Mais Notícias : Nove homens e nenhum segredo
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Enviado por alexandre em 11/03/2016 09:08:34 |
Nove homens e nenhum segredo
Postado por Magno Martins
Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
Um jantar de nove homens, na quarta, selou a reaproximação das bancadas de PMDB e PSDB no Senado. O assunto à mesa não era segredo: a busca de um acordo para derrubar Dilma Rousseff.
O repasto foi servido no apartamento do senador Tasso Jereissati. Do lado tucano, compareceram os ex-presidenciáveis José Serra e Aécio Neves. Do peemedebista, a estrela foi o senador Renan Calheiros.
Os dois partidos discutiram os cenários que poderiam levar à saída da presidente antes das eleições de 2018. Ainda não há um acordo definitivo porque ninguém quer abrir mão de comandar o novo regime.
O PMDB defende o impeachment, que entregaria a Presidência ao vice Michel Temer. O PSDB sonha com eleições antecipadas. Apesar da divergência nos métodos, os dois partidos se uniram no essencial: a promessa de partilhar o poder futuro.
"Vamos trabalhar juntos para encontrar uma saída para a crise", declarou Tasso após a sobremesa. "Não viemos aqui derrubar o governo Dilma. Viemos buscar uma saída para a crise", emendou o líder do PMDB, Eunício Oliveira. Na primeira frase dele, acredita quem quiser.
O pacto PMDB-PSDB reprisa a velha tradição brasileira da transição conservadora, comandada por poucos. Como sempre, os tradicionais detentores do poder articulam a conciliação para melhor ocupá-lo.
Até aí, não há novidade. Mas o jantar assustou o governo por causa da presença de Renan, que atuava como fiador de Dilma e se recusava a discutir a deposição da presidente.
O presidente do Senado é investigado em nada menos que cinco inquéritos da Lava Jato. Agora virou a noiva cortejada pelo PSDB, que está convocando eleitores para protestar contra a corrupção no domingo.
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Não há justificativa, além da evidente exploração política, para o inconsistente pedido de prisão de Lula a três dias das manifestações.
Companheiros envolvidos em trapalhadas
Postado por Magno Martins
Carlos Chagas
A operação Lava Jato continua produzindo notícias, senão informações. O Ministério Público Federal, em documento de 89 páginas, acaba de requerer do juiz Sérgio Moro as medidas cautelares dos pedidos de busca, apreensão e condução coercitiva do Lula, indicando que os procuradores encarregados do caso estão convencidos da culpabilidade do ex-presidente no caso. A referência supõe que o primeiro companheiro está implicado na ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. O imóvel teria sido oferecido ao Lula pela empreiteira OAS, com obras suplementares, inclusive um elevador privativo e móveis de luxo, a preço de banana podre, dada a situação de ficar encarregada do trabalho, pela falência da empresa antecessora, da qual ele era sócio.
Em função dessa versão, da qual o MPF não duvida, divulgou-se que para escapar de ver seu criador tornar-se réu junto ao Supremo Tribunal Federal, e provavelmente ser condenado, a presidente Dilma Rousseff chegou a cogitar nomeá-lo ministro, coisa que garantiria sua blindagem perante a mais alta corte nacional de Justiça. O Lula rejeitou a proposta, que envolveria quatro ministérios: Relações Exteriores, Justiça, Defesa e Comunicações.
Nada mais absurdo do que uma dessas nomeações, não apenas porque misturaria favores de dois governos,de Dilma e Lula, mas porque humilharia o ex-presidente, beneficiando-se de um expediente nada ético para escapar de responder pelos seus atos quando chefe do governo.
Olhando-se de fora a monumental crise que assola o país, tem-se a impressão de valer muito pouco a presença do PT na arte de administrar o país. Companheiros envolvem-se em trapalhadas sem fim, a ponto de uma presidente da República oferecer ao sucessor mecanismos capazes de livrá-lo de condenações.E de o Lula não poder explicar a aquisição de um triplex em desacordo com suas posses. Isso sem entrar na novela de um sítio que não foi comprado mas vem sendo usado por ele e sua família sem contrato de aluguel.
Junte-se à lambança encenada por ministros, aliados, empresários e parlamentares integrantes do time do governo e se terá a receita de uma quadrilha agindo faz tempo à sombra do PT. Por certo existirá gente séria à sombra do palácio do Planalto, mas quem garantirá a ausência de vigaristas?
O fim de semana promete embates, acusações e manifestações em torno do poder. Não seria o caso de preparar sua substituições? |
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Mais Notícias : Acidente com Pizzolatti em Roraima: muitos mistérios
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Enviado por alexandre em 11/03/2016 09:07:01 |
Acidente com Pizzolatti em Roraima: muitos mistérios
Postado por Magno Martins
O ex-deputado João Pizzolatti, condenado no processo do Mensalão e afogado no 'Petrolão', segue internado em estado grave em hospital de Boa Vista (RR).
Na noite de terça-feira, ele caiu na escada de sua casa, fraturou oito costelas, teve traumatismo craniano e perfurou o pulmão.
Mas a queda é cercada de mistérios. A polícia investiga uma suposta briga de Pizzolatti com um conhecido, antes da queda.
Pizzolatti atualmente é secretário de Relações Institucionais do Governo de Roraima. (Leandro Mazzini - Coluna Esplanada)
Deprimido e abandonado, Vargas manda recados ao PT
Postado por Magno Martins
Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
Até poucas semanas atrás o mais adaptado à prisão entre a turma da Operação Lava Jato, o ex-deputado André Vargas começou a dar sinais de desespero.
A família de Vargas já mandou recados velados à direção nacional do PT pedindo ajuda. Expoentes do partido acreditam serem sinais de que o ex-parlamentar pode fazer delação premiada.
