Estado não abriu mão de instalar equipamento de radioterapia no HB; Estado não tem capacidade de atender a demanda e o que poderia ser resolvido aqui, não será; entenda Dias atrás Falei aqui na coluna sobre uma disputa entre a unidade de Porto Velho do Hospital do Câncer de Barretos com a secretaria de Saúde em relação a um equipamento de radioterapia. Em síntese é assim, o Sistema Único de Saúde cadastra apenas um equipamento desses por Estado. Aqui para Rondônia foi feito o pedido de um, pelo Hospital do Câncer, para ser instalado na nova unidade que está sendo construída na BR 364, sentido Cuiabá. Porém, o Estado interviu e fez a solicitação para instalar esse aparelho no Hospital de Base, que não é uma unidade especializada. Pois bem Desde que o governo do Estado se meteu na história, que a coisa complicou. Mas tem um motivo bem mesquinho, trata-se de dinheiro. Se o equipamento foi instalado no Hospital do Câncer, os recursos provenientes dos tratamentos não passarão mais pelos cofres do Estado. Sem contar que o equipamento, nas mãos de políticos, termina virando moeda de troca e favoritismos. Mas tem uma situação ainda mais grave nessa história, é a total falta de comando por parte de Confúcio Moura, governador de Rondônia e vou explicar. Quando o Estado Interviu na questão, Confúcio foi procurado pelo médico Henrique Prata, presidente da entidade que administra o Hospital do Câncer de Barretos. Prata explicou ao governador a importância desse equipamento vir a ser instalado no novo hospital, e não fazia sentido coloca-lo para funcionar no Hospital de Base. O governador se sensibilizou e determinou que o secretário de saúde, Williamens Pimentel colocasse um fim na pendenga. Pimentel disse que resolveria, e depois voltou com a conversa de que não poderia fazer mais nada, “estava mas mãos do governo federal”. Pois é Henrique Prata foi então a Brasília para tentar resolver a situação, mas o Estado, apesar de dizer que não tem interesse no equipamento, também não libera oficialmente. Em uma comparação bem chula, é aquela coisa do “nem emprenha sem sai de cima”. E para piorar ainda mais, o tempo está passando e em Brasília está tudo certo para instalar no HB. Drama O problema vai além da questão financeira, ou se trata de um simples procedimento. O equipamento se chama “acelerador nuclear” e é usado para “queimar” o que resta de um tumor, após a cirurgia. Ele também é usado em pacientes terminais, pois alivia a dor ao neutralizar os terminais nervosos. Se o equipamento for instalado no HB, não vai atender a mesma quantidade de pacientes, de cada 1 mil, 900 terão que ir para Barretos, via Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que custa muito mais caro. Tem ainda o sofrimento das famílias que precisam acompanhar seus entes em outro estado. A sociedade Precisa se mobilizar para evitar que esse equipamento caia nas mãos do Estado de Rondônia. Quem depende do sistema de saúde estadual conhece bem a dificuldade em ser atendido, ainda mais se tratando de uma questão tão delicada como essa. É lamentável o nível de irresponsabilidade do atual governo, que chega a ser criminoso. O custo disso, mais do que dinheiro, é dor, sofrimento e revolta. Da manga rosa… Pois é, custou exatamente R$ 295 mil o show do cantor pernambucano Alceu Valença, custeado pela prefeitura de Porto Velho, no Parque da Cidade na abertura do “Circuito Junino” (?). Só de cachê foram R$ 160 mil, o dobro do que ele cobra para tocar em qualquer lugar do país na alta temporada. Dias antes, a banda Cidade Negra também se apresentou em Porto Velho e custou a bagatela de R$ 250 mil. Ou seja, Porto Velho que tem problemas crônicos, como o próprio parque da cidade que é “banhado” por um esgoto aberto, se dá ao luxo de festar com R$ 545 mil em dois dias. Realmente temos que cuidar da cultura, mas coisinhas básicas como asfalto e iluminação, que são permanentes, são bem mais interessantes que um show. O problema Maior dessa história toda é que apresentação artítisca de cantor de fora não é incentivar a cultura local. Enquanto a prefeitura paga cachês astronômicos para artistas de renome nacional, os movimentos culturais locais, que também primam pela desorganização e falta de projetos, fica cada vez mais à míngua. A cultura portovelhense se resume à feira do Porto, que é uma mistureba barracas de comida, artesanato e produtos chineses, embalados ao som de música ruim, aos domingos na praça Aluízio