Regionais : Temer na Presidência em 30 dias, prevê consultoria
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Enviado por alexandre em 18/03/2016 08:38:26 |
"Sérgio Moro explodiu o governo Dilma. Talvez, se explodiu também."
Em relatório, a MCM Consultores analisou os efeitos da divulgação das gravações de Lula - sendo uma delas envolvendo apresidente Dilma Rousseff - para o governo. Segundo a consultoria, o vice-presidente Michel Temer deverá assumir a Presidência em pouco mais de 30 dias. "Resta saber quais serão as condições de governabilidade de seu governonesse terreno minado no qual se transformou a política brasileira", afirma.
Enquanto isso, destaca a consultoria, "Dilma enfrentará um processo que será aberto pela Procuradoria-Geral da República e correrá no Supremo Tribunal Federal. Contudo, antes que este se resolva, ela, muito provavelmente, será afastada da Presidência da República via impeachment aprovado no Congresso", diz o texto, enfatizando o período de cerca de um mês para que isso ocorra.
"Nas manifestações de ontem à noite havia jovens enfrentando a polícia, tomando spray de pimenta na cara, gente jogando pedra, queimando pneus. Não havia babá empurrando carrinho. Esse tipo de manifestação é leading indicator para queda de governo. Nesse ambiente, a classe política entregará a cabeça doPT e do governo Dilma à turba", continua.
Já o ex-presidente Lula tampouco escapará de uma ação criminal, "resta saber em qual instância". A MCM Consultores avalia ainda que, além disso, sua imagem política ficará profundamente avariada. "A exposição de seus diálogos, mesmo aqueles que claramente não ferem a legalidade – há os que, no mínimo, flertam com o ilegal – expuseram uma faceta desconhecida do ex-presidente, desconhecida para o grande público: a do grande chefe que, numa enxurrada de palavrões, comanda articulações que, ao senso comum, soam escandalosas. Os bastidores da política, quando revelados, chocam, via de regra, a opinião pública". Para a MCM, a posse de Lula virou irrelevante, com o ex-presidente perdendo a sua capacidade de articular politicamente e de construir eventuais novos caminhos para a política econômica.
Enquanto isso, o juiz federal Sérgio Moro também deve sofrer punições, afirma a MCM. Moro será submetido a um processo junto ao Conselho Nacional de Justiçae pode ser punido. "Sérgio Moro explodiu o governo Dilma e o ex-presidente Lula. Talvez, se explodiu também. Agora é providenciar as exéquias", afirma.
Dilma foi avisada por Cunha: impeachment está aberto
O 1º secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), entregou nesta quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, notificação sobre o início dos trabalhos da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Assim, passa a contar o prazo de 10 sessões do Plenário da Câmara para que a presidente se defenda das denúncias na comissão.
Mansur informou que foram juntadas ao processo principal as denúncias feitas na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), divulgadas nesta semana. Segundo o deputado, a anexação foi autorizada pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora a pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores do pedido que será analisado na comissão especial do impeachment.
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), minimizou a decisão de juntar as denúncias de Delcídio ao pedido de impeachment. “Tudo isso vai para dentro da comissão, não tem novidade nenhuma, todo mundo já sabe o que foi a delação, portanto são peças que já estão no tabuleiro da disputa política”, disse.
Comissão
A comissão elegeu, na noite desta quinta-feira (17), o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator do colegiado. Para presidir a comissão, foi eleito Rogério Rosso (PSD-DF).
A definição ocorreu após o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciar acordo entre líderes da base aliada para definir os nomes. A chapa foi aprovada por 62 votos a favor e 3 abstenções. As três abstenções foram por parte dos representantes do PSOL, Rede e PTN sob o argumento de que não foram consultados sobre a indicação dos nomes.
Além de Rosso e Arantes, foram definidos os seguintes nomes para os cargos de comando do colegiado: Carlos Sampaio (PSDB-SP) como primeiro-vice-presidente; Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) como segundo-vice; e Fernando Coelho Filho (PSB-PE) como terceiro-vice.
