Mais Notícias : Nem Aécio nem Geraldo
Enviado por alexandre em 28/12/2016 18:26:35

Nem Aécio nem Geraldo
Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

A historinha merece ser recontada. Agripino Grieco era e continua sendo o maior crítico literário da língua portuguesa. Durante vinte anos cortava o cabelo num mesmo barbeiro de seu bairro. O “fígaro” tinha pretensões e passou anos pedindo ao cliente para fazer a revisão dos originais de uma obra de sua autoria destinada a suplantar Machado de Assis. Grieco declinava sempre, mas no fim não teve mais desculpas quando o inédito autor pediu-lhe que ao menos sugerisse um título. Aceitou, mas para continuar não lendo o longo manuscrito, indagou:

“O seu romance tem trombones?” “Não” “E trombetas?” “Também não.” “Então aí está o título: Nem trombones nem trombetas...”

Pois é. O presidente Michel Temer continua e permanecerá indeciso até quase o final de seu mandato, sem candidato à própria sucessão. Desconversou quando, semana passada, manteve demoradas conversas, em separado, com Aécio Neves e com Geraldo Alckmin. Não se comprometeu com o senador ou com o governador. Vai uma sugestão. Quando perguntarem, afinal, qual o seu preferido, poderá sugerir a sua preferência: “Nem Aécio nem Geraldo”. Poderá acertar quem responder “José Serra”…

O atual ministro das Relações Exteriores trabalha para não ser ultrapassado pelos dois tucanos. Esboça uma equação capaz de ser costurada acima e além do PSDB, pois também fincada no PMDB, que por sinal não tem candidato. Os dois partidos, se unidos, formariam uma força considerável. Claro que dependendo de uma série de arranjos por enquanto apenas imaginados. Primeiro, que a retomada do crescimento econômico desse certo, coisa que necessitaria da colaboração de Henrique Meirelles, mas jamais a ponto de incluí-lo na lista dos presidenciáveis. Depois, 2017 precisaria ser um ano de conquistas na política externa, setor até agora afastado das preocupações do governo. Haveria, também, o fator Trump, por enquanto desconhecido.

Em suma, a concluir inicialmente está a realidade de que José Serra está no páreo e precisa cultivar o PMDB. Afinal, foi fundador do MDB...

Mais Notícias : Fumo mas não trago. Um amigo traz
Enviado por alexandre em 28/12/2016 18:25:44

Fumo mas não trago. Um amigo traz
Postado por Magno Martins

Carlos Brickmann

Diz um cruel humorista americano que, certa manhã, uma esfuziante Chelsea Clinton chegou à Casa Branca e contou à mãe que tinha conhecido naquela noite um rapaz maravilhoso, simpático, bonito, bem educado, uma paixão!, que lhe fez agradável companhia. A mãe, preocupada, perguntou: "Rolou sexo?" E a jovem, direta: "De acordo com o papai, não".

O ex-ministro Jaques Wagner (Governo Dilma) se aproximou de outra frase do ex-presidente Clinton: "eu fumei, mas não traguei". Wagner, acusado de receber da Odebrecht um caprichado pixuleco, um relógio Rolex de US$ 20 mil, confirmou o presentão, mas explicou: "Guardei e nunca usei, porque uso outro tipo de relógio. Mas, se o cara me deu de presente, vou fazer o quê?" Claro: talvez prefira um relógio de bolso ("cebolão"), da Patek Phillipe, o Henry Graves Super Complication, avaliado em US$ 11 milhões. Se alguém lhe der de presente, que mal faz?

Pois é: junte as duas frases de Clinton, a verdadeira e a falsa, com a brasileira, de Jaques Wagner, e terá uma pista do caminho legislativo a seguir para livrar boa parte dos envolvidos na Lava Jato. Representantes dos três Poderes montam uma tese jurídica para separar o caixa 2 destinado a financiar campanhas do dinheiro usado para, oh, horror! enriquecer políticos. O que sempre se usou e é culturalmente aceito continua legal.

