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Ciência & Tecnologia : Desocupados: Cientistas revivem vírus ?zumbi? que passou 48.500 anos congelado no permafrost
Enviado por alexandre em 10/03/2023 01:01:37

Temperaturas mais altas no Ártico estão descongelando o permafrost da região – uma camada congelada de solo abaixo do chão– e potencialmente ativando vírus que, depois de permanecerem inativos por dezenas de milhares de anos, podem colocar em risco a saúde animal e humana. Enquanto uma pandemia desencadeada por uma doença do passado distante soa como o enredo de um filme de ficção científica, os cientistas alertam que os riscos, embora baixos, são subestimados. Resíduos químicos e radioativos que remontam à Guerra Fria, que têm o potencial de prejudicar a vida selvagem e perturbar os ecossistemas, também podem ser liberados durante o degelo.

 

“Há muita coisa acontecendo com o permafrost que é preocupante e realmente mostra por que é super importante mantermos o máximo possível do permafrost congelado”, disse Kimberley Miner, cientista do clima no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, Califórnia. O permafrost cobre um quinto do hemisfério norte, tendo sustentado a tundra ártica e as florestas boreais do Alasca, Canadá e Rússia por milênios.Ele serve como uma espécie de cápsula do tempo, preservando – além de vírus antigos – os restos mumificados de vários animais extintos que os cientistas conseguiram desenterrar e estudar nos últimos anos, incluindo dois filhotes de leão das cavernas e um rinoceronte lanudo .

 

A razão pela qual o permafrost é um bom meio de armazenamento não é apenas porque é frio; é um ambiente livre de oxigênio que a luz não penetra. Mas as temperaturas atuais do Ártico estão esquentando até quatro vezes mais rápido do que no resto do planeta, enfraquecendo a camada superior do permafrost na região. Para entender melhor os riscos representados por vírus congelados, Jean-Michel Claverie, professor emérito de medicina e genômica na Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille em Marselha, França, testou amostras de terra retiradas do permafrost siberiano para ver se alguma partícula viral contidos nele ainda são infecciosos.

 

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O CAÇADOR DE VÍRUS  

 

Foto:Reprodução

 

Claverie estuda um tipo específico de vírus que descobriu pela primeira vez em 2003. Conhecidos como vírus gigantes, eles são muito maiores do que a variedade típica e visíveis sob um microscópio de luz comum, em vez de um microscópio eletrônico mais poderoso – o que os torna um bom modelo para isso.

 

Seus esforços para detectar vírus congelados no permafrost foram parcialmente inspirados por uma equipe de cientistas russos que em 2012 reviveram uma flor silvestre de um tecido de semente de 30.000 anos encontrado na toca de um esquilo. Desde então, os cientistas também trouxeram de volta à vida antigos animais microscópicos.

 

Em 2014, ele conseguiu reviver um vírus que ele e sua equipe isolaram do permafrost, tornando-o infeccioso pela primeira vez em 30.000 anos, inserindo-o em células cultivadas. Por segurança, ele escolheu estudar um vírus que só poderia atingir amebas unicelulares, não animais ou humanos.

 

Ele repetiu a façanha em 2015, isolando um tipo diferente de vírus que também tinha como alvo as amebas. E em sua pesquisa mais recente, publicada em 18 de fevereiro na revista Viruses, Claverie e sua equipe isolaram várias cepas de vírus antigos de várias amostras de permafrost retiradas de sete lugares diferentes da Sibéria e mostraram que cada uma delas poderia infectar células de ameba cultivadas.

 

Essas últimas cepas representam cinco novas famílias de vírus, além das duas que ele havia revivido anteriormente. O mais antigo tinha quase 48.500 anos, com base na datação por radiocarbono do solo, e veio de uma amostra de terra retirada de um lago subterrâneo 16 metros abaixo da superfície.

 

As amostras mais jovens, encontradas no conteúdo estomacal e na pelagem dos restos de um mamute lanoso, tinham 27.000 anos.
O fato de os vírus que infectam amebas ainda serem infecciosos depois de tanto tempo é indicativo de um problema potencialmente maior, disse Claverie. Ele teme que as pessoas considerem sua pesquisa uma curiosidade científica e não percebam a possibilidade de vírus antigos voltarem à vida como uma séria ameaça à saúde pública.

