ungo que causa doença pode comprometer até 70% de plantações de cacau e cupuaçu. No Acre, apenas cidades do Vale do Juruá tem registros de Monilíase.
Os sintomas básicos da Monilíase são a esporulação abundante e um pó branco que se espalha sobre os frutos atingidos deixando-os esbranquiçados e apodrecidos. Foto: internet
Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) estão aprendendo a identificar, controlar e combater a Monilíase. Doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri e pode comprometer até 70% das produções de cacau e cupuaçu.
Durante uma semana, os profissionais do Idaf receberam treinamento promovido pela Caravana Educacional para Identificação de Pragas.
“A Caravana envolve além da capacitação, a parte educacional, com técnicos que vêm de todo estado, alguns técnicos de fora do país, Ministério da Agricultura, e ela tem a ideia de promover a parte educacional. Para que a gente consiga identificar a praga que é a Monilíase, para que a gente consiga evitar esta praga antes dela se disseminar e para gente mostrar também o trabalho que vem sendo executado por esse instituto”, explicou o diretor técnico do Idaf, Alexandre Fernandes.
O que é a Monilíase?
Os sintomas básicos da Monilíase são a esporulação abundante e um pó branco que se espalha sobre os frutos atingidos deixando-os esbranquiçados e apodrecidos.
Segundo os especialistas, o maior agente dispersor da doença é o ser humano que pode transportar os fungos em frutos, sementes, mudas e até mesmo nas mãos, roupas e calçados.
No Acre, a praga está identificada apenas na região do Vale do Juruá, e uma das propostas da caravana é orientar a população local para evitar o transporte de frutos, e assim evitar a disseminação da doença para outras regiões do estado.
“A população tendo consciência e reconhecendo os sintomas da praga, ela pode atuar colaborativamente, com as instituições de defesa agropecuária, evitando a dispersão da praga”, enfatizou Gustavo Ferreira, representante da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa/AC.
Deputados aprovam, em comissão, projeto de incentivo à indústria de fertilizantes
Por Agência Câmara de Notícias
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 699/23, que institui o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert). A iniciativa concede uma série de benefícios tributários para criar um parque nacional do segmento.
O objetivo é implantar, ampliar ou modernizar unidades de produção de fertilizantes e insumos. Os projetos deverão seguir as diretrizes do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF 2022-2050), criado em 2022 por decreto.
Atualmente, o Brasil é o maior importador global de fertilizantes (41 milhões de toneladas em 2023). Esses compostos são aplicados no solo para melhorar a produção agrícola.
Os deputados aprovaram o texto do relator Júnior Ferrari (PSD-PA) que defendeu a medida com alterações. O deputado retirou isenção do Adicional ao Frete da Marinha Mercante (AFRMM) sobre as mercadorias do programa.
“Somente se deve alterar a legislação referente ao AFRMM se houver medida compensatória que evite prejuízo ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval”, justificou o relator.
Principais medidas
Os benefícios do Profert buscam reduzir o custo de implantação ou modernização de unidades que fabricam fertilizantes. Os principais incentivos são:
Máquinas, equipamentos, materiais de construção, serviços e locações de máquinas no Brasil terão desoneração de impostos como PIS, Cofins e IPI;
Itens importados terão desoneração de PIS/Cofins-Importação, IPI, Imposto de Importação e Adicional ao Frete (AFRMM);
Serviços importados terão desoneração de PIS/Cofins-Importação, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Matéria-prima
O projeto de lei concede ainda créditos presumidos de PIS e Cofins sobre os insumos usados na fabricação de fertilizantes. Também desonera o gás natural dos mesmos tributos. O gás é usado na produção de fertilizantes nitrogenados.
Nesse ponto, Júnior Ferrari ampliou a isenção para o biogás e biometano que também são usados na produção de fertilizantes.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Agroindústrias de pescado também serão beneficiadas pela decisão do Ministério da Agricultura e Pecuária
Por Toni Francis
Em uma recente decisão, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) autorizou a ampliação da abrangência do Serviço de Inspeção Estadual da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), no que se refere ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), o que, na prática, permitirá a adesão de agroindústrias de leite, ovos e pescados e derivados ao selo ‘Sisbi-POA/RO’, permitindo a comercialização do que é produzido no estado e em todo o território nacional.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a medida foi comemorada pelo Executivo estadual, uma vez que essa iniciativa oportunizará a ampliação de mercados, permitindo que indústrias e agroindústrias de carnes, leite, pescados, ovos e seus derivados comercializem seus produtos em todo o território nacional. “Também contribui para o aumento da arrecadação, geração de empregos e incremento na produção, além de agregar valor aos produtos e possibilitar a aquisição de novas tecnologias, com maior inclusão social”, ressaltou.
O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) que padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, para garantir a inocuidade e segurança alimentar. “Para requerer adesão ao SISBI, vale destacar que, os estabelecimentos precisam cumprir o que preconiza a Instrução Normativa nº 3/2022/IDARON-GIPOA que estabelece os procedimentos e as etapas para solicitação de adesão ao selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal”, explica o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.
“O estabelecimento interessado deve protocolar um requerimento para a integração ao Sisbi-POA e terá que passar por vistoria composta por cinco elementos de verificação oficial: vistoria estrutural geral, vistoria estrutural específica, operacional, documental e vistoria do SIE”, acentua Clariana Lins Lacerda, responsável pela Gerência de Inspeção de Produtos e Subprodutos de Origem Animal (Gipoa/Idaron). Mais de 30 agroindústrias rondonienses, que já estão cadastradas no sistema estadual de inspeção, devem ser beneficiadas.
