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Brasil : Conheça as dez famílias mais ricas do mundo, segundo a Bloomberg
Enviado por alexandre em 17/12/2024 10:30:22


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As 25 famílias mais ricas do planeta tiveram um aumento significativo em suas fortunas entre 2023 e 2024, de acordo com um levantamento da Bloomberg. Juntas, elas acumularam um crescimento de US$ 406,5 bilhões (cerca de R$ 2,47 trilhões) no período. Apesar do montante expressivo, o ritmo de crescimento foi mais modesto do que o registrado no ano anterior, quando o grupo adicionou US$ 1,5 trilhão às suas riquezas. Clique AQUI para nos apoiar!



Segundo a Bloomberg, a manutenção de ativos estratégicos dentro do núcleo familiar é um dos fatores que impulsionam a estabilidade e a expansão do patrimônio, como no caso das famílias proprietárias da grife Hermès e da farmacêutica Roche, que utilizam acordos internos para garantir a unidade.

Confira abaixo as 10 famílias mais ricas do mundo, conforme a lista da Bloomberg e clique AQUI para ver a lista na íntegra, com as 25 famílias.

Walton (Walmart)
Fortuna: US$ 432,4 bilhões
País: Estados Unidos
Gerações: 3
O Walmart, maior varejista global em receita, alcançou US$ 648,1 bilhões no último ano fiscal, operando em mais de 10.600 lojas no mundo. Com 46% das ações, os Waltons detêm a maior fortuna familiar da atualidade, segundo o relatório.



Al Nahyan (Emirados Árabes)
Fortuna: US$ 323,9 bilhões
País: Emirados Árabes Unidos
Gerações: 3
A capital Abu Dhabi, governada pelo xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, concentra a maior parte das reservas de petróleo do país. Outros membros da família desempenham papéis influentes no governo e no setor privado.

Al Thani (Catar)
Fortuna: US$ 172,9 bilhões
País: Catar
Gerações: 8
No poder desde o século XIX, a família Al Thani viu suas riquezas dispararem após a exploração de grandes campos de gás offshore. Os negócios familiares abrangem áreas como hotelaria, construção e seguros.



Hermès (França)
Fortuna: US$ 170,6 bilhões
País: França
Gerações: 6
Mais de 100 herdeiros controlam a renomada marca de luxo Hermès, reconhecida mundialmente por seus artigos de moda, incluindo as icônicas bolsas.

Koch (Koch Industries)
Fortuna: US$ 148,5 bilhões
País: Estados Unidos
Gerações: 3
A Koch Industries, fundada no setor de petróleo, evoluiu para um conglomerado diversificado que fatura cerca de US$ 125 bilhões anuais, com atuação em energia, manufatura e produtos químicos.



Al Saud (Arábia Saudita)
Fortuna: US$ 140 bilhões
País: Arábia Saudita
Gerações: 3
A monarquia saudita, com 92 anos de história, construiu sua fortuna com base nas vastas reservas de petróleo. Estima-se que a riqueza total da família real, que inclui cerca de 15 mil membros, seja ainda maior.



Mars (Mars Inc.)
Fortuna: US$ 133,8 bilhões
País: Estados Unidos
Gerações: 5
A fabricante dos chocolates M&M’s, Snickers e Milky Way também se destaca no mercado de produtos para pets, que hoje representa mais da metade de sua receita.

Ambani (Reliance Industries)
Fortuna: US$ 99,6 bilhões
País: Índia
Gerações: 3
Fundada por Dhirubhai Ambani nos anos 1950, a Reliance Industries, comandada atualmente por Mukesh Ambani, é dona do maior complexo de refino de petróleo do mundo.



Wertheimer (Chanel)
Fortuna: US$ 88 bilhões
País: França
Gerações: 3
A fortuna da família Wertheimer teve início com o financiamento do avô à estilista Coco Chanel na década de 1920. Além da maison, a família investe em cavalos de corrida e vinhedos.

