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Brasil : Lebrão é o pior deputado federal em 2024, aponta o Ranking dos Políticos
Enviado por alexandre em 05/12/2024 16:54:35

Lebrão é o pior deputado federal em 2024, aponta o Ranking dos Políticos


Bancada de Rondônia é a 2ª melhor no Ranking dos Políticos, destacando-se por atuação eficiente no Congresso


Premiação Ranking dos Políticos aconteceu nesta quarta-feira (4) - Foto: Jonas Pereira/Agência Senado


O Ranking dos Políticos realizou, nesta quarta-feira (4), a entrega dos prêmios para os 90 congressistas mais bem colocados, de acordo com o levantamento feito pela instituição.

Entre os parlamentares de Rondônia, o destaque foi o deputado Maurício Carvalho (União Brasil).

Deputado Marurício Carvalho recebeu o prêmio nesta quarta. – Foto: TV Norte/SBT

“É extremamente gratificante. Venho a Brasília representar cada rondoniense. Nós vamos continuar com o trabalho, enquanto coordenador federal da bancada de Rondônia, apresentando projetos de lei para beneficiar a sociedade”, declarou.

A bancada de parlamentares de Rondônia ocupa a 2ª colocação no Ranking dos Políticos, um dos mais respeitados levantamentos sobre a atuação parlamentar no Brasil.

A avaliação, realizada pela sociedade civil, analisa critérios rigorosos como presença em sessões, economia de verbas públicas, processos judiciais e participação em votações importantes no Congresso Nacional.

Com notas que variam de 0 a 10, os representantes de Rondônia tiveram desempenho destacado, liderados pelo deputado Maurício Carvalho (União), que obteve a maior nota do estado, 8,32. Entre os senadores, Jaime Bagattoli (PL) foi o melhor avaliado, com 7,72.

Desempenho dos parlamentares de Rondônia

Senadores:

  • Jaime Bagattoli (PL) – Nota: 7,72
  • Marcos Rogério (PL) – Nota: 6,98
  • Confúcio Moura (MDB) – Nota: 6,80

Deputados Federais:

  • Maurício Carvalho (União) – Nota: 8,32
  • Coronel Chrisóstomo (PL) – Nota: 8,27
  • Cristiane Lopes (União) – Nota: 7,75
  • Silvia Cristina (PP) – Nota: 7,41
  • Dr. Fernando Máximo (União) – Nota: 7,07
  • Lucio Mosquini (MDB) – Nota: 6,96
  • Thiago Flores (Republicanos) – Nota: 6,56
  • Lebrão (União) – Nota: 6,08

Premiação de excelência parlamentar

Os parlamentares mais bem avaliados participaram da cerimônia de premiação Excelência Parlamentar, nesta quarta-feira, 4 de dezembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.

O evento, realizado desde 2016, reconhece os políticos com melhor desempenho no ranking e incentiva boas práticas legislativas.

“O Ranking dos Políticos é uma ferramenta de transformação. Ele orienta líderes e incentiva uma gestão pública eficiente e responsável”, afirmou Juan Carlos Gonçalves, diretor-geral do think tank.

Transparência e impacto

Fundado em 2011, o Ranking dos Políticos se tornou uma referência nacional, contribuindo para a transparência na atuação parlamentar.

Além de avaliar os políticos, a iniciativa orienta os parlamentares com base em critérios técnicos definidos por especialistas de diversas áreas.

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Brasil : Enquanto Trump prepara planos de deportações em larga escala, os mexicanos adotam uma postura mais dura em relação à imigração
Enviado por alexandre em 05/12/2024 15:56:06



Marta Castillo está frustrada com a imigração. “Há muitos imigrantes em minha cidade”, disse ela. “Eles nem falam o idioma. Fomos invadidos.” Em frente ao restaurante onde trabalha, Marta explicou: “Antes, não tínhamos isso por aqui, mas agora, em todo lugar, vemos pessoas que não são daqui.” Marta é mexicana e mora no México. Contudo, como muitos de seus conterrâneos, sua visão sobre os imigrantes em sua comunidade tem se tornado cada vez mais negativa – mesmo vivendo em um país onde milhões possuem laços com quem imigrou para os Estados Unidos.

