Urgente : Apenas 4% das fronteiras do Brasil são monitoradas
Enviado por alexandre em 29/01/2017 18:34:24


A extensão continental das fronteiras brasileiras coloca a tecnologia como elemento fundamental para aumentar o controle do fluxo de drogas e armas. São 16.866 quilômetros no total de fronteira terrestre, cinco vezes e meia a linha que divide Estados Unidos e México, de pouco mais de três mil quilômetros.

No entanto, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto iniciado ainda em 2012 como grande aposta para enfrentar o desafio, só cobre 660 quilômetros — cerca de 4% das fronteiras nacionais.

A cobertura pífia se dá na forma de projeto piloto, que vem sendo implantado a partir de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Projetado pelo Exército para integrar radares, sensores, satélites e outros instrumentos de monitoramento e transmissão de dados, o Sisfron consumiu R$ 1 bilhão desde o início do projeto. Em 2014, o investimento chegou no auge de R$ 256 milhões anuais, caindo desde então. Ano passado, foi de R$ 182 milhões.

O governo atual responsabiliza o contingenciamento de recursos nos últimos anos e a crise financeira pelo atraso, e promete aplicar R$ 470 milhões no projeto este ano. Enquanto a expansão do sistema anda a passos lentos, cresce o clamor por mais homens nas fronteiras, sobretudo após a crise no sistema penitenciário com massacres recentes promovidos por facções ligadas ao tráfico de drogas.

Para o general Fernando Azevedo e Silva, chefe do Estado-maior do Exército, as condições das fronteiras brasileiras implicam necessariamente em ampliação da tecnologia:

— Não adianta botar homem na faixa de fronteira inteira. A tecnologia avança a cada dia. Tem que ter sensores, analisar o que os satélites pegam e selecionar isso para definir uma ação. Isso está sendo feito, mas depende um pouco do esforço do país na parte orçamentária.

A faixa de 150 quilômetros para dentro, a partir da linha divisória terrestre do território nacional, é considerada área de fronteira. Nesse espaço, militares têm poder de polícia, podendo revistar pessoas e veículos, fazer prisões em flagrante e patrulhar. Por esse conceito, toda a faixa de fronteira do Comando Militar Amazônico soma 800 mil quilômetros quadrados.

Uma das dificuldades para a expansão do Sisfron é a natureza diversa da geografia brasileira. Para levar o projeto para os quase nove mil quilômetros de fronteiras amazônicas, por exemplo, equipamentos terão de sofrer adaptações. Determinados instrumentos e a forma como são empregados hoje no Mato Grosso do Sul terão que ser modificados para uso no ambiente de selva.

Há peculiaridades na região amazônica, hoje foco de uma intensa preocupação após massacres em presídios da região Norte relacionados a uma disputa de grupos pela rota local das drogas, segundo autoridades. O comandante militar da Amazônia, general Geraldo Antonio Miotto, ressalta que, apesar dos nove mil homens do Exército na faixa de fronteira sob sua supervisão, os rios da região que separam o Brasil e países vizinhos são extensos e vascularizados.

— Muitos rios entram nas nossas cidades. Vão até Manaus. Isso dificulta muito a fiscalização. Mas estamos fazendo a nossa parte — pontua o coronel Miotto.

O Ministério da Defesa diz que não é possível estimar a conclusão da implantação do Sisfron “em decorrência da incerteza orçamentária”. A pasta explicou que após a implementação completa do projeto piloto, o programa será reavaliado para que possa ser traçado um cronograma.

Pressionado pela crise no sistema penitenciário e com o Sisfron de alcance ainda limitado, o governo federal discute formar uma espécie de polícia especial para a área — própria ou com agentes destacados de órgãos existentes. Mas a proposta enfrenta sérias resistências na cúpula federal ligada à área da Segurança. Não só pela falta de efetivo disponível ou de dinheiro para a empreitada. Do ponto de vista técnico, a estratégia é apontada como uma mera resposta à opinião pública.

Na Polícia Federal, o entendimento é que o quadro de pessoal é pequeno para destacar mais homens para a fronteira além do efetivo atual. E que a estratégia mais acertada, nas atuais condições, seria investir na área de inteligência para sufocar financeiramente as organizações ligadas ao tráfico de drogas e de armas, sem descartar a repressão ostensiva e a vigilância das fronteiras.