O que não é culturalmente aceito, quem sabe um dia se acerta isso também.

Mais Notícias : Governo corre para fechar as contas de 2017
Enviado por alexandre em 28/12/2016 18:24:48

Governo corre para fechar as contas de 2017
Postado por Magno Martins

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

O governo está fechando o caixa do ano e quer começar 2017 com menos penduricalhos.

A observação de um analista em Brasília reflete a pressa do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, que faz seguidas reuniões para encontrar uma saída para o programa de consolidação fiscal, que esbarra no projeto do Regime de Recuperação Fiscal e de renegociação de dívidas dos Estados.

O problema é quando a questão sai da área técnica e vai para a política.

O projeto aprovado no Congresso e que está nas mãos do presidente Michel Temer é muito criticado.

Mais Notícias : Um processo estranho
Enviado por alexandre em 28/12/2016 18:23:56

Um processo estranho
Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo

Na última semana do ano, a Polícia Federal apreendeu documentos em gráficas suspeitas de fraudes na campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer. É difícil que a operação dê grandes resultados, já que as empresas tiveram tempo para se livrar de provas. Mesmo assim, serve como lembrete de que ainda há, no Tribunal Superior Eleitoral, quem esteja interessado em julgar a chapa vitoriosa em 2014.

Embora haja um clima de acordão no ar, o relator Herman Benjamin parece estar fora dele. O ministro tem demonstrado independência e sinaliza estar disposto a levar a investigação até as últimas consequências.

Ao autorizar as buscas, ele anotou que o TSE vê "indícios de fraude na destinação final dos recursos eleitorais". O ministro citou a "aparente ausência de capacidade operativa de subcontratadas" e o "recebimento de altos valores por pessoas físicas e jurídicas sem justa causa demonstrada". Em português claro, ele apontou suspeitas de que a campanha usou laranjas para lavar dinheiro.

Esses sinais já estão na praça há pelo menos um ano e meio. Em julho de 2015, a Folha mostrou que a chapa pagou R$ 6,15 milhões a uma gráfica sem nenhum funcionário registrado. Outros casos levantados pela Lava Jato sugerem que as empreiteiras do petrolão reinvestiram parte das verbas desviadas na campanha.

O processo no TSE tem sido marcado por estranhezas. O autor da ação é o PSDB, que se desinteressou pelo caso desde que Dilma foi afastada. O presidente do tribunal é o ministro Gilmar Mendes, que demonstra fina sintonia política com Temer.

O Planalto defende a tese esdrúxula da divisão da chapa, como se presidente e vice não tivessem sido eleitos pela mesma campanha. Por via das dúvidas, tentar esticar a ação até a metade de 2017, quando Temer terá trocado dois ministros da corte. Pelos planos do governo, tudo acabará em nada. No limite, o TSE se limitaria a determinar a "cassação" de quem já foi cassada pelo Congresso.

Mais Notícias : Burocracia trava repatriação a prefeitos
Enviado por alexandre em 28/12/2016 18:22:37

Burocracia trava repatriação a prefeitos
Postado por Magno Martins

Um enrosco burocrático deve fazer com que os prefeitos fiquem sem o dinheiro da repatriação este ano, conforme prometido por Michel Temer. Integrantes do governo já não veem muitas chances disso acontecer.

O Tesouro mantém a programação de transferir os recursos dia 30 de dezembro, como prevê a medida provisória. O problema é que, nesse dia, há feriado bancário. Integrantes do Banco do Brasil avaliam que, para dar tempo, o governo teria de depositar tudo nesta quarta (28).

A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) tentava no STF a antecipação do depósito. Na terça (27), o pedido de liminar foi negado.

Muitos prefeitos contavam com os recursos da repatriação para fechar as contas e agora temem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, afirma Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte e presidente da FNP. (As informações são de Natuza Nery, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta quarta.feira.)

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