Mais Notícias : Temer deve vencer hoje e se preparar para 2ª denúncia
Enviado por alexandre em 02/08/2017 08:24:56

Temer deve vencer hoje e se preparar para 2ª denúncia

Postado por Magno Martins

Presidente articula pessoalmente para obter quórum a fim de votar

Blog do Kennedy

São altas as chances de ocorrer amanhã a votação no plenário da Câmara a respeito da autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) analisar a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer.

Temer se envolveu diretamente, se reunindo com deputados para obter quórum necessário para votar: 342 deputados presentes. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também fez articulações para conseguir votar amanhã.

Interessa a Temer e a Maia encerrar logo esse episódio. Houve apelo para que deputados contrários a Temer compareçam. Tucanos rebeldes e boa parte dos petistas deverão dar presença. Na votação de amanhã, é provável uma vitória de Temer. A derrota seria uma surpresa.

Temer quer ter uma vitória significativa amanhã para sinalizar força para enfrentar uma segunda denúncia de Janot. O presidente também deverá recorrer ao Supremo contra uma eventual nova denúncia, argumentando que Janot estaria fazendo uma manobra baseado no mesmo conjunto de provas e de evidências.

Já a oposição avalia que uma segunda denúncia tornará mais difícil uma vitória de Temer, porque ele já teria gastado toda a munição para vencer a primeira batalha.

Mais Notícias : PSDB não sabe se casa ou se compra uma bicicleta
Enviado por alexandre em 02/08/2017 08:23:47

PSDB não sabe se casa ou se compra uma bicicleta

Postado por Magno Martins
Rudolfo Lago – Blog Os Divergentes

Com os sinais provavelmente invertidos, os dilemas do PSDB quanto a permanecer ou não apoiando o governo Michel Temer lembram o episódio no qual os tucanos discutiram se deveriam entrar ou não no governo Fernando Collor, antes do irmão do presidente, Pedro Collor, dar uma entrevista ao jornalista Luís Costa Pinto, então na revista Veja, e detonar um dos maiores escândalos da história política brasileira, o caso PC Farias.

Esse foi um dos episódios que reforçou a história de que o PSDB é um partido eternamente no muro, com uma dificuldade imensa em determinar com clareza de que lado estará e o que irá fazer. O ex-governador de São Paulo Orestes Quercia costumava dizer que um tucano, caso entrasse num banheiro com dois mictórios, faria pipi na calça diante da incapacidade de decidir por qual optaria.

Com seu governo em crise, Collor pretendeu aposentar a República de Alagoas, como se apelidou o grupo de desconhecidos amigos que inicialmente ele levou para o governo, e montar o que se chamou de “Ministério de Notáveis”, numa tentativa de obter mais apoio e aval político. Nesse sentido, era então importante para ele tentar atrair o PSDB. Então, o partido era ainda o produto de uma dissidência no antigo PMDB, que saíra da legenda de Ulysses por discordar dos rumos distorcidos que ela tomou, inchando, agigantando-se e descaracterizando-se depois de ter chegado ao poder no governo José Sarney.

Os tucanos discutiam a hipótese de adesão de forma envergonhada com Collor. Um dos “notáveis”, Jarbas Passarinho, que era então ministro da Justiça, contava de uma reunião que teve com o então senador Fernando Henrique Cardoso. Como queria manter a conversa em sigilo, Fernando Henrique propôs que ela acontecesse na casa de Passarinho, no Lago Norte. Mas os jornalistas descobriram a reunião e foram para a porta da casa do ex-ministro. Como Fernando Henrique não queria de jeito nenhum aparecer, Passarinho negou que ele estivesse dentro da sua casa. E ele contava que Fernando Henrique ficou lá dentro esperando até o final da noite, até que o último repórter se cansasse e desistisse, para sair.

Na época, o ex-governador Mario Covas foi o personagem definidor para que o PSDB recusasse o convite para entrar no governo Collor. Numa tensa reunião que durou horas numa sala do Senado, ele repetia que era um absurdo o partido emprestar o aval que tinha a um governo contestado e desgastado. E que o partido pagaria o resto da vida caso tomasse uma decisão errada. O PSDB não aderiu a Collor e, algum tempo depois, ele é que deixava o Palácio do Planalto condenado num processo de impeachment.

Agora, de novo o PSDB não sabe se casa ou se compra uma bicicleta. Informa Maria Lima em reportagem publicada nesta terça-feira em O Globo que o senador Tasso Jereissati (CE) pretende devolver a presidência do partido ao senador Aécio Neves (MG). Aécio foi afastado do comando do partido depois que surgiu a denúncia do irmão Friboi Joesley Batista, de que pagava propina ao senador mineiro.

