Mais Notícias : Medo da Lava Jato tira caciques do PMDB do sério
Enviado por alexandre em 21/02/2017 09:00:33

Medo da Lava Jato tira caciques do PMDB do sério
Postado por Magno Martins

Andrei Meireles – Blog Os Divergentes

Cresce o nervosismo entre políticos poderosos que serão alvos nas delações da Odebrecht. Não conseguem nem mais encenar aquela aparente frieza, fruto de anos de treinamento para enfrentar adversários e engabelar eleitores.



Alguns estão à beira de perder as estribeiras. Há tempos, Renan Calheiros dá mostras disso ao entrar em bolas divididas que antes tirava de letra.

Renan virou um fio exposto, gerador de tensões. Só que sem o mesmo poder de quando presidia o Senado.

Há senadores do PMDB que esbravejam em conversas reservadas, mas ainda se poupam em público. Temem que seus casos sejam abreviados nas investigações.

Na mesma pilha de Renan, Romero Jucá trocou o figurino de político jeitoso, construtor de consensos, pelo papel de raivoso. O que o tira do sério não é o fato de, na sexta-feira (17), ter sido hostilizado no aeroporto de Boa Vista, seu reduto eleitoral. “Graças a Deus eu ando pelo Brasil e as pessoas pedem para tirar fotos comigo”, tentou disfarçar o mal estar.

Nem as críticas a seus projetos e manobras na contramão da Lava Jato o perturbam tanto.

Mais que as bravatas e as bobagens contra a imprensa ditas em discurso no Senado nesta segunda-feira (20), Romero Jucá exibiu medo.

— Eu não vou morrer de véspera. Eu não me entrego. Sei o que fiz, o que defendo e o que vou fazer.

É aguardar.

Mais Notícias : Moraes chega ao STF com carimbo anti-Lava Jato
Enviado por alexandre em 21/02/2017 08:59:40

Moraes chega ao STF com carimbo anti-Lava Jato
Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

O governo está tranquilo em relação aos votos para aprovar em sabatina amanhã no Senado a indicação de Alexandre de Moraes para o STF. Mas existe uma preocupação em relação ao desgaste político. O governo espera chumbo grosso da oposição.

Afinal, o próprio Alexandre de Moraes forneceu essa munição. Há acusações de plágio em relação às suas teses acadêmicas. Ele próprio defendia que um ministro de Estado não deveria ser indicado pelo presidente de plantão ao Supremo. Terá de explicar a mudança de opinião em benefício próprio, o que é um mau exemplo para um julgador do STF.

Enfim, Moraes será ministro do Supremo, mas entrará no tribunal com a marca de alguém apoiado por peemedebistas e tucanos para jogar contra a Lava Jato na mais alta corte de Justiça do país.

Mais Notícias : Reformismo na gestão Temer não chega à ética
Enviado por alexandre em 21/02/2017 08:58:50

Reformismo na gestão Temer não chega à ética
Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Engolfado por uma onda de impopularidade, Michel Temer tornou-se um presidente à procura de uma marca. Desde que assumiu a Presidência no lugar de Dilma Rousseff, Temer afirma que não está preocupado com a popularidade. Mas os apologistas e conselheiros do presidente o convenceram de que o seu governo precisa de um símbolo. E decidiram grudar em Temer a marca do presidente “reformista”, o gestor capaz de aprovar as reformas que ajudarão a tirar a economia do buraco. Temer comprou a ideia. E começou a se vender em público como presidente das reformas. Foi o que ele fez hoje, em discurso para representantes do agronegócio, em São Paulo.

O movimento é parte de uma estratégia que será aprofundada nas próximas semanas. Em março, o PMDB martelará a imagem desse Michel Temer reformista na propaganda partidária que levará ao ar em rede nacional de rádio e televisão. O partido venderá a tese segundo a qual as reformas de Temer —as já aprovadas e as que estão por vir— melhoram o ambiente de negócios e começam a surtir efeitos.

