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Regionais : Marco Polo está morto politicamente
Enviado por alexandre em 31/05/2015 15:59:48

Marco Polo está morto politicamente

Neste momento, Marco Polo Del Nero repousa em seu apartamento na Barra da Tijuca, perto da sede da CBF. (É aquele apartamento comprado por 1,6 milhão de reais, mas que o mercado avalia em 5,2 milhões de reais – um negócio de craque).

A decisão de fugir às pressas da Suíça, no entanto, foi tomada a partir de conselhos de vários advogados consultados por ele – inclusive advogados estrangeiros. Havia o temor de ser preso.

A verdade é que mais cedo ou mais tarde Marco Polo terá que renunciar à presidência da CBF. É uma questão de tempo.

Marco Polo está morto politicamente. Agora, o que lhe resta, sob o ponto de vista dele, é administrar o melhor possível essa morte.

A investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre a Fifa revelou que, desde 2012, Klefer e Traffic dividiam pagamentos de propinas de 2 milhões de dólares anuais a Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. O dinheiro era referente a contratos da Copa do Brasil e pingaria nas contas dos cartolas até 2022.

Em 2013, no entanto, sabe-se lá por que, parte do dinheiro pago pela Klefer teve outro destino. A empresa de Kleber Leite mandou meio milhão de dólares à conta de um fabricante de iates de luxo, em Londres.

Seria Leite um inveterado marinheiro? Ao que tudo indica, não.

No final de 2014, curiosamente, Del Nero passou a singrar entre Angra dos Reis-RJ e Guarujá-SP a bordo de um luxuoso iate novinho em folha, seu xodó, um Sunseeker de 52 pés e três cabines avaliado em 2,1 milhões de reais. O estaleiro Sunseeker, a propósito, é inglês. (Lauro Jardim  - Veja Online)


Homem-bomba que pode detonar a mídia esportiva

Em texto publicado no site Viomundo, o jornalista Luiz Carlos Azenha, afirma que o grande temor da Globo diz respeito a eventual indiciamento de Ricardo Teixeira no escândalo do futebol. Leia abaixo:

"Anos 2000. A International Sport and Leisure (ISL) corre o risco de falir. A empresa havia sido criada por Horst Dassler, o magnata alemão herdeiro da Adidas. Foi o homem que ajudou a inventar o marketing esportivo. Pegar um evento, empacotar e vender a emissoras de televisão já com os patrocinadores definidos.

Hoje sabemos que a ISL dominou o mercado à custa de dezenas de milhões de dólares em propinas. O homem da mala de Dassler era Jean Marie Weber. O encarregado de molhar a mão da cartolagem e garantir os direitos de TV e de marketing que eram das federações.

Foi o esquema da ISL que enriqueceu João Havelange e Ricardo Teixeira. Na casa dos milhões e milhões de dólares. Mostramos no Brasil — modéstia à parte, pela primeira vez — a relação entre as datas de pagamento das propinas e o enriquecimento de Teixeira. Está tudo em O Lado Sujo do Futebol."

Clique aí no Viomundo e leia a reportagem completa


Caras do Brasil

Jânio de Freitas – Folha de S.Paulo

Da arquibancada ao poder econômico, o maior por aqui, Havelange e Teixeira faziam uma síntese perfeita do país

Muito mais do que mostrar o que tem sido a cúpula do futebol no mundo, o escândalo da Fifa mostra ao mundo o que é o Brasil. Como se ainda fosse necessário fazê-lo.

A Fifa, que recebe aqui o tratamento apropriado para os covis, baniu dos seus quadros, há muito tempo, os ilustres brasileiros João Havelange e Ricardo Teixeira, seu ex-presidente e o ex-conselheiro por ela declarados catadores de suborno e de outros modos de corrupção. Nem depois disso a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público (o Federal e o do Rio) foram capazes de dar aos dois as consequências da lei. Ambos enriquecidos, muito antes de chegarem aos balcões internacionais, aqui mesmo na CBD/CBF.

