Devolução ocorreu por recomendação da CGU no Estado e do MPF. Verbas repassadas seriam utilizadas em prevenção contra estiagem
A unidade regional da Controladoria-Geral da União em Roraima (CGU-Regional/RR) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram que o governo do Estado de Roraima devolvesse cerca de R$ 4,6 milhões à União. O montante foi repassado pelo Ministério da Integração (MI) e seria utilizado para ações preventivas contra a estiagem em oito municípios do Estado.
Em fevereiro, o governo de Roraima decretou situação de emergência, em razão do longo período de seca na região. O fato foi reconhecido pelo MI que por sua vez transferiu verbas emergenciais para a execução de ações de socorro e assistência de estiagem. Contudo, no início de maio, o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) divulgou um boletim de monitoramento de queimadas em que demonstrou uma redução de cerca de 98% nos focos de incêndio no Estado.
A CGU em Roraima monitorou o caso, solicitando dados das empresas que seriam contratadas e fiscalizando os locais das obras emergenciais. O MPF e a CGU-Regional/RR constataram, a partir da divulgação do boletim de monitoramento do Inpe, que o Estado já estava em período de chuva, de modo que as verbas repassadas pelo MI já não seriam necessárias e sugeriram a devolução dos recursos transferidos.
Além da assistência de estiagem, o Governo Estadual havia solicitado a transferência de verbas para combater os focos de incêndio e para locar máquinas e equipamentos para a construção de cacimbas e abertura de poços artesanais. Com o início do período chuvas, o Inpe demonstrou, ainda, que houve aumento significativo do volume pluviométrico em Roraima e que já não havia focos de incêndio na região. Após a divulgação do boletim do Instituto e da recomendação da regional da CGU e do MPF, o Governo do Estado devolveu o dinheiro repassado.
O deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO) discursou na tribuna da Câmara, nesta terça-feira (9), durante a solenidade de homenagem ao Dia do Pastor, comemorado nesta quarta-feira (10). No pronunciamento, ele destacou o papel social que é exercido pelos pastores, que se esforçam e usam a fé cristã para resgatar e transformar vidas. “O ministério mais importante para a sociedade é o pastoral, porque nele, muitas vidas são salvas, graças ao trabalho dos pastores. Um trabalho de extrema relevância social, mas que ainda recebe olhares preconceituosos da sociedade e até mesmo do Estado”, destacou.
A sessão solene contou com a presença de pastores e ministros de diversas congregações evangélicas, deputados da bancada evangélica da Câmara, e dos cantores golpes Oséias de Paula e Sérgio Lopes, que cantaram e oraram no plenário. Marcos Rogério estava acompanhado do pastor Paulo César, da Igreja Batista El-Shaday, localizada em Ji-Paraná (RO).
O parlamentar destacou que o verdadeiro pastor é aquele que cuida de vidas, que prega a libertação e ensina o caminho para a vida eterna, assim como Jesus, que percorria a Galiléia, pregava o Evangelho e curava as enfermidades do povo humilde. “No pastor, há três sinais do ministério pastoral: pregação, ensinamento e cura. Muitos veem a multidão como um mercado, mas o verdadeiro pastor vê as suas ovelhas como seres com sentimentos e que têm necessidades”, afirmou.
Marcos Rogério ressaltou que é importante a sociedade reconhecer o papel que o pastor vem exercendo, que vai além do lado espiritual. “A pessoa que encontra um bom pastor tem a sua vida mudada, transformada. Ela pode chegar drogada e bêbada, mas se encontrar um bom pastor, recupera-se dos vícios e fica em paz com a família. Ela pode chegar maltrapilha, depressiva, marcada por crimes de todo tipo, mas quando encontra o bom pastor, firma-se na fé e tem o apoio da igreja, fica livre de seus vícios, volta à sociedade liberta da má conduta, da prática criminosa. O pastor é capaz de mudar a vida das pessoas para melhor, exercendo uma tarefa que deveria ser feita pelo Estado, inserindo na coletividade cidadãos mais responsáveis”, finalizou.
O drama de pacientes oriundos da cidade de Guajará-Mirim, que semanalmente são obrigados a longos deslocamentos, para receber tratamento em Porto Velho, foi destacado pelo deputado estadual Hermínio Coelho (PSD), ao propor urgentes medidas da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo ele, existe a necessidade da construção de um Centro de Hemodiálise em Guajará-Mirim.
O deputado Hermínio Coelho lembrou que a saúde pública de Guajará-Mirim é caótica e se aprofunda, por sucessivas gestões desastrosas. Citou ele, que chegou a liberar emenda, destinando mais de R$ 1 milhão para ajudar na compra de equipamentos para o hospital regional, quando era presidente da Assembleia Legislativa, no entanto, a Prefeitura não demonstrou competência na gestão destes recursos.
