Regionais : A incrível bancada dos parentes no Senado
Enviado por alexandre em 08/08/2017 08:33:45

A incrível bancada dos parentes no Senado



Do Congresso em Foco – Edson Sardinha

Multipartidária e composta por representantes de 26 unidades federativas e de todos os partidos com assento no Senado, a “bancada dos parentes” é a mais numerosa da Casa. Maia, Caiado, Alves, Mello, Jereissati, Cunha Lima, Dias, Lobão, Tebet, Viana e Suplicy são alguns dos atuais sobrenomes que acompanharam outros senadores nas últimas décadas. Não por acaso. Levantamento da nova edição da Revista Congresso em Foco revela que ao menos 59 dos 81 parlamentares no Senado têm ou tiveram familiares no exercício de mandatos políticos (veja abaixo a relação com o respectivo parentesco). Isso representa mais de 73% dos integrantes da Casa. No Nordeste esse fenômeno é ainda mais forte: alcança 21 dos 27 senadores (78%).

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Calheiros, Neves, Barbalho, Requião, Nogueira, Jucá, Monteiro, Portela, Coelho, Raupp, Camelli, Capiberibe, Abreu, entre outros, também são sobrenomes que se repetem no exercício de outros mandatos políticos, por meio de irmãos, filhos, avôs, pais, netos, sobrinhos e cônjuges com passagem por governos estaduais, prefeituras e pelo Parlamento. Atualmente 21 famílias têm, ao mesmo tempo, representantes na Câmara e no Senado.

Os três senadores de dez estados no Senado têm ou tiveram parentes políticos. No DEM, de Ronaldo Caiado (GO) e José Agripino Maia (RN), no PDT e no PR, ninguém foge desse perfil. A mesma situação se dá com 19 dos 22 peemedebistas. Já no PSDB, quem tem a árvore genealógica mais enraizada na política é o senador Cássio Cunha Lima (PB), filho do ex-senador Ronaldo Cunha Lima, pai do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) e parente de quase uma dezena de outras lideranças.

O levantamento sobre as relações familiares e políticos dos atuais parlamentares é um dos principais assuntos da nova edição da Revista Congresso em Foco. Para acessar o conteúdo completo da publicação, clique aqui.



Veja a relação dos senadores e seus parentes:

ACRE

Senadores

Gladson Cameli (PP) – Sobrinho do ex-governador Orleir Cameli e do ex-vice­governador do Acre César Messias.

Jorge Viana (PT) – Irmão do governador e ex-senador Tião Viana, filho do ex-deputado Wildy Viana e sobrinho do ex-governador Joaquim Macedo.

Sérgio Petecão (PSD) – Marido da suplente de deputada federal Marfisa Galvão, é irmão da vereadora Lene Petecão, de Rio Branco, e primo do ex-vereador Pedrinho Oliveira, também da capital do Acre.

ALAGOAS

Senadores

Benedito de Lira (PP) – Pai do deputado Arthur Lira (PP-AL) e padrasto de Marcelo Palmeira, vice-prefeito de Maceió.

Fernando Collor (PTC) – Filho do ex-senador e ex-governador Arnon de Mello e neto do ex-ministro do Trabalho Lindolfo Collor. Pai do ex-vereador de Rio Largo (AC) Fernando James e tio do ex-vice-prefeito de Atalaia (AC) Fernando Lyra Collor.

Renan Calheiros (PMDB) – Pai do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), e irmão do deputado estadual Olavo Calheiros, do ex-deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB), que foi prefeito de Olinda, e de Robson Calheiros, ex-vereador de Maceió. Remi Calheiros, seu outro irmão, e Olavo Calheiros Novais, seu pai, também foram prefeitos de Murici, município administrado hoje por Olavo Neto, sobrinho do senador.

AMAZONAS

Senadores

Eduardo Braga (PMDB) – Marido de Sandra Braga, que o substituiu como suplente no Senado enquanto ele era ministro.

Vanessa Grazziotin (PCdoB) – Casada com o ex-deputado estadual Eron Bezerra.

AMAPÁ

Senadores

Davi Alcolumbre (DEM) – Primo do deputado estadual Isaac Alcolumbre, do ex-vereador de Macapá Moisés Alcolumbre e do ex-suplente de senador Salomão Alcolumbre Junior.

