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Regionais : Veja os 7 órgãos que abrem inscrições para 710 vagas nesta segunda-feira. Salários chegam a R$ 4.550,21
Enviado por alexandre em 07/03/2016 12:04:21


Pelo menos 7 órgãos abrem inscrições de concursos, nesta segunda-feira (7), para um total de 710 vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de níveis fundamental, médio/ técnico e superior.


Na modalidade de formação de cadastro de reserva, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.


Os salários chegam a R$ 4.550,21 na Prefeitura de Bento Gonçalves (RS). Somente na Prefeitura de Ribeirão Pires (SP) são 430 vagas.


Prefeitura de Bento Gonçalves (RS)


A Prefeitura de Bento Gonçalves (RS) fará processo seletivo para 40 vagas em cargos de níveis médio e superior. Os salários variam de R$ 1.123,29 a R$ 4.550,21. As inscrições estarão abertas de 7 a 11 de março na Coordenadoria de Tecnologia de Informação e Comunicação - CTEC, localizada na Avenida Osvaldo Aranha, 1.479, das 8h30 às 13h30. A seleção será feita por meio de análise curricular (veja o edital no site da prefeitura).


Prefeitura de Bom Despacho (MG)


A Prefeitura de Bom Despacho (MG) divulgou edital de concurso para 39 vagas em cargos de níveis médio e superior. Os salários vão de R$ 1.009,19 a R$ 1.221,65. As inscrições podem ser feitas pelo site wwww.fluxoconsultoria de 7 a 11 de março. A seleção será feita por meio de provas objetiva e discursiva, e análise de títulos, de acordo com o cargo (veja o edital no site da organizadora).


Prefeitura de Nova Olinda (PB)


A Prefeitura de Nova Olinda (PB) vai abrir concurso para 27 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. As remunerações vão de R$ 700 a R$ 3.000. Os candidatos podem se inscrever de 7 a 28 de março pelo site www.funvapi.com.br. A prova objetiva está prevista para o dia 1º de maio (veja o edital no site da organizadora).


Prefeitura de Ribeirão Pires (SP)


A Prefeitura de Ribeirão Pires (SP) divulgou edital de concurso público para 430 vagas em cargos de níveis fundamental, médio/ técnico e superior. Os salários variam de R$ 14,74 por hora/aula a R$ 3.745,18 por mês. As inscrições estarão abertas de 7 de março a 1º de abril pelo site www.rboconcursos.com.br. As provas objetivas serão aplicadas nas datas previstas de 24 de abril e 1º de maio, de acordo com o cargo (veja o edital no site da organizadora)


Prefeitura de Rio Paranaíba (MG)


A Prefeitura de Rio Paranaíba (MG) vai abrir um concurso público para 95 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações variam de R$ 795 a R$ 2.600. As inscrições estarão abertas de 7 de março a 7 de abril pelo site www.eplconcursos.com.br. A prova objetiva está prevista para o dia 5 de junho (veja o edital no site da prefeitura).


Prefeitura de Viana (ES)


A Prefeitura de Viana (ES) abriu processo seletivo simplificado para 72 vagas de auxiliar de serviços gerais (gari). São 32 vagas imediatas e 40 para formação de cadastro de reserva. O salário é de R$ 880. As inscrições devem ser feitas de 7 a 9 de março na sede da secretaria municipal de serivços urbanos, localizada na Rua Alvimar Silva, 96, das 9h às 11h e das 13h às 15h. A seleção será feita por meio de avaliação de títulos (veja o edital no site da prefeitura).


Prefeitura de Vidal Ramos (SC)


A Prefeitura de Vidal Ramos (SC) abriu um concurso público e um processo seletivo para um total de 7 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. As remunerações vão de R$ 917,88 a R$ 3.274,25. As inscrições devem ser feitas pelo site www.click.listaeditais.com.br de 7 de março a 7 de abril. A seleção será feita por meio de provas objetiva e prática, de acordo com o cargo (veja o edital no site da organizadora).