Enquanto Donald Trump, presidente eleito, se prepara para retornar à Casa Branca, ele pressiona o México a intensificar os esforços para controlar os milhares de imigrantes que atravessam o país rumo à fronteira com os EUA. Paradoxalmente, ele pode encontrar apoio entre os próprios mexicanos.

Não faz muito tempo, era comum ouvir no México que praticamente todas as famílias tinham um parente ou amigo que havia partido para “el norte” em busca de trabalho ou para escapar da violência. Porém, o perfil demográfico dos imigrantes mudou: agora incluem centro-americanos, haitianos, venezuelanos e pessoas de diversas partes do mundo. Essa transformação tem endurecido a opinião de muitos mexicanos.

Segundo uma pesquisa da Oxfam México, realizada em 2023, 7 em cada 10 mexicanos consideram que o fluxo migratório para o país é “excessivo”. Mais da metade acredita que a imigração não traz impactos positivos para a economia ou a cultura, e 40% defendem limitar ou proibir a entrada de imigrantes. Este sentimento tem levado a protestos e surtos de violência em algumas regiões, preocupando até mesmo a ONU, que realizou sua própria pesquisa sobre o tema no México.

Os dados mostram que quase um terço dos mexicanos acredita que os imigrantes deveriam apenas atravessar rapidamente o país rumo aos EUA, enquanto 13% defendem o fechamento das fronteiras e a deportação dos imigrantes. Mesmo nos EUA, onde as opiniões também são polarizadas, 55% dos entrevistados em uma pesquisa Gallup em junho de 2024 disseram querer menos imigração.

“A paciência com os imigrantes está se esgotando”, disse Emilio Gonzalez Gonzalez, da ACNUR, a agência de refugiados da ONU. Ele ressalta que estigmas e preconceitos influenciam a percepção pública, especialmente quando comunidades enfrentam desafios diretos, como a criação de acampamentos improvisados no coração da Cidade do México, onde imigrantes lutam contra a precariedade enquanto esperam uma chance de atravessar para os EUA.

A crescente hostilidade reflete uma ironia: enquanto milhões de mexicanos foram imigrantes nos EUA, hoje muitos enfrentam os mesmos preconceitos dentro de suas próprias comunidades. Alexandra Haas, diretora da Oxfam México, destaca que o principal problema parece ser a falta de infraestrutura do governo mexicano para lidar com os desafios da imigração, o que agrava discursos xenofóbicos.

Embora o México tenha políticas para proteger os imigrantes, na prática, a pressão dos EUA transformou o país em um agente de fiscalização migratória, com números recordes de detenções e deportações nos últimos anos. “O México adotou, na prática, políticas de imigração baseadas na repressão, alinhadas com os interesses dos EUA”, afirma o ex-embaixador Arturo Sarukhan.

Enquanto isso, mexicanos como Ernesto Anguiano Ayala, que veio de Michoacan para tentar um visto para os EUA, ainda veem na imigração uma oportunidade de buscar uma vida melhor. “Todos têm o direito de buscar um futuro melhor, seja aqui no México ou em outro lugar”, diz sua esposa, Jessica Hernandez.

Brasil : Sem tecnologia, produtos da Amazônia geram riqueza fora da região
Enviado por alexandre em 05/12/2024 12:31:05

Açaí: 90% da agregação de valor ao produto ocorre fora da Amazônia (Foto: Iolanda Ventura/AM ATUAL)
Açaí: 90% da agregação de valor ao produto ocorre fora da Amazônia (Foto: Iolanda Ventura/AM ATUAL)
Por Vitor Abdala, da Agência Brasil

MANAUS – Fomentar tecnologias inovadoras que agreguem valor aos produtos da Amazônia na própria região é estratégia importante para gerar riqueza a partir da floresta e, com isso, garantir sua preservação. A afirmação é do engenheiro florestal Carlos Gabriel Koury, diretor de Inovação em Bioeconomia do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas).

“Noventa por cento da agregação do valor do açaí é feita fora da Amazônia, então a gente só fica com a commodity e com os problemas”, afirmou. 

Em relação à castanha-do-Brasil, por exemplo, o país é líder mundial em volume de produção, mas em termos de receitas, o país representa apenas 5,71% do faturamento global da economia que gira em torno dessa semente. 

“Temos que assumir o compromisso de pôr a ciência e tecnologia para ser o elemento de resgate do destaque que já tivemos [com esse produto]”, afirmou Koury. “A gente perdeu a economia da borracha por falta de ciência e tecnologia”.