João Capiberibe (PSB) – Marido da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) e pai do ex-governador do Amapá Camilo Capiberibe.

BAHIA

Senadores

Otto Alencar (PSD) – Irmão do ex-prefeito de Simões Filho (BA) Eduardo Alencar.

CEARÁ

Senadores

Eunício Oliveira (PMDB) – Irmão da ex-prefeita de Lavras da Mangabeira (CE) Dena Oliveira, genro do ex-presidente da Câmara Paes de Andrade e tio do deputado estadual Danniel Oliveira.

Tasso Jereissati (PSDB) – É filho do ex-senador e ex-deputado federal Carlos Jereissati.

DISTRITO FEDERAL

Senador

Reguffe (sem partido) – Neto do ex-deputado federal Expedito Machado e sobrinho do ex-senador Sérgio Machado.

ESPÍRITO SANTO

Senadores

Magno Malta (PR) – É casado com a ex-deputada federal Lauriete.

Ricardo Ferraço (PSDB) – Filho do deputado estadual Theodorico Ferraço e enteado da deputada federal Norma Ayub (DEM-ES).

Rose de Freitas (PMDB) – Foi casada com o ex-vereador de Vitória Huguinho Borges, já falecido, e cunhada do ex-deputado estadual Sérgio Borges, conselheiro do TCE-ES. O pai deles, Hugo Borges, foi prefeito de Guarapari (ES).

GOIÁS

Senadores

Lúcia Vânia (PSB) – Foi casada com o ex-governador Irapuan Costa Junior. É irmã do ex-senador Moisés Abrão Neto e prima do ex-deputado Pedrinho Abrão. É tia do deputado federal Marcos Abrão (PPS-GO).

Ronaldo Caiado (DEM) – Herdeiro de uma das famílias políticas mais tradicionais de Goiás nos séculos 19 e 20, é neto do ex-senador Totó Caiado, sobrinho dos ex-senadores Emival Caiado e Brasil Ramos Caiado e do ex-deputado Elcival Ramos Caiado. Primo dos ex-deputados Brasílio Ramos Caiado, Mário Alencastro Caiado e Sérgio Caiado e do ex-governador de Goiás Leonino Di Ramos Caiado.

Wilder Morais (PP) – Irmão do ex-prefeito de Taquaral de Goiás Willis Morais.

MARANHÃO

Senadores

Edison Lobão (PMDB) – Marido da ex-deputada federal Nice Lobão e pai de Lobão Filho, suplente que exerceu o mandato em seu lugar enquanto era ministro.

João Alberto (PMDB) – Pai do deputado João Marcelo Souza (PMDB).

Roberto Rocha (PSB) – Filho do ex-governador do Maranhão Luiz Rocha, ex-deputado federal, e irmão do ex-prefeito de Balsas (MA) Luiz Rocha Filho.

MINAS GERAIS

Senadores

Aécio Neves (PSDB) – Neto do ex-presidente Tancredo Neves e do ex-deputado Tristão da Cunha, é filho do também ex-deputado Aécio Cunha. É primo do vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, e do deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ). É sobrinho-neto do ex-prefeito de Cláudio (MG) Múcio Tolentino.

Zezé Perrella (PMDB) – É filho de José Henrique Costa, ex-prefeito de São Gonçalo do Pará (MG), e pai do ex-deputado estadual Gustavo Perrella.

MATO GROSSO DO SUL

Senadores

Pedro Chaves (PSC) – Cunhado do ex-deputado estadual Jerson Domingos, conselheiro do TCE-MS, e da ex-vereadora de Campo Grande Tereza Name.

Simone Tebet (PMDB) – Casada com o deputado estadual Eduardo Rocha, é filha do ex-senador Ramez Tebet (PMDB-MS).

Waldemir Moka (PMDB) – Primo do ex-governador Zeca do PT, do ex-prefeito de Porto Murtinho (MS) Heitor Miranda e do deputado Vander Loubet (PT-MS).

MATO GROSSO

Senadores

Cidinho Santos (PR) – Irmão do ex-prefeito de Nova Marilândia (MT) Wener dos Santos.

Wellington Fagundes (PR) – Pai de João Antônio Fagundes Neto, que foi candidato a vice-prefeito de Rondonópolis (MT).