A aparência é de que Ricardo Teixeira tratou de escapar para Miami. Mas não o fez, de fato, senão para as delícias de que desfruta em sua mansão. Os vários processos que ainda tem no Brasil jamais o incomodaram, tal como os anteriores. Havelange tornou sua velhice suportável em um dos prédios magníficos de São Conrado. A rejeição da Fifa não chegou ao prestígio social de ambos.

Da arquibancada ao poder econômico, que é o maior poder por aqui, Havelange e Ricardo Teixeira faziam uma síntese perfeita e discreta do Brasil. José Maria Marin, o mau discípulo, escancarou. Já se percebe que as autoridades brasileiras sentem necessidade de adotar iniciativas. Deve ser o melhor que pode acontecer a Marin.


CPI da CBF: troco de Romário em Teixeira por 1998

http://imguol.com/blogs/77/files/2015/05/romario.jpg" alt="" />Leandro Mazzini – Coluna Esplanada

A CPI da CBF no Senado, embora foque a corrupção na FIFA e seus eventuais braços na Confederação Brasileira, não deixa de ser também uma vingança pessoal de Romário contra Ricardo Teixeira, o ex-presidente da entidade no País por duas décadas.

Romário não perdoa Teixeira por ter sido dele a decisão final de excluir o 'Baixinho' da Copa de 1998, na França, quando ele se lesionou.

Marco Polo Del Nero disse nesta sexta-feira que se colocará à disposição em todas as investigações que forem abertas para tratar do escândalo envolvendo suposto pagamento de propina em contratos da CBF. Com o Senado tendo confirmado nesta sexta-feira a criação de uma CPI para investigar o futebol brasileiro, por proposição do senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ), e outra já protocolada na Câmara dos Deputados pelo deputado e ex-judoca João Derly (PCdoB-RS), Del Nero disse que, se for chamado, comparecerá. Ele declarou ainda que deve processar o senador carioca.


Agora a bomba explodiu: um gol, muitos gols

Carlos Brickmann

A entrada do FBI americano nas investigações sobre corrupção no futebol muda a regra do jogo: deixa de funcionar a Bancada da Bola, perde efeito o relacionamento internacional bem cultivado, favor prestado não tem mais validade. Se os personagens presos são ou não culpados, a Justiça americana decide. Mas:

1 - José Maria Marin, segundo as investigações, teria cobrado propinas nos contratos da CBF. Quem pode ter pago propinas? Patrocinadores da Seleção, talvez; ou concorrentes à compra dos direitos de transmissão. Quem patrocina a Seleção, e quem a patrocinou nos últimos anos? Quem ganhou o direito de transmitir os jogos? Quais empresas firmaram contratos de exclusividade com a CBF?

2 - Quando o Brasil ganhou a Copa de 1994, nos EUA, a delegação trouxe 11 toneladas de compras. O secretário da Receita, Osíris Lopes Silva, mandou que as bagagens passassem pela Alfândega. O presidente era Itamar Franco, e Osíris caiu. Quando Ronaldo Fenômeno teve aquele problema na Copa da França, em 1998, já se falava na interferência da Nike na CBF. O presidente era Fernando Henrique. Quando o Brasil ganhou o direito de realizar a Copa de 2014, o presidente era Lula. Ninguém investigou; se investigou, não contou para ninguém. A imprensa paulista foi acusada por Ricardo Teixeira de persegui-lo, só porque andou narrando algumas coisas, que as autoridades não levaram em conta. E como havia gente importante do Judiciário viajando a convite da CBF, com tudo pago!

Agora a bomba explodiu. E vai pegar gente hoje acima de qualquer suspeita.


Chuva de óleo

Americano ainda não dá muita importância ao futebol. A ladroeira na FIFA tem contato apenas superficial com os Estados Unidos: instituições financeiras americanas foram usadas na manipulação irregular de dinheiro, algumas firmas de lá pagaram propina no Exterior.

Já o caso da Petrobras, também sob investigação naquelas bandas, bate em cheio nos americanos: a refinaria de Pasadena é lá, os papéis da empresa são negociados nas bolsas dos EUA, milhares de pessoas puseram suas economias em fundos que compraram Petrobras (e que, graças aos problemas da estatal, renderam muito menos do que poderiam).