Thomson (Thomson Reuters)
Fortuna: US$ 87,1 bilhões
País: Canadá
Gerações: 3
Originária de uma estação de rádio nos anos 1930, a família Thomson construiu um império de mídia e hoje detém 70% da Thomson Reuters, especializada em serviços financeiros e de dados.




Brasil : Uma a cada 3 famílias tem filhos que não aprendem o esperado na escola
Enviado por alexandre em 16/12/2024 12:14:49

A pesquisa mostra também que as famílias reconhecem que os professores são o elemento mais importante para a garantia da aprendizagem de crianças e adolescentes

A pesquisa mostra uma preocupação com a permanência escolar: metade (51%) dos responsáveis concordam que “muitos estudantes estão abandonando a escola”. Foto: assessoria 

Pais, mães e responsáveis estão preocupados com a permanência e com o aprendizado dos filhos na escola. Pelo menos um a cada três pais ou outros responsáveis acredita que os filhos não estão aprendendo o esperado para a idade. Diante dessa situação, 91% acreditam que é preciso fortalecer o ensino de matemática e mais de 80% apoiam a ampliação de atividades artísticas, esportivas e culturais, além da inclusão de temas sobre diversidade étnico-racial.

As informações fazem parte da pesquisa Opinião das Famílias: Percepções e Contribuições para a Educação Municipal, realizada pelo Instituto Datafolha com 4.969 pais e/ou responsáveis por crianças e adolescentes de 6 a 18 anos que estudam em escolas públicas de redes municipais de ensino. A pesquisa foi encomendada pela Fundação Itaú e pelo Todos Pela Educação.

“Acho que esses dados mostram um cenário, de fato, de preocupação. Os pais desses estudantes veem que existem diversos desafios olhando para o contexto da escola, que têm estudantes que estão abandonando, que esses estudantes não estão muito motivados para ir para a escola, que eles não estão aprendendo”, diz a coordenadora de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Natália Fregonesi.

Para ela, isso é uma sinalização importante para os governantes: “É uma percepção da sociedade de que a educação precisa melhorar. Então, acho que é uma sinalização muito importante para os governadores, para os prefeitos, para todos os governantes, de que é preciso investir e dar prioridade política para a educação”, diz.

A pesquisa mostra uma preocupação com a permanência escolar: metade (51%) dos responsáveis concordam que “muitos estudantes estão abandonando a escola”. Entre as famílias com menor rendimento, de até um salário mínimo, esse percentual é maior, 53%. Entre aquelas com maior rendimento, de mais de cinco salários mínimos, esse percentual cai para 37%.

Considerando apenas os responsáveis por estudantes dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o abandono escolar é uma preocupação mencionada pela maioria (57%) das famílias dos estudantes.

A qualidade da aprendizagem também é preocupação dos pais. Entre os responsáveis por estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, 36% não acreditam que seus filhos estão adquirindo o conhecimento esperado para a idade. Já nos anos finais, essa porcentagem é ainda maior, 41%.

Mais aulas

Os responsáveis acreditam que os estudantes precisam de mais reforço nas escolas. Nove em cada dez (91%) acreditam que é imprescindível fortalecer o ensino de matemática nos currículos escolares. Além disso, mais de 80% apoiam a ampliação de atividades artísticas, esportivas e culturais, além da inclusão de temas sobre diversidade étnico-racial.

“Esse ponto de melhoria do ensino da matemática é um ponto que apareceu muito forte na pesquisa. Acho que é algo bastante perceptível para os pais que acompanham esses estudantes em casa, que veem as dificuldades. É um ponto que de fato precisa ser priorizado e isso está na percepção dos pais, mas está também nos resultados educacionais. Então, quando a gente olha para os índices educacionais do Brasil, a gente vê que existe uma lacuna muito grande, especialmente em matemática, em que o país não consegue avançar”, diz Fregonesi.