PARÁ

Senadores

Jader Barbalho (PMDB) – Pai do ministro Helder Barbalho, ex-prefeito de Ananindeua, marido da deputada Simone Morgado e primo do deputado José Priante, ambos do PMDB do Pará. Já foi casado com a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA).

PARAÍBA

Senadores

Raimundo Lira (PMDB) – Irmão de Francisco Lira e genro de Bento Figueiredo, ex-prefeitos de Campina Grande (PB), e cunhado do ex-prefeito de Igaracy (PB) Olívio Bandeira.

Cássio Cunha Lima (PSDB) – Filho do ex-governador e ex-senador Ronaldo Cunha e pai do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). É sobrinho do ex-senador Ivandro Cunha Lima e primo de Romero Rodrigues, prefeito de Campina Grande. Também é primo dos deputados estaduais Bruno Cunha Lima e Arthur Cunha Lima Filho.

José Maranhão (PMDB) – Filho de Benjamin Maranhão e irmão de Wilma Maranhão, ex-prefeitos de Araruna. O pai do senador ainda foi prefeito de Cacimba de Dentro. É tio do deputado federal Benjamin Maranhão (SD-PB) e da ex-deputada estadual Olenka Maranhão.

PERNAMBUCO

Senadores

Armando Monteiro (PTB) – Filho do ex-deputado e ex-ministro Armando Monteiro Filho e neto do ex-governador Agamenon Magalhães. É primo do deputado Fernando Monteiro (PP-PE) e do ex-deputado José Múcio Monteiro, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Fernando Bezerra Coelho (PSB) – Pai do deputado federal Fernado Coelho Filho, ministro de Minas e Energia, e do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. É sobrinho do ex-governador de Pernambuco Nilo Coelho e do ex-deputado Osvaldo Coelho. É irmão do ex-deputado Clementino Coelho e primo do deputado federal Guilherme Coelho (PSDB-PE).

PIAUÍ

Senadores

Ciro Nogueira (PP) – Marido da deputada federal Iracema Portella (PP-PI), filho do ex-deputado Ciro Nogueira e neto do ex-prefeito de Pedro II (PI) Manoel Nogueira Lima. É genro da ex-deputada federal Myriam Portella e do ex-governador Lucídio Portella.

Elmano Férrer (PMDB) – Primo do deputado estadual Heitor Férrer (PSB-CE).

PARANÁ

Senadores

Alvaro Dias (Podemos) – Irmão do ex-senador Osmar Dias.

Gleisi Hoffmann (PT) – Casada com o ex-deputado federal e ex-ministro Paulo Bernardo.

Roberto Requião (PMDB) – Filho do ex-prefeito de Curitiba Wallace Thadeude Mello e Silva, é pai do deputado estadual Requião Filho e irmão do ex-deputado federal Maurício Requião. É tio do deputado federal João Arruda (PMDB-PR).

RIO GRANDE DO NORTE

Senadores

Garibaldi Alves Filho (PMDB) – Filho do ex-vice-governador e ex-senador Garibaldi Alves e pai do deputado federal Walter Alves (PMDB-RN). É sobrinho do ex-governador e ex-ministro Aluizio Alves e do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Natal Agnelo Alves. É primo do ex-deputado Henrique Eduardo Alves e de Carlos Eduardo Alves, atual prefeito de Natal.

José Agripino (DEM) – Herdeiro de uma das mais famílias mais tradicionais da política do Rio Grande do Norte e da Paraíba, é pai do deputado Felipe Maia (DEM-RN) e primo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ex-prefeito do Rio César Maia. É filho do ex-governador Tarcísio Maia, sobrinho do ex-senador João Agripino Maia Filho (PB) e primo do ex-deputado Lavoisier Maia. É parente da deputada Zenaide Maia (PR-RN), do ex-deputado João Maia e do deputado distrital Agaciel Maia. Outros parentes do senador exercem ou exerceram mandatos no Rio Grande do Norte.

RONDÔNIA

Senadores

Acir Gurgacz (PDT) – Filho do ex-vice-prefeito de Cascavel (PR) Assis Gurgacz, que exerceu mandato no Senado na condição de seu suplente, e irmão do deputado estadual Airton Gurgacz, ex-vice-governador de Rondônia.