 

“Vemos esses vírus que infectam amebas como substitutos de todos os outros vírus possíveis que possam estar no permafrost”, disse Claverie à CNN “Vemos vestígios de muitos, muitos, muitos outros vírus”, acrescentou. “Então sabemos que eles estão lá. Não sabemos ao certo se ainda estão vivos. Mas nosso raciocínio é que, se os vírus da ameba ainda estão vivos, não há razão para que os outros vírus não continuem vivos e sejam capazes de infectar seus próprios hospedeiros”.

 

PRECEDENTE PARA INFECÇÃO HUMANA 

 

Traços de vírus e bactérias que podem infectar humanos foram encontrados preservados no permafrost. Uma amostra do pulmão do corpo de uma mulher exumada em 1997 do permafrost em uma vila na Península de Seward, no Alasca, continha material genômico da cepa de influenza responsável pela pandemia de 1918. Em 2012, os cientistas confirmaram que os restos mumificados de 300 anos de uma mulher enterrada na Sibéria continham as assinaturas genéticas do vírus que causa a varíola.

 

Um surto de antraz na Sibéria, que afetou dezenas de humanos e mais de 2.000 renas entre julho e agosto de 2016, também foi associado ao degelo mais profundo do permafrost durante verões excepcionalmente quentes, permitindo que velhos esporos de Bacillus anthracis ressurgissem de antigos cemitérios ou carcaças de animais.

 

Birgitta Evengård, professora emérita do Departamento de Microbiologia Clínica da Universidade de Umea, na Suécia, disse que deveria haver uma melhor vigilância do risco representado por patógenos potenciais no descongelamento do permafrost, mas alertou contra uma abordagem alarmista.

 

“Você deve se lembrar que nossa defesa imunológica foi desenvolvida em contato próximo com o ambiente microbiológico”, disse Evengård, que faz parte do CLINF Nordic Center of Excellence, um grupo que investiga os efeitos das mudanças climáticas na prevalência de doenças infecciosas em humanos e animais nas regiões do norte. “Se houver um vírus escondido no permafrost com o qual não temos contato há milhares de anos, pode ser que nossa defesa imunológica não seja suficiente”, disse ela. “O correto é ter respeito pela situação e ser proativo e não apenas reativo. E a maneira de combater o medo é ter conhecimento.”

 

CHANCES DE PROPAGAÇÃO VIRAL 

 

É claro que, no mundo real, os cientistas não sabem quanto tempo esses vírus podem permanecer infecciosos uma vez expostos às condições atuais, ou qual a probabilidade de o vírus encontrar um hospedeiro adequado. Nem todos os vírus são patógenos que podem causar doenças; alguns são benignos ou mesmo benéficos para seus hospedeiros. E embora seja o lar de 3,6 milhões de pessoas, o Ártico ainda é um lugar pouco povoado, tornando muito baixo o risco de exposição humana a vírus antigos.

 

Ainda assim, “o risco tende a aumentar no contexto do aquecimento global”, disse Claverie, “no qual o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas povoarão o Ártico na sequência de empreendimentos industriais”. E Claverie não está sozinho em alertar que a região pode se tornar um terreno fértil para um evento de transbordamento – quando um vírus salta para um novo hospedeiro e começa a se espalhar.

 

No ano passado, uma equipe de cientistas publicou pesquisas sobre amostras de solo e sedimentos de lagos retirados do Lago Hazen, um lago de água doce no Canadá localizado no Círculo Ártico. Eles sequenciaram o material genético no sedimento para identificar assinaturas virais e os genomas de potenciais hospedeiros – plantas e animais – na área.

 

Usando uma análise de modelo de computador, eles sugeriram que o risco de vírus se espalhar para novos hospedeiros era maior em locais próximos a onde grandes quantidades de água derretida glacial fluíam para o lago – um cenário que se torna mais provável à medida que o clima esquenta.

 

CONSEQUÊNCIAS DESCONHECIDAS

 

Identificar vírus e outros perigos contidos no permafrost em aquecimento é o primeiro passo para entender o risco que eles representam para o Ártico, disse Miner do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Outros desafios incluem quantificar onde, quando, com que rapidez e profundidade o permafrost irá derreter. O degelo pode ser um processo gradual de apenas alguns centímetros por década, mas também acontece mais rapidamente, como no caso de grandes depressões de terra que podem expor repentinamente camadas profundas e antigas de permafrost.