André era o mais animado do grupo na carceragem da PF em Curitiba, promovendo rodas de jogo de Buraco com empreiteiros e políticos presos. |
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Mais Notícias : Delcídio delata Temer: diretor preso é indicação dele
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Enviado por alexandre em 11/03/2016 09:05:01 |
Delcídio delata Temer: diretor preso é indicação dele
Postado por Magno Martins
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou o vice-presidente Michel Temer no acordo de delação que firmou com o Ministério Público Federal. Ele relatou em sua colaboração premiada à Lava Jato que o peemedebista foi “o grande patrocinador” da indicação de Jorge Zelada para a área internacional da Petrobras. O ex-diretor, apontado como o elo do PMDB no esquema, cumpre pena de 12 anos de prisão. A possibilidade de que ele também decida se tornar delator preocupa o partido. A informação é de Natuza Nery, na sua coluna de hoje na Folha de S.Paulo. Diz mais a colunista:
Delcídio também aponta ligação entre o vice e o lobista João Augusto Henriques, escolhido para suceder Nestor Cerveró na área Internacional da Petrobras. A indicação, diz, foi barrada por Dilma Rousseff.
A assessoria do vice afirma que Zelada foi indicado pela bancada do PMDB de Minas e que, “na condição de presidente da sigla”, Temer o recebeu antes da nomeação e em 2011, quando tentou se manter no cargo, mas “não obteve apoio”.
O vice diz ainda não ter nenhuma relação de proximidade com Henriques.
Para governo, pedido de prisão “beira o ridículo”
Postado por Magno Martins
'Quem leu quase deu risada', afirmou uma fonte do Planalto
O Globo - Leticia Fernandes
Assessores do Palácio do Planalto que leram a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) de São Paulo contra o ex-presidente Lula, em que é pedida a decretação de prisão preventiva do petista, dizem que ela é "ridícula" e "inconsistente". Segundo interlocutores, há um certo clima de alívio no governo, tamanha a fragilidade das acusações ao petista.
- Quem leu a denúncia quase deu risada. É uma denúncia absolutamente inconsistente, e o pedido de prisão beira o ridículo - contou um assessor governista.
O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), estava com o ex-presidente Lula, em São Paulo, quando ele foi informado do pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público. Humberto Costa disse que Lula reagiu com "total tranquilidade". O senador classificou de "absurda" e uma "ação midiática" a atuação do Ministério Público de São Paulo. Para o senador petista, foi algo dirigido. |
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Mais Notícias : MPF avalia pedido de prisão de Lula como "loucura"
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Enviado por alexandre em 11/03/2016 09:03:53 |
MPF avalia pedido de prisão de Lula como "loucura"
Postado por Magno Martins
Integrantes de peso do Ministério Público Federal classificaram o pedido de prisão de Lula como “loucura”. A avaliação é que o Ministério Público Estadual deveria ter se limitado à denúncia.
Adversário do ex-presidente da República, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, também condenou a decisão dos promotores de SP: “Considerei um exagero esse pedido de prisão do Lula. Não vi razões para isso”.
Ministros petistas esbravejavam ao saber do pedido de prisão de Lula. “Eles querem tocar fogo no país, será um salve-se quem puder”, dizia um deles.
Dilma estava no meio de um evento em Manguinhos, no Rio, quando a prisão de Lula foi pedida. Auxiliares decidiram não avisá-la naquele momento. A petista só soube ao fim da solenidade. Logo telefonou para Jaques Wagner. (Natuza Nery - Folha de S.Paulo) |
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Mais Notícias : Dilma resignada com ideia de seu governo não terminar
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Enviado por alexandre em 11/03/2016 09:03:19 |
Dilma resignada com ideia de seu governo não terminar
Postado por Magno Martins
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff já reage com resignação quando confrontada com o diagnóstico, feito até por ministros da equipe dela, de que o governo pode não chegar ao final. "Eu tenho que combater o bom combate. Ganhar ou perder é o resultado", afirma. Dirigentes do PT e auxiliares próximos da presidente analisam que ela não teria a exata noção da gravidade da crise, protegendo-se no que chamam de "autismo".
Ministros do núcleo mais próximo da presidente dizem que ela, na verdade, está serena. A ideia de que o governo não chega a 2018 é praticamente consensual entre eles.
A certeza de que a crise política deve se tornar incontornável tomou conta de boa parte dos petistas depois de receberem informações de que as empreiteiras podem detalhar, nas delações premiadas, contribuições por meio de caixa dois para a campanha de Dilma de 2014.
A Odebrecht chegou a mandar recados a Dilma, antes mesmo de Marcelo Odebrecht ser preso, dizendo que informações bancárias da Suíça poderiam mostrar que o marqueteiro dela, João Santana, recebeu recursos no exterior. A ideia era que Dilma, por meio do Ministério da Justiça, tentasse barrar a chegada de documentos do exterior ao Brasil.
O marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, asseguraram à presidente que nada seria encontrado no exterior em relação às contas de campanha dela. Garantiram que todos os pagamentos referentes à eleição dela eram regulares – o que mantêm mesmo depois de presos. Dilma ficou tranquila – e os documentos chegaram ao Brasil.
Antes de ser preso, Marcelo Odebrecht mostrava seu inconformismo com Dilma. Repetia que a presidente não se mexia em relação à Lava Jato porque imaginava que a operação se restringiria às empresas, acusadas de formação de cartel.
Renan Calheiros já chegou a sugerir recentemente a Dilma que ela saia do PT e que, para tentar se manter no cargo, convoque um governo de "união nacional". Ele nega. |
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