Até mesmo nas Forças Armadas, que desempenham um papel importante de vigilância física dos limites do território brasileiro e atendimento social de populações isoladas, há reticências quanto à ideia de reforço do efetivo. O ministro Raul Jungmann não descarta a possibilidade, mas é cuidadoso ao lembrar que uma empreitada nesse sentido depende prioritariamente de viabilidade financeira.

— Quando recebermos essa determinação do presidente Michel Temer e, obviamente, os recursos necessários, as Forças Armadas estão prontas para aumentar o seu efetivo na Amazônia — afirmou Jungmann.

A ideia de mais homens na fronteira vem sendo defendida principalmente pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Para driblar a falta de efetivo e recursos, devido à crise econômica, a pasta começou a recrutar policiais e militares aposentados há menos de cinco anos para integrar a Força Nacional, que é formada por servidores estaduais da ativa. A permissão para selecionar inativos foi garantida por meio de medida provisória.

O Globo

Regionais : Queima de empregos destrói vidas
Enviado por alexandre em 28/01/2017 20:40:14

Queima de empregos destrói vidas


André Singer - Folha de S.Paulo

Aos poucos, e se a sorte ajudar, nos aproximamos do ironicamente tão esperado fundo do poço. Dados do Ministério do Trabalho indicam uma sutil desaceleração da taxa de desemprego —que, no entanto, continua a subir— e a maioria dos analistas econômicos acredita que por volta de abril ou maio as demissões cessem. Daí para frente haveria uma (bem) lenta recuperação de vagas.

Em consequência, pode-se divisar, entre a fumaça e os escombros da batalha, o tamanho do estrago causado pelo ajuste austericida, começado por Dilma Rousseff e continuado pelo seu vice e sucessor, Michel Temer. Como se esperava, um dos setores mais atingidos pela artilharia recessiva foi o mercado formal de trabalho. Quase 3 milhões de empregos com carteira assinada foram queimados entre 2015 e 2016.

Significa dizer que cerca de 12 milhões de brasileiros, considerando-se que ao redor de cada demitido há uma família média de quatro pessoas, caíram na zona do desespero. Com o seguro-desemprego restringido, e sem a perspectiva de recuperar um salário fixo no curto ou médio prazo, aparece o palpável fantasma de ficar sem nenhuma renda para comer, vestir e morar. Em tais condições, faz-se qualquer coisa para sobreviver.

Uma das saídas é o trabalho doméstico, cujo crescimento foi detectado pelo IBGE. As diaristas, que tinham minguado no período do lulismo pleno, isto é, até o final de 2014, voltaram a aparecer. Os jardineiros, que haviam se tornado escassos, retornaram.

O vínculo doméstico é sintomático, pois as jovens trabalhadoras preferem empregar-se no setor de serviços, muitas vezes para ganhar o mesmo, mas onde tem mais perspectivas de evolução. Acabam por aceitar condições precárias, como jornadas hiperestendidas e alta rotatividade, por exemplo, em supermercados, antes de ceder à labuta residencial.

No entanto, o comércio fechou cerca de 200 mil vagas só no ano passado, obrigando as moças a optar pelos caminhos antigos. Convém lembrar que parte delas, graças ao Prouni e ao Fies, chegaram à universidade no período anterior. Não deve ser raro, em decorrência, encontrar diaristas universitárias por aí.

Quando a última porta se fecha, pois a crise atinge também a classe média, restam alternativas que afetam o indivíduo de maneira profunda, como a prostituição ou a criminalidade. São conhecidas as reportagens que dão conta do aumento do número de garotas de programa em função do desemprego. Quanto à violência, é difícil medir, pois virou endêmica no Brasil. Quantas vidas foram e ainda serão desperdiçadas nesse moinho destrutivo e desumano?

A falta que faz




Ricardo Boechat - IstoÉ

A volta de doenças típicas de países subdesenvolvidos, como a febre amarela, assassinatos em série nos presídios, desemprego em alta decorrente de uma crise econômica longe do fim, estados falidos e o antagonismo crescente entre classes no Brasil. Em meio a muitas notícias ruins nesse início de 2017, surge algo positivo. Foram consolidados os dados sobre os transplantes no País. No ano passado, alcançamos a marca de 14,6 doadores por milhão de habitantes (pmp), melhor que a observada em 2015: 14,1.

