Mais Notícias : Moro usa domínio do fato contra Odebrecht
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Enviado por alexandre em 10/03/2016 08:59:51 |
Moro usa domínio do fato contra Odebrecht
Postado por Magno Martins
Advogados familiarizados com o processo de Marcelo Odebrecht identificaram diversos trechos em que Moro apela a argumentos na linha do domínio de fato – argumento que o juiz apontou não ser necessário para condenar o empresário. Quando Marcelo alega que desconhece contas ou pagamentos, Moro usa argumentos como "falta a mínima plausibilidade", "é impossível que ele não soubesse". Na página 277, o juiz escreve: "É evidente que o dirigente de uma grande empresa não se mantém alheio aos principais acontecimentos da atividade empresarial". As informações são da colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo.
Enquanto isso a Odebrecht avançou na decisão de que executivos do grupo vão negociar um acordo de delação premiada e acertou com o advogado Theo Dias, filho do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, para cuidar das tratativas iniciais com a força-tarefa da operação “lava jato”. O advogado já cuidou do acordo do lobista Milton Pascowitch, acusado de repassar propina da Engevix para políticos como o ex-ministro José Dirceu. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
MG: ministro do STJ dá aval para PF indiciar governador
Postado por Magno Martins
Folha de S.Paulo – Gabriel Mascarenhas, Márcio Falcão e Aguirre Talento
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Herman Benjamin, autorizou que a Polícia Federal interrogue o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, nas investigações da Operação Acrônimo e faça seu indiciamento caso ache pertinente.
A decisão do ministro é de fevereiro, em resposta a um pedido da Polícia Federal. A PGR (Procuradoria Geral da República) havia se manifestado contra a possibilidade de a PF promover indiciamentos contra autoridades com foro privilegiado.
Caso seja indiciado, Pimentel passa a ser considerado formalmente investigado no caso.
Posteriormente, porém, cabe à PGR mover a ação penal e incluí-lo como alvo caso veja indícios contra Pimentel.
O chefe do Executivo mineiro é um dos principais alvos da Operação Acrônimo, que apura indícios de ilegalidades na campanha do petista ao Palácio da Liberdade, em 2014.
A mesma investigação mira em suspeitas de compra de medidas provisórias e de favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES, no período em que Pimentel comandava o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, pasta à qual o banco de fomento é vinculado. A Folha apurou que, na avaliação da PF, o governador pode ser indiciado sob suspeita dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Procurada, a defesa de Pimentel informou que vai recorrer do despacho do ministro Herman Benjamin. O advogado Pierpaolo Bottini afirmou que, em seu entendimento, não pode ser delegada à PF a atribuição de indiciar uma autoridade com foro privilegiado.
Mendonça diz que decisão do STF é uma vitória
O líder da Oposição no Congresso, Mendonça Filho, afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal pela inconstitucionalidade da nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima, é mais uma vitória da Democracia. “O STF confirmou nosso entendimento de que a nomeação de um membro do Ministério Público para o cargo de ministro é uma afronta à Constituição. E o PT acumula mais uma derrota na tentativa de passar por cima da Lei”, comemorou Mendonça, autor da ação popular na Justiça Federal, pelo impedimento da nomeação do ministro.
A Ação Popular de Mendonça foi o primeiro questionamento jurídico sobre a ilegalidade da indicação do atual ministro. A Justiça concedeu a liminar, mas o Tribunal Regional Federal derrubou esta decisão alegando que a última palavra sobre o tema seria do STF. A decisão do Supremo julgou ADPF apresentada pelo PPS. “Não é possível que o PT não aprenda que, numa Democracia, Constituição é feita para ser cumprida e não para ser violada ao sabor dos interesses do momento”, ironizou.
O parlamentar destaca que, não bastasse ter mergulhado o País numa crise política, ética e econômica sem precedentes, o Governo Dilma/PT insiste em desmoralizar as instituições. E lamentou o fato de o País estar numa recessão, com mais de 10 milhões de desempregados, inflação de 02 dígitos e envolvido num grande escândalo de corrupção. “Enquanto isso, o Governo Dilma/PT permanece imobilizado, sem agenda para o Brasil e tentando passar por cima da Lei”, afirmou.