A investigação e a Justiça são mais eficientes que as nossas. 

Os prejudicados farão pressão. E as petroleiras americanas - neste setor ninguém é bonzinho: todos jogam pesadíssimo- não perderão essa ótima possibilidade de atrapalhar a concorrente.(Carlos Brickmann)


Regionais : Mulher colou dente com superbonder por medo de dentista
Enviado por alexandre em 30/05/2015 21:09:05

Mulher colou dente com superbonder por medo de dentista


o é incomum encontrar gente que tenha medo do dentista. Mas uma mulher chamada Angie Barlow passou dos limites, e preferiu usar superbonder no dente do que ir no consultório. Sim, isso mesmo, super cola, daquelas que você usa pra consertar móveis. E as consequências, obviamente, foram terríveis. Os dentistas tiveram que remover quase todos os seus dentes, e colocaram pinos de titânio em seu crânio para que o sorriso dela não ficasse deformado. Angie, que tem 48 anos, precisava ir ao dentista há 10 anos. Mas ela tinha pavor dessa ideia, após perder a sua mãe para o câncer de garganta. “Minha mãe morreu aos 34 anos,” conta Angie. “Ela foi ao dentista, e quando retirou um dente, descobriu que tinha o câncer. Então esse medo está sempre presente na minha mente… E essas coisas são assim mesmo – quando você se convence, você realmente se convence.” Mas ela pagou um preço bem alto por isso. Os dentistas que examinaram Angie chegaram à conclusão de que grande parte dos danos nos dentes dela aconteceram por causa do fumo. E foi para consertar esses danos que ela teve a ideia de usar o superbonder. O Dr. Serpil Djemal, do Kings College Hospital, disse: “Esse é um dos piores casos que eu já vi na minha carreira. Ela deveria estar realmente desesperada para ter feito isso.” Antes da operação, Angie respondeu às perguntas dos médicos: “Quando o dente quebrou, eu só coloquei um pouquinho de cola para mantê-lo no lugar, para não ficar com um buraco. Eu fiquei tão mal com isso que quase não saio mais de casa. As pessoas olham, apontam… É terrível. Tenho vergonha até de sorrir para o meu próprio filho.” Para consertar esse problema, Angie teve que desembolsar cerca de £16 mil, que dá mais de R$70 mil. Tudo isso podendo ter sido evitado… E você, tem medo de algum médico?

Regionais : Lula: candidatura depende da reação de Dilma
Enviado por alexandre em 30/05/2015 21:02:59

Lula: candidatura depende da reação de Dilma

Da Folha de S.Paulo – Andreia Sadi e Marina Dias

Lula avisa a aliados que só concorrerá se tiver legado para defender

Petista afirma temer derrota como a que Brizola sofreu em 1994, quando perdeu até para o nanico Enéas

Preocupado com a crise política que atinge o governo de sua sucessora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que só terá condições de ser o candidato do PT nas eleições de 2018 se a avaliação da presidente Dilma Rousseff melhorar e ele tiver um legado para defender para seus eleitores.

Folha ouviu relatos de amigos que conversaram com Lula antes de seu último encontro com Dilma, na semana passada, em Brasília.

Segundo eles, o ex-presidente citou a derrota sofrida pelo ex-governador Leonel Brizola (1922-2004) nas eleições presidenciais de 1994, quando perdeu para o nanico Enéas Carneiro (Prona) e terminou em quinto lugar, para ilustrar o medo que tem de perder seu capital político em uma empreitada fracassada.

Segundo um interlocutor, Lula afirmou que não adianta pensar que o povo votará nele só porque decidiu se candidatar. Brizola era "Deus" nas eleições de 1989, mas em 1994 perdeu até para Enéas, disse Lula, que ficou em segundo lugar nas duas vezes.

O ex-presidente faz esse tipo de análise para pouquíssimas pessoas. Nas demais ocasiões, prefere usar o PT como sujeito. Costuma dizer que, se o governo não melhorar até 2018, será difícil para a sigla.

