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Coluna Internacional : Ucrânia 'nunca se renderá' à Rússia, diz Zelenski no Congresso dos EUA
Enviado por alexandre em 23/12/2022 09:54:01

Em primeira viagem internacional desde o início da guerra, presidente ucraniano afirma que conflito é ameaça à democracia global em discurso a legisladores americanos.

 

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, ressaltou nesta quarta-feira (21/12) em discurso diante do Congresso americano que o dinheiro enviado pelos Estados Unidos a seu país "não é caridade", mas "um investimento na liberdade" e na "segurança global".


Zelenski destacou que a Ucrânia "nunca se renderá" à Rússia e que, "contra todas as probabilidades", o o país ainda está de pé, depois de ser recebido com entusiasmo pelos congressistas, que o aplaudiram de pé em diversos momentos durante seu pronunciamento no Capitólio dos Estados Unidos.

 

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"A Ucrânia está viva e lutando", sublinhou. "A tirania russa já não tem qualquer controle sobre nós", acrescentou o líder ucraniano num discurso em inglês de 20 minutos, que fechou a primeira viagem dele ao exterior desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

 

"Teste para a democracia"Zelenski ressaltou que o que está em jogo no conflito é maior do que apenas o destino do seu país, salientando que a democracia em todo o mundo está sendo testada. "Esta batalha não pode ser ignorada, à espera que o oceano ou qualquer outra coisa forneça proteção", frisou, agradecendo aos americanos pelo apoio e a liderança internacional na ajuda à Ucrânia.

 

Em referência ao moderno sistema de defesa antiaérea Patriot, que os EUA vão entregar a Kiev, Zelenski disse esperar que este ajude a "parar o terror russo contra as cidades" ucranianas.

 

O discurso do presidente ucraniano diante do Congresso americano acontece enquanto os legisladores dos EUA trabalham para aprovar um pacote de gastos governamentais de 1,7 trilhão de dólares (R$ 8,8 trilhões), que inclui quase 45 bilhões de dólares (R$ 234 bilhões) em ajuda militar e humanitária para a Ucrânia.Isso garantiria que o apoio dos EUA continue no próximo ano e além, após os republicanos assumirem o controle da Câmara em janeiro.

 

Os EUA também fornecerão à Ucrânia uma ajuda de segurança adicional de 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões) de dólares, que inclui o moderno sistema de defesa antimísseis Patriot.

 

O líder ucraniano presenteou os legisladores americanos com uma bandeira ucraniana autografada pelas tropas da linha de frente em Bakhmut, no leste da Ucrânia, onde as tropas ucranianas e russas travam há meses uma batalha feroz.


Zelenski disse aos membros do Congresso que o próximo ano será um "ponto de virada" no conflito, "quando a coragem ucraniana e a determinação americana devem garantir o futuro de nossa liberdade comum — a liberdade das pessoas que defendem seus valores".

 

Encontro com Biden na Casa Branca

 

O discurso perante o Congresso foi a segunda parada da visita a Washington, depois de Zelenski ter sido recebido na Casa Branca pelo presidente americano, Joe Biden, onde recebeu garantias de apoio duradouro por parte dos EUA.

 

"Continuaremos a reforçar a habilidade ucraniana de defender a si mesma, particularmente, na defesa aérea", disse Biden ao lado de Zelenski no Salão Oval afirmando que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria "tentando usar o inverno no Hemisfério Norte como arma, mas o povo ucraniano continua a inspirar o mundo".

 

"Digo isso com sinceridade, [o povo ucraniano] não apenas nos inspira, mas também a todo o mundo com sua coragem e pelo modo como escolheram a resiliência e determinação em prol de seu futuro"


O ucraniano, por sua vez, agradeceu Biden pelo "enorme apoio e liderança através da Europa". "Acho muito difícil compreender o que significa quando dizemos que estamos agradecidos, mas vocês devem sentir isso", afirmou.

 

Zelenski presenteou Biden com uma medalha do mérito militar que seria entregue a um capitão ucraniano, um "herói verdadeiro", segundo afirmou, que opera sistemas de defesa Himars nas frentes de batalha. "Ele é muito corajoso, e pediu que eu entregasse [a honraria] ao corajoso presidente", afirmou.