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Mais Notícias : Os riscos de atacar Moro
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Enviado por alexandre em 18/03/2016 08:36:33 |
Os riscos de atacar Moro
Postado por Magno Martins
Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
O governo saiu da defensiva e decidiu adotar a tática do confronto com o juiz Sergio Moro. A guerra foi declarada por Dilma Rousseff ao dar posse ao padrinho Lula na chefia da Casa Civil.
A presidente protestou contra os grampos da Lava Jato e se disse alvo de uma "conjuração". Ela sustentou que seus direitos constitucionais foram violados com a divulgação de conversas telefônicas.
"Os golpes começam assim", afirmou Dilma, acusando o juiz de tentar "convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, de métodos escusos e de práticas criticáveis".
O discurso foi reforçado por aliados da presidente. O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, sugeriu que Moro cometeu crime ao divulgar o grampo. O líder do governo no Senado, Humberto Costa, acusou o juiz de conduta "ilegal e arbitrária".
A ofensiva empolgou a militância petista, mas é uma estratégia arriscada para o governo. A atuação midiática transformou Moro em herói das passeatas pró-impeachment. Torná-lo alvo pode ser uma forma de engrossar os protestos nas ruas.
As críticas de Dilma também inflamaram setores da Justiça e do Ministério Público que já estavam politizados. O ministro Gilmar Mendes, sempre ele, começou a dar entrevistas antes das nove da manhã. O procurador Deltan Dallagnol fez uma espécie de comício em Curitiba. O próprio Moro comparou Dilma a Richard Nixon, presidente americano que renunciou para não ser cassado.
Neste clima de engajamento, um juiz que milita contra o governo nas redes sociais não se considerou impedido para conceder a liminar que suspendeu a posse.
Para azar do Planalto, um dos grampos divulgados por Moro também mexeu com os brios do Supremo Tribunal Federal, que Lula chamou de "acovardado" ao telefone. A reação enérgica do ministro Celso de Mello indicou que o ex-presidente não deve esperar simpatia da corte, com ou sem foro privilegiado.
Mercado espera anúncio da morte
Postado por Magno Martins
Vinicius Torre Freire – Folha de S.Paulo
Dilma Rousseff passou ontem o controle do PAC, do Programa de Aceleração do Crescimento, do Ministério do Planejamento para a Casa Civil, pasta que Lula talvez tenha assumido, a depender da decisão da Justiça.
E daí? Nada ou quase nada. Quase ninguém liga.
Mesmo as associações empresariais, políticas por natureza, inclusive as sempre governistas, abandonam Dilma Rousseff.
Na praça do mercado, pouco se presta atenção ao que faz o governo, com exceção de medidas que afetem a gestão imediata do dinheiro. Por exemplo, ontem o Banco Central resolveu aproveitar a calmaria mundial e a baixa do dólar para anunciar que vai intervir menos no câmbio (vinha agindo para evitar desvalorização do real).
Política econômica é, por ora, motivo de piada.
Isso quer dizer que a fatura está decidida? Claro que não. Sabe-se lá o que virá da Lava Jato, se a cúpula do PMDB cai inteira nas denúncias, se a deposição da presidente se arrasta etc. No entanto, o pessoal do dinheiro pensa na data do passamento do governo.
No "mercado", as conversas especulativas do dia a dia agora parecem voltadas para: 1) Antecipar vazamentos da Lava Jato; 2) Prestar atenção às decisões da Justiça, em especial do STF; 3) Acompanhar o placar do impeachment.
Por exemplo, se o governo começa sem maioria na comissão do impeachment e o PMDB indica já nesta sexta que vai desembarcar, isso decide o destino de uns milhões aqui, outros ali, para fazer uma caricatura da coisa. Em suma, o pessoal vive agora de "precificar" o "último fim" do governo, como se diz no jargão. Isto é, decidir quando deve vender ou comprar tal ou qual ativo financeiro, dado que a morte cerebral do governo estará decretada em tal ou qual dia, embora o corpo morto ainda possa respirar por aparelhos.