 

O processo também libera metano e dióxido de carbono na atmosfera – um fator negligenciado e subestimado da mudança climática. Miner catalogou uma série de riscos potenciais atualmente congelados no permafrost do Ártico em um artigo de 2021 publicado na revista científica Nature Climate Change. Esses possíveis perigos incluíam resíduos enterrados da mineração de metais pesados e produtos químicos, como o pesticida DDT, que foi proibido no início dos anos 2000. Material radioativo também foi despejado no Ártico – pela Rússia e pelos Estados Unidos – desde o advento dos testes nucleares na década de 1950.

 

“O degelo abrupto expõe rapidamente velhos horizontes de permafrost, liberando compostos e microorganismos sequestrados em camadas mais profundas”, observaram Miner e outros pesquisadores no artigo de 2021 . No trabalho de pesquisa, Miner rotulou a infecção direta de humanos com patógenos antigos liberados do permafrost como “atualmente improvável”. No entanto, Miner disse que está preocupada com o que chamou de “microrganismos Matusalém” (em homenagem à figura bíblica com o maior tempo de vida). Estes são organismos que podem trazer a dinâmica de ecossistemas antigos e extintos para o Ártico atual, com consequências desconhecidas.

 


O ressurgimento de microrganismos antigos tem o potencial de alterar a composição do solo e o crescimento vegetativo, possivelmente acelerando ainda mais os efeitos das mudanças climáticas, disse Miner. Não sabemos ao certo como esses micróbios vão interagir com o ambiente moderno”, disse ela. “Não é realmente um experimento que eu acho que qualquer um de nós queira fazer.” O melhor curso de ação, disse Miner, é tentar interromper o degelo e a crise climática mais ampla, e manter esses perigos enterrados no permafrost para sempre. 

 

Fonte:Metrópoles

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Enviado por alexandre em 08/03/2023 15:03:25

A Honda ficou mais conhecida no ramo de carros e motocicletas, no entanto, a marca japonesa também começou a apostar as suas fichas em robótica e direção autônoma nos últimos anos. Seu último lançamento é um veículo autônomo de trabalho (“Autonomous Work Vehicle” ou AWV) que funciona basicamente sem interação humana.

 

O modelo de terceira geração pode levar cerca de 907 kg de carga útil a bordo.

 

Atinge 16 km/h e oferece autonomia de até 10 horas (ou 45 km por carga) na versão de longo alcance.

 

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Além da direção autônoma, o veículo também pode controla por um aplicativo para celular ou tablet. O que vai bem especialmente em canteiro de obras, por exemplo.

 

Sua configuração inclui ainda: GPS, radar, sensor LiDAR, câmera e conectividade com a nuvem.

 

“Testes de campo verificaram que os AWVs da Honda podem transportar e entregar materiais de construção e suprimentos em pontos precisos em uma rota predefinida”, disse a empresa.

 

O AWV chega para resolver problemas como escassez de mão de obra e transporte de mercadorias no setor de construção, aponta a Honda. A marca diz que a versão 3.0 já está pronta para testes de campo e procura parceiros dispostos a avaliar o robô.

 

Queremos nos encontrar com potenciais parceiros de negócios e empresas que estejam interessadas em testar o veículo em campo. Acreditamos que o Honda AWV pode ser uma solução valiosa para apoiar as equipes de construção e, ao mesmo tempo, aumentar a eficiência e a segurança no local de trabalho.

 

Foto: Reprodução

 

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BATERIAS PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS

 

Em janeiro, também foi anunciado um novo consórcio para produção de baterias de íons de lítio para veículos elétricos envolvendo a Honda e a LG Energy Solution. A dupla começará em breve a construção de uma fábrica dedicada este ano com conclusão esperada para o fim de 2024. Já a produção em massa de células começa em 2025.

 

Fonte: Olhar Digital

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Ciência & Tecnologia : Tesla faz recall de mais de 3 mil Model Y por motivo bizarro
Enviado por alexandre em 07/03/2023 00:31:54

Um documento oficial informa que um ou mais parafusos que seguram as estruturas dos bancos da segunda fileira do SUV podem não ter sido bem apertados

A Tesla confirmou no último sábado (4) um novo recall que afeta 3.470 unidades do Model Y fabricadas entre 2022 e 2023 nos Estados Unidos. O motivo? Parafusos soltos.

