Regionais : As forças armadas não agem contra o `caos`, mas são parte fundamental dele – Por Vladimir Safatle
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Enviado por alexandre em 23/09/2017 19:02:44 |
Talvez não exista momento mais propício do que este para se lembrar da frase de Adorno e Horkheimer, para quem há horas em que não há nada mais estúpido do que ser inteligente. A frase se referia à incapacidade de setores da sociedade alemã de encararem claramente os signos de ascensão do nazismo no começo dos anos 1930 e pararem de procurar explicações sutis e inteligentes sobre a impossibilidade de o pior ocorrer. Dificilmente raciocínio dessa natureza não se aplicaria ao Brasil atual.
De fato, nosso país tem ao menos a virtude da clareza. E foi com a clareza a guiar seus olhos redentores que o general Antonio Hamilton Mourão revelou aos brasileiros que as Forças Armadas têm um golpe militar preparado, que há uma conspiração em marcha a fim de destituir o poder civil. Para mostrar que não se tratava de uma bravata que mereceria a mais dura das punições, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas descartou qualquer medida e ainda foi à televisão tecer loas a ditaduras e lembrar que, sim, as Forças Armadas podem intervir se o “caos” for iminente.
O “caos” em questão não é a instauração de um governo ilegal e brutalizado saído dos porões das casernas. Ao que parece, “caos” seria a situação atual de corrupção generalizada. Só que alguém poderia explicar à população de qual delírio saiu a crença de que as Forças Armadas brasileiras têm alguma moral para prometer redenção moral do país?
Que se saiba, quando seus pares tomaram de assalto o Palácio do Planalto, cresceram à sua sombra grandezas morais do quilate de José Sarney, Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães: todos pilares da ditadura. Enquanto eles estavam a atirar e censurar descontentes, o Brasil foi assolado por casos de corrupção como Capemi, Coroa Brastel, Brasilinvest, Paulipetro, grupo Delfin, projeto Jari, entre vários outros. Isso mesmo em um ambiente marcado pela censura e pela violência arbitrária.
De toda forma, como esperar moralidade de uma instituição que nunca viu maiores problemas em abrigar torturadores, estupradores, ocultadores de cadáveres, operadores de terrorismo de Estado, entre tantas outras grandes ações morais? As Forças Armadas brasileiras nunca tomaram distância dessas pessoas, expondo à nação um mea-culpa franco.
Ao contrário, elas os defenderam, os protegeram, até hoje. Que, ao menos, elas não venham oferecer ao país o espetáculo patético de aparecerem à cena da vida pública como defensoras de um renascimento moral feito, exatamente, pelas mãos de imoralistas. As Forças Armadas nunca foram uma garantia contra o “caos”. Elas foram parte fundamental do caos.
É verdade que setores da sociedade civil sonham com mais um golpe como forma de esconder o desgoverno que eles mesmos produziram. Há setores do empresariado nacional que articulam abertamente nesse sentido, sonhando como isto não terem que se confrontar mais com uma população que luta pelos seus interesses. Para tanto, eles apelam ao artigo 142 da Constituição de 1988.
Este artigo fora, desde o início, uma aberração legislativa imposta pelos próprios militares. Ele legalizava golpes de Estado, da mesma forma que o artigo 41 da República de Weimar, que versava sobre o estado de emergência, permitiu a ascensão da estrutura institucional do nazismo. Segundo o artigo, se qualquer poder chamar as Forças Armadas para garantirem a ordem, se digamos o sr. Rodrigo Maia fizer um apelo às Forças Armadas porque há “caos” em demasia, o golpe está legalizado. Ou seja, é verdade, nossa Constituição tinha uma bomba-relógio no seu seio. Bomba pronta a explodi-la, como agora se percebe.
Contra essa marcha da insanidade, há de se lembrar que, se chegamos ao ponto no qual um general na ativa pode expor abertamente que conspira contra o poder civil, então cabe àqueles que entendem não terem nascido para serem subjugados pela tirania, que não estão dispostos a abrir mão do resto de liberdade que ainda têm para se submeter a mais uma das infindáveis juntas latino-americanas, prepararem-se para exercer seu mais profundo direito: o direito de resistência armada contra a tirania.