E o PAC nas mãos de Lula, o que significa?
Nada, porque discutir medidas de governo, em particular de administração econômica, tornou-se atitude ociosa, pois o Planalto ora pouco mais é do que um comitê alucinado de salvação de si próprio.
Ou perto de nada. A mudança do PAC é uma anotação relevante do diário de bordo no navio que afunda. Isto é, um indicativo das tarefas que seriam assumidas por Lula, caso a ruína do governo não fosse tão frenética. Ressalte-se o que é o PAC: é o nome de fantasia que se dá à administração de quase todos os dinheiros de investimentos em obras. O que Lula fará disso, ou faria, é ainda um mistério.
Na tarde de quarta-feira, antes do terremoto que quase acabou de destruir a muralha do Planalto, discutia-se ainda se Lula no governo seria Lula 3, com nova administração econômica. Discutia-se a "virada à esquerda", a "saída pela direita" ou a continuação do presente arroz com feijão queimado, enriquecido por um torresmo de crédito. Lula quer "esperança", medidas que reanimem a economia catatônica.
Dilma Rousseff então foi à TV e procurou dizer que ainda estava no controle da economia, que nada mudaria na Fazenda ou no Banco Central. Duas horas depois, a revelação das escutas de Lula dissolveu ainda mais no éter, no espaço, as intenções da presidente e as especulações sobre a política econômica de Lula 3.
Alckmin diz que o PT jogou o país no abismo
Postado por Magno Martins
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o PT "jogou o país no abismo" e que o "Brasil precisa mais do que nunca virar essa triste página de sua história".
Em vídeo divulgado nas redes sociais no início da noite desta quinta-feira (17), o governador paulista disse que "a intolerância e a incitação à violência não são marcas do povo brasileiro, mas sim desse grupo que jogou país no abismo".
Alckmin conclamou o impeachment da presidente Dilma Rousseff ao afirmar que "os fatos mais recentes aprofundaram a crise no país e estão revoltando milhões de brasileiros" e que "o Congresso Nacional saberá interpretar esse sentimento nacional de mudança".
Afirmando que "a paz é uma conquista da democracia", o governador afirmou que é preciso mostrar a indignação de forma pacífica e sem violência e com serenidade para superar a crise e iniciar um novo tempo no país".
"O Brasil precisa mais do que nunca virar essa triste página de sua história. Retomar a esperança no desenvolvimento, na ética, na prosperidade", completou. |
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Mais Notícias : Atenção à voz das ruas
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Enviado por alexandre em 18/03/2016 08:30:55 |
Atenção à voz das ruas
Postado por Magno Martins
Carlos Chagas
Acima e além das gravações de grosseiros diálogos do ex-presidente Lula com metade do governo, inclusive a presidente Dilma; superior à guerrinha suja entre Judiciário, Executivo e Legislativo; mais explosivo até do que o clima verificado na Praça dos Três Poderes, esta semana – chama a atenção um perigoso sintoma envolvendo as instituições.
Depois da presença no país inteiro de seis milhões de brasileiros indignados com o governo, domingo passado, dois dias depois, na terça-feira, assistimos aglomerados populares insurgindo-se nas ruas contra os mesmos responsáveis pela baderna nacional. Diante do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, além de grupos em outras cidades, o povo entendeu de seguir protestando. “Fora Dilma!” só não teve maior agressividade do que “Fora Lula!” Interpretando: fica difícil para as autoridades constituídas evitar a voz rouca das ruas. A escalada é trágica, se prosseguir nesse diapasão.
Não faz muito tempo que o Comandante do Exército, general Villasboas, numa entrevista nem tão amena assim, declarou haver apenas uma hipótese de os militares saírem dos quartéis: o tumulto ganhar as ruas. Quer dizer, assaltos a supermercados, depredações maciças de patrimônio público, desmoralização da autoridade e similares.