Segundo o petista, a população não vota por gratidão, olhando para o passado, mas, sim, de olho no futuro.

CAUTELA

Lula avalia que, caso o governo não esteja pelo menos com avaliação "regular" às vésperas de 2018, poderá ser necessário escolher outro nome no PT para disputar a Presidência. Interlocutores do ex-presidente afirmam que ele já apresentou esse diagnóstico à própria presidente.

Depois da reeleição de Dilma, em outubro do ano passado, Lula disse pela primeira vez aos mais próximos que seria candidato em 2018. A partir dali, o PT começou a tratar a candidatura como oficial.

No entanto, com o agravamento da crise que atingiu o governo, seu afastamento dos movimentos sociais na base petista e a queda da popularidade de Dilma, alvo de protestos desde a reeleição, Lula passou a reavaliar o cenário.

O ex-presidente espera que, após o lançamento do plano de concessões prometido pelo governo para 9 de junho, Dilma organize uma agenda positiva e melhore sua imagem desgastada.

Por outro lado, aliados dizem que Lula tem se colocado como o responsável pelo projeto petista e, por esse motivo, a possibilidade de ver seu legado terminar de maneira "melancólica" mexe com ele.

Por isso, dizem petistas, uma candidatura de Lula diante de um cenário ruim é bem difícil mas, avaliando pesquisas de intenção de voto diante de um contexto político e econômico "regular", ele pode apostar novamente. Procurado pela Folha, o Instituto Lula disse que não comentaria a reportagem.


Cunha não se importa em jogar sujo, diz jornal

"Um cristão evangélico que toca bateria e tem sido comparado a Frank Underwood, o ambicioso político de “House of Cards”, série do Netflix, vem abalando a política brasileira desde que foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, há quatro meses". É assim que começa o perfil do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) publicado no site do jornal americano “The Washington Post” (original em inglês aqui). A reportagem encerra dizendo que a "política brasileira é um jogo áspero e que Eduardo Cunha não se importa jogar sujo para ganhá-la". 

De acordo com a matéria, Cunha “não apenas balançou o governo de alianças da Presidente Dilma Rousseff, no qual seu partido é supostamente o aliado mais importante. Suas ações ameaçaram inviabilizar a coligação meses após o começo do segundo mandato da presidente, levando a uma série de revoltas que abriram feridas nas frágeis alianças”.

O jornal americano citou as votações dessa semana para mostrar como Cunha trabalha: “Uma comissão do congresso trabalhou por mais de três meses nas propostas que foram jogadas fora depois que o deputado convidou alguns líderes de partidos para almoçar em sua casa e foi decidido que as medidas seriam votadas diretamente no plenário cheio”.

José Álvaro Moisés, cientista político da Universidade de São Paulo (USP), descreveu para reportagem do site do Washington Post o momento da política brasileira como um divisor de águas. "A oposição não está cumprindo bem o seu papel. Então esse espaço está sendo ocupado pelo PMDB", disse.

Segundo a publicação, o PMDB tem planos de desafiar o PT nas eleições presidenciais de 2018 e, com o Congresso agressivo que vem controlando com a presidência das duas casas, está mudando o equilíbrio de poder no Brasil. "O legislativo também quer definir a agenda do país", disse.

O jornal ressalta que críticos chamaram Cunha de perigoso, retratando ele como um operador político implacável e resiliente que dirige a Câmara dos Deputados de forma imperativa.

O jornal lembra ainda que Cunha recebeu doações da Camargo Corrêa, uma das construtoras investigadas na Lava-Jato, na campanha de 2010, e que a senha do computador dele na Câmara foi usada para fazer um requerimento com pedido de informações a uma empresa suspeita de pagar propina a políticos com dinheiro desviado da Petrobras.

De acordo com o depoimento ao jornal de Rodrigo Motta, professor de história da UFMG e autor de livro sobre o PMDB, o presidente da Câmara não tem ideologia. "Ele não tem nenhuma ideologia. A sua ideologia é a do poder", disse Motta à reportagem do Washington Post.