De acordo com o deputado, não se pode ficar indiferente ao sofrimento destas pessoas que necessitam fazer hemodiálise, alguns com idade avançada, que além do desgaste operacional dos procedimentos a que são submetidos, ainda enfrentam horas de viagem, e sem o devido e necessário conforto. “Estas pessoas ficam fragilizadas, e enfrentam semanalmente horas nas precárias rodovias”, complementou.
Para suprir eventual falta de pessoal qualificado, o deputado Hermínio Coelho propôs parceria com o Governo Boliviano, quanto a liberação de profissionais especializados neste setor.
Hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina. As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais. Ao iniciar o tratamento o paciente perceberá uma melhora significativa nos sintomas que apresentava, como: falta de apetite, indisposição, cansaço, náuseas, dentre outros.
Ricardo Teixeira é um craque. Ele foi presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, por 23 anos, entre 1989 e 2012. Nos últimos quatro anos como cartola, acumulou ainda o cargo de presidente do Comitê Organizador Local da Copa. Nesse mesmo período, Teixeira movimentou em suas contas R$ 464,56 milhões, como ÉPOCA revelou no dia 1º. Quase meio bilhão de reais. É uma bolada digna de um grande time de futebol – o Flamengo, por exemplo, faturou R$ 347 milhões em 2014. A fortuna movimentada por Ricardo Teixeira foi rastreada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. A descoberta do Coaf foi incluída num inquérito da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Em janeiro, nesse inquérito, a PF indiciou Teixeira por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público, conforme revelou a reportagem do site de ÉPOCA. Os investigadores convenceram-se de que ele cometera esses crimes numa operação de compra de um apartamento. Teixeira pagou R$ 720 mil pelo imóvel – mas o preço real era de R$ 2 milhões.
Agora, um documento obtido por ÉPOCA mostra uma nova linha de investigação. Trata-se de uma carta que aponta Teixeira como sócio oculto de duas empresas, em parceria com um personagem notório do mundo da bola: Sandro Rosell, ex-presidente doBarcelona. É a primeira vez que aparecem evidências de um laço societário entre Teixeira e Rosell. Trata-se de um evidente conflito de interesses. Teixeira chegou a presidir a CBF enquanto Rosell era o dirigente da Nike que cuidava do contrato com a entidade. O empresário Cláudio Honigman, parceiro de Teixeira e Rosell, completa o trio. Rosell e Honigman também foram indiciados pela Polícia Federal em janeiro, no caso do apartamento e outras operações.
Os três, segundo a PF, atuavam em conjunto. A carta, apreendida em 2011 pela Polícia Civil do Distrito Federal, foi encontrada no computador de Vanessa Precht, sócia de Rosell. O documento integrou uma investigação no Distrito Federal por causa de um jogo da Seleção Brasileira em Brasília. Em 2008, o governo local contratou uma empresa que tinha Rosell como sócio para promover o evento. A PF do Rio pediu aos colegas que compartilhassem as informações. O material foi parar no inquérito que indiciou Teixeira, Rosell e Honigman no começo do ano.
A carta não tem data ou assinatura. O destinatário é Sandro Rosell. Os investigadores sabem que o remetente é um especialista do mercado financeiro. Ele participou das negociações que menciona e diz que tomou um tombo da turma de Teixeira, Rosell e Honigman. O documento detalha a compra de uma corretora chamada Alpes, em 2008, por algo entre R$ 22 milhões e R$ 25 milhões. Foi uma operação para esquentar o dinheiro da turma, segundo a PF. Na compra da Alpes, segundo o ex-sócio da turma, Teixeira, Rosell e outros dois parceiros ficariam responsáveis por 32% da corretora. Tudo às escondidas, de modo que ninguém soubesse da parceria entre Teixeira, que presidia a CBF, e Rosell, que foi o dirigente da Nike responsável pelo contrato da marca com a CBF. De acordo com o documento, Cláudio Honigman, que atualmente está foragido, brigou e rompeu com o resto do grupo. O autor da carta relata então que Sandro Rosell foi pessoalmente à casa de Teixeira informar sobre a intenção de tirar Honigman do negócio. O denunciante narra que Teixeira recebeu a parte que lhe cabia. Conta que teve de pagar a entrada de um imóvel que o grupo comprou em um shopping do Leblon e o descreve: o valor (R$ 646 mil), o tamanho do escritório (506 metros quadrados), a quantidade de salas (três) e o andar (4º).
