Mais Notícias : CPI: governo e oposição blindam empresas e políticos
Enviado por alexandre em 16/03/2016 08:27:13

CPI: governo e oposição blindam empresas e políticos

Postado por Magno Martins

Parlamentares de PT, PSDB e DEM se unem para evitar convocações

Evandro Éboli, O Globo

Em meio a maior crise política do governo Dilma Rousseff, parlamentares do PT, do PSDB e do DEM deixaram as farpas de lado e demonstraram um espírito de união incomum para o atual momento. Foi na CPI que investiga denúncias de fraudes contra a Receita Federal cometidas por instituições bancárias e grandes empresas, com ajuda de advogados e ex-conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Por unanimidade, os parlamentares dessas legendas, e de outras, decidiram excluir do plano de trabalho do relator, João Carlos Bacelar (PR-BA), os nomes de 54 instituições bancárias e empresas, 15 agentes públicos (como ex-conselheiros do Carf), 11 intermediários (casos de advogados e representantes de empresas) e 7 atores políticos, entre os quais ex-ministros do governo Lula. Bacelar concordou em excluir essas 87 instituições - várias delas financiadoras de campanha eleitoral - e pessoas.

O argumento único de oposição e governo é que a mera citação no plano de trabalho prejudicaria as empresas, muitas delas com ações na Bolsa de Valores. Petistas e tucanos defendiam as mesmas oposições e concordavam uns com os outros.

Os parlamentares, dos dois lados, também adiaram a votação de dezenas de requerimentos de convocação de vários políticos e dirigentes de bancos e empresas, de ex-representantes do Carf, advogados e lobistas.

Dilma e Lula: conversa continua na manhã desta quarta

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

Terminado o jantar no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula combinaram de conversar novamente na manhã desta quarta. A tendência é Lula aceitar ser ministro. E o destino provável passou a ser mais a Casa Civil do que a Secretaria de Governo.

A Casa Civil tem o peso simbólico de ser o ministério mais importante. Se Lula colocou José Dirceu e Dilma Rousseff na Casa Civil, a ideia seria que ele fosse para a mesma posição. Seria uma sinalização de deferência e de importância da tarefa.

Até o início da noite, o desenho ministerial que fora montado indicava a Secretaria de Governo como destino de Lula. Mas, segundo um ministro que soube detalhes do jantar, Jaques Wagner tomou a iniciativa de sugerir a Casa Civil como o posto mais adequado para o ex-presidente. Lula e Dilma decidiram refletir por mais uma noite. Os dois deverão bater o martelo na manhã desta quarta.

Desde a semana passada, quando Dilma convidou Lula para ser ministro da Casa Civil, houve um vaivém a respeito do destino do ex-presidente. Lula resistia a pedir a saída de Wagner do posto. Ele e o atual ministro são muito amigos. Então, começou a construção da possibilidade de o ex-presidente comandar a Secretaria de Governo.

Na noite desta terça, pesou a avaliação de que a entrada de Lula no ministério se tornara irreversível, sob pena de transmitir a imagem de que nem ele acreditaria mais na rejeição do impeachment. Seria o fim do governo Dilma e do projeto petista de poder.

Então, foi vencido o último argumento de resistência de Lula: a de que a nomeação ministerial pareceria fuga das investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro na Lava Jato. Foi lembrado no jantar no Alvorada que o Supremo Tribunal Federal julgara petistas com dureza no mensalão.

Mais: o PT, movimentos sociais e a base do partido cobravam a entrada de Lula no governo. Uma desistência agora desmobilizaria forças que ainda poderiam resistir ao impeachment de Dilma. A gravidade da crise demandava a presença de Lula no governo, avaliaram os participantes da reunião no Palácio da Alvorada.

Ainda na noite de ontem estava prevista uma conversa entre Lula e o presidente do Senado, Renan Calheiros, principal aliado do governo no PMDB. Tentar manter o apoio de Renan na crise é prioridade do ex-presidente.

Mais Notícias : Lula e Temer podem entrar no inquérito da Lava Jato
Enviado por alexandre em 16/03/2016 08:23:40

Lula e Temer podem entrar no inquérito da Lava Jato

Postado por Magno Martins

Menções a ex-presidente e vice em delação de Delcídio Amaral devem ser anexadas à investigação da Corte

O Estado de S.Paulo - Beatriz Bulla

A Procuradoria-Geral da República deve pedir pedir a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer no inquérito que apura formação de quadrilha por políticos que supostamente atuaram no esquema de corrupção na Petrobrás, segundo fontes ligadas à investigação. A investigação corre no Supremo Tribunal Federal desde março do ano passado e apura cerca de 40 pessoas, entre elas parlamentares e lideranças do PMDB, PT e PP.

Investigadores avaliam a possibilidade de que as menções feitas pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) em delação premiada sejam também incluídas na investigação que corre no Supremo e tenta mostrar o sistema organizado de políticos no recebimento de propina e benefícios oriundos de contratos da Petrobrás.