Ivo Cassol (PP) – Filho de Reditário Cassol, suplente que já o substituiu no Senado e ex-prefeito de Colorado do Oeste. É irmão dos ex-prefeitos Nega Cassol, de Alta Floresta, e César Cassol, de Rolim de Moura (RO) e de Santa Luzia do Oeste (RO).

Valdir Raupp (PMDB) – Casado com a deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), irmão do suplente de deputado estadual Ademar Raupp e tio do ex-prefeito de Colniza (MT) Assis Raupp.


RORAIMA

Senadores

Angela Portela (PDT) – Casada com o ex-governador Flamarion Portela.

Romero Jucá (PMDB) – Pai do ex-deputado estadual Rodrigo Jucá e ex-marido da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita.

Telmário Mota (PTB) – Marido de Suzete Mota e primo de Gelb Pereira, ex-deputados estaduais

RIO GRANDE DO SUL

Senadora

Ana Amélia (PP) – Viúva do ex-senador Octávio Cardoso.

SANTA CATARINA

Senadores

Dário Berger (PMDB) – Irmão do ex-deputado federal Djalma Berger, ex-prefeito de São José (SC).

Paulo Bauer (PSDB) – Filho do ex-prefeito de Jaraguúa do Sul (SC) Victor Bauer.

SERGIPE

Senadores

Antonio Carlos Valadares (PSB) – Pai do deputado Valadares Filho (PSB-SE) e filho de Josefa Matos Valadares e Pedro Almeida Valadares, ex-prefeitos de Simão Dias. Tio do ex-deputado federal Pedrinho Valadares.

Eduardo Amorim (PSDB) – Irmão do ex-candidato a deputado estadual Edivan Amorim e primo de Nenem Taxista, suplente de vereador em Capela (SE).

Maria do Carmo Alves (DEM) – Esposa do ex-governador de Sergipe João Alves Filho.

SÃO PAULO

Senadores

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) – licenciado, é ministro das Relações Exteriores
É filho do ex-deputado estadual Aloysio Nunes Ferreira.

Marta Suplicy (PMDB) – Foi casada com o ex-senador Eduardo Suplicy (PT), hoje vereador em São Paulo.

TOCANTINS

Senadores

Vicentinho Alves (PR) – Pai do deputado federal Vicentinho Junior (SD-TO) e primo do deputado estadual Paulo Mourão (PT).

Kátia Abreu (PMDB) – Mãe do deputado Irajá Abreu (PSD-TO) e do ex-vereador Iratã Abreu, de Palmas.

Mais Notícias : Caçada: Temer manda demitir quem votou contra
Enviado por alexandre em 08/08/2017 08:30:45

Caçada: Temer manda demitir quem votou contra


O Planalto vai publicar nesta semana uma série de exonerações de servidores que foram indicados por deputados que votaram a favor da denúncia de Michel Temer. Mais de 20 nomes estão sob análise. Na maior parte dos casos os líderes da base aliada indicarão os substitutos, mas em alguns Estados a infidelidade foi tão alta que as nomeações caberão aos poucos que se mantiveram ao lado do presidente. É o caso de Sergipe. Lá, só dois dos oito deputados votaram com Temer.

Praticamente todos os infiéis serão alvo de retaliação, garantem aliados de Temer. Pouquíssimas exceções só serão mantidas por ordem direta do presidente.

Vários deputados foram avisados de que a lista de exonerações estava praticamente pronta e tentaram fazer um último apelo. Em mensagens a integrantes do governo, pediram que o Planalto observasse “o histórico” de parceria e não só o desempenho no dia da votação.

Waldir Maranhão (PP-PI), que anulou com uma canetada o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado, tinha feito as pazes com Temer, mas durou pouco. Pelo voto pró-denúncia, vai perder indicado que nomeou diretor da ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

Com as mudanças em cargos de segundo e terceiro escalão, o governo sinaliza que vai mesmo preservar o atual desenho da Esplanada, sem substituição de ministros.