Fonte: g1 / S.Paulo

Regionais : Prefeito de Guajará é vaiado em audiência pública
Enviado por alexandre em 07/03/2016 12:00:18


Os deputados Dr. Neidson (PTdoB) e Jesuíno Boabaid (PTdoB) consideraram positiva a audiência pública realizada na tarde de sexta-feira (4) no Centro de Treinamento São José, da Igreja Católica, em Guajará-Mirim, para discutir a situação da saúde na região. No encerramento, foi assinado um termo de compromisso entre o governo do Estado, a prefeitura e a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

Ao final, Jesuíno disse que destinará R$ 100 mil de suas emendas parlamentares para a saúde de Guajará. Dr. Neidson pediu aceleração da liberação de suas emendas e anunciou que destinará recursos para a aquisição de mais três leitos semi-intensivos, para estabilizar o paciente a ser encaminhado à UTI.

Jesuíno Boabaid disse esperar que sejam fornecidas informações diretas sobre os repasses de recursos do governo do Estado ao município. “A corrupção no Brasil é muito grande. Temos o exemplo do Lula, que havia prometido que no Brasil não haveria pobreza e agora foi conduzido coercitivamente, acusado de corrupção”, acrescentou.

Ele pediu informações a Maiorquim (secretário adjunto de Estado da Saúde) sobre prazos para funcionamento do novo hospital de Guajará-Mirim. Perguntou também sobre o trâmite das emendas parlamentares, explicando que se o município não tiver condições de receber, terá que ser encontrada uma forma para que os recursos cheguem às prefeituras.

Após ouvir os inscritos, Dr. Neidson, que estava conduzindo os trabalhos, perguntou a Maiorquim o que pode ser feito de imediato pelo Hospital Regional de Guajará. O secretário disse que marcará a vinda, em regime de plantão extra, de cardiologista e ortopedista. “Esses plantões serão mantidos até a inauguração do novo hospital”, acrescentou.

Ele explicou que será disponibilizado um anestesista, desde que sejam marcadas cirurgias em um único dia. Para cirurgias de emergência, Maiorquim alegou que no momento não há como enviar anestesistas. Quanto às cirurgias eletivas, aquelas que podem ser marcadas, o deputado Dr. Neidson lembrou que não há como fazer alguns exames. O secretário disse que isso pode ser resolvido no caso de cardiologia.

Dr. Neidson explicou logo no inicio da programação que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa já ajudou a resolver diversos problemas no Estado, como em Jaru, onde o hospital agora está funcionando. “Isso é o que queremos em Guajará-Mirim, por isso estamos aqui”, afirmou.


A secretária Municipal de Saúde de Guajará-Mirim, Sâmia Melgar, começou a apresentar um relatório mostrando que os repasses encaminhados para a prefeitura não são suficientes para cobrir as despesas das unidades hospitalares.

O pronunciamento da secretária foi interrompido momentaneamente, porque um grupo de servidores da saúde que chegou à audiência pública portando faixas protestando conta a situação do setor. O grupo permaneceu em silêncio, mas o público aplaudiu e gritou.

Posteriormente Sâmia Melgar explicou que os poucos mais de R$ 300 mil encaminhados mensalmente para a prefeitura não cobrem os gastos com despesas para atendimento de alta e média complexidade, no Hospital Regional de Guajará-Mirim.

“Não temos vergonha de pedir ajuda. Não é incompetência administrativa, é falta de recursos financeiros”, disse a secretária. Sâmia Melgar disse que houve denúncias de que faltavam luvas e esparadrapos nas unidades de saúde. “Mas estive no hospital e encontrei caixas de luvas boas, e de esparadrapos jogados no lixo. Vamos fazer uma tomada de contas especial para apurar”, adiantou.

O cirurgião geral Wenceslau Luis, representando os médicos de Guajará-Mirim, disse que recentemente ficou com vontade de ir embora da cidade. “Eu vinha de Porto Velho, pois sou funcionário do João Paulo II, e o táxi que eu vinha atropelou uma pessoa. Eu levei para o hospital daqui e houve demora em atender, por parte dos funcionários. Eu tive que gritar, coisa que não é do meu feitio. Ele foi encaminhado para Porto Velho, depois, porque aqui não havia estrutura para o atendimento”, reclamou.