A delação de Delcídio, homologada nessa segunda-feira, 14, pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte, reforça a apuração sobre o PMDB e sobre o PT no inquérito, o que pode gerar a inclusão de Temer e Lula no rol de investigados.

PGR vai decidir se pede inquérito contra Dilma

Postado por Magno Martins

Denúncias contra Temer, Lula e Aécio devem ser alvos de investigações

O Globo - Jailton de Carvalho

A partir da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), a Procuradoria-Geral da República deverá decidir nos próximos dias se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar a conduta da presidente Dilma Rousseff (PT) na nomeação do ministro Marcelo Navarro para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Procuradoria-Geral também deve pedir ao STF a investigação de denúncias contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e um dos principais líderes da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já é alvo da força-tarefa da Lava-Jato, deve ser investigado pelas denúncias de Delcídio.

O trabalho deve ser finalizado depois do retorno de Janot, que está em viagem à França e à Suíça para tratar de assuntos relacionados à Lava-Jato. Para investigadores do caso, a delação de Delcídio desnuda uma parte importante da estrutura da corrupção na política brasileira.

— Chegou-se a um consenso : política se faz assim (com desvios) — afirma uma das autoridades da Lava-Jato.

Saiba mais: PGR vai decidir se pede abertura de inquérito contra Dilma

Delcídio implica 74 pessoas em delação premiada

Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo

Em depoimentos de colaboração premiada, o senador Delcídio do Amaral, que se desfiliou do PT nesta terça-feira (15), implicou 74 pessoas, fez acusações ao governo e à oposição e elevou a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff dois dias depois depois da maior manifestação contra a petista.

Entre os citados nos relatos de Delcídio, estão alguns dos principais líderes políticos do país, como Dilma, o vice Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador tucano Aécio Neves (MG).

O agora ex-petista disse que Dilma tentou interferir na Operação Lava Jato por meio do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Também atribuiu a ela a nomeação para um cargo na BR Distribuidora de Nestor Cerveró, preso e já condenado em processos da Lava Jato.

Sobre Lula, o senador afirmou que ele ordenou um pagamento a Cerveró para impedir um acordo de delação.

Em relação a Michel Temer, Delcídio disse que foi o peemedebista quem chancelou a indicação de dois executivos da Petrobras que acabaram condenados na Lava Jato, João Augusto Henriques e Jorge Zelada.

O senador descreveu um suposto esquema de propinas para políticos em Furnas, empresa da Eletrobras, que teria Aécio Neves como um dos beneficiários. O delator lançou suspeitas ainda sobre negócios da Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando ocupou uma diretoria da estatal.

Delcídio também levantou suspeitas sobre a atuação de congressistas em CPIs e descreveu supostas operações para frear investigações nas comissões parlamentares sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012, e da Petrobras, em 2014.

Ao todo, foram implicados na delação 37 políticos, quatro partidos e 27 empresas.

Dilma repudia seu nome em iniciativa de Mercadante

Postado por Magno Martins

Em curta nota, presidente se posiciona sobre gravação de assessor de Delcídio

O Globo - Simone Iglesias, Catarina Alencastro e Eduardo Barretto

A presidente Dilma Rousseff negou nesta terça-feira qualquer relação com a iniciativa do ministro Aloizio Mercadante (Educação) de conversar com um assessor de Delcídio Amaral (PT-MS) e oferecer ajuda ao senador e sua família. Por meio de nota, Dilma diz repudiar com veemência a ação do ministro, que afirma ser "pessoal".

“A presidenta da República, Dilma Rousseff, repudia com veemência e indignação a tentativa de envolvimento do seu nome na iniciativa pessoal do ministro Aloizio Mercadante, no episódio relativo à divulgação, feita no dia de hoje, pela revista Veja”, diz nota distribuída pelo Palácio do Planalto.

Dilma chamou Mercadante ao seu gabinete, no começo desta tarde. Cobrou explicações do ministro. Segundo relato de uma pessoa próxima a Dilma, ela estava muito irritada com Mercadante e perguntou por que motivo agiu desta forma.

— Ele fez isso sem ela saber e sem autorização alguma da presidente — disse ao GLOBO um auxiliar próximo a Dilma.

Mais Notícias : Delcídio: profeta do caos; Mercadante, amigo da onça
Enviado por alexandre em 16/03/2016 08:21:19

Delcídio: profeta do caos; Mercadante, amigo da onça

Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo – Natuza Nery

Em "Batman, o Cavaleiro das Trevas", Coringa dialoga com um rival e diz: "Introduza um pouco de anarquia. Perturbe a ordem estabelecida e você cria o caos. Eu sou o agente do caos".

Nesta terça (15), após o teor de sua colaboração premiada atingir alguns dos principais gabinetes de Brasília, o senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) citou sua própria versão da célebre frase proferida pelo vilão da saga.