Coluna do sabadão

Coligações salvam nanicos

Nem distritão, o chamado voto majoritário, nem tampouco proibição às coligações proporcionais. Na discussão e votação da reforma política, a Câmara dos Deputados manteve uma postura conservadora e não fez nenhum tipo de mudança no sistema eleitoral para as eleições municipais do ano que vem.

O atual sistema proporcional acaba cometendo injustiças, porque um candidato a deputado ou vereador filiado a um grande partido pode ter uma expressiva votação e não se eleger, enquanto um representante de uma legenda nanica, obtendo um percentual de votos bem menor, acaba atropelando os grandes, conquistando um mandato pelo chamado voto de legenda.

Em resumo, hoje os votos de todos os candidatos de um mesmo partido ou coligação são somados. Se o partido ou coligação atingir uma vez o quociente eleitoral — que é o número mínimo de votos necessários, raramente alcançado por um candidato só —, leva uma cadeira no parlamento. Se atingir duas vezes, leva duas, e assim por diante. Quem ocupa essas vagas conquistadas, aí sim, são os mais votados do partido.

Na verdade, o fim das coligações teria como consequência acabar com a "indústria" de partidos nanicos que, durante as eleições, tornam-se meras legendas de aluguel ao aliar-se a outras agremiações para negociar tempo de televisão e cargos. No entanto, com um número recorde de 28 legendas na Casa na atual legislatura, das quais muitas seriam prejudicadas, o projeto não conseguiu maioria necessária - recebeu 206 votos favoráveis, sendo que o mínimo era de 308.

Durante a votação, os partidos de menor peso, como representantes do bloco comandado pelo PRB, com nove legendas e 38 deputados, fizeram um apelo contra o fim das coligações. "É muito fácil defender a medida gastando fortunas nas eleições. Quero ver gastar pouco e gastar sola de sapato", disse o deputado Edson Moreira (PTN-MG). "Temos de garantir a liberdade de associação partidária", discursou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

 Deputados contrários às coligações destacaram a quantidade de partidos no Brasil - atualmente são 32 - para questionar a necessidade deles, que sobrevivem às custas do dinheiro público do fundo partidário. "Nós somos contra coligação e contra carona. Política é para ter voto e ter representatividade nesse Parlamento", afirmou o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).

"As coligações proporcionais viraram um instrumento de perda de qualidade no sistema político-decisório brasileiro. Você vota em 'a' e elege 'z'. O eleitor é induzido ao erro", disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

CLAÚSULA– Os deputados também aprovaram a cláusula de desempenho segundo a qual o acesso dos partidos aos recursos do Fundo Partidário e a tempo gratuito de rádio e TV dependerá da eleição de, ao menos, um representante em qualquer das Casas do Congresso. O partido também deverá ter concorrido com candidatos próprios à eleição para a Câmara. Esse texto faz parte do relatório inicial do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a reforma política, gerando uma grande frustração.

Reforma: piorar o que já está ruim

Blog do Kennedy

A votação da primeira rodada da reforma política mostra que as mudanças aprovadas tendem a piorar o que já está ruim.

O financiamento eleitoral é um exemplo disso. A Câmara aprovou, em um primeiro turno, a inclusão na Constituição das doações de empresas a partidos políticos. A medida será votada mais uma vez pelos deputados e depois, se aprovada, seguirá para o Senado.

O fim da reeleição para cargos executivos foi votado de forma abrupta. É uma alteração muito importante para ser feita sem maior reflexão.

A tendência é o Senado também acabar com o mecanismo. Portanto, poderá ser a reforma do fim da reeleição, criada em 1997, há menos de 20 anos


Coerentes na incoerência

Carlos Chagas

Para proteger as galinhas, o cidadão trancou o galinheiro com cadeado. No dia seguinte, entregou a chave para a raposa. Nenhuma imagem definirá melhor o que se passou na Câmara,  terça e quarta-feira. Num dia os deputados votaram a proibição de as empresas doarem dinheiro para as campanhas eleitorais. No outro, aprovaram as doações das empresas para os partidos políticos financiarem as campanhas dos  candidatos.