O nosso País se destaca nesse campo no contexto mundial. Para ser preciso, de 2000 a 2016 foram 403 mil 368 cirurgias para implantação de órgãos e tecidos. Os números notáveis falam por si. Em 16 anos foram 156.316 transplantes de córneas, 150.801 de ossos, 71.329 de rim, 20.329 de fígado, 3.534 de coração, 2.688 de pâncreas, 913 de pulmão, 146 de pele (a partir de 2010) e nove de intestino. As informações são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

Ainda existe espaço para crescimento e tudo está sendo feito para envolver mais estados na rede, além das crescentes ações para aproximar a população do tema.

Cerca de 95% dos procedimentos são realizados pelo SUS. E aqui reside um ponto importante: apesar da crise vivida pelo País, as autoridades têm que se empenhar ao máximo para não deixar faltar remédios na rede pública. Um transplantado precisará deles a vida inteira. Em alguns casos, como os envolvendo a implantação de um coração, pulmão e fígado, a paralisação significa morte certa em pouco tempo. Se a pessoa que recebeu um rim não tomar medicamentos, em cerca de 15 dias perde o órgão e volta à hemodiálise.

O SUS aplicou muitos recursos nesse quase meio milhão de transplantes. Que os investimentos prossigam, favorecendo quem se beneficiou com as cirurgias ou os milhares ainda inscritos no Registro Brasileiro de Transplantes, aguardando a hora de ir para salas de cirurgia e, depois, experimentarem outra qualidade de vida.

Política : BRASIL EM CHAMAS
Enviado por alexandre em 28/01/2017 20:34:51


Gasolina na fogueira: Cármen vai homologar 77 delações

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, deve homologar as delações dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht entre esta segunda-feira, 30, e terça-feira, 31, depois que foram encerradas as audiências com os empresários, último passo antes da homologação.

Reportagem deste sábado, 28, do Estado de S. Paulo mostra que integrantes do STF e da Procuradoria-Geral da República avaliam que a autorização dada por Cármen Lúcia para que a equipe do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato que morreu em acidente aereo, continuasse a trabalhar mesmo após a morte do ministro já foi um forte indicativo de que a presidente do STF pretende ser breve na homologação.

A presidente do STF quis garantir que não haja atrasos no processo da Lava Jato, sinalizar à opinião pública que não há qualquer mudança no ritmo e na disposição do tribunal quanto às investigações e, enfim, tirar a pressão para a escolha do novo relator a toque de caixa.

As delações da Odebrecht têm potencial para não deixar pedra sobre pedra no mundo político. Um dos principais atingidos será Michel Temer, que foi citado pelo ex-executivo Claudio Melo Filho ao ter pedido e recebido propina no valor de R$ 10 milhões. Aos investigadores da Lava Jato, Melo Filho apresentou um email de Marcelo Odebrecht (MO) para comprovar que os R$ 10 milhões pedidos por Michel Temer à empreiteira no Jaburu foram propina. Na mensagem, Marcelo diz ter feito o pagamento a MT (Michel Temer) depois de "muito choro" (leia mais).

Como presidente da Corte, Cármen Lúcia é plantonista no recesso do Judiciário, que termina na quarta-feira, 1.º. Nessa condição, a ministra é responsável pelas medidas urgentes no tribunal durante o recesso e, por isso, tem legitimidade para tomar a decisão sozinha. Essa prerrogativa foi reforçada pelo pedido de urgência protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Somente após essa etapa, o Ministério Público Federal pode usar o material para iniciar investigações formais contra autoridades e políticos com foro citados pelos delatores. (Do BR 247)

Odebrecht recebe pedido de propina na Transpetro


Fiscal da empresa pediu 300 000 reais à empreiteira para não dar multa de 2 milhões

Veja – Radar – On –Line – Maurício Lima



É assustador pensar que, mesmo depois do que aconteceu com a Odebrecht e do destino de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, velhos hábitos continuem a se repetir. Pois ainda se repetem.

Em dezembro, a Odebrecht registrou na ouvidoria da da estatal uma denúncia de tentativa de extorsão. Um fiscal da empresa pediu 300 000 reais para não aplicar uma multa de 2 milhões de reais. Seguindo as novas normas de compliance, a empreiteira não pagou. O caso também está na Justiça. Será que tem gente que ainda não aprendeu a lição?

Delação da Odebrecht pega quase todo o governo Temer




As acusações do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho contra três ministros – Eliseu Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima, já demitido – são “modestas”, comparadas às revelações dos demais 76 executivos da empreiteira. Fonte ligada às investigações se espantou: “quase todo governo” está enrolado. Isso não inclui o presidente, que só pode responder por crime cometidos em sua própria administração. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

As delações não se relacionam ao atual governo, e sim ao pagamento de propinas por obras obtidas, disfarçadas de doações eleitorais.

Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Governo), históricos do PMDB, caíram após as denúncias.

Nos primeiros meses de governo, acusações graves derrubaram seis ministros. O mais recente foi Geddel Vieira Lima, ligado ao presidente.

Michel Temer já afirmou que as delações contra seus ministros são apenas “alegações”, mas, uma vez “consolidadas”, ele promete agir. (Blog Diario do Poder)

Não há mais como frear delações da Odebrecht

Josias de Souza

Com a confirmação dos termos do depoimento de Marcelo Odebrecht, reinquirido em Curitiba, as atenções se voltam para a ministra Cármen Lúcia. A plateia fica na expectativa para saber se a presidente do Supremo Tribunal Federal vai homologar, ela própria, esse acordo de colaboração do ex-presidente e herdeiro da Odebrecht e também os outros 76 acordos de executivos da empreiteira.

Se quiser, a ministra pode se escorar num pedido de urgência do procurador-geral da República Rodrigo Janot e liberar os acordos até terça-feira, quando termina o recesso do Judiciário. Se preferir, Cármen Lúcia pode transferir a batata quente para o próximo relator da Lava Jato, a ser escolhido na semana que vem.

A essa altura não há mais espaço para deixar de homologar as delações da Odebrecht. O que se discute é se isso vai ser feito imediatamente ou em fevereiro. O substituto de Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato será escolhido por sorteio. Seja quem for, não ousará brecar delações feitas espontaneamente, que se revelaram importantes para as investigações.

Os olhos estão voltados para o Supremo. Mas é na primeira instância que a homologação das delações é aguardada com mais ansiedade. A Lava Jato vai mudar de patamar. Como disse o procurador Deltan Dellagnol em entrevista, a operação vai dobrar de tamanho e dará à luz novos filhos ao redor do Brasil.

Houve espanto no Planalto com essa declaração. Em Brasília, há uma torcida para que a Lava Jato tenha um fim. Não acabará tão cedo. A amplitude das investigações causa um certo desespero. Mas o desespero pode ser útil. Antigamente, o brasileiro se perguntava: onde é que nós vamos parar. Hoje, autoridades e políticos é que se perguntam: quando vão nos deter?

Regionais : A segunda queda de Eike Batista
Enviado por alexandre em 28/01/2017 20:25:58

A segunda queda de Eike Batista


A saga de Eike Batista, o empreendedor que sonhou em ser o homem mais rico do mundo fazendo negócios escusos em parceria com o ex-governador Sérgio Cabral

ÉPOCA – Hudson Corrêa, Samantha Lima e Sérgio Garcia

Até quatro anos atrás, quando começou a desmoronar o império financeiro de Eike Batista, o empresário era visto como um caso raro de bilionário generoso no Brasil. Com aparente desprendimento, destinava parte de sua fortuna a causas ecológicas, hospitais e atrações culturais.

Assim, ganhou fama de benevolente e passou a receber uma avalanche de pedidos das mais diversas ordens.

Eike, mineiro de Governador Valadares, era particularmente mão-aberta em relação ao Rio de Janeiro, lugar que escolheu para morar. No total, desembolsou quase R$ 60 milhões na campanha para a cidade sediar a Olimpíada, no programa de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

A fama de empreendedor bem-sucedido de Eike já havia caído. Agora, o pedido de sua prisão, feito na quinta-feira, dia 26, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, fez com que caísse também a máscara de benfeitor desapegado.

Como mostra a Operação Eficiência, um dos desdobramentos da Lava Jato cuja etapa anterior levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral e alguns de seus colaboradores, por trás do altruísmo de Eike havia um pesado jogo de interesses e ilicitudes.

Ele adulava o Poder Executivo para obter vantagens – e vice-versa. Eike é um dos nove nomes cuja prisão preventiva foi determinada pelo juiz Bretas.

Sem diploma, Eike quer prisão segura para se entregar



Eike no aeroporto embarcando para Nova York

Folha de S.Paulo - Mario Cesar Carvalho

O empresário Eike Batista, cuja prisão foi decretada pela Justiça federal do Rio de Janeiro, está disposto a se entregar à Polícia Federal desde que não tenha que ir para uma prisão comum, no qual ele acha que correria risco de vida, segundo a Folha apurou.