O deputado Beto Mansur levará ao Planalto nesta terça (8) o quadro dos infiéis na votação da denúncia contra Temer. Fará um comparativo com a estimativa de apoio que o governo tinha para a reforma da Previdência antes do recesso.(Painel – Folha de S.Paulo)

PMDB e Doria: namoro põe pressão em Alckmin



Para 2018

Folha de S. Paulo - Igor Gielow



A troca de afagos entre Michel Temer e João Doria, ocorrida nesta segunda (7) em evento na capital paulista, expôs um processo de aproximação entre o PMDB do presidente e o prefeito tucano.

O movimento ganhou força com a rejeição do afastamento do peemedebista do Planalto pela Câmara.

É um jogo de conveniência mútua, que serve não só para alinhavar eventuais alianças, mas também como instrumento de pressão para a pretensão de Doria de ser candidato a presidente no ano que vem.

O prefeito quer manter opções abertas para reforçar sua posição no PSDB e, numa situação extrema, para o caso de haver um rompimento com seu padrinho político, o também presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

As negociações são discretíssimas e envolvem amigos em comum de ambos. Doria tem horror à ideia de ser visto como traidor do homem que viabilizou sua carreira política, mas, como diz um aliado, dorme e acorda pensando no Planalto.

CONTROLE TUCANO

Alckmin aproveitou-se da barafunda tucana decorrente da delação da JBS, simbolizada na derrocada do rival Aécio Neves (MG) e na indecisão sobre o apoio a Temer, e tomou controle do partido.

Conseguiu adiantar a decisão sobre candidatura presidencial para dezembro.

No plano do grupo de Alckmin, Doria seria candidato ao governo do Estado com Rodrigo Garcia (DEM) na vice, ajudando a puxar uma votação arrasadora no maior colégio eleitoral do país –supondo-a vencedora em primeiro turno, Doria acompanharia o tucano pelo país no segundo round.

O prefeito, segundo um dirigente do PSDB, não descarta o arranjo, mas enviou sinais ao DEM, sigla com nova força pela posição singular do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que substituiria um Temer afastado.

Maia não mordeu a isca, mas a tentativa serviu para aumentar-lhe o cacife: há duas semanas, a cúpula do partido foi recepcionada por Alckmin, retomando assim o papel de parceiro preferencial do PSDB. Até então, o paulista preferia o PSB.

Marte ataca



SÃO PAULO, SP, BRASIL, 07-08-2017,10H00: - presidente Michel temer encontra-se com o prefeito de São Paulo João Doria para assinar acordo relacionado ao Campo de Marte. O encontro ocorreu na Prefeitura de São Paulo. (Foto: Juca Varella/Folhapress) PODER

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Michel Temer resolveu inflar as ambições de João Doria. Nesta segunda, o presidente participou de uma solenidade na Prefeitura de São Paulo. Aproveitou apara afagar o ego do tucano, a quem chamou de "velho amigo" e "companheiro".

O discurso já começou em clima de flerte. Temer quebrou o protocolo e saudou apenas o prefeito. "Algumas autoridades até foram esquecidas por um ou outro. Não pelo João Doria, naturalmente, que é rápido em todas as manifestações", disse.

Foi a senha para uma longa sessão de elogios. "Há muito tempo eu verificava a fórmula do João trabalhar, que é de organização, horários rígidos e muita conciliação", derramou-se o presidente. "Eu tenho orgulho, com a devida licença, de me equiparar às atitudes do João", prosseguiu.

Para não deixar dúvidas, Temer disse que o prefeito não tem "uma visão apenas municipalista, mas uma visão nacional". "Eu vejo que tenho um parceiro, um companheiro, alguém que compreende como ninguém os problemas do país", exaltou.

O presidente ainda arriscou um trocadilho com o tema do encontro: a cessão de um terreno no Campo de Marte. "Sabemos todos quanto tempo os astronautas levaram para tentar chegar a Marte. E eu vejo que o João Doria em menos de sete meses chegou a Marte, não é?", gracejou.

Até os habitantes de outros planetas sabem que Doria quer concorrer ao Planalto. Ao descrevê-lo como "um exemplo para a administração pública", Temer alimenta o sonho do prefeito e sinaliza com um possível apoio do governo e do PMDB.

A força do presidente como cabo eleitoral é duvidosa. Com 5% de aprovação, ele tem tudo para se transformar num espantalho de votos em 2018. No entanto, a visita a Doria serviu ao menos para uma coisa: retaliar Geraldo Alckmin.