A denúncia levou à época ao afastamento de Aécio do Senado e à prisão temporária de sua irmã, Andrea Neves, e de seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred. Quando Aécio se afastou, havia um entendimento de que Aécio convocaria uma reunião extraordinária da Executiva Nacional do PSDB para a escolha de um novo presidente, dado o desgaste sobre ele com a denúncia.

Mas Aécio retornou ao Senado, sua irmã e seu primo não estão mais presos, e ele é um dos articuladores da permanência do PSDB no governo Temer no que parece ser uma espécie de apoio mútuo. Como Temer julga estar mais fortalecido – apesar da popularidade baixíssima, provavelmente vai escapar de ter a abertura de um processo contra ele aprovada pela Câmara –, Aécio parece sentir-se mais fortalecido também. Tasso acha que Aécio já voltou a agir como presidente do PSDB de novo, à frente das articulações no lugar dele. E diz, segundo Maria Lima, que então é melhor que volte à presidência dos tucanos e “assuma a responsabilidade”.

Há hoje, então, no PSDB a turma de Aécio, a turma de Tasso, a turma de Dória, a turma de Alckmin… Não é nem um dilema mais… É um trilema… Ou um quatrilema…

Mais Notícias : Temer: aliança do atraso, corrupção e oportunismo
Enviado por alexandre em 02/08/2017 08:22:45

Temer: aliança do atraso, corrupção e oportunismo

Postado por Magno Martins


Temer forjou aliança do atraso e corrupção com oportunismo do andar de cima

Elio Gaspari – Folha de S.Paulo

Os números não mentem: 81% dos entrevistados pelo Ibope acham que a Câmara deveria permitir que Michel Temer seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O mesmo Ibope mostrou o que todo mundo sabe: o governo tem o maior índice de rejeição dos últimos 31 anos.

O presidente foi beneficiado por um erro palmar que acompanha o grito de "Fora Temer". Tudo bem, "fora", mas para botar quem no lugar?

Em 2016 milhões de pessoas foram para a rua gritando "Fora, Dilma" ou "Fora, PT", sabendo que no lance seguinte Temer iria para o Planalto. Muita gente não fez essa conta ou preferiu não fazê-la. Era o jogo jogado, pois os bois tinham nome. Hoje, o quadro é outro, há o "fora", mas não há o quem.

Nas três grandes crises da segunda metade do século passado, só uma guardou uma semelhança constitucional, quando Getúlio Vargas matou-se e o vice Café Filho assumiu. Nas outras, seis patetas no comando das Forças Armadas decidiram melar o jogo, tentando impedir a posse de João Goulart em 1961 e oito anos depois, defenestrando o vice Pedro Aleixo. Levaram o país para a beira da guerra civil num caso e produziram um período de anarquia militar na outra. Nos dois episódios o defeito era o mesmo, faltava identificar o substituto.

Se a Câmara der licença para que Temer seja processado, assume por seis meses Rodrigo Maia. Ganha uma viagem a Caracas quem for capaz de ir para a rua pedindo "Rodrigo Já". Admitindo-se que Temer seja condenado, o Congresso deveria eleger outro presidente. Volta a pergunta: quem?

O tamanho da crise política e econômica recomendaria o aparecimento de um ou dois nomes. Nada. Temer administrou esse vácuo, cavalgando uma plataforma mambembe de reformas. A da Previdência está baleada. A trabalhista está na frigideira, com a articulação de um novo imposto sindical, capaz de preservar a banda pelega do corporativismo de patrões e empregados. Admita-se, contudo, que essa plataforma seja saudável. Não é pelas reformas que Temer articula sua bancada.

Nela não há um real interesse por mudanças. Pelo contrário, é uma maioria regressista, que busca na permanência de Temer uma vacina contra o prosseguimento da Operação Lava Jato, em defesa do balcão de verbas e do loteamento da máquina do Estado. Tudo deve continuar como está, para estancar a sangria e, se possível, piorar.

A Lava Jato expôs o conluio do andar de cima que faz política com as melhores teorias econômicas e as piores transações de caixa dois.

Nos últimos anos esse mando oligárquico foi alvejado e parecia encurralado. Com a maestria de seus movimentos, o Planalto recompôs a aliança tradicional do atraso, piorando-a. Juntou a Federação das Indústrias de São Paulo, a Confederação Nacional da Indústria, Aécio Neves, mais a tropa de Eduardo Cunha. Tanto é assim que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso manteve-se longe da geleia.

O Temer que substituiu Dilma Rousseff não foi o que a acompanhou na campanha de 2014. O Temer que vier a ser mantido pelo coletivo que formou depois da exposição do grampo de Joesley Batista e da mala de Rodrigo Rocha Loures também será outro. Pior.

