Levantamento do MapBiomas Amazônia mostra que derrubada de vegetação para pastagem é o principal vetor de desmatamento em metade da América do Sul.
Com informações do g1 Acre
Com mais de 14% do território explorado pela pecuária, o Acre é um dos locais que compreendem o 'Arco do Desmatamento', que se estende, além do estado, entre Pará, Mato Grosso e Rondônia, apontada como região de maior desmatamento na Amazônia Legal, e que teve avanço na conversão de florestas em pasto. Isto é o que aponta um levantamento do MapBiomas Amazônia, apresentado durante a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com dados sobre todos os países abrangidos pelo bioma.
Conforme o mapeamento, a pecuária é o principal vetor do desmatamento em metade da América do Sul nos últimos 37 anos. Entre 1985 e 2022, dos 86 milhões de hectares de vegetação natural desmatados no território analisado, 84 milhões foram convertidos em áreas agropecuárias e de silvicultura, com destaque para pastagem, que ocupa 66,5 milhões de hectares da área desmatada.
"O desmatamento atinge prioritariamente a floresta: apenas 6 milhões de hectares desmatados no período eram de formações não florestais. Por isso, embora o levantamento mostre que 81,4% da Amazônia ainda estejam cobertos por vegetação natural, apenas 73,4% são florestas – percentual que já está dentro da faixa estabelecida pela ciência como limite para que a Amazônia se mantenha ou se recupere, evitando o processo de savanização na região",
afirma o estudo.
Imagem: Reprodução/MapBiomas Amazônia
Uso do território
Conforme dados disponibilizados pelo braço internacional do MapBiomas Amazônia, o Acre tem mais de 2,37 milhões de hectares ocupados por área de pastagem para pecuária, o que representa 14,5% do território total.
Em 1985, essa ocupação era de 438.426 mil hectares, o que equivalia a 2,67% do território. Portanto, é possível verificar que o uso do território para essa atividade cresceu mais de 442% em 37 anos.
Por outro lado, a cobertura do território por bosques naturais era de mais de 15,8 milhões de hectares em 1985, 96% do território, e caiu para 13,9 milhões de hectares, o equivalente a 85% do território.
"As imagens de satélite mostram claramente que a conversão de florestas em pastagens é mais forte no Brasil – notadamente no Arco do Desmatamento, que vai do Pará ao Acre, passando por Mato Grosso e Rondônia e entrando pelo sul do estado do Amazonas. O mesmo pode ser observado no oeste da Amazônia na Colômbia e Venezuela. Já na Bolívia, o desmatamento abriu uma grande área agrícola no departamento de Santa Cruz, no sul da bacia amazônica. Enquanto em outros países amazônicos, como o Peru, predominam outros padrões de uso, que são constituídos por uma associação heterogênea de áreas agropecuárias", destaca o estudo.
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A Justiça de São Paulo condenou Laércio José de Oliveira, pai de santo, a 3 anos, um mês e 10 dias em regime fechado para por crimes de importunação sexual e violência sexual mediante fraude contra cinco mulheres na capital paulista. A decisão foi emitida nesta segunda-feira (22).
Laércio enfrenta acusações de abuso sexual durante consultas espirituais ocorridas em 2023. Embora sua prisão preventiva tenha sido decretada em 12 de setembro, até a data desta terça-feira (23), ele permanece foragido.
A defesa de Laércio contesta a decisão, alegando que as provas apresentadas são frágeis para sustentar uma condenação, especialmente para um crime tão grave. Afirmam ainda que buscarão a justiça por meio de recursos, incluindo apelação e habeas corpus liberatório, atualmente em tramitação no Superior Tribunal de Justiça.
Em 2023, pelo menos oito mulheres denunciaram abusos de Laércio à Polícia Civil. Cinco delas relataram os abusos sob anonimato, descrevendo as alegadas agressões. Segundo as vítimas, o pai de santo justificava os atos alegando a necessidade de limpeza espiritual, manipulando as mulheres para a prática de relações sexuais
O Boletim dos Cientistas Atômicos, responsável pelo cálculo do Relógio do Juízo Final, ou do Apocalipse, realizará uma atualização nesta terça-feira (23), segundo o jornal O Globo. Conhecido como Doomsday Clock, o relógio é um indicador simbólico que leva em consideração eventos globais para estimar a proximidade de catástrofes, como ameaças de guerra, crises climáticas, armas nucleares e, mais recentemente, a inteligência artificial.