Melhor fechar a extinta Casa do Povo. Pelo menos, deixar que o Supremo  Tribunal Federal legisle contra a corrupção. Hoje os empreiteiros amanheceram em festa. Os banqueiros também. E outros empresários. Todos garantiram seus investimentos até o final do  século. Basta que cada  um escolha o seu parlamentar, adiantando-lhe recursos para comprar um mandato nas próximas eleições.  Depois, será exigir   a compensação através de emendas, de leis, facilidades e benesses.  A Câmara acaba de decretar a  República dos Contrários. No espaço de 24 horas votou contra e a favor.  Claro que vai prevalecer  a doação desenfreada. Não se votará teto algum.

O pior nessa história de horror é que a imensa maioria da Câmara apoiou a segunda  proposta. Eduardo Cunha e Celso Russomano puxaram a fila, mas não se exime culpa de ninguém.

Na mesma quarta-feira da aprovação de doações empresariais, a Câmara extinguiu o princípio da reeleição para presidentes da República, governadores e prefeitos, por 452 votos a 19. A Constituição exige outra votação. A dúvida é se Suas Excelências da próxima vez votarão em massa pelo segundo mandato. Estariam, ao menos, sendo coerentes na incoerência.

Regionais : Prefeito ganha mais do que a presidente Dilma
Enviado por alexandre em 30/05/2015 20:54:56

Tucano ganharia mais que Dilma. Recua

Do Portal G1

Muito criticado, Gimenez receberia R$ 30,9 mil, mas prometeu sustar o próprio aumento. Sem alta de 7,6%, ele ainda segue ganhando mais que governador de SP.

Às vésperas de ganhar mais do que a presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito de Sertãozinho(SP), José Alberto Gimenez (PSDB), anunciou publicamente que abrirá mão do reajuste de 7,6% previsto para ser válido a partir de 1º de junho.

Apesar de criticar a imprensa e alegar "sensacionalismo" na cobertura do tema, o chefe do Executivo confirmou nesta sexta-feira (29) que enviará um projeto de lei à Câmara suspendendo exclusivamente o aumento na remuneração dele e do vice-prefeito.

Depois de uma greve de servidores no município, Gimenez estabeleceu o reajuste salarial para todos os funcionários públicos em projeto que foi encaminhado e aprovado pelo Legislativo no dia 18. Com a medida, o prefeito passaria a ter subsídio mensal de R$ 30.988, enquanto Dilma ganha R$ 30.934. Especialistas consultados pelo G1 disseram que a elevação, embora sustentada pela lei, é imoral, levando-se em conta a crise financeira enfrentada por Sertãozinho.

Em um comunicado  confirmou que abrirá mão do recente. Assim, ele permanecerá ganhando R$ 28,8 mil, valor bruto que é resultante de reajustes anteriores à sua entrada na gestão municipal, e que ainda é superior ao pago ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

“Agora sim, mais aliviado, após esses esclarecimentos a você, e sabendo do momento da economia de nossa cidade, com muito desemprego, informo que já abri mão do aumento legal por lei de 7.6% - que foi dado a todos os funcionários públicos -, e assim o farei, abdicando desse aumento (correção da inflação). Aproveito para informar que, estarei encaminhando à Câmara Municipal um projeto de lei, cancelando o último reajuste dos subsídios do Prefeito Municipal e do Vice-prefeito”, disse, sem informar um prazo para a medida.

Reajuste segue Lei Orgânica, diz prefeito
Em seu esclarecimento público, José Alberto Gimenez lamentou a cobertura jornalística sobre o caso, alegando que a imprensa só busca "matérias que visam manchar" o município e que o assunto foi conduzido de maneira desrespeitosa nas redes sociais por pessoas politicamente contrárias a ele. "Quando assumimos, fizemos mudanças, cortes e isso, evidentemente, não agradou algumas pessoas", afirmou.