Em seminário sobre o impacto positivo que empresas inovadoras podem ter em relação à sociedade e à sustentabilidade, durante a 34ª Anprotec (Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), o engenheiro florestal disse que, para garantir a conservação da floresta, é preciso valorizar o conhecimento local.

Para Koury, é importante que sejam fortalecidos ecossistemas em que as tecnologias abasteçam negócios de base comunitária e de base do conhecimento. “É preciso ter esse ecossistema de serviços e soluções gerando inclusão e agregação de valor na Amazônia”.

castanha e tucuma
Castanha-do-Brasil: país é líder mundial na produção, mas fica só com 5,71% do faturamento global com o produto (Foto: Murilo Rodrigues/ATUAL)

Exemplos de base comunitária que agrega valor ao produto, sem contribuir para a destruição da floresta, são as empresas irmãs Café Apuí e Amazônia Agroflorestal. Enquanto a primeira cultiva o café por meio do processo produtivo orgânico e agroflorestal, a segunda compra a produção para beneficiar e embalar o produto, deixando-o pronto para venda ao consumidor final.

Mais de 100 famílias trabalham como parceiras no projeto do Café Apuí. “Localmente, isso gera 3.000% a mais de renda para os atores [em relação à plantação tradicional e venda do produto in natura]”.

Inovação e impacto

No mesmo seminário, a diretora de Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Sheila Pires, disse que as empresas inovadoras precisam ter um propósito que não seja apenas o sucesso do empreendimento.

Para ela, é preciso que essas empresas e os ambientes de inovação adotem a agenda de impacto socioambiental positivo. “Fico feliz de ver que muitas incubadoras e aceleradoras de empresas, inclusive parques tecnológicos, adotaram essa agenda”.

A 34ª Anprotec começou segunda-feira (2) e termina nesta quinta (5) em São José dos Campos (SP). 

*A equipe da Agência Brasil viajou a convite da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).



Brasil : Brasil tem mais médicos: 502,6 mil, alta de 23,6% registrada em 2023
Enviado por alexandre em 04/12/2024 15:56:25

medicos
Aumentou o número de médicos no Brasil, afirma o IBGE (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Por Léo Rodrigues, da Agência Brasil

RIO DE JANEIRO – O número de médicos no Brasil teve um incremento de 23,6% de 2019 a 2023. É o que aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em nova pesquisa publicada nesta quarta-feira (4). De acordo com a divulgação, em 2023 o Brasil contava com 502,6 mil médicos, 363,1 mil enfermeiros e 952,6 mil técnicos de saúde.

Os dados mostram ainda que no ano passado o Brasil tinha 23,7 médicos para cada 10 mil habitantes. Em 2022, eram 22,5 médicos por 10 mil habitante, abaixo, portanto, de países como México (25,6) e Canadá (25) e acima da República Dominicana (22,3 por 10 mil habitantes) e da Turquia (21,7).

Os números estão reunidos na Síntese de Indicadores Sociais 2024, que traz uma análise produzida pelo IBGE sobre as condições de vida da população brasileira. É um estudo amplo que aborda temas variados como mercado de trabalho, renda, educação, saúde e condições de vida.

O intervalo de 2019 a 2023 compreende o período que ficou marcado pela pandemia de covid-19. O crescimento do número de médicos registrado nesses quinquênio é mais robusto do que o observado no anterior, que vai de 2015 a 2019, quando o avanço foi de 16,4%.

O salto de 2019 a 2023 se deu de forma mais intensa na rede privada. O número de médicos que não atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 29,7%. Já o grupo que atua na saúde pública recebeu um incremento de 21,2%.

Mas são os enfermeiros que se consolidaram como os profissionais de saúde que mais cresceram durante o período que engloba a pandemia de covid-19. Eles saíram de 260,9 mil em 2019 para 363,1 mil em 2023, uma diferença de 39,2%.

“Os médicos têm maior interesse no mercado de trabalho privado, no mercado de trabalho não-SUS”, observa Clician do Couto Oliveira, analista do IBGE envolvida na pesquisa.

O estudo reúne ainda outros dados que podem ser associados à pandemia de covid-19. O número de leitos complementares no país – destinados à assistência que exige características especiais como unidades de isolamento, isolamento reverso e unidades de terapia intensiva (UTI) ou semi-intensiva – totalizava 59,1 mil em janeiro de 2020, antes de o Brasil decretar a emergência sanitária.