Atualmente, o relógio aponta que a humanidade está a apenas 90 segundos da meia-noite, o que simbolicamente representa o fim dos tempos. Esta é a proximidade mais crítica já registrada, com um avanço de 10 segundos no ano anterior. A marcação foi influenciada por eventos como o início da guerra Rússia-Ucrânia e o aumento do armamento nuclear na China e Coreia Popular.
Em 2024, o cenário global permanece tenso, com a continuidade da guerra Ucrânia-Rússia e o início do conflito em Gaza, ameaçando se espalhar pelo Oriente Médio.
As preocupações com a inteligência artificial e a crise climática persistem e se agravam. Especialistas apontam que há razões substanciais para acreditar que o relógio permanecerá, no mínimo, nos atuais 90 segundos, se não avançar para um cenário ainda mais crítico.
Os cientistas alertam que o horário atual representa um “momento de perigo sem precedentes” para a humanidade.
No ano passado, quando o relógio avançou 10 segundos, o Boletim dos Cientistas Atômicos destacou que isso ocorreu “em grande parte (embora não exclusivamente) por causa dos perigos crescentes da guerra na Ucrânia”. Embora outras preocupações tenham sido mencionadas, a ênfase estava no perigo de escalada e uso de armas nucleares.
O Doomsday Clock é descrito como uma metáfora, logotipo e marca, sendo um dos símbolos mais reconhecidos nos últimos 100 anos. Em última análise, é um alerta visual do perigo iminente que a humanidade enfrenta.
Magistrados iniciaram nesta terça-feira (23) uma viagem a Israel promovida por duas entidades judaicas, a StandWithUs Brasil e a Conib (Confederação Israelita do Brasil). O cronograma de visitas, mantido em sigilo até então, tem o propósito de apresentar a perspectiva israelense sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas.
O grupo é composto por oito ministros e desembargadores, incluindo o ministro do STF André Mendonça. Também fazem parte da comitiva ministros do STJ Sebastião Alves dos Reis Júnior, Marco Aurelio Bellizze Oliveira, Antonio Saldanha Palheiro e Ricardo Villas Bôas Cueva, além do vice-presidente do STM José Coêlho Ferreira. Os desembargadores federais Marcus Abraham e Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro completam a lista.
Nesta terça, os magistrados visitaram o Knesset, o Parlamento de Israel, e se reuniram com o presidente da Casa, Amir Ohana. Acompanhados pelos anfitriões da viagem, o presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, e o vice-presidente da Conib, Luiz Kignel, o grupo ainda terá encontros com sobreviventes de ataques e visitará comunidades afetadas pelo conflito.
Além disso, de acordo com a Folha de S.Paulo, está prevista uma visita ao Supremo Tribunal de Israel, ocorrendo sob a polêmica reforma judicial de Binyamin Netanyahu.
A viagem gerou controvérsias por não abordar a visão palestina sobre o conflito, não incluindo passagens pela Cisjordânia ou pela Faixa de Gaza. Todos os custos da viagem serão cobertos por entidades que apoiam Israel, levantando questionamentos sobre a imparcialidade da iniciativa.
A StandWithUs Brasil e a Conib afirmam, em nota, que a viagem, de caráter técnico, segue padrões anteriores e é integralmente custeada por ambas as instituições.
Na semana passada, um dos magistrados convidados expressou que não recebeu convite para visitar Gaza, mas afirmou que iria caso fosse convidado. Vale ressaltar que Gaza é bloqueada por Israel, com acesso restrito por terra, mar e ar, sujeito à autorização israelense. A fronteira com o Egito permanece majoritariamente fechada, sendo aberta apenas excepcionalmente para auxílio humanitário e a saída de estrangeiros de Gaza.