Essa lacuna ficou evidente em pesquisa internacional divulgada recentemente que mostrou que mais da metade dos estudantes brasileiros do ensino fundamental não domina conhecimentos básicos de matemática. De acordo com os resultados do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss), divulgado este mês, esses estudantes estão abaixo do nível considerado baixo.

Isso significa, por exemplo, que a maior parte dos estudantes do Brasil do 4º ano do ensino fundamental não foi capaz de resolver questões de soma de números em matemática ou mesmo, em ciências, identificar que plantas precisam de luz para sobreviver.

Escolas em tempo integral

Quando perguntados sobre a ação prioritária para as próximas gestões municipais na educação, a expansão do número de escolas em tempo integral aparece em primeiro lugar, apontada por 30% dos entrevistados.

“Nas escolas de tempo integral, para além das atividades curriculares que já tem na escola regular, se abre uma possibilidade de oferecer outras atividades e outras disciplinas para esses estudantes. Então, é possível ter mais momentos, por exemplo, de reforço de matemática, é possível ter mais momentos de aulas voltadas para habilidades artísticas”, diz a coordenadora.

Em 2023, o governo federal lançou o Programa educação em tempo integral. O programa prevê o aumento das vagas em tempo integral, ou seja, com uma jornada igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais. Para isso, a União irá repassar recursos e oferecer assistência técnica a estados, municípios e Distrito Federal. A meta é alcançar, até 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas.

Outras prioridades elencadas para os novos gestores incluem a necessidade de aprimorar a infraestrutura escolar (20%) e as condições de trabalho dos professores (17%), bem como realizar investimentos na alfabetização dos estudantes (17%).

As melhorias de infraestrutura são demandas mais presentes principalmente entre famílias das regiões Norte (23%) e Nordeste (26%). Na região Sudeste, apenas 12% consideram esse tipo de melhoria como prioritária.

Valorização dos professores

A pesquisa mostra também que as famílias reconhecem que os professores são o elemento mais importante para a garantia da aprendizagem de crianças e adolescentes. Os resultados mostram que 70% dos pais e responsáveis relataram que os filhos se sentem acolhidos pelos professores. Além disso, itens como maior acompanhamento do desenvolvimento dos alunos e melhor formação e qualificação dos docentes receberam 86% de concordância entre os entrevistados como centrais para a melhoria da aprendizagem dos estudantes.

“Isso é muito interessante para mostrar o quanto que os professores, de fato, são reconhecidos como tendo essa importância na vida dos estudantes”, diz Fregonesi. “É mais um sinal para os nossos governantes de que, de fato, esses são os profissionais mais importantes para garantir a aprendizagem dos estudantes. Então, é preciso investir nesses profissionais, dar boas condições de trabalho, valorização, garantir sua formação, sua qualificação”, defende.

A pesquisa foi realizada entre julho e agosto de 2024. Foram feitas tanto entrevistas pessoais com abordagem dos entrevistados em pontos de fluxo populacional, distribuídos geograficamente nas áreas pesquisadas, nas cinco regiões do país, quanto abordagens telefônica a partir de sorteio aleatório de números de telefones celulares distribuídos de acordo com o código DDD.

Brasil : Marinha alerta para possível ciclone subtropical no Sul do Brasil
Enviado por alexandre em 16/12/2024 12:06:44


Possibilidade de formação de ciclone subtropical na costa do Sul do Brasil. Foto: Divulgação

A Marinha do Brasil emitiu nesta sexta-feira (13) um alerta para a possível formação de um ciclone subtropical no Oceano Atlântico Sul, na região próxima ao Rio Grande do Sul e ao Uruguai. O aviso é válido até a próxima terça-feira (17) e se baseia em modelos de simulação atmosférica dos Estados Unidos e da Comunidade Europeia.

Os modelos indicam a possibilidade de pressão atmosférica abaixo de 1000hPa, o que pode provocar ventos fortes, tempo instável e condições adversas no mar. Mesmo que o ciclone não se forme, a queda de pressão atmosférica pode resultar em chuvas intensas e mar agitado ao longo da costa sul do Brasil durante o final de semana.