 

O problema foi identificado no dia 10 de dezembro de 2022 por um operador na fábrica de Fremont, na Califórnia. O funcionário encontrou um parafuso com torque incorreto em um Model Y recém-construído.

 

A fabricante de veículos elétricos realizou testes internos que mostram que as cargas do sistema de cinto de segurança passam justamente pela estrutura inferior do assento, ou seja, se os parafusos não estiverem bem apertados, o cinto de segurança pode não funcionar como planejado em caso de colisão, aumentando o risco de lesões para os ocupantes.

 

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Em resposta, o fornecedor em questão, a americana Faurecia, diz que desde dezembro do ano passado adotou treinamento e supervisão aprimorados para garantir que os parafusos possam ser apertados corretamente.

 

Foto: Reprodução

 

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A montadora de Elon Musk disse que inspecionará sem custos todos os parafusos que prendem os assentos do lado do motorista, do passageiro e da segunda fileira. Lojas e centros de serviços da marca já foram informados sobre o procedimento e proprietários afetados receberão notificações sobre o recall.

 

Fonte: Olhar Digital

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Enviado por alexandre em 06/03/2023 01:09:06

A Meta, dona de Facebook e Instagram, anunciou que irá reduzir o preço dos seus óculos de realidade virtual em 33%, no caso da versão mais cara, e em 14% no caso do outro modelo.

 

Segunda a companhia, os novos valores passam a valer a partir do dia 5 de março nos Estados Unidos e Canadá e em 15 de março nos demais países onde está disponível.

 

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Dessa forma, o Meta Quest Pro, projetado para uso profissional, será vendido por US$ 1.000, enquanto o Meta Quest 2, versão mais simples, estará disponível por US$ 430 em cerca de vinte países.

 

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Embora a Meta esteja investindo pesado na realidade virtual e apostando no seu “metaverso”, o movimento é visto com desconfiança por parte dos investidores, já que a Reality Labs, unidade da Meta que foca em realidade virtual, teve um prejuízo de mais de US$ 13 bi em 2022.

 

Fonte: Isto É Dinheiro

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Enviado por alexandre em 03/03/2023 00:36:11

A NASA e a SpaceX fizeram uma primeira tentativa de lançamento da Crew-6 na madrugada do dia 27 de fevereiro

Após um adiamento, a missão Crew-6, da NASA, finalmente foi lançada com sucesso pela SpaceX na madrugada desta quinta-feira (2). Levando um novo grupo de astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS), a cápsula deve fazer o acoplamento na próxima sexta-feira (3).

 

Como foi? A decolagem ocorreu as 02h34, no horário de Brasília, iluminando os céus da Flórida. Cerca de dois minutos e meio depois o primeiro estágio do foguete se soltou e voltou para a Terra. O estágio superior seguiu com o trabalho e colocou a cápsula em órbita. 12 minutos depois do lançamento, a Endeavour estava livre o espaço.

 

“Só quero dizer, como um piloto novato, que foi um passeio e tanto. Obrigado!”

 

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Disse astronauta da NASA, Woody Hoburg, logo após a separação da espaçonave

 

Além do americano Hoburg, a missão tem ainda outros dois novatos, o piloto dos Emirados Árabes Sultan Al Neyadi e o cosmonauta Andrey Fedyae. Mas quem comanda a missão é o astronauta da NASA, Stephen Bowen, que já esteve na ISS outras três vezes.

 

O que acontece agora após a chegada da Crew-6, na ISS?

 

Após a chegada do novo grupo Crew-6 na ISS, as duas tripulações vão se sobrepor em órbita por alguns dias, até o retorno da cápsula Endurance à Terra, trazendo para casa os astronautas da NASA Josh Cassada e Nicole Mann, além do japonês Koichi Wakata e da russa Anna Kikina.

 

Antes deste voo, a cápsula Endeavour fez outros três: as missões Demo-2, em 2020, primeiro voo tripulado da SpaceX; Crew-2, em 2021; e Ax-1, primeiro voo tripulado totalmente privado ao laboratório orbital, em abril de 2022.

 

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A NASA e a SpaceX fizeram uma primeira tentativa de lançamento da Crew-6 na madrugada do dia 27 de fevereiro. No entanto, a missão foi abortada cerca de dois minutos antes da decolagem por conta de um problema no fluido de ignição responsável por acender o primeiro estágio do Falcon 9.

 

Fonte: Olhar Digital

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