MP-SP denuncia Lula por lavagem e falsidade
Postado por Magno Martins
Em destaque, promotor Cássio Conserino.O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça nesta quarta-feira (9) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crimes de estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro por causa da suposta compra do triplex em Guarujá. O promotor Cassio Conserino entrou na 4ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, de São Paulo, com denúncia criminal contra o ex-presidente Lula.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a denúncia apresentada por Conserino foi distribuída à 4ª Vara Criminal. O caso segue sob segredo de justiça. A Justiça precisa decidir agora se vai acolher a denúncia ou não. No caso de acolhimento, o ex-presidente para a ser réu em uma ação na Justiça.
Ao todo 16 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-presidente Lula, a ex-primeira dama dona Marisa Letícia e um dos filhos de Lula, Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, que seriam beneficiários do triplex. Lula e outras 13 pessoas foram enunciadas pelos quatro crimes. Já Lulinha e dona Marisa foram denunciados apenas por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Os crimes teriam sido cometidos em empreendimentos da Bancoop – cooperativa dos bancários – que foram repassados posteriormente à construtora OAS.
O Instituto Lula negou as acusações. “Não há nenhuma novidade na denúncia do Ministério Público de São Paulo, que já havia sido anunciada na revista Veja, em 22 de janeiro de 2016, pelo promotor Cássio Conserino. Cássio Conserino não é o promotor natural do caso e pré-julgou antes de ouvir o ex-presidente, mostrando que é parcial".
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça nesta quarta-feira (9) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crimes de estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro por causa da suposta compra do triplex em Guarujá. O promotor Cassio Conserino entrou na 4ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, de São Paulo, com denúncia criminal contra o ex-presidente Lula.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a denúncia apresentada por Conserino foi distribuída à 4ª Vara Criminal. O caso segue sob segredo de justiça. A Justiça precisa decidir agora se vai acolher a denúncia ou não. No caso de acolhimento, o ex-presidente para a ser réu em uma ação na Justiça.
Ao todo 16 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-presidente Lula, a ex-primeira dama dona Marisa Letícia e um dos filhos de Lula, Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, que seriam beneficiários do triplex. Lula e outras 13 pessoas foram enunciadas pelos quatro crimes. Já Lulinha e dona Marisa foram denunciados apenas por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os crimes teriam sido cometidos em empreendimentos da Bancoop – cooperativa dos bancários – que foram repassados posteriormente à construtora OAS.
O Instituto Lula negou as acusações. “Não há nenhuma novidade na denúncia do Ministério Público de São Paulo, que já havia sido anunciada na revista Veja, em 22 de janeiro de 2016, pelo promotor Cássio Conserino. Cássio Conserino não é o promotor natural do caso e pré-julgou antes de ouvir o ex-presidente, mostrando que é parcial".
Maioria no STF vota pela exoneração de ministro
Postado por Magno Martins
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou hoje (9) pela exoneração do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva. Até o momento, seis integrantes da Corte aceitaram recurso do PPS e entenderam que Silva, por ter cargo vitalício de procurador do Ministério Público da Bahia (MP-BA), não pode ocupar o cargo.
De acordo com os votos proferidos até agora, Wellington César Lima e Silva e os promotores ou procuradores que atuam como secretários nos governos estaduais deverão deixar os cargos em até 20 dias. O julgamento prossegue com os votos restantes.
A maioria dos ministros seguiu voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Ele manteve jurisprudência da Corte, que impede que membros do Ministério Público possam exercer cargos na administração pública. Seguiram voto de Mendes, os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Dias Toffoli e Rosa Weber. O ministro Marco Aurélio votou pela permanência do procurador no comando do Ministério da Justiça.
Atualmente, de acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), 22 membros do MP estão afastados das funções para exercer atividades em secretarias de governo.
Aécio fará caravana para atacar atuação social do PT
Postado por Magno Martins
Em meio ao recrudescimento das discussões sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso e os avanços da crise econômica, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), dará início a uma série de viagens pelo País, que será pautada pelas críticas à atuação do governo e do PT no campo da área social. O giro pelo País está programado para ter início no próximo mês de maio e terá como balizamento o seminário do partido marcado para esta quinta-feira, 10, em Brasília. "Vamos mostrar de forma clara neste seminário que fracassou a visão do PT de que a carência social apenas se dá pelo viés da privação da renda. Existem outras variáveis que não foram minimamente tratada pelo PT", ressaltou Aécio Neves à reportagem.
