Mais Notícias : "Governo Temer" já passa por sua primeira crise
Enviado por alexandre em 22/03/2016 09:00:00

"Governo Temer" já passa por sua primeira crise

Postado por Magno Martins

Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo

E o "governo Temer", que só existirá em caso de impeachment de Dilma, já passa por sua primeira "crise". O vice ficou inconformado com declarações do senador José Serra (PSDB-SP), em que o tucano dava "conselhos" a Temer sobre como o eventual futuro governo deveria se organizar. Num diálogo ríspido, Temer disse a Serra que ninguém fala por ele – o que voltou a repetir em nota oficial lançada nesta segunda (21). Um aliado de Temer no PMDB diz que o tucano "avançou demais, como se o Temer estivesse conspirando e ele [Serra] fosse o braço da conspiração".

O vice ficou contrariado também com o fato de Serra dizer que ele não deveria promover uma caça às bruxas caso assuma a Presidência. "Ele vai falar isso logo do Temer, a pessoa mais apaziguadora do mundo?", diz o mesmo aliado.

A referência de Serra a um suposto "Plano de Reconstrução Nacional", que, segundo o aliado de Temer, não existe, também irritou o vice. Segundo o interlocutor dele, o plano do vice para o país é o do PMDB, elaborado e divulgado pelo partido há alguns meses.

Michel Temer deve se encontrar com Lula em breve. O vice-presidente dirá que o PMDB desembarcará de vez do governo da presidente Dilma Rousseff. Antes de aceitar ser ministro da Casa Civil, Lula titubeou justamente depois de receber informações de que o PMDB não seguiria com o governo. Foi convencido de que valeria a pena ao menos tentar convencer alguns líderes do contrário.Informados da intenção de Temer, integrantes do PT defendiam que Lula nem sequer marcasse o encontro.

O PMDB deve oficializar a saída do governo na convenção marcada para o dia 29. Até lá, Temer tentará costurar para que o rompimento seja unânime ou ao menos amplamente majoritário.

Petrobras: rombo de R$ 40 bi com “petrolão sindical”

Postado por Magno Martins

Estatal afirma que está investigando área de RH. Relatórios mostram provisões

O Globo - Bruno Rosa e Ramona Ordoñez

A Petrobras confirmou ontem ter aberto uma investigação relativa a uma denúncia de que a área de Recursos Humanos da estatal teria aprovado políticas de remuneração que poderiam causar prejuízos bilionários aos cofres da empresa, conforme noticiado ontem pelo jornal “Valor Econômico”. Segundo a denúncia, à qual O GLOBO teve acesso, os autores do dossiê, que se intitulam Pequenos Acionistas e Empregados Preocupados (Paep), apontam exemplos que poderiam levar a perdas em torno de R$ 40 bilhões.

O texto afirma que a área de RH é comandada por sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP) desde 2003, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu o governo. Em um dos trechos, em que afirma mostrar o “passo a passo do petrolão sindical”, o documento diz que “sindicatos da FUP (ligados à CUT e ao PT) e RH Petrobras (que tem membros da FUP e do governo do PT) fecham Acordos Coletivos cheios de brechas e sem seguir as orientações do Jurídico”.

O documento lista várias negociações que podem onerar o caixa da companhia. E, em seu Formulário 20-F, que é entregue às autoridades que regulam o mercado de capitais no Brasil e nos Estados Unidos, a empresa informa que o total de processos de natureza trabalhista soma US$ 4,661 bilhões. Procurada, a Petrobras disse estar investigando a denúncia, que, segundo os autores, já foi entregue duas vezes à Ouvidoria: em setembro (que teria sido “ignorada”, dizem) e em novembro de 2015.

Mais Notícias : O sonho do sociólogo
Enviado por alexandre em 22/03/2016 08:59:57

O sonho do sociólogo

Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

As disputas políticas costumam surpreender, algumas até acordes com a natureza das coisas, outras nem tanto, pois sem pé nem cabeça. Exemplo de uma destas está para entrar em campo. Por trás de mais uma das entrevistas com que o ex-presidente Fernando Henrique nos brinda todas as semanas sobressai uma que precisa ser lida nas entrelinhas. Falando à Folha de Paulo, o orgulhoso sociólogo deu todos os sinais de que apesar de seus 84 anos, anda de olho no palácio do Planalto. Sua estratégia vem sendo revelada por seus mais íntimos auxiliares e explica porque, da noite para o dia, ele passou a férreo defensor do impeachment não apenas de Dilma Rousseff, mas da defenestração conjunta da presidente da República, mas também de seu vice, Michel Temer. Sustenta que o Tribunal Superior Eleitoral deveria considerar nula a eleição da dupla eleita ano passado, por descumprimento da lei. O processo já tramita, até com o beneplácito do ministro presidente daquela corte. Nesse caso, uma das alternativas seria a eleição direta para completar o mandato ora em curso.