Caso seja estabelecido o cumprimento integral de todas as etapas de maneira satisfatória, a Gipoa/Idaron incluirá o estabelecimento na plataforma do e-Sisbi e emitirá o certificado de integração ao Sisbi-POA, com posterior publicação da portaria correspondente no Diário Oficial do Estado de Rondônia (Diof). Somente após a publicação da portaria, o estabelecimento estará apto a realizar a impressão e utilização dos rótulos com a logomarca Sisbi e estará devidamente autorizado para comercializar seus produtos fora dos limites do estado.
Essa conquista representa um avanço para o estado, refletindo o comprometimento e a seriedade do trabalho realizado pelo governo de Rondônia, através dos servidores da Idaron.
A proposta de integrar o sistema de compensação de crédito de carbono às apólices de seguro rural no Brasil deu seu primeiro passo na quinta-feira (17.10), com a escolha da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), em Minas Gerais, como projeto piloto. O objetivo é promover práticas agrícolas sustentáveis na produção de café e oferecer benefícios socioeconômicos e ambientais aos produtores.
A iniciativa é parte do projeto “Cafeicultura Brasileira Sustentável”, desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Conselho Nacional do Café (CNC) e a ONG ProNatura Internacional. Produtores cooperados da Cocatrel, que conta com cerca de 8,5 mil membros, poderão compensar emissões de carbono com créditos, que serão utilizados para obter bonificação nas apólices de seguro rural, em parceria com instituições financeiras internacionais.
O projeto visa incentivar práticas que já fazem parte do cotidiano dos cafeicultores, como adubação verde, ampliação do uso de compostos orgânicos e a preservação do solo e da biodiversidade. Tais práticas auxiliam na mitigação dos impactos ambientais e na adaptação das atividades produtivas às mudanças climáticas, tornando a produção de café mais sustentável.
Além disso, a iniciativa também visa promover a adoção de tecnologias de precisão, que permitem um uso mais eficiente de recursos como água e fertilizantes. Essa abordagem, conforme estudos da Embrapa, pode reduzir o uso de insumos em até 30%, colaborando para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
O agronegócio brasileiro, que em 2023 cresceu 15,1% e foi responsável por impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB), enfrenta agora o desafio de equilibrar o aumento da produção de alimentos com a sustentabilidade ambiental. Nesse contexto, o sistema de compensação de crédito de carbono oferece uma oportunidade para os produtores gerarem benefícios econômicos enquanto contribuem para a redução do impacto ambiental.
O projeto também busca fortalecer a integração entre produtores, indústrias e consumidores, promovendo a rastreabilidade e transparência na cadeia produtiva do café. A demanda por produtos certificados como sustentáveis cresce, e essa proposta reforça a importância de práticas agrícolas regenerativas e inovadoras para garantir um futuro sustentável para o agronegócio.
O sucesso dessa iniciativa dependerá do comprometimento dos produtores, do investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, e da capacitação contínua no campo, possibilitando que o setor se adapte e cresça de maneira sustentável, alinhando produção e preservação ambiental.
Sorriso mantém sua posição de destaque no cenário agrícola brasileiro, liderando o ranking nacional de produção agrícola em 2023, segundo os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município alcançou um valor impressionante de R$ 8,3 bilhões em produção, superando todos os outros municípios do país. O estado de Mato Grosso como um todo se sobressaiu, abrigando seis dos dez municípios mais ricos em produção agrícola, com Sapezal ocupando a terceira posição do ranking nacional.
A produção agrícola brasileira somou R$ 814,5 bilhões em 2023, e os 100 municípios mais produtivos contribuíram com R$ 260 bilhões, ou 31,9% do total. O Centro-Oeste se consolidou como a região mais relevante, com Mato Grosso à frente, abrigando 36 dos municípios de maior valor de produção agrícola no país.
Além de Sorriso e Sapezal, outras cidades de Mato Grosso também aparecem com destaque no ranking, reforçando o protagonismo do estado no agronegócio brasileiro. A produção em Sorriso é impulsionada principalmente pelas culturas de soja e milho, que continuam a ser os principais motores econômicos do município. A soja, que representou R$ 348,6 bilhões no valor total da produção agrícola nacional, e o milho, com R$ 101,8 bilhões, são culturas centrais que têm sustentado o desenvolvimento da região.
Os dados do IBGE também ressaltam a diversificação da produção agrícola no Brasil, com culturas como algodão, cana-de-açúcar, café e laranja desempenhando papéis importantes. Sapezal, por exemplo, destaca-se pela sua participação na produção de algodão, assim como São Desidério, na Bahia, contribuindo juntas com mais de 30% da produção nacional dessa cultura.
A área colhida pelos 100 municípios mais produtivos somou 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total colhida no Brasil. Essa alta produtividade demonstra a importância da agricultura na economia brasileira, especialmente em estados como Mato Grosso, que continuam a se consolidar como líderes nacionais no setor.
Com esses números expressivos, Sorriso reafirma sua posição como um dos maiores polos agrícolas do Brasil, trazendo não apenas crescimento econômico para a região, mas também consolidando a importância do estado de Mato Grosso no cenário agrícola mundial.