A Climatempo também emitiu um alerta para o risco de ressaca, com previsão de ondas de até 2,5 metros entre Torres (RS) e Florianópolis (SC) até a noite de domingo (15).

Brasil : Governo registra 274 mil denúncias de violência contra crianças em 2024
Enviado por alexandre em 16/12/2024 12:04:39


Somente em 2024, foram quase 275 mil denúncias de violência contra crianças no Brasil. Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

As denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Brasil lideram com folga o ranking do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) para esse tipo de ocorrência envolvendo grupos considerados vulneráveis. Em 2024, até o dia 9 de dezembro, data da última atualização, foram contabilizadas 274.999 queixas.

Em contrapartida, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça divulgados no relatório CNJ Justiça em número 2024 , há no Brasil apenas 11 varas especializadas em crimes contra a criança e o adolescente, com acervo total de 475 processos baixados e 1.320 pendentes, o que equivale a uma taxa de congestionamento de 74%.

O CNJ utilizou em seu relatório dados provenientes da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (Datajud) e do Sistema Módulo de Produtividade Mensal (MPM), que possui o cadastro de todas as unidades judiciárias do país, com informações sobre as competências abrangidas em cada uma delas, a jurisdição e outros indicativos.

De acordo com o juiz Newton Carneiro Primo, titular da Vara da Infância e Juventude de Ananindeua (PA), a “escassez” de varas especializadas em crimes contra a criança e o adolescente contribui “de forma significativa” para o elevado número de casos de violência.

“A falta de varas especializadas sobrecarrega as varas comuns, levando ao acúmulo de casos de violência contra crianças e adolescentes. Essa sobrecarga atrasa os julgamentos e dificulta a aplicação da justiça, contrariando o espírito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, analisa o magistrado.

Primo explica que os juízes de varas especializadas são treinados especificamente para lidar com esses casos, enquanto magistrados e promotores das varas comuns podem não ter a mesma expertise. “A falta de varas especializadas, principalmente em regiões remotas como o Marajó, dificulta o acesso à justiça para as vítimas”.

O juiz aponta outros fatores para o alto índice de denúncias, como a “cultura da violência” arraigada na sociedade, que naturaliza a agressão e punição física; a pobreza e a desigualdade social, que expõem crianças e adolescentes a situações de vulnerabilidade, e a falta de políticas públicas eficazes de prevenção e combate à violência.

“A impunidade dos agressores envia a mensagem de que a violência é tolerada, incentivando sua prática. A naturalização da violência sexual, muitas vezes silenciada ou minimizada, também contribui para sua perpetuação. O medo, a vergonha ou a falta de confiança nas autoridades impedem muitas vítimas de denunciar”, acrescenta Primo.

Com base na sua experiência na magistratura, o julgador enumera os principais tipo de violência contra crianças e adolescentes: a sexual (abusos em geral, estupro de vulnerável e exploração sexual), a física (agressões, maus-tratos, tortura e homicídio) e as derivadas de negligência (abandono, falta de cuidados básicos com a saúde, educação e bem-estar).

Esse universo profissional inspirou Primo a escrever o romance Flor de Formosura para promover a reflexão sobre o tema e despertar empatia na sociedade. A obra retrata o drama de uma marajoara abusada em casa pelo pai. Ela foge para tentar refazer sua vida em Belém, mas se depara com um mundo hostil e é submetida à exploração sexual.

Para minimizar o atual cenário, o juiz defende a ampliação das políticas públicas de prevenção e combate à violência, com foco na educação, no apoio às famílias e na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Ele também propõe a criação de mais varas especializadas, o fortalecimento dos órgãos de proteção e o incentivo às denúncias.

Entenda os números

Sobre as 274,9 mil denúncias registradas pelo MDHC, que reportaram mais de 1,6 milhão de violações, elas foram recebidas pelos canais Disque 100, Ligue 180 e aplicativo DH Brasil. Nesse cômputo não constam as queixas feitas diretamente aos números 190, 197 e 181, respectivamente, da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Disque-denúncia.