O médico Wenceslau Luis disse ser inaceitável o salário pago aos médicos em Guajará-Mirim, menor do que em Nova Mamoré. “Quem vai aceitar vir para cá? Meu vencimento bruto é de R$ 2.500,00. Com o quinquênio, chega a R$ 7.500,00. O dinheiro que vem para cá não é suficiente para atender a população. Não adianta querer culpar o prefeito Dúlcio Mendes (PT) e a secretária Sâmia Melgar”, afirmou.

O conselheiro Municipal de Saúde de Guajará, Marcos Roberto da Silva, pediu para que os demais conselheiros ficassem de pé, para que a população visse quem eles são. Ele disse que não está defendendo a gestão municipal, mas afirmou ser impossível fazer saúde sem recursos.

“O Hospital Regional é o gargalo que consome todos os recursos. A responsabilidade é do Estado. É o governo que deve fazer acontecer a saúde. Não temos condições de tocar o hospital. Olhem o nome: é regional. Não é municipal. Atendemos também os irmãos bolivianos. É inviável. O Estado deve assumir, deixando o município com a atenção básica”, acrescentou.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Raimundo Nonato Soares, disse que o primeiro passo para se fazer saúde pública é acabar com a corrupção no sistema. “Já houve caso de haver processo para construção de unidade hospitalar em distrito, tudo pago, bonitinho. Mas nada foi construído. Era só no papel”, destacou.

Raimundo Nonato disse que em Guajará-Mirim estão terceirizadas a maternidade e a pediatria. “Então como vai ter dinheiro? E vão devolver o Hospital Regional ao Estado? O Estado está construindo um outro hospital aqui. E só estou aqui hoje em respeito à Assembleia Legislativa, senão não estaria. Já tivemos que intervir no Conselho Municipal de Guajará-Mirim, que tem responsabilidade de discutir políticas públicas, mas ficam brigando entre eles. Tem que fiscalizar. Médico tem que cumprir horário, tem que fiscalizar”, detalhou.

Francisca Moraes da Silva disse que não há como fazer cirurgia em Guajará-Mirim, porque não há insumos para isso. “A situação do Hospital Regional é crítica, e não adianta culpar o prefeito”, disse ela, sob vaias do público. “O ideal é pedir aqui que o governo assuma o hospital. O povo está pedindo socorro”, afirmou.

A membro do Conselho Municipal de Saúde, representando o Sindsef, Eva Bezerra, destacou que a população menos favorecida é quem sofre, porque os mais afortunados vão a hospitais particulares. Ela parabenizou o deputado Dr. Neidson.

O representante da OAB em Rondônia, Francisco Sávio, disse que vidas foram salvas no município, por isso existe uma esperança. “Me desculpe quem pensa que o problema não é de gestão, não só em Guajará, mas no Brasil. O número de médicos aqui está diminuindo. Enquanto se discute de quem é a responsabilidade, pacientes estão morrendo. Vamos parar de brigar para ver de quem é a saúde e cuidar do doente”, acrescentou.

O representante do Conselho Regional de Farmácia, Ricardo Bones, citou que falta medicamento, anestésico, soro e seringa nas unidades hospitalares. Ele reclamou que a prefeitura proibiu que o conselho fiscalizasse os hospitais, alegando que neles não há farmácia.

“O conselho precisa fiscalizar, para verificar se existe rato de duas pernas roendo o almoxarifado em Guajará-Mirim. E pelo jeito existe rato de duas pernas, sim”, denunciou.

O vereador Cleber José Freitas (PTN) disse que a saúde no município é precária, e assegurou que a Câmara sempre fiscalizou o setor. “Mas tem gente que gosta de maquiar. Teve um caso de um medico dizendo que não operou um paciente porque não tinha recebido o salário. Isso não pode acontecer”, destacou.

O representante da Defensoria Pública no município, Vitor Miranda, colocou o órgão à disposição das pessoas que precisarem de intervenção para conseguir atendimento. “Muitas demandas são atendidas sem necessidades de acionar o Judiciário, e isso acontece de forma ágil e eficaz”, complementou.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Guajará, Rivan Egues, disse que na cidade falta gestão. Segundo ele, alguns servidores têm descaso com a população. “Precisei levar meu filho para ser atendido e me disseram que se eu recorresse à Justiça e conseguisse uma liminar, talvez eu fosse atendido”, citou.