Apesar de ser sido o empresário mais rico do Brasil em 2012, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, ele não tem curso superior e por isso não tem direito a ficar num presídio mais seguro, como o que se encontra o ex-governador Sergio Cabral (PMDB), em Bangu, na zona norte do Rio.

Eike viajou na última terça-feira (24) para os Estados Unidos, onde se encontra em local ignorado, usando um passaporte alemão –ele tem dupla nacionalidade. Os seus advogados negam que ele soubesse do decreto de prisão e tenha ido para os EUA para escapar da ordem do juiz federal Marcelo Bretas.

Eike foi o principal alvo da Operação Eficiência da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta (26) pela Polícia Federal. O empresário teve a prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de delação com procuradores da Operação Lava Jato no Rio e contaram que ele pagou US$ 16,5 milhões de propina a Sergio Cabral. Os doleiros são os irmãos Renato e Marcelo Hasson Chebar.

Regionais : Brasileiro desiste dos Estados Unidos
Enviado por alexandre em 28/01/2017 20:22:11

Brasileiro desiste dos Estados Unidos


Houve no ano passado queda de 25,6%, na comparação com 2015, no número de visitantes brasileiros aos Estados Unidos. Dados preliminares da embaixada norte-americana no Brasil revelam que 985,94 mil cidadãos foram para os Estados Unidos, em 2016, contra 1,32 milhão do ano anterior. Os dados estão no site National Travel & Tourism Office.

O presidente norte-americano, Donald Trump, é acusado de medidas protecionistas, que impedem a transferência de cidadãos para o País. Mas pasmem! Louco e com medidas esdrúxulas, especialmente contra os latinos, Trump não tem nenhuma relação com a queda no número de brasileiros que foram para os Estados Unidos.

Na Colômbia, 468,40 mil cidadãos deixaram o país rumo aos Estados Unidos. Ou seja, 2,9% a menos, na comparação com 2015. Até os venezuelanos, mergulhados em uma crise financeira, se transferiram mais para os Estados Unidos, em termos proporcionais: 304,29 mil. Queda de 2,5% em relação a 2015.

De acordo com a embaixada deles, o governo dos Estados Unidos está empenhado em facilitar viagens de negócios, turismo e intercâmbio educacional. “Um grande número de brasileiros e americanos viajam entre os dois países, fortalecendo os laços de amizade entre nós, resultando em grandes benefícios para ambos os países”, afirma.

O brasileiro priorizou o seu País no ano de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, responsável pelo desemprego de 12 milhões. A emigração para o vizinho de continente reduziu após o impeachment. Segundo eles, o Brasil continua entre os 10 principais países que enviam viajantes e turistas para lá.

Oremos, para Trump não cumprir suas medidas alucinógenas e para a economia brasileira sair buraco. O mundo ganha, o Brasil ganha.

Desejo oculto – No caminho da reeleição para presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) esconde desejo oculto: a candidatura à reeleição, em 2018, de Michel Temer. Primeiro na linha sucessória para presidente da República, Maia tornou-se fiel aliado do governo. Genro do ministro Moreira Franco, incentiva, na Câmara, aliados a abraçarem a bandeira da estabilidade do Brasil, que passaria por novo mandato para Temer. Maia acredita que a retomada do crescimento será o melhor cartão de visita, mas Temer nega que pretende disputar a eleição. Será?

Blitzkrieg – Renan Calheiros (PMDB-AL) tenta melindrar o correligionário Raimundo Lira (PMDB-PB). Ambos disputam a liderança da bancada peemedebista, em substituição a Eunício Oliveira (PMDB-CE), virtual presidente do Senado. Na segunda (30), Renan realiza reunião com os senadores do partido na residência oficial do Senado, usando a estrutura pública em benefício próprio. A ideia é pressionar Lira a desistir da disputa. Renan conta com a frágil liderança de Eunício, que apoia o paraibano, mas não consegue encarar Renan Calheiros.

Lado B – Faltando menos de uma semana para sair da presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) procura alternativa para manutenção de influência no mundo político. Caso assuma a liderança do partido, Renan traçou sua meta: fazer uma presidência do Senado paralela, indicando aliados para o Tribunal Regional Federal da 5 Região, com sede em Pernambuco, para relatorias de comissões, para a Mesa Diretora e para o Supremo Tribunal Federal (STF). Renan não pretende dar sossego a Eunício Oliveira.