O elevado número de violações em relação ao de denúncias decorre da possibilidade de apenas uma queixa ao MDHC atribuir mais de uma ocorrência do mesmo autor ou autora contra uma única ou múltiplas vítimas. As violências contra crianças e adolescentes representam 37,83% das 618,5 mil demandas recebidas neste ano pelo ministério.

Outros grupos vulneráveis vêm a seguir no ranking de denúncias ao MDHC: pessoa idosa (23,45%), mulher em razão do gênero (14,83%), pessoa com deficiência (12,33%), vítimas da categoria “cidadão, família ou comunidade” (8,9%), presidiários (1,14%), comunidade LGBTQIA+ (1,06%) e população de rua (0,44%).

Os dez estados com maior número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes são: São Paulo (80.416), Rio de Janeiro (34.414), Minas Gerais (28.380), Rio Grande do Sul (14.014), Bahia (13.424), Santa Catarina (11.100), Paraná (10.845), Pernambuco (10.032), Ceará (7.517) e Goiás (7.332).

Em relação aos 15 municípios com mais queixas, São Paulo desponta na liderança, seguido por Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Campinas (SP), Guarulhos (SP), Campo Grande, Duque de Caxias (RJ), Porto Alegre, Nova Iguaçu (RJ) e Curitiba.

Caso Henry Borel

Em 2021, no Rio de Janeiro, a morte de Henry Borel, de 4 anos, acelerou a criação da 1ª Vara Especializada em Crimes contra Crianças e Adolescentes (Veca) da capital fluminense. Ele faleceu em decorrência de hemorragia interna e múltiplas lesões. O padrasto do menino é acusado de agredi-lo com a conivência da mãe da criança.

Segundo a juíza titular da 1ª Veca, Gisela Guida, a implantação da vara especializada era uma demanda que vinha de longo tempo, mas o caso do menino Henry Borel contribuiu. “Percebemos que casos como esses são mais bem detectados e mais bem trabalhados junto ao Poder Público quando tratados de maneira especializada”.

Brasil : Bolívia solicita reconhecimento da folha de coca como patrimônio ancestral durante evento na Áustria
Enviado por alexandre em 13/12/2024 00:49:11

O secretário-geral da Vice-Presidência da Bolívia, Juan Carlos Alurralde, reafirmou esta semana a posição do país em relação à desestigmatização da folha de coca, solicitando a sua retirada da Lista 1 de Entorpecentes da ONU.

Durante o seu discurso nas sessões da Comissão de Estupefacientes (CND) e da Comissão de Prevenção do Crime e Justiça Penal (CCPCJ) das Nações Unidas em Viena, Áustria, destacou a importância de fazer justiça a esta planta milenar, cujo uso foi erroneamente classificado como prejudicial desde meados do século passado.

“Permitimo-nos lembrar com firmeza que os Estados-membros têm a responsabilidade de garantir que as decisões tomadas nesta comissão sejam baseadas na verdade científica e no respeito pelos povos indígenas”, sublinhou Alurralde, citado num relatório institucional.

A autoridade boliviana recordou os esforços da Bolívia desde 2011 para defender a sua soberania e proteger o uso tradicional, medicinal, nutricional e cultural da folha de coca.

Em 2013, a Bolívia reafirmou a sua posição através de uma reserva que protege o uso ancestral da coca, ao mesmo tempo que implementou mecanismos de controlo eficazes para equilibrar estas práticas com a luta contra o tráfico de drogas.

Alurralde destacou que a Bolívia demonstrou que é possível compatibilizar a preservação das tradições ancestrais com o cumprimento das regulamentações internacionais.

“A Bolívia demonstrou com integridade e responsabilidade que é possível implementar mecanismos de controle eficazes que equilibrem a preservação das práticas ancestrais e o combate ao tráfico de drogas, pelo qual a Bolívia é absolutamente responsável”, afirmou.