Ana Paula de Lima Carvalho, do Hospital Bom Pastor, disse que em Nova Mamoré pacientes são atendidos em um hotel. “Em Guajará, a maternidade foi para o Bom Pastor, senão iria para um hotel também. Desde então, foram feitos 998 partos, que não sei onde teriam acontecido se a maternidade não estivesse lá. Mas se assim for decidido, entregamos imediatamente a responsabilidade”, detalhou.

A assessora da deputada federal Marinha Raupp (PMDB-RO), Lurdes Maria, disse que as reivindicações serão levadas à parlamentar e também ao senador Valdir Raupp (PMDB-RO). “No momento que temos uma demanda, precisamos levá-la para a frente. Vejo pessoas interessadas em resolver o problema”, considerou.

Alan Erik Souza Barros, que explicou estar representando o povo, disse que viu o Legislativo Municipal colocar a culpa no Executivo, o Executivo colocar a culpa no governador e a saúde ficar na mesma. “Por isso fizemos um abaixo assinado dizendo que Guajará-Mirim também é Rondônia, e isso não é só na hora de pedir voto. Quando é eleição, eles vêm aqui comer farinha com o povo. E não adianta fazer um hospital novo, se não estão cuidando nem desse”, reclamou.

O prefeito de Guajará-Mirim, Dúlcio da Silva Mendes, foi chamado para falar, sob vaias. O deputado Jesuíno Boabaid pediu ao público que respeitasse a palavra do prefeito. “Vamos ouvir. Se depois vocês quiserem se manifestar, tudo bem. Mas vamos ver o que o prefeito tem a dizer”, solicitou.

Dulcio Mendes disse que o Hospital Regional de Guajará-Mirim precisa ser assumido pelo governo do Estado. “Reconhecemos o apoio que recebemos da Secretaria de Estado da Educação, mas não investimos mais na saúde e em outras áreas simplesmente porque não há dinheiro para isso”, explicou.

Ele disse que não há ambulâncias para transportar pacientes, citando que nesse caso Guajará-Mirim é atendido por Nova Mamoré. “Levantamos a bandeira do governador Confúcio Moura no segundo turno, e esperamos mais dele”, completou.

O secretário adjunto da Sesau, Luiz Eduardo Maiorquim, disse que sem planejamento e pouco recurso há o caos. “Com muito recurso e sem planejamento também há caos”, considerou. Ele afirmou que desde que assumiu o cargo, juntamente com o secretário Williames Pimentel, o governo tem ajudado Guajará-Mirim.

“Já vi que a prefeitura não tem condições nenhuma de receber o hospital que está sendo construído. Ninguém faz saúde pública entregando (hospitais) uns aos outros. Não é pegando um problema e colocando no colo de um governo ou de uma estrutura que a situação está solucionada. É preciso planejamento e gestão”, detalhou.

Ele disse não concordar com a alegação de que o hospital que está sendo construído é um elefante branco, citando que a obra não está esquecida. “Construir um hospital de mais de 7 metros mil quadrados é o reconhecimento da importância de Guajará. E foi o governador que foi em Brasília, com o senador Valdir Raupp e a deputada Marinha para conseguir isso”, destacou.


Maiorquim afirmou que o governador enviou insumos para Guajará, e que o governo mantém funcionários pagos pelo Estado à disposição do município. “E se precisar resgatar paciente com avião, a aeronave vem. Em 2015 gastamos mais de R$ 300 mil com transporte aéreo de paciente, com aeromédicos. E o valor gasto não importa, porque vida não tem preço”, acrescentou.

A advogada Cherislene Pereira de Souza, da OAB em Guajará-Mirim, disse que a saúde tem jeito no município. Ela agradeceu ao Dr. Neidson pela realização da audiência pública, dizendo que o deputado representa bem a Pérola do Mamoré.