Lista negra – Francisco de Assis Neto, ex-assessor do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, é o novo integrante da lista de foragidos da Interpol. Ele se junta ao empresário Eike Batista, que teve o nome inserido na lista de difusão na quinta-feira (26). Assis é apontado como operador de Cabral em esquema de ocultação de mais de R$ 340 milhões enviados ao exterior. O pedido de declaração de foragido é da Polícia Federal. Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) pediram a prisão de Assis e de outras nove pessoas, durante a Operação Eficiência, braço da Lava Jato.

Aliado nanico – Na corrida para a reeleição para presidente da Câmara, na eleição de 2 de fevereiro, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vem conquistando aliados assediados pelos adversários, os chamados partidos nanicos. Dono de 7 deputados federais, o PHS declarou apoio à candidatura de Rodrigo Maia. Os parlamentares entendem que Rodrigo Maia conduziu a Câmara com responsabilidade em um período crítico de instabilidade institucional e de acirramento de tensões. A decisão foi comunicada pelo líder da bancada, deputado Diego Garcia (PR).

CURTAS

Família grande – Maior bancada do Senado, o PMDB ganhará dois novos reforços. Elmano Férrer (PTB-PI) e Zeze Perrella (PTB-MG) se filiam ao partido na próxima semana. Elmano é conquista do líder peemedebista, Eunício Oliveira (CE). Perrella se filiará por causa do presidente do Senado, Renan Calheiros.

Passeio caro – O Senado Federal gastou, em 2016, R$ 684,71 mil com “passagens aéreas para missões oficiais fora do Brasil”. Quando em viagem oficial, o senador tem direito a passagens e diárias. As passagens podem ser emitidas pelo Senado ou compradas pelo próprio parlamentar para posterior ressarcimento.

Perguntar não ofende - Pode um morador de rua ser condenado à pena domiciliar?

Fúria de Trump: Temer quer país voltado para vizinhos


Blog do Kennedy

A avaliação do governo brasileiro é que as piores previsões estão se confirmando. Trump age na Presidência como se estivesse em campanha. E isso traz riscos e oportunidades para o Brasil.

O Itamaraty fez muito bem em divulgar uma nota criticando a eventual construção do muro. No ritmo atual, Trump poderá criar uma grande crise econômica no mundo, elevando o protecionismo comercial em todo o planeta, o que não seria bom para o Brasil.

Além dos riscos, há oportunidades. O Brasil pode melhorar sua relação comercial com o México, que teria de se voltar mais para a América Latina para compensar eventuais retaliações americanas. O Brasil já tem um grande acordo automotivo com o México.

O presidente Michel Temer pediu ao ministro das Relações Exteriores, José Serra, para aproximar mais o Brasil de países da América Latina, com foco na Comunidade Andina. Temer também já orientou o Itamaraty a aceitar convites de visita de Estado à Rússia e China. O Brasil poderia fortalecer ainda mais suas relações com esses dois países enquanto Trump se fecha para o mundo e busca com os russos apenas parceria militar para enfrentar o Estado Islâmico.

Por último, o Brasil poderia se alinhar aos países que defendem a civilização contra a bárbarie e criticar mais fortemente o governo americano. É assustador a defesa da volta de uma política oficial de interrogatório que use a tortura, como pregou Trump. Essa linha de ação tende a estimular uma escalada do terrorismo.

Trump manda fechar fronteiras a refugiados


Jornal do Brasil

O governo dos Estados Unidos divulgou detalhes sobre as duas ordens executivas assinadas nessa sexta-feira (27) pelo presidente Donald Trump, na primeira visita dele ao Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA. No momento da assinatura, foi divulgado apenas que as ordens destinavam-se a manter "terroristas islâmicos radicais" fora dos Estados Unidos. Agora, já se sabe que Trump mandou fechar as fronteiras do país para a entrada de refugiados por 120 dias e que não há prazo definido para o ingresso de refugiados que fogem do massacre na Síria. Neste caso, a entrada em território americano foi suspensa indefinidamente.

Trump também suspendeu a imigração de pessoas vindas de sete países com população predominantemente muçulmana. Os imigrantes cristãos estão fora desta proibição, se eles declararem que são perseguidos em nações muçulmanas, terão visto aprovado.

Antes da assinatura dos atos, Trump deu uma entrevista dizendo que os cristãos na Síria eram "terrivelmente tratados" e ressaltou que, em administrações anteriores, a regra era: "se você fosse um muçulmano você poderia entrar, mas se você fosse um cristão, era quase impossível".

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