Que os liberais se lembrem de John Locke e de seu “Segundo Tratado sobre o Governo”. Que os protestantes se lembrem de Calvino e de sua “Instituição da Religião Cristã”. E que o resto se lembre que a liberdade se defende de forma incondicional.
* Texto de Wladimir Safatle, professor doutor da USP
Fonte: Folha
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Regionais : Brinco com mensagem “Fora, Temer” vira mania
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Enviado por alexandre em 23/09/2017 18:51:41 |
Brinco com mensagem “Fora, Temer” vira mania
VEJA
A marca Ken-gá bitchwear possui diversos maxibrincos com palavras impactantes, como “Sapatão”, “Gorda”, “Travesti”, “Vyado”.
A ideia é ressignificar estas palavras para trazerem orgulho a quem usa os brincos. Atualmente, no entanto, o maior sucesso da linha, na realidade, é o modelo que vem com a mensagem de “Fora, Temer“.
O brinco-protesto se tornou “queridinho” de diversas fashionistas, inclusive das cantoras Pitty, Valesca Popozuda e Liniker. |
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Regionais : Mulher faz cerimônia e festa para casar com ela mesma
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Enviado por alexandre em 23/09/2017 18:50:00 |
A italiana Laura Mesi decidiu casar-se com ela mesma e realizar uma cerimônia de luxo com tudo o que tem direito. Solteira convicta, ela afirma que o noivo – ou a ausência dele – é um mero detalhe.
Laura é personal trainer e vive em Lissone, pequena cidade na região da Lombardia. Ela revelou ao jornal La Repubblica que gastou 10 mil euros (cerca de R$ 37 mil) com a cerimônia, incluindo lua de mel solo em Marsa Alam, destino paradisíaco no Egito.
A festa contou com apresentações especiais, um bolo caprichado com uma estatueta de Laura e 70 amigos. Tudo foi preparado por ela, que decidiu incluir uma aliança única entre os itens da decoração.
A personal trainer compartilhou os momentos felizes no Facebook, destacando que não há problema em ser solteira. “Um brinde a mim mesma pela minha loucura, consciência, segurança, amor pela vida e por ter conseguido fazer tudo!!!”, festejou.
folhamax
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Regionais : Idoso mata médico que lhe causou disfunção erétil
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Enviado por alexandre em 23/09/2017 18:47:31 |
Um barbeiro aposentado da Califórnia, nos Estados Unidos, foi condenado à prisão perpétua na última sexta-feira (15) pelo homicídio de um médico. Segundo a acusação, o idoso agiu em vingança por um erro do profissional, que deixou o paciente com disfunção erétil.
Stanwood Elkus, de 79 anos, foi considerado culpado por matar, em 21 de agosto, o urologista Ronald Gilbert a tiros. A sentença que não permite liberdade condicional ao assassino.
O plano de Elkus consistiu em surpreender o médico em seu consultório. Para isso, marcou uma consulta usando nome falso, Allen Gold, disseram os promotores. Assim que entrou na sala de exames, ele atirou dez vezes contra Gilbert, que era pai de dois filhos. Depois de efetuar os disparos, Elkus chamou uma enfermeira e disse: "Estou enlouquecido, chama a polícia".
Os promotores afirmaram que Elkus atirou no médico porque estava com raiva após uma "cirurgia malfeita", realizada em 1992. O procedimento médico deixou o homem com disfunção erétil. Depois da intervenção, ele teria sentido uma redução da libido tão forte que resultou no rompimento de um relacionamento de longa data; uma namorada com quem planejava se casar.
A distância entre a data da cirurgia e o crime se deve ao fato de que Elkus foi informado apenas recentemente de que tinha sido mal diagnosticado e que, na época, a cirurgia não precisava ser feita. "Elkus começou a colocar a culpa de todos os seus problemas nesse procedimento", afirmou o promotor Matt Murphy. "Ele ficou obcecado com isso."
Em juízo, o idoso alegou insanidade ao se declarar inocente, mas o juri saiu convencido de que ele tinha total lucidez no momento do crime. "Não poderia haver um castigo maior do que o ódio que ele tem no coração", lamentou Julie Harold Carter, amiga de Elkus.
Para a mulher da vítima, "o mundo foi roubado de um cidadão modelo". "Nossos filhos foram roubados de um pai incrível."