Em julho de 2022, esse número havia saltado para 76,9 mil, mantendo-se estável desde então. Assim, na comparação com o período pré-pandêmico, o país conta com mais de 30% do total de leitos complementares.

O número de tomógrafos também aumentou na mesma proporção. Saiu de 2,3 por 100 mil habitantes em 2019 para 3 por 100 mil habitantes em 2023.

Esse crescimento se deu em todas as unidades da federação. Mas se deu de forma heterogênea no território e manteve as desigualdades anteriores. Por exemplo, o Distrito Federal já tinha o maior indicador de tomógrafos por habitante e permaneceu como maior. Saltou de 4,6 para 7,2 por 100 mil habitantes”, analisa Clician.

Óbitos

No capítulo sobre saúde, a pesquisa reúne também dados sobre óbitos no país em 2023. Ao todo, foram 1,46 milhão, 8,4% a mais que os 1,35 milhão registrado em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. De acordo com o IBGE, esse crescimento sofre influência dos óbitos por câncer, que subiram 7,7% no período. Os tumores causaram 17% de todas as mortes do ano passado.

Além disso, ao longo de 2023, a covid-19 teria feito mais de 10 mil vítimas, incrementando assim os dados de mortes por doenças virais que, em 2019, haviam sido apenas 173. “Se declarou o fim da da pandemia, mas a covid-19 ainda deixa um saldo significativo de mortes que não ocorriam antes. Em 2019, não havia essa causa”, destaca Clician.

A pesquisa também apresentou dados segmentados por raça e gênero. Chama atenção que, na faixa até 44 anos, morreram 44,2 mil pretos ou pardos em 2023. O resultado é 2,7 vezes acima do número de óbitos de brancos (16,1 mil). Clician chama atenção para o alto número de mortes externas envolvendo jovens pretos ou pardos.

“Esses dados não foram desagregados nessa pesquisa. Mas se sabe que eles são as maiores vítimas relacionadas com mortes violentas. Entre os brancos, a principal causa de morte externa é acidente com automotores – motos e veículos de modo geral”, afirma Clician.

Outro dado destacado pela analista envolvem as mortes por doenças do coração. Na faixa etária entre 30 e 69 anos, esses óbitos somaram 31,2 mil entre homens brancos, número similar aos de câncer.

Entre homens pretos ou pardos na mesma faixa etária, foram 40,6 mil mortes por doenças do coração, bem acima das 29,9 mil envolvendo tumores. Entre as mulheres, o mesmo se repete: em 2023, as doenças do coração levaram a óbito 18,4 mil brancas e 24,5 mil pretas ou pardas.



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Brasil : Brasil tem 59 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 22/dia
Enviado por alexandre em 04/12/2024 15:55:14

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Pobreza diminuiu, mas ainda é grande o número de pessoas que vivem com R$ 22 por dia (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)
Por Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

RIO DE JANEIRO – A melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda reduziram a pobreza e a miséria no país em 2023 para pisos históricos. Em apenas um ano, 8,7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza, e 3,1 milhões saíram das condições de miséria. Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (4).

Em 2023, o Brasil tinha 59,0 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza, o equivalente a uma fatia de 27,4% da população sobrevivendo com menos de R$ 22,17 por dia. No ano anterior, em 2022, 31,6% da população vivia em condições de pobreza, 67,7 milhões de pessoas.

O contingente de miseráveis correspondia a 4,4% da população do País em 2023, o equivalente a 9,5 milhões de brasileiros em situação de pobreza extrema, sobrevivendo com menos de R$ 6,97 por dia. Em 2022, porém, o número de miseráveis somava 12,6 milhões, 5,9% de toda a população.

“Há redução da pobreza e da extrema pobreza aos menores patamares da série, em proporção da população e em números absolutos”, disse André Simões, técnico da pesquisa do IBGE.

Pelos critérios dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e recomendações do Banco Mundial, a pobreza extrema é caracterizada por uma renda familiar per capita disponível inferior a US$ 2,15 por dia, o equivalente a um rendimento médio mensal de R$ 209 por pessoa em 2023, na conversão pelo método de Paridade de Poder de Compra (PPC) – que não leva em conta a cotação da taxa de câmbio de mercado, mas o valor necessário para comprar a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada país em comparação com o mercado nos Estados Unidos.