Os candidatos possíveis andam por aí, como pelo PSDB posicionam-se sem muita tesão Aécio Neves e José Serra, condenados apenas dois anos de poder. Pior ainda para Geraldo Alckmin, que como os dois anteriores preferiria posicionar-se para um período completo, a partir de 2018. Ciro Gomes poderia arriscar-se pelo PDT. Marina Silva, pela REDE. Algum desconhecido pelo PMDB. E os mesmos de sempre, carentes de popularidade. No meio dessa fauna sem empolgação, por que não Fernando Henrique Cardoso? Afinal, seu passado supera os outros, em especial por não precisar arriscar quatro anos, mas apenas dois. Seria o encerramento de sua carreira.

Sonho de noite de verão em pleno outono? Nem pensar. A personalidade de FHC o faz pensar em supremacia intelectual sobre os demais, assim como fidelidade a uma espécie de mandato-tampão tão a gosto de seu passado. Foi senador por acaso, dada a prevalência de Franco Montoro e uma estranha lei que favorecia o segundo colocado. Depois, a benevolência de Itamar Franco e a luz do Plano Real. Nessa equação, a sorte é o fator principal, repetindo-se agora o mesmo jogo. Pelo menos, nos cálculos do ex-presidente. Quem duvidar, que aguarde...

Ato em frente à PUC-SP vira confronto com a PM

Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo – Thais Arbex, Renan Marra e Anela Boldrini

Um protesto na PUC, em São Paulo, terminou em tumulto na noite desta segunda-feira (21) envolvendo a polícia e grupos favoráveis e contrários aoimpeachment da presidente Dilma Rousseff.

Cerca de 70 pessoas, em sua maioria estudantes de direito, administração e economia da faculdade, haviam se reunido no início da noite em frente à universidade, na zona oeste de São Paulo, para protestar contra o governo. Com a chegada de manifestantes contrários à saída da presidente, a situação ficou tensa e policiais militares intervieram para separar os dois grupos.

Houve um princípio de confusão depois que um aluno contra o impeachment pediu a palavra. O grupo a favor do governo aumentou a passou a gritar "fascistas, fascistas, não passarão". A polícia avançou contra eles de arma em punho.

O grupo favorável ao governo passou pedir o fim da Polícia Militar, grito que foi respondido com bombas de efeito moral e balas de borracha. Os alunos então revidaram atirando garrafas contra a polícia.

Segundo a estudante de direito L.C., 25, que pediu para não ser identificada, a polícia chegou a atirar uma bomba de efeito moral dentro da faculdade, na sacada do primeiro andar, onde alunos se reuniam para assistir à manifestação.

"As pessoas começaram a correr para o segundo andar, desesperadas, porque não estava dando pra respirar no primeiro", diz ela.

Mais Notícias : Vem aí o presidente 1%
Enviado por alexandre em 22/03/2016 08:58:43

Vem aí o presidente 1%

Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

O Datafolha divulgou uma nova pesquisa para a corrida presidencial de 2018. Os principais pré-candidatos estão mal na foto. Aécio derreteu, Lula continuou a cair e Marina assumiu a liderança por inércia, sem sair do lugar.

O levantamento apresenta um paradoxo. De todos os nomes do principal cenário, o menos citado pelos eleitores é o que tem mais chances de assumir a Presidência. Estamos falando do peemedebista Michel Temer, que aparece com apenas 1% das intenções de voto.

Não se trata de apostar no cavalo azarão. Como vice-presidente, Temer é o substituto imediato de Dilma Rousseff, que está com o mandato em risco. Se o Congresso aprovar o impeachment, como parece cada vez mais provável, ele pode se sentar na cadeira até o fim de abril. Terá 75 anos de idade e mais dois anos e oito meses para governar o país.

Aliados do vice já começaram a escalar sua equipe. "Será um ministério surpreendentemente bom", disse o senador José Serra ao jornal "O Estado de S.Paulo". Derrotado em duas eleições presidenciais, ele quer assumir um cargo similar ao de primeiro-ministro. Se der certo, será mais um a governar sem votos.

O Datafolha também perguntou o que os brasileiros esperam de uma eventual gestão Temer. Só 16% acreditam que ele fará um governo ótimo ou bom. Para a maioria absoluta (60%), a administração será igual ou pior do que a que está aí.

O dado leva a outro paradoxo: sete em cada dez brasileiros apoiam o afastamento de Dilma, mas quase nenhum se empolga com o vice. É um cenário desalentador, porque a recessão não vai evaporar com o impeachment. Um presidente 1% seria capaz de nos tirar do buraco?

*

O governo escalou Paulo Maluf para defendê-lo na comissão do impeachment. Desta vez, ele não exigiu foto com Lula. Deve ter achado que não faria bem à sua imagem.


Dilma e Lula insistem na posse dele na Casa Civil

Postado por Magno Martins

Blog do Camarotti

A presidente Dilma Rousseff acertou na reunião da noite desta segunda-feira (21) no Palácio do Alvorada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a prioridade será tentar fazer com que ele tome posse como ministro-chefe da Casa Civil.