O bispo Dom Benedito disse que foi procurado em 2013 pelo administrador executivo do Hospital Regional de Guajará-Mirim, pedindo uma parceria com a Igreja Católica. Ele queria que cedêssemos nossa cozinha, porque a do hospital estava comprometida e seria construída em três meses. Neguei a solicitação, dizendo que se eu fizesse isso a cozinha não seria construída em três meses.

Na ultima terça-feira eu estive lá. “A única diferença é uma modificação na parte onde entregam a comida. Gostaria que o secretário Maiorquim comunicasse ao governador que precisamos de apoio, e que diga que no rito da administração pública, quem não tem paciência são aqueles que dela precisam os pobres e os infelizes”, finalizou.

NILTON SALINA

Regionais : Roubalheira ajuda a agravar crise na saúde pública em Guajará-Mirim
Enviado por alexandre em 07/03/2016 11:56:14


O representante do Conselho Regional de Farmácia em Guajará-Mirim, Ricardo Bones, disse que existe “rato de duas pernas” no almoxarifado da prefeitura. A revelação foi feita na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa no município para encontrar uma alternativa para o problema da saúde.

Antes do pronunciamento de Ricardo Bones, o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Raimundo Nonato Soares, já havia alertado para a corrupção no setor. Ocorre que só ficou claro que está havendo roubalheira quando Bones começou a falar.

“O prefeito proibiu o Conselho Regional de Farmácia de fiscalizar os hospitais, alegando que neles não há farmácia”, denunciou Ricardo Bones. O caso é que na estrutura da saúde municipal de Guajará não existem farmácia, mas os medicamentos estão estocados no almoxarifado, onde foi proibida a fiscalização.

“O conselho precisa fiscalizar, para verificar se existe rato de duas pernas roendo no almoxarifado em Guajará-Mirim. E pelo jeito existe rato de duas pernas, sim”, denunciou.

Após a denúncia de Ricardo Bones, a secretária Municipal de Saúde, Sâmia Melgar, que já havia falado oficialmente, pediu mais uma vez a palavra. Desta vez ela disse que houve denúncias de que faltavam luvas e esparadrapos nas unidades de saúde.

“Mas estive no hospital e encontrei caixas de luvas boas, e de esparadrapos jogados no lixo. Vamos fazer uma tomada de contas especial para apurar”, alegou.

Em Porto Velho já houve sindicância e investigação policial para apurar desvio de medicamentos em hospitais públicos. Um dos métodos utilizados é jogar o material no lixo, e posteriormente recuperar os produtos na lixeira, para vender em determinadas farmácias.

Outro depoimento forte foi o do cirurgião geral Wenceslau Luis, representando os médicos de Guajará-Mirim. Seu vencimento bruto é de R$ 2.500,00, uma miséria em se tratando de salário de médico, mas com o quinquênio o valor chega a R$ 7.500,00.

O médico contou que estava indo de Porto Velho a Guajará-Mirim, quando o táxi onde ele estava atropelou uma pessoa. “Eu levei para o hospital daqui e houve demora em atender, por parte dos funcionários. Eu tive que gritar, coisa que não é do meu feitio. Ele foi encaminhado para Porto Velho, depois, porque aqui não havia estrutura para o atendimento”, reclamou.

Isso tudo poderia ser fiscalizado pelo Conselho Municipal de Saúde. Ocorre que os conselheiros municipais ouviram muita coisa do presidente do CES, Raimundo Nonato, e nenhum deles revidou.

De acordo com Raimundo Nonato, o primeiro passo para se fazer saúde pública é acabar com a corrupção no sistema. “Já houve caso de haver processo para construção de unidade hospitalar em distrito (em Guajará-Mirim), tudo pago, bonitinho. Mas nada foi construído. Era só no papel. A obra não existia”, destacou.

Na matéria encaminhada pela Assembleia Legislativa sobre a audiência pública consta o seguinte:

‘Raimundo Nonato disse que em Guajará-Mirim estão terceirizadas a maternidade e a pediatria. “Então como vai ter dinheiro? E vão devolver o Hospital Regional ao Estado? O Estado está construindo um outro hospital aqui. E só estou aqui hoje em respeito à Assembleia Legislativa, senão não estaria. Já tivemos que intervir no Conselho Municipal de Guajará-Mirim, que tem responsabilidade de discutir políticas públicas, mas ficam brigando entre eles. Tem que fiscalizar. Médico tem que cumprir horário, tem que fiscalizar”, detalhou.’