"Eu não sou vilão. Eu não sou bandido. Eu sou um profeta do caos", disse, expressando um certo orgulho.

Em entrevista à Folha, o senador ironizou Aloizio Mercadante (Educação), ex-colega de Legislativo que, segundo o senador, tentou evitar a delação oferecendo apoio financeiro e lobby junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Refutou a ideia de que o ministro de Dilma Rousseff oferecera ajuda por amizade.

"Amigo? Ele é amigo da onça! Onde ele era meu amigo? Minha história toda no Senado é de briga com ele. Todo mundo sabe disso", rebateu.

Mercadante sustenta ter oferecido auxílio por "solidariedade", jamais para comprar o silêncio do senador.

Tal qual um "agente do caos", Delcídio diz que as ofertas de Mercadante expostas na gravação feita por um assessor fazem "cair por terra" a tese de que o governo não tentou interferir no curso da Operação Lava Jato.

Essa ideia, aliás, é central nos depoimentos feitos por ele à força-tarefa.

Mais Notícias : Inquérito contra Aécio: Furnas e Banco Rural
Enviado por alexandre em 16/03/2016 08:20:43

Inquérito contra Aécio: Furnas e Banco Rural

Postado por Magno Martins

Investigadores ouvidos pela Folha avaliam preliminarmente que deve ser pedida abertura de inquérito contra o tucano Aécio Neves.

Em um dos termos de sua delação premiada, Delcídio afirmou que o presidente do PSDB recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras.

Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informações.

"A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério e companhia", afirmou.

Para os investigadores, o caso envolvendo a CPI é o mais grave envolvendo Aécio e deve ser o principal alvo do grupo de trabalho da Lava Jato na PGR.

Mais Notícias : Para PSDB, delação boa é contra moral alheia
Enviado por alexandre em 16/03/2016 08:20:09

Para PSDB, delação boa é contra moral alheia

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Para o PSDB e seus aliados oposicionistas, a delação de Delcídio Amaral só merece crédito até certos pontos. Os pontos em que ele denuncia a corrupção praticada por Dilma, Lula, o petismo e seus sócios. Nesses trechos, Delcídio é tão verdadeiro que ajudará a derrubar a presidente da República. No entanto, nos pedaços da delação em que aponta o dedo na direção do tucano Aécio Neves, o delator passa a ser mentiroso e caluniador. Não merece o mínimo crédito.

As reações da oposição à delação de Delcídio, divulgada na íntegra pelo STF nesta terça-feira, dão uma ideia do oportunismo com que os rivais do Planalto manipulam a moralidade alheia. Fazem barulho com os pedaços convenientes. E dedicam o silêncio das catacumbas aos trechos que mencionam Aécio. Alega-se que o PT sempre tentou misturar as coisas para igualar todos à sua abjeção.

No momento, o melhor que a Procuradoria-Geral da República poderia fazer é misturar as coisas, para ver quem sobrevive às investigações. Aécio disse numa entrevista: “Defendo que tudo seja apurado, investigado em profundidade. É isso que vai separar o que eventualmente é verdadeiro daquilo que é falso, daquilo que é uma tentativa de nivelar a todos.” O procurador-geral Rodrigo Janot deveria dar ouvidos ao senador. A oposição renderia homenagens à coerência se enviasse um ofício a Janot cobrando a abertura de um inquérito sobre Aécio.

Num trecho de sua delação, Delcídio, um ex-tucano que foi diretor da Petrobras na gestão FHC, disse ter tomado conhecimento de um esquema de corrupção montado em Furnas. Comandava-o Dimas Toledo, um diretor da estatal elétrica nomeado no governo tucano. Numa viagem a Campinas, Lula perguntou a Delcídio quem era Dimas. O senador respondeu que se tratava de “um companheiro do setor elétrico, muito competente.”

Ao explicar as razões de sua curiosidade, Lula declarou, segundo o relato de Delcídio: “Eu assumi e o Janene veio me pedir pelo Dimas, depois veio o Aécio e pediu por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito.'' Instado a dizer quem recebia dinheiro sujo de Furnas, Delcídio disse que Aécio, com certeza, estava entre os beneficiários.

Os relatos sobre a roubalheira de Furnas são quase tão antigos quanto a primeira missa. Roberto Jefferson começou a se transformar na bomba que implodiu o mensalão depois que perdeu uma disputa pela diretoria de Furnas, que era pilotada por Dimas Toledo. Deu-se em 2005. O personagem estava na poltrona havia 12 anos. Tornara-se um provedor pluripartidário.

Excluído da boquinha, Jefferson cobrou a substituição de Dimas. Desatendido, encontrou pretextos para acender o pavio do mensalão. Desde então, Furnas frequenta o notíciario como uma linha de transmissão para a corrupção por ser investigada a sério. Coisa criteriosa, não os simulacros de inquérito feitos até aqui. Chegou a hora. Vamos lá, doutor Janot, “em profundidade.''

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