Para embasar o discurso contra o governo no campo social, os tucanos vão apresentar no encontro de amanhã dados levantados pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos do PSDB, extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) de áreas como Saúde, Educação, Segurança Pública, Saneamento, Habitação e Reforma Agrária.
No campo da saúde, o documento traz, por exemplo, a informação de que nos últimos quatro anos dos R$ 47 bilhões reservados para investimentos no Orçamento Geral da União, apenas R$ 22,8 bilhões (48%) foram efetivamente aplicados. "Ou seja, mais da metade do que foi colocado à disposição do governo federal nos últimos cinco anos para a melhoria do atendimento público de saúde prestado aos cidadãos brasileiros foi perdido", diz trecho do levantamento.
O documento também traz dados de investimentos em programas como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), considerado como uma as "vitrines eleitorais" do atual governo. "Pronatec teve seu orçamento para este ano cortado em 54%. A dotação de 2016 foi a menor desde que o programa foi implantado, em 2013. O valor caiu de R$ 4,6 bilhões em 2015 para os R$ 2,1 bilhões atuais", diz o documento.
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Mais Notícias : Feliciano quer ser vice de Bolsonaro para presidente
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Enviado por alexandre em 10/03/2016 08:54:50 |
Feliciano quer ser vice de Bolsonaro para presidente
Postado por Magno Martins
Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
Mal o deputado Jair Bolsonaro assinou a ficha de filiação ao PSC, para disputar a Presidência, em 2018, o deputado Marco Feliciano (SP) articula para ser seu vice na chapa 'puro-sangue' para o Planalto.
Bolsonaro antes vai testar seu nome na disputa para a Prefeitura do Rio este ano, este é o projeto do pastor Everaldo, presidente do partido, tratado com ele. Embora negue aos holofotes – o deputado militar esboça seus planos.
A Coluna revelou em outubro passado os planos de entrada dele no PSC para disputar os pleitos.
PMDB, PP e a ética do PT
Postado por Magno Martins
Carlos Brickmann
Em 2004, muita gente e poucos animais foram vítimas do tsunami que atingiu a Indonésia. Boa parte dos animais percebeu que a região se tornaria perigosa e se refugiou em locais mais seguros.
A propósito, o PMDB deve afastar-se de Dilma. O PMDB apoia o PT desde 2003, quando Lula se elegeu. Agora reage à "má gestão". E, segundo a proposta de ruptura, divulgada pela repórter Andréia Sadi, da Globonews, acha intolerável "a crise ética" que "avilta a nação". O PP também deve romper com Dilma, também por motivos éticos. Paulo Maluf, que ao descobrir suas afinidades com Lula, Dilma e Haddad tinha virado pró-petista de carteirinha, lançou o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, à presidência da República.
PMDB e PP não suportam um ambiente sem ética.
Quando PMDB e PP largam um Governo, esqueça a ética. É que a teta secou.
Questionar é saudável
Postado por Magno Martins
A agressividade com que as autoridades envolvidas em conduzir a “lava jato” tratam qualquer critica ao procedimento pode ser um problema para a continuidade da operação. A opinião é jornalista Elio Gaspari, em artigo publicado nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo. Ele elogia a investigação (“Criou um momento luminoso na vida brasileira. Nunca na história deste país a oligarquia política e empresarial foi ferida com tamanha precisão e transparência”), mas ressalta a necessidade de humildade a juiz e membros do MP: “Os procuradores e o juiz Sérgio Moro repetem que todos os fatos devem ser investigados. Todos, mas isso não exclui a discussão dos seus procedimentos, porque tristes experiências passadas já mostraram que a conversa de ‘cortina de fumaça’ pode ser facilmente transformada num manto protetor da onipotência e do seu inexorável filhote, o arbítrio”. |
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Mais Notícias : Delação: panela no fogo
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Enviado por alexandre em 10/03/2016 08:52:20 |
Delação: panela no fogo
Postado por Magno Martins
Muitas coisas devem se precipitar nos próximos dias na área das investigações. Falta homologar a delação premiada de Delcídio, há o depoimento de Lula marcado para o dia 14, e há algo ainda mais explosivo:
Marcelo Odebrecht, principal executivo da maior empreiteira do Brasil, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a quase vinte anos de prisão. Mas Moro abriu-lhe uma possibilidade: embora já condenado, pode fazer delação premiada.
E, se alguém sabe das coisas - e não apenas com relação ao PT, mas também à oposição, e não apenas com relação a Brasília, mas também a Governos estaduais - é Marcelo Odebrecht.