 

Mais tarde, os dois líderes realizaram uma conferência de imprensa conjunta, na qual Biden assegurou que a Ucrânia jamais ficará sozinha e ressaltou que o país "luta por algo muito maior".

 

"Não se preocupe, presidente, estaremos com a Ucrânia enquanto a Ucrânia existir", disse o americano ao colega. "Juntos, não tenho dúvidas de que manteremos luminosa a chama da liberdade e essa luz continuará a prevalecer sobre as trevas.

 

"Parlamentares americanos compararam visita de Zelenski, pouco antes do Natal, com a presença do ex-premiê britânico Winston Churchill no Capitólio, em dezembro de 1941, dias após o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, que levou os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial.

 


 

"É particularmente tocante para mim estar presente quando outro líder heroico falar ao Congresso em tempos de guerra, com a própria democracia ameaçada", disse a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

 

Fonte: Revista IstoÉ


 

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Coluna Internacional : Mulher e filhos de ex-presidente do Peru desembarcam no México
Enviado por alexandre em 22/12/2022 09:27:30

Lilia Paredes, dois filhos e a irmã dela desembarcaram na Cidade do México nesta quarta-feira (21).

A família do ex-presidente peruano Pedro Castillo, deposto e preso em seu país, está no México. A ex-primeira-dama Lilia Paredes Navarro, dois filhos - a filha Alondra e o filho adolescente Arnolde - e a irmã dela desembarcaram na Cidade do México nesta quarta-feira (21), após o governo mexicano lhes fornecer asilo político.

 

O grupo deixou Lima durante a madrugada, ao lado do embaixador mexicano, Pablo Monroy.

 

A viagem aconteceu horas depois de o governo peruano ter concedido um salvo-conduto para que a família de Castillo pudesse deixar o país.

 

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Lilia Paredes é investigada pelo Ministério Público peruano como coordenadora de uma suposta organização criminosa liderada pelo marido.

 

A presidente do Peru, Dina Boluarte, afirmou que as investigações não impediam que Lilia Paredes deixasse o país.

 

O ex-presidente peruano, Pedro Castillo, ao lado da esposa, Lilia Paredes, em Los Angeles — Foto: Reuters/Lucy Nicholson

 

Castillo, por sua vez, segue preso no Peru.

 

TENSÃO DIPLOMÁTICA

 

O presidente deposto do Peru, Pedro Castillo, é escoltado ao ser transferido para uma base da polícia — Foto: Renato Pajuelo / AP Photo

Fotos: Reprodução

 

O episódio aumentou a tensão diplomática entre o Peru e o México. O governo peruano considera o apoio de Obrador a Castillo como uma "interferência" nos assuntos internos do país.

 

“Sempre defenderemos o direito de asilo. Faz parte de nossa política externa”, respondeu o presidente mexicano, Manuel López Obrador.

 

Como um novo passo na escalada da crise, o embaixador do México em Lima, Pablo Monroy, foi declarado "persona non grata" na terça-feira (20) e tinha "72 horas para deixar" o território peruano. Ele viajou com a família de Castillo para o México.

 

A decisão do governo de López Obrador piorou a relação entre México e Peru, que vinha sendo abalada desde a tentativa de golpe de Castillo, em 7 de dezembro. O presidente mexicano não reconheceu o novo governo peruano.

 

 

Castillo foi destituído da presidência no mesmo dia em que tentou fechar o Congresso, intervir no Judiciário, governar por decreto e convocar uma Assembleia Constituinte.

 

Fonte: G1

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Coluna Internacional : Advogados deixam defesa de ex-presidente do peruano
Enviado por alexandre em 20/12/2022 09:29:28

Os advogados do ex-presidente peruano Pedro Castillo, Ronald Atencio e Raúl Noblecilla, anunciaram nesta segunda-feira (19) que deixaram a defesa dele em uma decisão tomada em conjunto com o próprio político, mas não revelaram o motivo. "Tendo conversado com nosso cliente em conjunto, foi decidido que não vamos continuar a defendê-lo, guardando entre nós as razões para isso", diz um breve comunicado compartilhado por ambos os advogados em suas contas no Twitter.