O Planalto culpa o tucano pelos 11 votos do PSDB paulista a favor da denúncia da Procuradoria. Ao encher o balão do prefeito, Temer ajuda a esvaziar o do governador.

Mais Notícias : A pauleira em Janot
Enviado por alexandre em 08/08/2017 08:28:57

A pauleira em Janot

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, desqualificou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Só não o chamou de arroz doce. “É um desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional”, afirmou, para acrescentar: “Ele não tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão dessa importância".

A declaração foi dada em meio a questionamentos sobre o trabalho da Operação Lava Jato, da atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do STF. Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), critica as delações premiadas. Na entrevista, o ministro disse acreditar que o que foi firmado com os executivos da JBS, que embasou denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer, será revisto.

"Tenho absoluta certeza de que o será. Como agora a Polícia Federal acaba de pedir a reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é um desses casos escandalosos de acordo. Certamente vai ser suscitado em algum processo e será reavaliado", complementou. O relator das delações premiadas de executivos da JBS no STF é o ministro Luiz Edson Fachin.

Os donos da empresa, Joesley e Wesley Batista, além do executivo Ricardo Saud e outros funcionários da JBS, fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato. As delações foram homologadas por Fachin e o conteúdo, divulgado no mês de maio. No fim do mês de junho, o STF decidiu manter Fachin na relatoria dos processos da JBS.

Aprovou também a homologação da delação premiada dos executivos da empresa pelo ministro monocraticamente, sem a participação dos outros ministros da Corte. Mendes concordou com a manutenção de Fachin, mas defendeu que o Ministério Público não pode ter todo o poder sobre o acordo de delação premiada. Segundo ele, a homologação deve ser feita pelo colegiado de ministros.

Ainda na entrevista à Gaúcha, Gilmar Mendes disse que considera a Lava Jato importante. Porém, acrescenta que podem ocorrer equívocos. "Não é verdade que eu tenha dito que a Lava Jato deixou de ser importante. Acho os trabalhos extremamente importantes, mas isso não me compromete com eventuais equívocos. Sempre fui uma voz vencida na Segunda Turma quanto ao aumento das prisões da Lava Jato. Fui eu que votei o habeas [corpus], fui o terceiro voto, de desempate, no caso do Dirceu [José Dirceu]", justificou.

COM TEMER– Um dia antes da esculhambação dada em Janot, o presidente do STF, Gilmar Mendes, foi recebido pelo presidente Temer, mas, segundo ele, para tratar de reforma política. "Eu acho que é a chance de promovermos uma mudança profunda no sistema político. Talvez, pensar um semipresidencialismo, uma mistura de presidencialismo com parlamentarismo. Precisamos também ver como vai ser a distribuição pelos partidos do dinheiro público do fundo novo a ser criado", afirmou.

Fantasma ou ET?– O Palácio agiu fortemente para evitar disputa pela presidência estadual do PSB, em eleição que deve ocorrer no próximo mês. Mas o prefeito de Paulista, Júnior Matuto, dissidente e crítico da atual executiva, resiste a todo e qualquer tipo de pressão. “Se existe uma quase unanimidade no PSB é o descontentamento da forma como Sileno Guedes, na foto ao lado, dirige o partido. No Interior, ele tem cara de ET, ou seja, ninguém o conhece, é um verdadeiro fantasma”, disse Matuto.

Tentando barrar- Em meio às movimentações do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), para nomear o engenheiro Mario Ramalho para a Hemobrás e transferir a tecnologia da estatal para Maringá, o MP estadual encaminhou à Casa Civil, à Presidência da República e ao Ministério da Saúde recomendação para que não sejam nomeados para cargos de gestão da estatal pessoas com vínculos ou interesses diretos ou indiretos na transferência de tecnologia para processamento de plasma. Barros encaminhou à Casa Civil o nome do engenheiro Mário Ramalho para assumir uma das diretorias da estatal.

Sinpol dividido – Uma briga boa promete agitar a eleição para renovação do Sindicato da Polícia Civil, o Simpol. Candidato à reeleição, o presidente Áureo Cisneiros, se reeleito, pode usar o mandato como trampolim para disputar o Governo do Estado em 2018 pelo Psol. Já o candidato da oposição, chapa 2, George Fernandes, estaria sendo estimulado por forças governistas, com interferência direta da Casa Civil. O clima já está quente e pode pegar mais fogo ainda.