As imagens do povo demonstrando sua profunda irritação não deixam dúvidas, duas noites atrás. Dessa vez, ainda que em número bem menor, mais se pode aferir o esgotamento dos cidadãos comuns. Não foi diante do fracasso dos transportes de massa nem da falta de água, leite ou energia. Muito mais grave é perceber a explosão coletiva atingindo pessoas, governantes, parlamentares e categorias enredadas em atos de corrupção e incompetência. As manifestações atingem mais do que a falta de gêneros ou necessidades pessoais. Vão diretamente sobre carências éticas e morais, ou seja, visam maus e desmoralizados administradores.
Apesar de um reingresso infeliz nos domínios do poder, teria o Lula condições de dar a volta por cima, ou, como virou moda dizer agora, dar um cavalo de pau na viatura? Pode ser que sim. Experiência não lhe falta. No entanto, além de vir a ocupar um lugar subalterno no governo, chega sob a suspeição de enriquecimento ilícito e debaixo de maciça oposição, além de estar obrigado a enfrentar as piores crises econômicas e políticas de nossa História. Precisará carregar nas costas a presidente Dilma, anda por quase três anos.
De qualquer forma, é bom prestar atenção. Agora, também, para a voz das ruas.
Lula sofre desgaste com críticas a autoridades
Postado por Magno Martins
Blog do Kennedy
A divulgação das escutas de conversas do ex-presidente Lula gerou desconforto no STF (Supremo Tribunal Federal), na Procuradoria Geral da República e até no Congresso Nacional. Houve reações mais duras do ministro Celso de Mello, do STF, e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não compareceu à posse de Lula como ministro da Casa Civil.
Ao final do post, após o vídeo com a participação no “SBT Brasil, está a íntegra de uma carta de Lula, na qual ele busca dar uma respostas as citações feitas nos grampos que tanto lhe causaram desgaste hoje.
Para enfrentar a ameaça do impeachment, o governo decidiu agir em duas frentes. A primeira foi rebater os argumentos de que a presidente Dilma Rousseff teria cometido crime de responsabilidade no diálogo divulgado pelo juiz Sérgio Moro. O discurso duro da presidente no Palácio do Planalto hoje, na posse dos novos ministros, teve esse objetivo.
O pedido de impeachment que está na Câmara não tem fatos da Lava Jato, mas revelações dessa investigação podem influenciar os aliados que participarão da comissão da Casa.
A segunda frente é tentar evitar a debandada de partidos aliados, o que resultaria no curto prazo num parecer contrário da comissão do impeachment. A avaliação entre aliados é que há risco de derrota de Dilma na votação do impeachment pelo plenário da Câmara.
PMDB sai do governo Dilma no fim deste mês
Postado por Magno Martins
O PMDB decidiu mesmo romper com o governo Dilma, mas isso só será formalizado na reunião da executiva nacional, dia 29 deste mês, véspera da festa de aniversário dos 50 anos do partido. Também deve ser oficializada nessa reunião a expulsão do deputado Mauro Lopes (MG), que aceitou ser nomeado ministro da Aviação Civil mesmo após a convenção do PMDB proibir os filiados de aceitar cargos no governo.
Neste sábado (19), o vice-presidente Michel Temer receberá em casa, em São Paulo, um grupo de senadores do PMDB para discutir a crise.
Se reunirão com Temer em São Paulo Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR), Moreira Franco e Eliseu Padilha.
Renan ainda reluta em apoiar o rompimento com Dilma, mas o fiel escudeiro Romero Jucá defende isso desde o início da Lava Jato.