 

Na última quinta-feira, o juiz Juan Carlos Checkley, do Tribunal Supremo de Investigação Preparatória, ordenou que Castillo fosse mantido em prisão preventiva por 18 meses enquanto é investigado pelos crimes de rebelião e conspiração na fracassada tentativa de autogolpe de 7 de dezembro. Nem Castillo, que continua a se considerar presidente do Peru, nem nenhum de seus advogados compareceu à audiência para tentar rever o pedido do Ministério Público peruano de 18 meses de prisão preventiva.

 

No início da audiência, convocada por Checkley, foi relatado que Castillo se recusou a receber notificação do pedido do promotor. O juiz informou que a defesa do ex-chefe de Estado seria assumida pelo advogado Italo Díaz, nomeado pelo tribunal, já que nenhum dos defensores credenciados por Castillo compareceu à audiência. "Há muitos argumentos que, em conversa com Pedro (Castillo) nos levaram a tomar esta decisão", disse Atencio no Twitter.

 

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Ele e Noblecilla assumiram a defesa exclusiva do ex-presidente em 12 de dezembro, data em que seu antecessor, Miguel Pérez Arroyo, renunciou devido a "discrepâncias na abordagem da defesa". Benji Expinoza, que era o advogado principal de Castillo e que tomou a decisão após o anúncio do ex-presidente de dissolver o Congresso, também renunciou à defesa do ex-presidente.

 


 

Castillo foi preso no dia 7 de dezembro depois de não conseguir emplacar um autogolpe horas depois de anunciar, em uma mensagem à nação, que iria dissolver o Congresso, reorganizar o sistema de justiça, convocar uma assembleia constituinte, formar um governo de emergência e governar por decreto. Logo após essa mensagem, o Congresso o destituiu do cargo, e a então vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu a presidência.

 

Fonte:R7
 

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Coluna Internacional : Peru: chega a 25 o número de mortos em protestos pró-Castillo
Enviado por alexandre em 19/12/2022 09:21:31

A escalada da violência nas manifestações peruanas após a destituição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo continua. Até este domingo (18/12), o Ministério da Saúde do Peru registrou 25 mortos, 287 altas médicas e 69 hospitalizados.


Castillo tentou dissolver o Congresso peruano e abrir um estado de exceção no dia 7 de dezembro. O parlamento, porém, aprovou seu impeachment e o ex-presidente acabou preso. Sua vice, Dina Boluarte, assumiu o cargo.


A cidade com o maior número de mortos é Ayacucho, há 560 quilômetros da capital Lima, com nove vítimas. Manifestantes na cidade já tentaram tomar o aeroporto e atearam fogo às sedes do poder Judiciário local.

 

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Apurímac conta com seis mortos, enquanto as cidades de Cusco, Junín, La Libertad registram três óbitos cada. Em Arequipa, uma pessoa morreu.Castillo foi condenado pela Justiça a 18 meses de prisão preventiva. Na última quarta-feira (14/12), o ministro da Defesa do Peru, Luis Alberto Otárola, declarou estado de emergência em âmbito nacional pelo período de 30 dias.


De acordo com o ministro, a medida visa garantir a ordem, continuidade das atividades econômicas e a proteção das famílias peruanas. A decisão suspende os direitos de liberdade de circulação, inviolabilidade domiciliar, entre outros.

 


 

Organizações de direitos humanos, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), suspeitam que o Estado peruano tem utilizado armas fatais para dispersar os manifestantes.

 

Fonte: Metrópoles

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Coluna Internacional : Papa revela ter assinado renúncia em caso de impedimento médico
Enviado por alexandre em 18/12/2022 23:21:20

Em entrevista ao jornal espanhol ABC divulgada neste domingo (18), o papa Francisco revelou pela primeira vez que, no início de seu pontificado, entregou uma carta assinada ao então secretário de Estado do Vaticano na qual declara sua renúncia "em caso de impedimento por razões médicas".

 

"Já assinei minha demissão. Tarcísio Bertone era o secretário de Estado. Eu assinei e disse a ele: 'em caso de impedimento por motivos médicos ou algo assim, aqui está minha demissão. Você já a tem'", garantiu.Francisco, no entanto, diz que não sabe "a quem o cardeal Bertone - que se aposentou - a deu, mas eu dei a ele quando ele era secretário de Estado", em 2013.

 

A declaração foi dada pelo argentino para responder uma pergunta sobre o que acontece se um Pontífice ficar inválido repentinamente devido a problemas de saúde ou acidente.