O diabo é que o reformismo de Michel Temer está escorado numa fórmula vencida. Para aprovar suas reformas no Congresso, Temer compôs um governo loteado e convencional. Toda a podridão que consumiu o governo Dilma, incluindo o PMDB de Temer, deslizou suavemente para dentro do novo governo velho. Temer mantém a cabeça nas reformas e os pés na lama. Falta ao reformismo do presidente uma noção qualquer de ética. Se a Lava Jato serviu para mostrar alguma coisa foi que até o pragmatismo político precisa ter limites.

Mais Notícias : Honestidade e verdade em falta
Enviado por alexandre em 21/02/2017 08:57:57

Honestidade e verdade em falta
Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

Dizia a finada Lei de Imprensa que toda noticia deveria ser honesta e verdadeira, valores que o Código de Ética dos jornalistas ainda conserva. O Congresso revogou a lei, deixando o vazio em seu lugar. Esse é o problema. Porque além dos vícios da informação, não raro eivada de desonestidade e de mentira, existe outro pecado capital em nossa atividade. Trata-se da não-informação. Da omissão de notícias que deveriam ser, além de honestas e verdadeiras, apresentadas à opinião pública, mas não são.

Tome-se as pesquisas eleitorais. Discute-se a sua realização, isto é, se devem acontecer, em especial às vésperas das eleições quando poderão influenciar o eleitor menos esclarecido. Admitidas, porém, como um aprimoramento democrático, sendo honestas e verdadeiras, o que dizer de sua omissão, de acordo com os interesses dos proprietários dos meios de comunicação?

Em condições normais de temperatura e de pressão, em especial em épocas de crise, as pesquisas eleitorais costumam ser valorizadas na confecção das edições impressas, televisadas e eletrônicas. Balizam as atenções e até reforçam as tendências.

É de estranhar, assim, as omissões deliberadas das consultas populares realizadas nos últimos meses. Alguns veículos ainda apresentam, diluídos e condenados a páginas internas, meras referências aos resultados. A maioria, no entanto, as ignora olimpicamente, quando ainda recentemente ganhavam as primeiras páginas.

Por que? Porque os barões da imprensa vem tendo contrariados seus desejos. Empenharam-se em ampla campanha para desmoralizar o PT, iniciativa até louvável para compensar o mal praticado pelo partido, mas não tem o direito de ignorar as preferências do partido e da maioria do eleitorado em torno da candidatura do Lula. Porque mesmo nas entrelinhas, os resultados indicam que o ex-presidente seria eleito até no primeiro turno. É muito cedo para conclusões, o ex-presidente poderá se dar mal. Mas hoje, a notícia é essa, que a mídia deveria divulgar por obrigação ética, mas não divulga.

Honestidade e verdade parecem mercadoria em falta, nas prateleiras dos meios de comunicação.

Mais Notícias : Lava Jato: Jucá diz que não vai se acovardar
Enviado por alexandre em 21/02/2017 08:56:52

Lava Jato: Jucá diz que não vai se acovardar
Postado por Magno Martins



O senador Romero Jucá (PMDB-RR), durante discurso na tribuna do Senado - Ailton de Freitas / Agência O Globo

O Globo - Maria Lima

Em um longo discurso nesta segunda-feira na tribuna do Senado, o presidente do PMDB e líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR), explicou os motivos que o levaram a apresentar - e posteriormente retirar - a PEC que iria impedir o julgamento dos presidentes dos Poderes que estão na linha sucessória da Presidência da República. O alvo de Jucá foi principalmente a imprensa, que chamou de nova “vivandeiras e carpideiras”, que parte para o “estraçalhamento” e não dá a chance de ninguém se defender.

Mais uma vez o líder governista negou que sua intenção fosse blindar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ou atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Jucá acusou jornalistas de terem pressionado senadores a retirar suas assinaturas da PEC e avisou que não haverá “patrulhamento” que o faça mudar seu modo de agir em defesa do Legislativo.

Ele disse que, em Roraima, Jucá é o nome de uma árvore que não se verga e não quebra.

— Eu não sou réu. Sou investigado. Vou continuar agindo como sempre agi. Não vou me acovardar, vou fazer o enfrentamento que achar que tenho que fazer. Medo é uma palavra que não conheço. Se pensam que vão me atemorizar, não percam seu tempo — discursou, completando:

— Eu não vou morrer de véspera, eu não me entrego, sei o que fiz, o que defendo e o que vou fazer.

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