O presidente do CES deixou claro, ainda, que os membros do Conselho Municipal de Saúde em Guajará ficavam brigando entre si, em vez de fiscalizar.

Outro ponto que chamou a atenção foi que o secretário-adjunto de Estado da Saúde, Luiz Eduardo Maiorquim, disse que em 2015 o governo enviou R$ 15 milhões para o sistema de saúde em Guajará-Mirim. Isso causou estranheza entre o público. Diante disso, Maiorquim disse que os dados estão disponíveis na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Durante a audiência pública, o prefeito Dulcio da Silva Mendes foi tão vaiado que o deputado Jesuíno Boabaid (PTdoB) teve que acalmar o público. A secretária Municipal de Saúde também recebeu muitas vaias. A audiência foi proposta e presidida pelo deputado Dr. Neidson (PTdoB).

Autor: Rondoniadinamica

Fotos - Elienio Nascimento/ ALE- DECOM

Regionais : Medico é condenado pela justiça por ter se recusado a atender paciente
Enviado por alexandre em 07/03/2016 09:31:04

Medico é condenado pela justiça por ter se recusado a atender paciente

O Ministério Público de Rondônia, ajuizou ação de improbidade administrativa em desfavor do médico do Hospital Municipal, Willian Enernesto Evallos Pollito, alegando que este se recusou a atender paciente grávida, menor de idade, que procurou o Hospital Municipal de Jaru, resultando a omissão voluntária, em aborto do feto.

O MP diz que o profissional não a atendeu a paciente porque não estava sangrando e lhe prescreveu medicação, sem fazer qualquer consulta direta e pessoal a paciente ou solicitar exames laboratoriais, ginecológicos, etc. desta forma o MP entendeu que o médico agiu em desvio de finalidade, o que configurou a improbidade administrativa ao deixar omitir voluntariamente e prevaricada com o seu dever. Discorreu sobre a afronta aos princípios administrativos e requereu sua condenação.

O médico apresentou defesa prévia, alegando que houve confusão de comunicação e não recusa de atendimento, pois quando se dirigiu ao setor de atendimento a paciente já havia ido embora, pois apenas estava terminando o preenchimento de fichas de internação hospitalar. Disse que não há nenhuma prova de que causou o aborto, por isso defende que não houve má-fé ou dolo de sua parte.

A adolescente estava grávida de 11 semanas, procurou o Hospital Municipal de Jaru, ao sentir dores fortes abdominais, no dia 13/04/2014. Dentre as alegações apresentadas, o magistrado Flávio Henrique de Melo, extraiu por meio das provas apresentadas que o médico acabou por demorar o início de um atendimento, por motivo não relevante, uma vez que permaneceu preenchendo fichas, em vez de cautelosamente proceder o seu ato de ofício, que era o de atender diretamente a paciente.

Desta forma condenou neste último dia 3 de março, o profissional pela prática de ato de improbidade administrativa, impondo a sanção de pagamento da multa civil no valor de 03 (três) vezes a remuneração que recebia na época dos fatos, condenando também o requerido ao pagamento das custas processuais, até o trânsito em julgado.

ASCOM

Regionais : PF: Lula disse que só sairia de casa algemado
Enviado por alexandre em 07/03/2016 09:22:55

PF: Lula disse que só sairia de casa algemado



Ao conversar com advogado, porém, Lula aceitou acompanhar os policiais.
Ele foi levado para prestar depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato.

Fernando Castro - Do G1 PR

O delegado da Polícia Federal (PF) Luciano Flores, que conduziu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento a investigadores da Operação Lava Jato, informou ao juiz Sérgio Moro neste domingo (6) que Lula disse que só sairia do apartamento algemado. Ele só aceitou acompanhar os policiais, segundo o delegado, após ser aconselhado pelo advogado. Desta forma, conforme a PF, houve o cumprimento do mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça Federal no Paraná.