 

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O religioso, que completou 86 anos no último sábado, reclama de fortes dores no joelho desde o início do ano e passou a contar com o auxílio de uma bengala e uma cadeira de rodas para se locomover. Ele, inclusive, já havia dito que deixaria o trono de Pedro caso algum problema de saúde o impedisse de exercer sua função.

 

Questionado se gostaria que este fato fosse conhecido, Jorge Bergoglio respondeu: "É por isso que vos estou a dizer".

 

Na sequência, ele comentou sobre o fato de que Paulo VI também teria deixado por escrito sua renúncia em caso de impedimento permanente "Exatamente, e acho que Pio XII também. É a primeira vez que digo", acrescenta Francisco sobre a sua demissão assinada. "Agora alguém vai pedir a Bertone: 'Dê-me o pedaço de papel!'", acrescentou ele sorrindo.

 

De acordo com o Pontífice, o então secretário deve ter repassado o documento ao seu sucessor, o cardeal Pietro Parolin.

 

Durante a entrevista dada ao editor Julián Quirós e ao correspondente no Vaticano, Javier Martínez-Brocal, o argentino aborda numerosos tópicos sobre os acontecimentos atuais na Igreja e no mundo, incluindo a guerra na Ucrânia, a qual o Pontífice diz não ver "um fim a curto prazo porque é uma guerra mundial", os casos de abusos na Igreja, o papel das mulheres na Cúria Romana, a renúncia de Bento XVI em 2013.Guerra na Ucrânia

 

Sobre a invasão russa à Ucrânia, o Papa garante que "o que está acontecendo é aterrorizante. Há uma enorme crueldade".

 

Além disso, ele afirma que não consegue ver"um fim a curto prazo", porque "trata-se de uma guerra mundial". "Não nos esqueçamos disso. Já há várias mãos envolvidas na guerra. É global. Penso que uma guerra é travada quando um império começa a se enfraquecer, e quando há armas para usar, vender e testar. Parece-me que há muitos interesses envolvidos", alertou.

 

O Pontífice é lembrado que já falou mais de 100 vezes contra a guerra e responde: "Eu faço o que posso. Eles não ouvem".

 

"O que está acontecendo na Ucrânia é aterrorizante. Há uma enorme crueldade. É muito sério. E isto é o que eu denuncio continuamente", acrescentou.

 

ABUSOS E MULHERES

 

Questionado sobre os escândalos de abusos na Igreja Católica, ele classificou como "monstruosos" e enfatizou que saber sobre os casos e encontrar as vítimas "é muito doloroso".

 

"Estas são pessoas que foram destruídas por aqueles que deveriam tê-las ajudado a amadurecer e crescer. Isto é muito difícil.

 

Mesmo que fosse apenas um caso, é monstruoso que a pessoa que deveria levá-la a Deus a destrua ao longo do caminho. E nenhuma negociação é possível sobre isso", ressaltou.

 

Já em relação ao papel das mulheres na Cúria Romana, Bergoglio garante que "haverá" uma maior abertura para elas. "Tenho em mente uma para um Dicastério que ficará vago dentro de dois anos. Não há obstáculo para uma mulher liderar um Dicastério onde um leigo possa ser prefeito. Se for um Dicastério de natureza sacramental, deve ser presidido por um sacerdote ou um bispo", esclarece o Papa.

 

FUTUROS CONCLAVES E BENTO  XVI

 

Na conversa, o Santo Padre também tenta reduzir as polêmicas de que os trabalhos dos futuros Conclaves poderiam ser dificultados pela falta de conhecimento entre os cardeais que ele criou.

 

"É verdade, poderia haver problemas do ponto de vista humano, mas é o Espírito Santo que trabalha no Conclave", explica.

 

Francisco lembra ainda a proposta de um cardeal alemão nos encontros de agosto sobre a Praedicate Evangelium "que na eleição do novo Papa só participem os cardeais que vivem em Roma". "É esta a universalidade da Igreja?", questiona.

 

Por fim, o religioso fala sobre o papa emérito Bento XVI, "um santo" e "um homem de alta vida espiritual", revelando que ele o visita com frequência e sempre se sente "edificado" por seu olhar transparente.

 


 

"Ele tem um bom senso de humor, está lúcido, muito vivo, fala suavemente, mas segue a conversa. Admiro sua lucidez. Ele é um grande homem", concluiu. 

 

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