O roteiro de Lula – O ex-presidente Lula inicia a caravana pelo Nordeste no próximo dia 17, em Feira de Santana (BA) e finaliza no dia 5 de setembro, quando embarca de São Luís (MA), com destino a São Paulo. Em Pernambuco, passará os dias 24, 25 e 26, com atos no Parque Dona Lindú, em Boa Viagem, e na Refinaria Abreu e Lima, em Suape. A direção estadual do PT quer transferir o ato do Dona Lindú para Brasília Teimosa, em função do projeto de reestruturação daquela área, que se livrou das palafitas na gestão de Lula.

CURTAS

SALGUEIRO– Domingo passado foi de muito sol e cavalgada em Salgueiro. O grupo Estradeiros do Sertão percorreu 36 km saindo do Castelinho, em direção à vila do distrito do Pau-Ferro com encerramento na Fazenda Cacimbinha. Formado há pouco mais de um ano por iniciativa de amigos apaixonados por cavalos e montaria, Os Estradeiros reuniram em torno de 70 cavaleiros vindos das áreas urbanas e rurais de Salgueiro e de São José do Belmonte.

INVESTIGAÇÃO– O juiz federal Sérgio Moro mandou, ontem, a Polícia Federal abrir um inquérito para investigar a autoria de um e-mail enviado a Amanda Bendine, filha do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine. A decisão atende ao pedido dos advogados que defendem o executivo. A defesa do relatou ao magistrado que a mensagem foi recebida por Amanda no dia 2 de julho, e pedia um depósito de R$ 700 mil para pagar uma decisão em habeas corpus no STF.

Perguntar não ofende: Por que Janot não respondeu no mesmo tom a Gilmar Mendes?


Lava Jato: extintas ações contra Jarbas, Marta e Freire



PGR afirma que crimes prescreveram

Ministro mandou redistribuir 3 processos

Poder 360 - Luiz Felipe Barbieri

Relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin atendeu a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e arquivou pedidos de inquéritos contra 3 congressistas: deputados Roberto Freire(PPS-SP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Os fatos apurados prescreveram, segundo o Ministério Público Federal.

Os congressistas foram citados na delação de executivos da Odebrecht, homologadas pela presidente da Corte, Cármen Lúcia, em janeiro deste ano.

Fachin determinou ainda a redistribuição a outros integrante da Corte de 3 investigações envolvendo o ministro Bruno Araújo (Cidades), o senador Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Daniel Almeida (PC do B-BA).

Na prática, isso significa que os fatos apurados não têm relação com irregularidades cometidas na Petrobras e por isso estão fora do âmbito da Lava Jato, da qual Fachin é relator.

PRESCRIÇÃO

O termo traduz o momento em que o Estado perde o direito de punir em razão do intervalo transcorrido entre a prática do delito e a sentença. Os prazos prescricionais são reduzidos à metade se o autor do crime for maior de 70 anos.

O crime imputado aos congressistas era o de “caixa 2”, com penas baixas em caso de condenação, o que contribuiu para a prescrição.

Marta foi acusada de receber R$ 550 mil não contabilizados em 2008, quando concorreu à prefeitura de São Paulo. Vasconcelos teria recebido R$ 700 mil em sua campanha para o governo de Pernambuco em 2010 e Freire outros R$ 200 mil em 2010, quando se candidatou à Câmara dos Deputados.


BC poderá manter ritmo de queda dos juros



Para Ilan Goldfajn, economia está no mesmo patamar do período pré-delação da JBS

O Estado de S. Paulo
Por Dniel Weterman



O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que há chance de o ritmo de flexibilização da política monetária ser mantido na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Em entrevista à RedeTV! que foi ar na madrugada desta terça-feira, 8, Ilan afirmou ainda que quanto mais robusta for a reforma da Previdência, mais fácil será manter o ritmo de flexibilização.

"Se as condições se mantiverem, tanto de inflação, atividade, balanço de riscos, a expectativa das pessoas, se tudo se mantiver de acordo como está hoje, há uma chance de manter o ritmo. Estou falando da próxima reunião de setembro. Claro que nada está garantido, nem na próxima, vai depender das condições da economia", disse Ilan à jornalista Amanda Klein, do programa É Notícia.