Antes do encontro, em conversa com aliados, Lula chegou a manifestar intenção de desistirdo cargo de ministro. “Estamos lutando pela posse dele”, informou ao Blog um participante do encontro no Alvorada.

A percepção no governo é que, agora, o desgaste político seria muito maior caso Lula desistisse de assumir o cargo de ministro.

Há, no entanto, o temor de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a nomeação de Lula para o cargo possa demorar mais de uma semana. Na sexta-feira (18), o ministro do Supremo Gilmar Mendes suspendeu a nomeação. O governo receia que o tema não seja colocado na pauta do STF da próxima semana.

Antes do encontro com Dilma, alguns parlamentares do PT defendiam que Lula assumisse um cargo de assessor, para ajudar na coordenação política, ou mesmo que ficasse fora do governo coordenando informalmente a articulação política.

Como informou o Blog, há o reconhecimento de que, depois de reveladas as gravações de escutas telefônicas com ordem judicial, os aliados passaram a ter medo de conversar com Lula por telefone, o que dificultou as articulações políticas do ex-presidente para conter o processo de impeachment de Dilma na Câmara.

Mais Notícias : Desgaste: Lula não vai brigar pelo cargo no STF
Enviado por alexandre em 22/03/2016 08:57:00

Desgaste: Lula não vai brigar pelo cargo no STF

Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo - Cátia Seabra e Gustavo Uribe

Em jantar com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (21), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com o desgaste que tem sofrido com a indefinição sobre a sua posse no Ministério da Casa Civil. No encontro, segundo relatos de presentes, ele não abordou diretamente a hipótese de abrir mão do cargo, mas ressaltou que cabe ao governo federal, e não a ele, recorrer pelo mandato na Suprema Corte.

Abatido pela polêmica provocada por sua nomeação para a Casa Civil, o petista avisou a aliados mais cedo que não brigará na Justiça para ser ministro nem pelo direito a foro privilegiado.

Segundo petistas, Lula diz que não recorrerá caso um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) se manifeste contra a nomeação ou a prerrogativa de foro. A decisão está nas mãos da ministra Rosa Weber.

Em conversas a aliados, Lula se mostrou irritado com a repercussão do caso e não descartou a possibilidade de desistir da nomeação para a Casa Civil.

Ele alegou, ainda segundo seus interlocutores, que um recurso no STF alimentaria a imagem de que tenta escapar da prisão.

E diz que sofrerá desgaste se a discussão atravessar o feriado da Páscoa, mesmo porque, até lá, o caso ficará a cargo do juiz Sérgio Moro.

Nesta segunda-feira (21), Lula viajou a Brasília para analisar a situação com a presidente. A agenda de Lula incluiria um café da manhã com o vice-presidente Michel Temer.

Principal beneficiário de um impeachment de Dilma, Temer não se encontrou com Lula desde que o petista teve o nome confirmado para o ministério.

Ante à hesitação de Lula, petistas e assessores jurídicos apelaram para que ele não renuncie ao cargo. Na avaliação de seus advogados, Lula poderá obter no STF autorização para assumir a Casa Civil.

Integrantes da cúpula petistas também insistiram para que Lula comande a articulação política do Governo Dilma.

Nas conversas, Lula manifesta sua irritação lembrando que resistiu ao convite para o ministério. Colaboradores temem, porém, que Lula não tenha forças para resistir a um mandado de prisão.

Mais Notícias : Governo não sabe se tem votos para barrar impeachment
Enviado por alexandre em 22/03/2016 08:56:21

Governo não sabe se tem votos para barrar impeachment

Postado por Magno Martins

Ministros refazem mapa de apoio na Câmara e tentam frear debandada

Blog do Kennedy

O governo não sabe se teria hoje os votos necessários para barrar um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. Está sendo refeito um mapeamento do suporte governista na Câmara.. A situação política da presidente Dilma Rousseff se agravou nos últimos dias.

O governo precisa impedir que a oposição obtenha 342 votos na Câmara. Em tese, não é uma tarefa difícil. Mas tem havido debandada de aliados. Hoje, está mais forte a possibilidade de impeachment.

O governo vai tentar manter o apoio de uma parcela do PMDB e de outros partidos aliados a fim de tentar reunir cerca de 200 votos, o que é considerada a margem mínima de segurança para enfrentar essa arriscada batalha.

*

Guerra federal

O ex-presidente Lula chegou a Brasília no final da tarde de ontem. Estavam previstas conversas com petistas e peemedebistas. À noite, Lula participaria de uma reunião com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada.

A AGU (Advocacia Geral da União) recorreu contra a decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse do ex-presidente como ministro. O governo quer resolver logo esse imbróglio jurídico no Supremo Tribunal Federal para que Lula assuma a Casa Civil e tenha a caneta na mão. Mas, se não tiver sucesso, espera contar com Lula como articulador político informal.

Publicidade Notícia