A população que vive abaixo da linha de pobreza é aquela com renda disponível de US$ 6,85 por dia, o equivalente a R$ 665 mensais por pessoa em 2023. A série histórica da pesquisa do IBGE, que usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), teve início em 2012.

“O mercado de trabalho é mais importante para explicar a redução na pobreza, e os benefícios sociais para explicar a redução na extrema pobreza”, ressaltou Simões.

Caso não existissem os benefícios de programas sociais, a extrema pobreza teria subido, passando de 10,6% da população em 2022 para 11,2% em 2023. Ou seja, a população sobrevivendo em condição de miséria no ano passado somaria mais que o dobro dos atuais 4,4% de brasileiros nesta condição.

A pobreza afetaria uma proporção maior da população, mas teria mantido a trajetória de queda, saindo de 35,4% em 2022 para 32,4% em 2023, o que evidencia um maior peso da renda do trabalho para este grupo. De qualquer forma, em 2023, efetivamente 27,4% dos brasileiros sobreviviam em condições de pobreza, o que significa um impacto positivo das transferências de renda também na redução desse contingente.

O índice de Gini do rendimento médio domiciliar per capita – indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de riqueza – manteve-se em 0,518 em 2023, mesmo valor de 2022, “o que indica que não houve redução da desigualdade de rendimento nesse período”, disse o IBGE.

Entretanto, foram os benefícios de programas sociais que impediram que a desigualdade aumentasse: se excluída a renda proveniente dessas transferências, o Índice de Gini teria subido de 0,548 em 2022 para 0,555 em 2023.

Entre 2022 e 2023, houve redução da extrema pobreza em todas as Grandes Regiões do País, com maior impacto no Norte e Nordeste. Porém, essas regiões ainda concentravam fatia expressiva da população vivendo nessas condições.

Em 2023, a Região Nordeste detinha 26,9% da população brasileira, mas concentrava 55,5% das pessoas em situação de extrema pobreza e 46,4% dos que viviam em situação de pobreza. Já o Sudeste, com 42,1% de toda a população do país, respondia por 23,9% dos extremamente pobres e 28,4% dos pobres brasileiros. O Norte respondia por 8,8% da população, mas concentrava 12% de todos os miseráveis e 12,4% dos pobres brasileiros.

O levantamento mostrou ainda que tanto a extrema pobreza quanto a pobreza são mais elevadas em áreas rurais do que urbanas: nas zonas rurais, 9,9% da população é considerada extremamente pobre, ante uma fatia de 3,6% nas áreas urbanas; a proporção de pessoas em situação de pobreza em domicílios rurais foi de 48,9% em 2023, quase metade dos lares existentes, enquanto em domicílios urbanos foi de 24,2%.

Crianças na pobreza

Em 2023, a proporção de crianças menores de 14 anos de idade abaixo da linha de pobreza foi de 44,8%. A proporção de crianças brasileiras vivendo em situação de pobreza extrema foi de 7,3% em 2022.

No grupo etário de 15 a 29 anos, 29,9% viviam na pobreza, e 4,6% estavam em situação de miséria. Por outro lado, na população idosa, com 60 anos ou mais, 11,3% viviam em situação de pobreza, e 2,0% sobreviviam na extrema pobreza.

“A pobreza e extrema pobreza são menores entre pessoas com 60 ou mais de idade, porque são pessoas que geralmente estão mais cobertas por aposentadoria e pensão”, justificou André Simões.

Incidência de pobres entre negros

Além da faixa etária, a questão racial também indica vulnerabilidade. Mais de 70% dos pobres e extremamente pobres eram negros, embora essas pessoas representassem cerca de 56,5% do total da população do país.

Entre os brasileiros pardos, 35,5% viviam em situação de pobreza em 2023, mais que o dobro da incidência vista entre os brancos, de 17,7% nessa situação. Entre os pretos, a proporção em situação de pobreza também foi mais elevada, 30,8%.

A desigualdade se repetiu na incidência de miséria: 6,0% dos pardos estavam sobrevivendo em condição de pobreza extrema, e 4,7% entre os pretos, enquanto entre os brancos essa incidência era reduzida a 2,6%.



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