Temer saiu de Brasília na véspera da nomeação de Lula como ministro, e só retornará à capital quando o PMDB tiver pactuado sua posição. (Blog Diario do Poder) |
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Mais Notícias : "Condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas"
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Enviado por alexandre em 18/03/2016 08:28:08 |
"Condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas"
Postado por Magno Martins
Celso de Mello sai em defesa da corte e diz que Lula ofendeu gravemente o Judciário
O Globo - Carolina Brígido
O mais antigo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, fez na tarde desta quarta-feira discurso ferrenho em defesa da corte. Ontem, foram divulgadas escutas telefônicas indicando que a presidente Dilma Rousseff teria nomeado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil com o intuito de blindá-lo contra ameaça de prisão. Com o cargo, Lula passaria a ser investigado pelo STF, e não pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância da Justiça Federal. O decano do tribunal garantiu que o foro especial não confere tratamento diferenciado aos poderosos – e que criminosos serão punidos independente do cargo que ocupam.
— A República, além de não admitir privilégios, repudia a outorga de favores especiais e rejeita a concessão de tratamentos diferenciados aos detentores do poder ou a quem quer que seja. Por isso, cumpre não desconhecer que o dogma da isonomia a todos iguala, governantes e governados, sem qualquer distinção, indicando que absolutamente ninguém está acima da autoridade das leis e da Constituição de nosso país. Condutas criminosas perpetradas à sombra do poder jamais serão toleradas, e os agentes que as houverem praticado, posicionados, ou não, nas culminâncias da hierarquia governamental, serão punidos na exata medida e na justa extensão de sua responsabilidade criminal — avisou o ministro.
O decano também protestou contra trecho das gravações em que Lula diz a Dilma que o STF era uma corte “totalmente acovardada”. Segundo o ministro, o ex-presidente “ofendeu gravemente a dignidade institucional do Poder Judiciário” com a qualificação “grosseira e injusta”. Ele disse que a atitude é “torpe e indigna” de quem teme a lei. E garantiu que os juízes não hesitarão em condenar quem quer que tenha cometido crime.
Saiba mais: ‘Condutas criminosas à sombra do poder jamais serão toleradas’, diz ministro do STF |
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Mais Notícias : Planalto teme que Supremo devolva Lula para Moro
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Enviado por alexandre em 18/03/2016 08:27:26 |
Planalto teme que Supremo devolva Lula para Moro
Postado por Magno Martins
Josias de Souza
Dilma Rousseff revelou-se preocupada ao saber que, além dos questionamentos feitos na primeira instância do Judiciário, a nomeação de Lula para a Casa Civil é questionada em uma dezenas de ações protocoladas no Supremo Tribunal Federal. Um frêmito percorreu a espinha de Dilma ao saber que sete dessas ações encontram-se sobre a mesa do ministro Gilmar Mendes. A presidente e seus auxiliares receiam que o magistrado devolva o investigado para Curitiba, aos cuidados de Sérgio Moro.
Há dois dias, na sessão em que o Supremo confirmou o rito processual do impeachment, Gilmar fez comentários cáusticos sobre a conversão de Lula em ministro de Dilma.
“A crise só piorou, só se agravou”, disse o ministro. “A ponto de agora a presidente buscar inclusive um tutor, para colocar no seu lugar de presidente. E ela assume aí um outro papel. E um tutor que vem com problemas criminais muito sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que nós vamos ter que discutir.”
Nesta quinta-feira, nas pegadas da divulgação de grampos tóxicos da Lava Jato, Gilmar voltou ao tema: “Acho extremamente preocupante tudo o que se engendrou, […] a tentativa notória de fugir da jurisdição do juiz natural, que no caso é o juiz Moro, de Curitiba. Isso tem aspectos concernentes, em tese pelo menos, a eventual infração de responsabilidade. Ou mesmo questões de índole penal. Isso tem que ser, claro, examinado com o maior cuidado possível. Mas é evidente que não se trata de um ato normal, tanto é que está provocando tanta especulação e tanto debate.”
Nas palavras de um auxiliar de Dilma, “as observações do Gilmar Mendes se parecem muito com um pré-julgamento.” Ele acrescentou: “Só espero que o Gilmar divida sua decisão com o plenário do Supremo.'' |
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