Na última reunião do Copom, em 26 de julho, o Banco Central decidiu cortar a taxa básica (Selic) de 10,25% ao ano para 9,25% ao ano. A leitura da ata da reunião deu a entender ao mercado financeiro que o ritmo de corte de um ponto porcentual pode ser mantido na próxima reunião.

Para o presidente do BC, as condições econômicas do País, apesar da incerteza política, estão no mesmo patamar do período pré-delação da JBS, que teve impacto no governo do presidente Michel Temer (PMDB) e gerou denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República contra o peemedebista. "Se tiver mais incerteza, isso pode influenciar a economia brasileira, mas a nossa visão mais recente é que, apesar da incerteza ter afetado de alguma forma índices de confiança, nós não vemos, pelo menos até o momento, impacto da trajetória de atividade, impacto na inflação", declarou Ilan. "Parece que por enquanto a economia está andando no caminho que estava antes (da delação)."

Mais Notícias : Gilmar pode mudar voto sobre prisão em 2ª instância
Enviado por alexandre em 08/08/2017 08:26:17

Gilmar pode mudar voto sobre prisão em 2ª instância

Postado por Magno Martins

O Estado de S. Paulo
Por Sonia Racy



Advogados atentos registraram recente sinalização de Gilmar Mendes em mudar seu voto a favor da prisão após condenação de segunda instância, decidida pelo STF em fevereiro do ano passado.

E desconfiam agora que o STF será provocado antes que se imagina, por meio de… recurso extraordinário.
Considerando que a última votação foi de seis a cinco (pró-prisão), há chance de um reexame do assunto, pelos ministros, apontar para um meio termo entre a norma atual e a antiga. Esta só autorizava a prisão quando não houvesse mais possibilidade de recurso.

Se algo assim vier a prevalecer, a prisão só ocorrerá depois da decisão do STJ – e, portanto, antes do STF. A execução passaria da segunda para a… terceira instância.

Mais Notícias : Planalto levanta a bandeira "Fora Janot"
Enviado por alexandre em 08/08/2017 08:25:36

Planalto levanta a bandeira "Fora Janot"



O advogado de Michel Temer, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, entregará nesta terça-feira (8) ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, o pedido de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A iniciativa estava em estudo, como antecipou a colunista Mônica Bergamo, mas a entrevista de Janot à Folha, nesta segunda (7) acirrou de vez os ânimos.

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse a quem o visitou na prisão que acha mais provável fechar sua delação premiada depois que Rodrigo Janot deixar a chefia da PGR. Ele fica no cargo até 17 de setembro.

Integrantes da PGR dizem que há “fortes elementos” para sustentar a denúncia contra Temer por organização criminosa.

Os elogios de Michel Temer a João Doria e a ida do secretário de governo do Planalto, Antonio Imbassahy, à Bahia em homenagem ao prefeito foram sinais eloquentes de que o governo escolheu um lado do PSDB para apostar.



PF: corrupção e lavagem em 2º inquérito contra Gleisi


IstoÉ - Lisandra Paraguassu

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram acusados de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro no relatório final do inquérito que investigava as relações de ambos com a empreiteira Odebrecht.

Em nota, a PF afirma que "há elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo da Silva".

Além do casal, foram indiciados ainda os intermediários no recebimento de recursos ilegais de campanha, Bruno Martins Gonçalves Ferreira e Oliveiros Domingos Marques Neto.

Gleisi e Paulo Bernardo foram acusados de receber recursos irregulares da empreiteira Odebrecht para pagar contas da campanha dela ao Senado, em 2014. Segundo a PF, foram identificados oito pagamentos de 500 mil reais, além de outros três pagamentos de 150 mil reais --um em 2008 e outros dois em 2010.

A PF aponta ainda a ocorrência de crime eleitoral na campanha de Gleisi ao Senado.

Além desse inquérito, Gleisi já é ré por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal em outro caso, em que é acusada de receber R$ 1 milhão de dinheiro desviado da Petrobras.

De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, o julgamento deste primeiro caso deve ocorrer até o final do ano e será um dos primeiros a serem concluídos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

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