Apelou ao respeito pelos direitos dos povos indígenas e dos seus medicamentos tradicionais, solicitando o pleno reconhecimento da folha de coca como um bem comum para a humanidade.

“É inaceitável que, embora outras plantas já tenham sido reconhecidas pelas suas propriedades medicinais, como a marijuana, por exemplo, o potencial da folha de coca continue a ser deliberadamente ignorado”, acrescentou.

Destacou a necessidade de corrigir os preconceitos históricos que levaram à estigmatização da folha de coca, qualificando de injusto o relatório de 1950 que baseou a sua classificação atual.

A este respeito, destacou que o exame crítico liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) representa uma oportunidade única para reivindicar esta planta como patrimônio dos povos indígenas e um recurso de grande valor para a humanidade.

Reiterou o compromisso da Bolívia com a proteção da Mãe Terra e a preservação das tradições ancestrais, garantindo que a folha de coca seja um símbolo de harmonia com a natureza e um recurso com potencial transformador, não só para os povos indígenas, mas para todo o mundo.

*Com informações da Agência Boliviana de Informação ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/amazonia-internacional/bolivia-folha-de-coca-patrimonio-ancestral/

Bolívia venera a coca no Dia Nacional do Acullico

Hojas-de-Coca
La Paz, 11 de jan (Prensa Latina) A Bolívia celebra hoje o ato principal do Dia Nacional do Acullico (mascar a folha de coca) na Plaza Murillo, quilômetro zero da cidade governamental e legislativa do Estado Plurinacional.

“Nossa folha de coca é antiga, é sagrada, representa força, integração e vida”, disse a ministra da Cultura do país serrano, Sabina Orellana, em coletiva de imprensa assistida pela Prensa Latina.

Sublinhou que esta planta é um símbolo de identidade dos povos indígenas nativos da Bolívia, faz parte de rituais religiosos e agrícolas e está presente na luta por reivindicações sociais desde antes da chegada dos colonialistas europeus, durante a colônia, a República e no Processo de Mudança (desde 2006 com a presidência de Evo Morales).

Ele lembrou que a Constituição Política estabelece em seu artigo 384 que o Estado protege a ancestral coca nativa como patrimônio cultural e recurso natural da biodiversidade da Bolívia.

“Também em 2016 foi promulgada a Lei 846, que declara o acullico como patrimônio cultural imaterial do Estado Plurinacional, que permite extrair o teor de seus nutrientes”, disse.

Este regulamento foi promulgado em 11 de janeiro daquele ano para lembrar que em 2013 a Bolívia voltou a aderir à Convenção Única das Nações Unidas sobre Entorpecentes de 1961, com uma reserva para permitir a mastigação no território nacional.

Durante o ato ao qual compareceram o vice-ministro da Coca, Arlen Lobera, e autoridades do Conselho das Federações Camponesas das Yungas de La Paz, Orellana considerou que esta planta fornece alimento espiritual que permite o contato com as divindades da Pacha Mama, e está ligada aos costumes ancestrais.

Ele enfatizou que, mesmo dentro da cosmovisão andina, faz parte das cerimônias pedir a um companheiro uma família; se não aceitam a folha de coca -explicou-, isso significa uma resposta negativa.

O costume de mastigar faz parte das práticas dos produtores de outros bens materiais como os agricultores ou mineiros nos quais gera mais força, alivia a fome e a sede e na medicina tradicional elimina dores de estômago.

Do ponto de vista da industrialização, a ministra disse que se avança e já existem licores, xaropes, refrigerantes e até bolo de farinha de coca com diversos sabores, subprodutos que constituem valor acrescentado, disse.

Ela foi enfática ao assinalar que, por todos esses motivos, em nome do presidente, Luis Arce, do vice-presidente, David Choquehuanca, do ministro de Desenvolvimento Rural e Terras, Remy González, e do Ministério de Culturas, “comemoramos está data de 11 de janeiro o Dia Acullico Nacional”.

oda/jpm / fav

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