Mesmo que ganhe benefícios a partir do cumprimento de um sexto da pena, serão quase seis anos de regime fechado, o que pode ser insuportável para alguém habituado a bom padrão de vida.
Traduzindo: como resistir à delação premiada? (Carlos Brickmann)
Contrária à ação do PSB na crise, Erundina sai
Postado por Magno Martins
Blog do Kennedy
A deputada federal Luíza Erundina oficializou hoje a saída do PSB. Ela discorda da posição do partido em relação as crises política e econômica. “Não se joga combustível no fogo. Discordei de várias posições do partido ao longo da crise e vou me dedicar à construção da Raiz”, disse.
Raiz é um novo partido político que a deputada pretende fundar. Há meses, ela já vinha trabalhando para levar adiante esse projeto, mas decidiu hoje fazer o comunicado oficial ao PSB em reunião da bancada hoje em Brasília. O PSB decidiu recentemente aderir à oposição ao governo Dilma.
Erundina elogia a Operação Lava Jato, que “está fazendo um trabalho importante de combate à corrupção”, mas avalia que foi “um erro” a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor. Para ela, “temos uma democracia incipiente, que exige equilíbrio numa hora de grave crise”. |
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Mais Notícias : O plano obscuro
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Enviado por alexandre em 10/03/2016 08:50:44 |
O plano obscuro
Postado por Magno Martins
Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
Em condições normais, ou em país que já se livrou do autoritarismo, haveria uma investigação para esclarecer o que o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato intentavam de fato, quando mandaram recolher o ex-presidente Lula e o levaram para o Aeroporto de Congonhas. E apurar o que de fato se passou aí, entre a Aeronáutica, que zela por aquela área de segurança, e o contingente de policiais superarmados que pretenderam assenhorear-se de parte das instalações.
Mas quem poderia fazer uma investigação isenta? A Polícia Federal investigando a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República investigando procuradores da Lava Jato por ela designados?
É certo que não esteve distante uma reação da Aeronáutica, se os legionários da Lava Jato não contivessem seu ímpeto. Que ordens de Moro levavam? Um cameramen teve a boa ideia, depois do que viu e de algo que ouviu, de fotografar um jato estacionado, porta aberta, com um carro da PF ao lado, ambos bem próximos da sala de embarque VIP transformada em seção de interrogatório.
É compreensível, portanto, a proliferação das versões de que o Plano Moro era levar Lula preso para Curitiba. O que foi evitado, ou pela Aeronáutica, à falta de um mandado de prisão e contrária ao uso de dependências suas para tal operação; ou foi sustado por uma ordem curitibana de recuo, à vista dos tumultos de protesto logo iniciados em Congonhas mesmo, em São Bernardo, em São Paulo, no Rio, em Salvador. As versões variam, mas a convicção e os indícios do propósito frustrado não se alteram.
O grau de confiabilidade das informações prestadas a respeito da Operação Bandeirantes, perdão, operação 24 da Lava Jato, pôde ser constatado já no decorrer das ações. Nesse mesmo tempo, uma entrevista coletiva reunia, alegadamente para explicar os fatos, o procurador Carlos Eduardo dos Santos Lima e o delegado Igor de Paula, além de outros. (Operação Bandeirantes, ora veja, de onde me veio esta lembrança extemporânea da ditadura?)
Uma pergunta era inevitável. Quando os policiais chegaram à casa de Lula às 6h, repórteres já os esperavam. Quando chegaram com Lula ao aeroporto, repórteres os antecederam. "Houve vazamento?" O procurador, sempre prestativo para dizer qualquer coisa, fez uma confirmação enfática: "Vamos investigar esse vazamento agora!". Acreditamos, sim. E até colaboramos: só a cúpula da Lava Jato sabia dos dois destinos, logo, como sabe também o procurador, foi dali que saiu a informação –pela qual os jornalistas agradecem. Saiu dali como todas as outras, para exibição posterior do show de humilhações. E por isso, como os outros, mais esse vazamento não será apurado, porque é feito com origem conhecida e finalidade desejada pela Lava Jato.
A informação de que Lula dava um depoimento, naquela mesma hora, foi intercalada por uma contribuição, veloz e não pedida, do delegado Igor Romário de Paula: "Espontâneo!". Não era verdade e o delegado sabia. Mas não resistiu.