Regionais : Tiririca e mais quatro foram os únicos sem faltas na Câmara
Enviado por alexandre em 30/05/2015 20:47:39

Na legislatura passada (2011-2014), cinco deputados federais participaram de todas as sessões deliberativas de plenário, ocasiões em que a presença física é obrigatória. Em um universo de mais de seis centenas de parlamentares com assento na Câmara, apenas Carlos Manato (SD-ES), Lincoln Portela (PR-MG), Pedro Chaves (PMDB-GO), Reguffe (PDT-DF) e Tiririca (PR-SP) estavam presentes  em todas as 393 reuniões organizadas de fevereiro de 2011 a dezembro de 2014. É o que revela levantamento exclusivo realizado pelo Congresso em Foco com base em registros oficiais da Câmara, pela primeira vez obtidos com base na Lei de Acesso à Informação. Por determinação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que atendeu a demanda dos próprios colegas, os registros de presença antes veiculados no portal institucional agora só são fornecidos por meio da legislação de transparência.

Apesar da assiduidade intacta, o comediante Tiririca jamais fez um pronunciamento em plenário. Primeiro palhaço profissional a conquistar um lugar no Parlamento brasileiro, Tiririca é o representante do circo no Congresso. Em seu primeiro mandato, o comediante apresentou oito projetos de lei, dos quais seis favoreciam a classe circense.

De acordo com o levantamento da Câmara, os cinco congressistas mais presentes em sessões de votação correspondem a menos de 1% dos 648 deputados que passaram pela Casa nos últimos quatro anos. A presença massiva dos parlamentares assíduos foi reconhecida pelo eleitor: Reguffe virou senador, e os demais se reelegeram. Para o político brasiliense, os deputados não fazem mais que sua obrigação quando participam das discussões realizadas em plenário. “É preciso ter responsabilidade com o contribuinte”, afirma o agora senador Reguffe.

Lincoln Portela compartilha do pensamento de Reguffe. O mineiro conta que já deixou de comparecer ao casamento do filho, celebrado na Itália, para marcar presença em sessão legislativa realizada há dois anos. “A sociedade é quem paga meu salário e, por isso, devo retribuí-la”, observou.

Já Carlos Manato afirma que sua última falta em sessão deliberativa ocorreu há dez anos, em setembro de 2005, data do falecimento de seu pai. Desde então, o deputado não se ausentou dos compromissos legislativos em plenário sequer uma vez. “Participei das sessões mesmo quando estava doente, com o braço quebrado ou com febre, por exemplo. Houve situações em que perdi o aniversário dos meus filhos e do meu casamento”, disse Manato. O capixaba acredita que, dentre as suas contribuições para a Câmara, a coautoria da Lei Seca se destaca pela relevância social.

O parlamentar Pedro Chaves desenvolveu um método para não abdicar do trabalho em razão de outros eventos. Ele transfere para os fins de semana compromissos com o Estado de Goiás. Assim, cumpre integralmente as duas agendas. “A presença nos debates é essencial para conhecer as necessidades do povo. A conclusão das obras da BR 020, que liga Brasília a Formosa, é um dos projetos de maior importância da minha gestão”, conclui.

O estudo das listas de presença da Câmara revela ainda que quatro deputados faltaram o equivalente a dois anos de sessões. Manato afirma que os parlamentares faltosos freiam a produtividade legislativa, já que algumas votações não reúnem quórum suficiente para que sejam viabilizadas. Lincoln observa que “o eleitorado desses congressistas se sente incomodado com tal situação”. “A imagem da Casa fica desmoralizada quando deputados faltam à metade do mandato”, completa Reguffe.

Para o cientista político Leonardo Barreto, os parlamentares faltosos representam prejuízo aos cofres públicos, pois muitos projetos de lei deixam de ser relatados e até votados em algumas circunstâncias. Segundo Leonardo, a assiduidade é o primeiro indicador do nível de seriedade do deputado em relação ao seu mandato. ”O congressista ausente se torna um exemplo negativo para a população, que fica desmotivada a acreditar no sistema político”, explica o especialista.

Fonte: Com informações do Congresso em Foco

Publicado Por: Fábio Carvalho

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