Elkus retirou seu aparelho auditivo durante toda a audiência e só voltou a usá-los para ouvir sua sentença.
folhamax
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Regionais : “Gritei bem alto que ia dar balinha”, missionária conta como converteu indígenas em Mato Grosso
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Enviado por alexandre em 23/09/2017 18:22:05 |
O pastor Isac Santos em foto publicada no facebook que rendeu polêmica sobre evangelização de indígenas Irmã Aurora chora ao lembrar dos Irantxe Manoki, tribo indígena que vive no extremo norte de Mato Grosso. “Eu sou como uma mãe para eles” conta ela emocionada em entrevista ao Olhar Direto. As lágrimas são porque Aurora Figueiredo de Amorim não visita a tribo desde 2014, quando teve de abandonar a pregação no meio da floresta por falta de apoio financeiro da igreja onde congrega.
“Os índios tem sede de Deus, eles são necessitados, as pessoas acham que indígenas são bichos, ninguém se importa muito com eles. Eu oro dia e noite porque quero muito voltar. Eu os amo acima de todas as coisas e eles me têm como mãe”, reflete ela.
A evangélica diz que começou as missões depois que recebeu um chamado divino: “Um dia eu tive uma visão, sonhei que andava no meio de homens estranhos, que estavam seminus, mas na hora do sonho eu não entendi que era Deus me mandando pregar para eles”, narra. Em 2011 ela e o marido, Joares Amorim, iniciaram o trabalho missionário.
Desconfiança
A primeira parada foi em Brasnorte, à 552 km de distância de Cuiabá. O casal evangélico conheceu alguns indígenas no município que facilitaram a entrada deles nas aldeias. As primeiras visitas e os primeiros cultos foram tensos. Aurora relatou ter sido ameaçada de morte. “Eles tentaram me matar uma vez, porque quando eu cheguei começou a morrer índios e eles acharam que eu era amaldiçoada”.
Aos poucos, a comunidade passou a aceitar desatenta aquela religião estranha. Para aumentar a intimidade, os pregadores dormiam um dia em Brasnorte e passavam outros dois ou três na aldeia. “Tinha vezes que eles se irritavam e expulsavam a gente, e aí a Funai mandava a gente sair, se eles aceitassem que a gente voltasse nós voltávamos”, explica.
O clima de animosidade durou muito tempo e a história só mudou quando Aurora teve uma nova visão. “Deus me disse que eu deveria comprar balinha, irmão”, a missionária obedeceu. “No dia seguinte eu comprei logo cinco quilos de balinha, eu gritei bem alto que ia dar balinha e um monte de índio veio para ouvir a palavra de Deus”, acrescenta.
Assim Aurora foi ganhando a confiança da comunidade e de pouco a pouco conseguiu converter e batizar indígenas das tribos Irantxe Manoki, Enawenê-nawê e Parecis. Na aldeia dos Manokis, uma igrejinha foi construída e um índio convertido tornou-se cacique.
Debate religioso
O debate sobre evangelização de indígenas voltou à tona depois que o pastor goiano Isac Santo publicou uma foto em sua página pessoal em que comemora o batismo de índios Xavantes do município de Água Boa. A ação foi bastante criticada pelos internautas e a maioria das reações a imagem foi negativa.
A foto foi publicada no mês passado, mas Isac conta que até hoje tem recebido mensagens sobre o caso. A maioria, segundo ele, repleta de ameaças e xingamentos. Ele conta que aquela não foi a primeira vez que os Xavantes tiveram contato com líderes protestantes. “Outro pastor já tinha feito um trabalho lá eles há quatro meses nos pediam para serem batizados”.
Segundo Isac, os Xavantes procuram o evagelho porque a Bíblia lembra a eles uma vida fraterna e comunitária, muito próximo daquilo que eles viviam. Quando não havia contato com o homem branco e o alcoolismo e a violência não era um problema. “Eles são muito família eles vem no evangelho um resgate disso. Eles perceberam que a igreja vai ajudá-los na preservação da cultura”, afirma ele.
Na última cerimônia, 38 xavantes foram batizados. O pastor afirma que o número é muito pequeno, perto de uma população de mais de 15 mil pessoas. Apenas no município de Água Boa vivem aproximadamente 2 mil xavantes.
olhar direto
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