Figura inabalável, este expoente policial da Lava Jato. Difundiu insultos a Lula e a Dilma pelas redes de internet, durante a campanha eleitoral. Nada aconteceu. Dedicou-se a exaltar Aécio, também pela rede. Nada lhe aconteceu. Foi um dos envolvidos quando Alberto Youssef, já prisioneiro da Lava Jato, descobriu um gravador clandestino em sua cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Nada aconteceu, embora todos os policiais ali lotados devessem ser afastados de lá. E os envolvidos, afastados da própria PF.
Se descobrir por que a inoportuna lembrança do nome Operação Bandeirantes, e for útil, digo mais tarde.
Vai haver golpe?
Postado por Magno Martins
Clovis Rossi - Folha de S.Paulo
Se por golpe se entender o afastamento da presidente da República pelos meios constitucionais há, sim, uma enorme possibilidade de que haja golpe no Brasil, mais cedo que tarde. O fato, cada vez mais evidente, é que o que os argentinos adoram chamar de "poderes fácticos" abandonaram Dilma Rousseff (ou nunca a adotaram).
"Poderes fácticos" são, antes e acima de tudo, os agentes de mercado, financeiro ou produtivo.
Mas são também a mídia (televisão mais que qualquer outro meio), o mundo político, menos influente do que se pensa, e as instituições da sociedade organizada, ainda menos influentes, até porque são pouco organizadas. As que se dizem contra o "golpe" são também contra a política de Dilma.
Os agentes de mercado adoraram o governo Lula porque, como sempre diz o ex-presidente, jamais ganharam tanto dinheiro como com ele (de maneira lícita, pela expansão da economia e do crédito, e da maneira que se está vendo a cada passo da Lava Jato). O maná secou com Dilma. Raro é o setor que não esteja enfrentando crise.
Cansou-se até o setor financeiro, que continua produzindo lucros extraordinários, como diria Lula. O sufoco da chamada economia real não é bom para os negócios da banca.
Da mídia ou, ao menos, da organização mais poderosa, a Rede Globo, basta comparar dois momentos: no dia seguinte à sua primeira eleição, Luiz Inácio Lula da Silva prestou-se a ser enfeite no "Jornal Nacional" até ser entrevistado ao vivo.
Era o pedágio que achava necessário pagar para sacramentar a aceitação pelo establishment desse "merda desse operário", para citar sempre Lula.
Agora, o "Jornal Nacional" está diariamente prenhe de informações —do mau estado da economia à catarata de escândalos— que tiram o fôlego de qualquer telespectador.
A Globo, ao contrário do que aconteceu inúmeras vezes no passado, está fazendo jornalismo, mas, não fosse o cansaço com Dilma, talvez tivesse algo mais de condescendência, como teve, no princípio, com Fernando Collor de Mello.
Sobre a Folha —aliás, o único dos grandes jornais que foi desde o início impiedoso com Collor (com total razão)— basta lembrar editorial de capa de setembro: nele, passava-se uma lista de medidas que Dilma deveria adotar e terminava dizendo que, se não o fizesse, "não lhe restará, caso se dobre sob o peso da crise, senão abandonar suas responsabilidades presidenciais e, eventualmente, o cargo que ocupa".
Como se sabe, Dilma não fez nada. A paralisia absoluta de seu governo é assombrosa. Até o PT, o seu partido, ensaia abandoná-la e anuncia um programa econômico alternativo ao da presidente que elegeu. É insólito para dizer o mínimo.
Um partido aliado, caso do PDT, apresentou um novo-velho filiado, Ciro Gomes, já com discurso de campanha presidencial, quase dois anos antes da eleição.
Sobraram alguns poucos grupos, dependentes do governo.
Sou contra o impeachment e contra a cassação da chapa até que apareça o chamado batom na cueca, o que, acho, ainda não aconteceu. Mas admito ser minoritário.
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Mais Notícias : Entre o ruim e o pior
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Enviado por alexandre em 10/03/2016 08:49:15 |
Entre o ruim e o pior
Postado por Magno Martins
O avanço da Lava Jato e a volta do fantasma do impeachment fizeram o PT ressuscitar um antigo plano. O partido quer transformar o ex-presidente Lula em ministro do governo Dilma Rousseff. A ideia ganhou até porta-voz no Planalto. "Qual time não gostaria de colocar o Pelé em campo?", perguntou ontem o ministro Ricardo Berzoini, que despacha um andar acima do gabinete da presidente.
Não é bem disso que se trata. Lula não seria nomeado para brilhar nos gramados de Brasília, e sim para se livrar do juiz de Curitiba. Como ministro, ele recuperaria o foro privilegiado e só poderia ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Em princípio, a ideia não seria boa para o ex-presidente. Lula passaria a imagem de que está com medo de ser preso a qualquer momento por Sergio Moro. Sua nomeação soaria como manobra para driblar a Justiça.
O ex-presidente teria outros problemas. Depois de ensaiar um afastamento de Dilma, ele se ligaria de vez ao futuro político da presidente. Como ela não dá sinais de recuperação, isso poderia significar um adeus ao plano Lula-2018.
Nomear o antecessor também é mau negócio para Dilma. A presidente já foi forçada a fazer todo tipo de concessão para se manter no poder. Abaixou a cabeça para o mercado, aguentou as humilhações do correntista suíço e teve que entregar até o orçamento da Saúde ao PMDB.
Se transformar Lula em ministro, Dilma assumirá de vez o papel de rainha da Inglaterra -ou de presidente decorativa, para usar uma expressão cara ao vice Michel Temer. O esvaziamento da autoridade dela será imediato e definitivo.
Se a ideia é ruim para ambas as partes, por que ainda não foi descartada? Simples: porque a alternativa parece ainda pior.
Uma eventual prisão de Lula é o cenário mais temido por ele próprio, por motivos óbvios, e por Dilma, que perderia seu único general na batalha contra o impeachment.
Dilma pressionada para pôr Lula em cargo-chave
Postado por Magno Martins
Folha de S.Paulo – Valdo Cruz, Gustavo Uribe, Mariana Haubert
Diante da piora da crise política e do risco real de abertura de um processo de impeachment, ministros e petistas pressionam a presidente Dilma Rousseff a fazer uma nova reforma na sua equipe, começando por colocar o ex-presidente Lula num cargo chave do governo.
Segundo a Folha apurou, além do convite a seu antecessor, Dilma foi aconselhada também a fazer mudanças na política econômica e no comando da Justiça.
A avaliação é que a presidente precisa dar uma "chacoalhada" em seu governo para transmitir a mensagem de que está disposta a corrigir falhas e conseguir, assim, novo fôlego no mercado financeiro e no Congresso.
A mexida mais ampla, uma espécie de "começar de novo" nas palavras de petistas, é defendida também por Lula. Ele relatou a amigos que a presidente está "muito abatida" e "sem forças" para reagir à crise. Segundo ele, caso este cenário não mude, a presidente de fato correrá risco de perder o cargo.
Dilma, como antecipou o Painel da Folha, decidiu convidar Lula para ocupar um ministério para que ele tenha foro privilegiado e não fique nas mãos do juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato.
O convite foi feito durante jantar nesta terça (8) no Palácio da Alvorada. O ex-presidente, a princípio, diz resistir à ideia por avaliar que passaria a imagem de estar fugindo da Justiça, mas ainda não deu sua palavra final.
Caso mude de posição e aceite o convite, interlocutores do ex-presidente afirmam que ele não poderia vir para um ministério lateral, mas para comandar uma pasta central, com participação direta nos rumos do governo.
Aceitando ser ministro de Dilma, amigos de Lula dizem que ele poderia convencer nomes como de Henrique Meirelles e Nelson Jobim para assumirem os ministérios da Fazenda e da Justiça.
Esta mudança mais ampla não é, porém, do agrado da presidente, porque passaria a mensagem de que Lula fez uma intervenção no governo e ela se transformou numa rainha da Inglaterra.
No desenho de Dilma, o ex-presidente poderia ocupar o Ministério das Comunicações ou o das Relações Exteriores. Petistas defendem que ele seja indicado para a Secretaria de Governo, hoje sob comando de Ricardo Berzoini.
O problema é que, segundo relatou Lula a interlocutores, Dilma está muito "abatida" e "demonstrando estar sem forças" para reagir
No jantar de terça, Lula inicialmente recusou o convite porque ele poderia ser interpretado como uma "confissão de culpa".
Segundo relatos, ele avaliou ainda que, mesmo que tivesse foro privilegiado, sua família poderia ser alvo de operações da Polícia Federal.
Segundo interlocutores do petista, no entanto, ele deixou uma porta aberta para aceitar um convite, mas daria uma resposta apenas na próxima semana. |
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