A situação está se complicando para o servidor da Polícia Civil Joaquim Raimundo da Silva, o popular “Joaquim aranha”, preso no dia 27 de maio em Mirante da Serra, sob a acusação de ter cometido o assassinato do ex-genro Jeovani Arrabal, no dia 07 de novembro de 2014, em Ouro Preto do Oeste, e pela execução de Alex Flávio de Oliveira, crime cometido em 31 de janeiro de 2013, em Mirante.
O suspeito não está mais no Centro de Correição da Polícia Militar, em Porto Velho para onde foi levado, mas se encontra preso num dos presídios da capital do Estado.
Apesar de Joaquim aranha sempre ter gozado das prerrogativas de um agente da Polícia Civil em Mirante da Serra, ele na verdade é um servidor de apoio da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), e não propriamente um policial civil. Sequer podia portar arma de fogo.
Em razão disso, após a prisão, a transferência de Joaquim aranha para um presidio comum foi solicitada e consentida. “Ele estava no Centro de Correição, e o juiz por entender que ele é um servidor policial o encaminhou para um presídio”, esclareceu o delegado Ícaro Alex Soares Bezerra, que conduz um dos inquéritos.
INVESTIGAÇÃO A Polícia Civil investiga se existem mais crimes de homicídio atribuído a Joaquim aranha nos cinco municípios da região de Ouro Preto do Oeste.
De acordo com o delegado Ícaro Alex, todos os crimes cometidos com uso de pistola calibre 380 no limite dos municípios de Ouro Preto do Oeste, Mirante da Serra, Nova União, Urupá, Vele do Paraíso e Teixeirópolis, com a possibilidade de Joaquim aranha ter praticado serão investigados, inclusive com a confrontação por exame de balística na arma que está apreendida em poder da polícia judiciaria estadual.
Esta pistola em poder da polícia, é a principal prova de que Joaquim aranha cometeu o crime em 2013 na cidade de Mirante, e exames de balística realizados posteriormente, constataram que foi a mesma arma utilizada para matar Jeovani Arrabal.
O delegado disse não ter dúvidas que a prisão de Joaquim aranha será prorrogada, e adiantou que outra linha de investigação da Polícia Civil apura se houve conivência no meio policial que tenha de algum modo favorecido Joaquim aranha a se safar dos homicídios os quais é acusado de cometido.
MOTIVAÇÃO Outra questão ainda não esclarecida pela Polícia Civil com relação aos dois homicídios que pesam sobre Joaquim aranha, diz respeito a qual foi à motivação para ele ter matado o ex-genro, a quem o acusado se esforçava em demonstrar que nutria afeto e respeito.
“No dia do homicídio (do Jeovani) a gente ouviu que tinha sido um policial de Mirante, e quando a gente descobriu que o crime do Alex tinha sido o Joaquim ele se aproximava da família e da (atual) mulher do Joevani, e após o crime tentava forçar uma amizade” revelou o delegado.
Apesar de Jeovani ser o pai de uma neta de Joaquim aranha com 19 anos e um neto de 15, ele levou cinco tiros na cabeça, e sofreu mais sete disparos, num crime com características de execução movida por ódio.
Embora seja intrigante essa parte da investigação, o delegado Ícaro Alex disse à reportagem do site Correio Central que existe uma linha de investigação que poderá revelar a motivação do assassinato ocorrido em Ouro Preto.
Fonte: www.correiocentral.com.br Texto e fotos: Edmilson Rodrigues |