Mais Notícias : Temer: ganha o Brasil com rejeição da denúncia
Enviado por alexandre em 02/08/2017 08:21:54

Temer: ganha o Brasil com rejeição da denúncia

Postado por Magno Martins

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (1º), véspera da votação da denúncia de corrupção contra ele pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que uma eventual rejeição da denúncia será benéfica para o país. O peemedebista foi questionado pelo Estado de S.Paulo se acredita na vitória. "Seguramente. Quem ganha é o Brasil", afirmou, após mais um encontro com deputados da base aliada.

Na tarde desta terça-feira, foi lido no Plenário da Câmara o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contrário à autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a denúncia contra o presidente. O foi lido pela segunda-secretária da Câmara, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). Já a notificação de Temer ficou sob responsabilidade do primeiro-secretário da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR).

Temer já foi notificado de que a Solicitação para Instauração de Processo (SIP) 1/17 será analisada pela Câmara amanhã, às 9h. Os procedimentos foram definidos durante o recesso parlamentar.

A condução dos trabalhados vai depender do quórum. A discussão só poderá ser encerrada com 257 deputados presentes no Plenário, enquanto a votação depende da presença de 342 deputados registrados.

Caso o Plenário siga o mesmo entendimento da CCJ, o caso será suspenso e só poderá ser analisado pela Justiça quando Temer deixar o cargo. Se o texto for rejeitado, fica o Supremo autorizado a analisar a denúncia.

Mais Notícias : Gilmar ataca Janot: "Uma bagunça completa"
Enviado por alexandre em 02/08/2017 08:21:13

Gilmar ataca Janot: "Uma bagunça completa"

Postado por Magno Martins

STF ficou "a reboque das loucuras do procurador”, complementou o ministro

Jornal do Brasil

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teceu duas críticas nesta terça-feira (1º) ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No primeiro dia de trabalho após o fim do recesso do Judiciário, Mendes afirmou que o direito processual penal brasileiro se tornou “um baguncismo”, e que o próprio STF é um dos culpados.

O ministro afirmou ainda que espera que a Procuradoria-Geral da República (PGR) recupere “um mínimo de decência e normalidade” sob o comando de Raquel Dodge, que assume a chefia da instituição em setembro.

“Tudo isso que já falei: doutrina de Curitiba [em referência à Operação Lava Jato], doutrina Janot [Rodrigo Janot, atual procurador-geral da República], isso não tem nada a ver com direito, é uma loucura completa que se estabeleceu. É uma bagunça completa”, disse Mendes antes de entrar para a sessão da Segunda Turma do STF.

Para Mendes, ao ter decidido, em junho, que não cabe ao plenário debater os termos dos acordos de delação premiada antes da homologação pelo relator, o STF “ficou a reboque das loucuras do procurador”, disse ele, numa referência ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Certamente o Tribunal vai ter que se reposicionar [neste segundo semestre]”, afirmou.

Aécio Neves

Mais cedo, Gilmar Mendes já havia criticado Janot, ao ser questionado sobre o novo pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo Gilmar, Janot é um ator "político-jurídico".

“Eu acho que é bom que atores jurídico-políticos leiam a Constituição antes de seguir suas vontades”, disse Mendes, em referência à insistência de Janot em pedir a prisão de Aécio



Kassab: 18 milhões de propina via empresa de um irmão

Postado por Magno Martins

Ao todo, o ministro da Ciência e Tecnologia foi destinatário de R$ 43,4 milhões da empresa dos irmãos Batista

Época –Diego Escosteguy

O ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, do PSD, recebeu R$ 43,4 milhões em propina da JBS, de acordo com documentos inéditos obtidos por ÉPOCA. Os papéis, entregues pelos executivos da empresa à PGR, corroboram o que eles disseram na delação premiada da JBS. Do total, R$ 18 milhões foram pagos por meio de uma empresa da família de Kassab, a Yape Consultoria e Debates Ltda. Foram 58 pagamentos entre agosto de 2013 e julho de 2016. A família de Kassab tem uma outra empresa, de transportes, que presta serviços para a JBS. A Yape, porém, não realizou nenhum serviço, segundo os delatores.



Do total recebido por Kassab em 2014, R$ 30,3 milhões foram pagos via caixa um, por meio de empresas indicadas por ele e por aliados, e, também, em dinheiro. A JBS debitou os R$ 30,3 milhões, segundo os documentos, da conta de propina mantida pelo PT junto à empresa, por benesses ilegais no BNDES. Estão aí incluídos R$ 4,9 milhões acertados com Wesley Batista e repassados para a empresa Yape.



Kassab foi generoso com o dinheiro arrecadado. Autorizou o repasse, em dinheiro vivo, de quase R$ 1 milhão ao deputado Fábio Faria, do Rio Grande do Norte. Outros R$ 11,3 milhões destinou a seu partido, o PSD. E R$ 940 mil foram para o PV de São Paulo.

O ministro das Comunicações diz que a empresa de sua família presta serviços à JBS há anos e que já enviou esclarecimentos à Receita Federal.

Publicidade Notícia