A turma não pagou ao investidor o dinheiro que lhe devia. Por isso, o autor ameaçou entregar o verdadeiro dono do negócio: Ricardo Teixeira. Escreve o denunciante, atropelando o bom português e a pontuação: “Me liga o Cláudio novamente me pedindo em nome do Sandro Rosell, para eu assinar pois se não o Inácio iria botar na Justiça. E envolveria o nome do Ricardo Teixeira, através da mulher dele, dona da empresa que ele tinha colocado para ser sócio no percentual do Ricardo, na empresa dona das salas justamente para não aparecer o nome do Ricardo Teixeira”. Uma reportagem da Folha de S.Paulo, de 2013, mostra que uma das empresas de Rosell pagou R$ 2,8 milhões a uma empresa da então mulher de Ricardo Teixeira, Ana Carolina Rodrigues, justamente na venda de salas comerciais no Shopping Leblon, em 2011. Em outras palavras, as informações narradas na carta são corroboradas por documentos comerciais e bancários.
Por duas vezes, o autor da carta, indireta e confusamente, cita outra possível sociedade oculta de Ricardo Teixeira: na Brasil 100% Marketing. No papel, é meramente uma empresa de marketing esportivo, cujos donos eram Cláudio Honigman e Sandro Rosell. Ela promovia amistosos da Seleção Brasileira. “O Ricardo Teixeira estaria em Londres para uma reunião sobre a corretora, pois neste momento Cláudio e Sandro falaram que tinham convidado Ricardo para reunião de sócios neste novo negócio, fora a Brasil 100, onde eles já eram sócios no futebol através dos dois.” Em outro trecho, o autor volta a mencionar a Brasil 100% Marketing –desta vez, revelando a razão da briga de Honigman com o resto da turma. “Conversei durante 15 minutos com Sandro e ele veio me perguntar o que tinha havido, pois ele agora estava achando a história do Cláudio muito estranha já que ele tinha descoberto que o Cláudio tinha dado um desfalque na Brasil 100, empresa dele, do Ricardo Teixeira e do Cláudio Honigman.”
Tanto a Alpes quanto a Brasil 100% Marketing são citadas no inquérito da Polícia Federal finalizado no início deste ano. Agora, cabe ao Ministério Público Federal decidir se oferece denúncia contra os envolvidos. O advogado de Sandro Rosell, Antenor Madruga, disse que “toda atuação de Sandro Rosell no Brasil foi estritamente legal e ele explicará qualquer dúvida nas instâncias apropriadas, como tem feito em todas as oportunidades”. Madruga ressaltou que Rosell foi absolvido na ação de improbidade promovida pelo Ministério Público do Distrito Federal pelo jogo da Seleção. Pessoas próximas a Rosell disseram a ÉPOCA que a negociação na Alpes não prosperou. Ricardo Teixeira e Cláudio Honigman não foram localizados. A Alpes Corretora disse que não tem relação com o caso e que Honigman é ex-funcionário. À PF, a corretora afirmou que nunca fez negócios com Teixeira.
Como é a primeira vez que aparecem evidências de um laço societário entre Teixeira e Rosell, isso pode agravar o peso das acusações contra os dois. Indica que eles agiam em sintonia. As informações da carta e do inquérito da PF mostram que Teixeira era não só beneficiário, como operador do esquema. Em miúdos, mostram Teixeira cruzando, cabeceando, defendendo, apitando. E comemorando gols que rebaixaram o futebol brasileiro.
São Paulo: O banco britânico HSBC anunciou nesta terça-feira que suprimirá 50.000 postos de trabalho como parte de uma reestruturação mundial, que inclui a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia.
O HSBC prevê eliminar quase 10% do número de funcionários, entre 22.000 e 25.000 empregos, segundo um plano divulgado em seu site. Além deste número, outros 25.000 postos de trabalho devem ser suprimidos com a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia, segundo o banco.
No Brasil, no entanto, o banco pretende manter uma presença para os clientes institucionais.
O HSBC fechará várias agências ao redor do mundo, acelerará o processo das transações e vai deslocar milhares de postos de trabalho para países "de baixo custo e alta qualidade" de mão de obra, segundo o plano do banco.
A decisão é parte da meta de "reduzir os custos em algo entre 4,5 e 5 bilhões de dólares anuais até 2017", segundo uma nota enviada à Bolsa de Hong Kong.
O HSBC também pretende "acelerar os investimentos na Ásia", em particular no sul da China e no sudeste do continente, "para captar oportunidades de crescimento futuro e adaptar-se às evoluções estruturais" do mercado bancário.
O diretor geral do HSBC, Stuart Gulliver, vai apresentar o plano do banco em uma reunião em Londeres com investidores.
O maior banco da Europa sofreu uma queda nos resultados em 2014 e foi afetado por grandes multas, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos.