o degelo e a crise climática mais ampla, e manter esses perigos enterrados no permafrost para sempre. 

 

Fonte:Metrópoles

LEIA MAIS

Ciência & Tecnologia : Honda lança veículo autônomo capaz de carregar mais de 900 kg
Enviado por alexandre em 08/03/2023 15:03:25

A Honda ficou mais conhecida no ramo de carros e motocicletas, no entanto, a marca japonesa também começou a apostar as suas fichas em robótica e direção autônoma nos últimos anos. Seu último lançamento é um veículo autônomo de trabalho (“Autonomous Work Vehicle” ou AWV) que funciona basicamente sem interação humana.

 

O modelo de terceira geração pode levar cerca de 907 kg de carga útil a bordo.

 

Atinge 16 km/h e oferece autonomia de até 10 horas (ou 45 km por carga) na versão de longo alcance.

 

Veja também

 

Tesla faz recall de mais de 3 mil Model Y por motivo bizarro

 

Quais são as versões do Android? Veja lista com todos nomes

 

Além da direção autônoma, o veículo também pode controla por um aplicativo para celular ou tablet. O que vai bem especialmente em canteiro de obras, por exemplo.

 

Sua configuração inclui ainda: GPS, radar, sensor LiDAR, câmera e conectividade com a nuvem.

 

“Testes de campo verificaram que os AWVs da Honda podem transportar e entregar materiais de construção e suprimentos em pontos precisos em uma rota predefinida”, disse a empresa.

 

O AWV chega para resolver problemas como escassez de mão de obra e transporte de mercadorias no setor de construção, aponta a Honda. A marca diz que a versão 3.0 já está pronta para testes de campo e procura parceiros dispostos a avaliar o robô.

 

Queremos nos encontrar com potenciais parceiros de negócios e empresas que estejam interessadas em testar o veículo em campo. Acreditamos que o Honda AWV pode ser uma solução valiosa para apoiar as equipes de construção e, ao mesmo tempo, aumentar a eficiência e a segurança no local de trabalho.

 

Foto: Reprodução

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

BATERIAS PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS

 

Em janeiro, também foi anunciado um novo consórcio para produção de baterias de íons de lítio para veículos elétricos envolvendo a Honda e a LG Energy Solution. A dupla começará em breve a construção de uma fábrica dedicada este ano com conclusão esperada para o fim de 2024. Já a produção em massa de células começa em 2025.

 

Fonte: Olhar Digital

LEIA MAIS

« 1 ... 68 69 70 (71) 72 73 74 ... 80 »
Publicidade Notícia