Ao expedir os mandados de busca e apreensão da 24ª fase da Lava Jato, Sérgio Moro fez constar que o mandado de condução coercitiva só deveria ser utilizado caso o ex-presidente se recusasse a acompanhar a PF espontaneamente. O juiz ainda afirmou que “em hipótese alguma”, Lula deveria ser algemado ou filmado durante o processo.

De acordo com o delegado, a PF chegou às 6h à casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo. O próprio Lula abriu a porta e, segundo Luciano Flores, autorizou de imediato que os policiais entrassem para cumprir mandado de busca e apreensão. Neste momento, segundo o delegado, foi solicitado a Lula que eles deixassem o local o mais breve possível para a colheita do depoimento antes da chegada da imprensa, ou pessoas que pudessem filmar o ato.

“Naquele momento, foi dito por ele [Lula] que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali” relatou Luciano Flores. O delegado afirmou que não seria possível fazer a oitiva ali por questões de segurança, e que havia um local preparado para o ato, no aeroporto de Congonhas

“Disse ainda que, caso ele se recusasse a nos acompanhar naquele momento para o Aeroporto de Congonhas, eu teria que dar cumprimento ao mandado de condução coercitiva que estava portando, momento em que lhe dei ciência de tal mandado”, explicou Luciano Flores.

O delegado disse que, então, Lula entrou em contato telefônico com o advogado Roberto Teixeira, relatando a situação. “Logo depois de ouvir as orientações do referido advogado, o ex-Presidente disse que iria trocar de roupa e que nos acompanharia para prestar as declarações”, relatou.

A saída do prédio ocorreu às 6h30 e a chegada ao aeroporto de Congonhas ocorreu às 7h20. Vinte e cinco minutos depois o advogado Roberto Teixeira chegou e conversou com o ex-presidente sem a presença dos policiais. “Em torno das 8:00 o ex-Presidente e os advogados retornaram à mesa onde ocorreria a oitiva e disseram que estavam prontos para o ato, sendo dito pelo ex-Presidente que iria prestar as declarações necessárias”, diz o documento.

A audiência começou, então às 8h, e durou três horas. Segundo a PF, um grupo de parlamentares federais chegou a bater na porta e forçar a entrada durante o depoimento, mas as entradas apenas foram autorizadas após a lavratura do termo da audiência.

O delegado relatou ainda que insistiu para que Lula utilizasse a segurança da PF para levá-lo a qualquer local em que ele quisesse ir, mas que o ex-presidente dispensou a segurança, saindo em veículo próprio.


Juízes e procuradores revoltados com fala de Lula



Leandro Mazzini – Coluna Esplanada

Revoltou juízes, procuradores e delegados federais o discurso de 'perseguido' feito pelo ex-presidente Lula ontem após seu depoimento à Polícia Federal. Meses atrás os integrantes da Força Tarefa da Lava Jato já sabiam que, se ocorresse uma operação tendo o petista como alvo, ele lançaria mão deste discurso para inflamar os movimentos sociais. Não sabiam, porém, as proporções que tomariam.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), pela qual o juiz Sérgio Moro é representado, soltou nota dura.

“A Justiça Federal brasileira e os integrantes do Ministério Público, da Receita Federal e da Polícia Federal agiram nos estritos limites legais e constitucionais, sempre respeitando os direitos de ampla defesa e do devido processo legal, sem nenhuma espécie de abuso ou excesso''.

“Logo, não se trata de espetáculo midiático, nem há enfoque político por parte dos agentes estatais incumbidos desta tarefa, mas o absoluto cumprimento das funções públicas''.

Ainda de acordo com a associação, não há incoerência nas investigações, e a nota reafirmou a importância da consolidação e seriedade das instituições públicas do País.

“A Ajufe e as associações regionais e seccionais que legitimamente representam os magistrados federais do Brasil não se intimidarão com qualquer tipo de ameaça e reforçam a confiança e o apoio aos agentes públicos, em especial aos juízes e servidores da Justiça Federal, para continuarem a agir nos termos legais e constitucionais, sem se afastar do seu destino maior de servir à sociedade e distribuir justiça''.

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