Ferreira. O município deveria incentivar a realização de feiras nos mais diversos pontos da cidade. Verba para cultura pode até ser direito constitucional, mas é bom os gestores entenderem bem a forma como isso deve ser investido. Fazer show não é incentivo à cultura. E tem mais Durante a apresentação de Alceu Valença um telão ficava mostrando o tempo todo mensagem de agradecimento e apoio ao prefeito Mauro Nazif. Isso é crime, se chama promoção pessoal com dinheiro público. Tenho certeza que não partiu do prefeito essa insanidade, mas quem responde por isso é ele. Quer ver como isso ainda vai dar uma dor de cabeça daquelas? Sem fim Lojistas da Avenida Carlos Gomes, em Porto Velho estão desesperados com a quantidade de furtos e assaltos que estão ocorrendo na região. Em média, uma loja é arrombada a cada dois dias. As vitrines são quebradas à pedradas, os estabelecimentos invadidos e a polícia não está dando conta. Mais complicado É saber que não existe nenhum plano de segurança pública em andamento. Aconteceu uma audiência pública na Assembleia Legislativa há poucos dias para debater o tema segurança, e chegou-se a conclusão óbvia, o Estado não tem dinheiro para contratar. Enquanto isso Nas fileiras da Polícia Militar começam a surgir rumores de um movimento grevista. Os policiais estão insatisfeitos com a sobrecarga de trabalho e condições precárias para desempenhar suas funções. Nos bairros, a bandidagem impera e na região central, os problemas se agravam. Interessante Observar em postagens nas redes sociais a população clamando por uma ação do Ministério Público em relação a tudo quanto é coisa errada que aparece por essas bandas. Questões de segurança pública, por exemplo, é uma obrigação do Estado e deveria estar sendo cobrada pela Assembleia Legislativa, que já deveria, há muito, ter responsabilizado esse governador por deixar de fazer seu trabalho. É tanta coisa errada que fica difícil para apenas um órgão (no caso o MP) controlar. Mas é exatamente por essa descrença no legislativo que o MP vem atuando em tantas frentes ao mesmo tempo. Por lá também a coisa está sobrecarregada. E os deputados Vão bem, obrigado, cada um cuidando de seus assuntos, desde que não tenham que ir contra o governo… No fim de semana Os tucanos se reuniram em Porto Velho e reconduziram Expedito Júnior como presidente estadual da legenda. Como vice ficou a deputada federal Mariana Carvalho. Aliás, o PSDB está parecendo uma legenda familiar, dos Carvalho. Mariana de vice, Maurício Carvalho, irmão da deputada agora é presidente do PSDB Jovem e Aparício Carvalho, pai de Mariana e Maurício é presidente do Instituto Teotônio Vilela. Tá parecendo aquele sindicato dos comerciários do Rio de Janeiro que apareceu no Fantástico, “tudo em família”. Para contatos Fale conosco pelos telefones (69) 3225-9979 ou 9363-1909. Também estamos no www.painelpolitico.com e www.facebook.com/painel.politico e no Twitter (@painelpolitico). Caso prefira, envie correspondência para Rua da Platina, 4326, Conjunto Marechal Rondon. Whatsapp 9248-8911. AVC rouba ao menos 8 anos da função do cérebro, diz novo estudo Sofrer um AVC faz com que o cérebro da pessoa perca cerca de oito anos de suas funções, diz um novo estudo. Os efeitos aparecem na memória e na rapidez de raciocínio, que foram medidas com testes cognitivos. Pacientes negros e brancos que tiveram um AVC apresentaram uma queda na pontuação de um teste de memória e velocidade de raciocínio como se tivessem envelhecido 7,9 anos em apenas uma noite. Para o estudo, dados de mais de 4.900 idosos brancos e negros acima de 65 anos foram analisados por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de julho do periódico Stroke. Os pesquisadores uniram duas fontes de informações para a análise: levantamentos detalhados e testes de raciocínio ao longo de vários anos. Medindo as mudanças dos participantes nos testes cognitivos de 1998 a 2012, puderam ver que ambos negros e brancos tiveram um desempenho significantemente pior depois do AVC do que antes do evento vascular. Uma coisa é clara, no entanto: um AVC tem sérias consequências para a função cerebral. Em média, ele “rouba” oito anos de saúde cognitiva. Portanto, pessoas de todas as raças e etnias podem se beneficiar reduzindo os riscos de ter um AVC. Isso inclui controlar a pressão arterial e colesterol, parar ou evitar fumar, controlar a glicose, como no diabetes, e ser ativo, mesmo em idade avançada. |