Mais Notícias : Apressadinhos
Enviado por alexandre em 29/11/2016 10:10:08

Apressadinhos
Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

Costuma dar errado celebrar a vitória antes do apito final. Michel Temer, Renan Calheiros e Rodrigo Maia proclamaram domingo o pacto contra a anistia ao caixa dois e demais velhacarias quase aprovadas pela Câmara na semana anterior. Peito estufado e sorrisos a mais não poder, anunciaram que não haverá perdão para crimes eleitorais, na votação marcada para amanhã.

Seria bom que tivessem aguardado alguns dias antes das comemorações, porque continuam majoritárias as bancadas que a qualquer custo tentam escapar das punições por conta do conluio entre a Odebretch e a classe política. Está para ser divulgada a lista da empreiteira, com quase duzentos deputados envolvidos na tramoia. Eles tentaram e continuarão tentando incluir no projeto a ser votado hoje artifícios capazes de livrá-los da perda de mandatos e sucedâneos. Mesmo que afastada a torpe anistia, encontrarão meios igualmente pérfidos para sobreviver.

É bom os três presidentes tomarem cuidado. Contam com o apoio do Supremo Tribunal Federal mas necessitam aprovar uma série de projetos ligados à recuperação econômica. No mínimo, os deputados pró-anistia poderiam não comparecer às votações.

Base lamenta demora na demissão de Geddel
Postado por Magno Martins

A repercussão dos episódios que levaram à demissão dos ex-ministros da Cultura Marcelo Calero e da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima ainda repercute no Congresso Nacional. Após os esclarecimentos prestados ontem (28) pelo presidente Michel Temer a respeito de suas conversas com Calero, vários senadores usaram a tribuna para se manifestar sobre o tema.

Na base aliada, alguns parlamentares de linha mais independente como os senadores Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Lasier Martins (PDT-RS) lamentaram que Temer tenha demorado a resolver a crise gerada pelas acusações de Calero de que teria sido pressionado por Geddel para interferir junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artística Nacional (Iphan) para a liberação da obra de um prédio onde o ex-ministro da Secretaria de Governo tinha comprado um apartamento.

"Eu entendo também que o presidente Temer facilitou a crise. Se ele tivesse decidido, logo no primeiro momento, a questão Geddel - que não poderia permanecer depois do que aconteceu, depois da pressão que exerceu sobre o Ministro da Cultura, Geddel não poderia ter continuado", avaliou o senador Lasier.

Na mesma linha, Ana Amélia lembrou que "a política não aceita a demora". Para ela, no entanto, após o desfecho da situação na semana passada, com a demissão de Geddel e os esclarecimentos do presidente, é hora de apurar as responsabilidades e seguir em frente.

"Eu espero que com a solução tomada pelo presidente da República e com este afastamento, os esclarecimentos sejam feitos, as responsabilidades apuradas e os responsáveis sejam punidos com a devida responsabilidade da lei", disse a senadora.

O senador José Medeiros (PSD-MT) saiu em defesa do governo. Ele lembrou que "cada ministro que tenha cometido deslizes, o presidente Michel Temer tem afastado", e garantiu que o presidente não "passa a mão na cabeça" de seus ministros.

Serra e Freire representam Temer no funeral de Fidel
Postado por Magno Martins

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, e o ministro da Cultura, Roberto Freire foram os escalados pelo presidente Michel Temer para representá-lo no funeral do líder cubano Fidel Castro, que morreu nesse sábado, 26, aos 90 anos.

Segundo a Coluna do Estadão, os dois embarcam na madrugada desta terça-feira, 29, para Havana.

Fidel foi cremado no sábado, e o governo decretou um luto de nove dias. Suas cinzas serão levadas em um cortejo para um local de repouso definitivo em Santiago de Cuba, a cidade do leste cubano na qual ele deu início à revolução.

Mais Notícias : Risco maior para Temer e Padilha é investigação da PGR
Enviado por alexandre em 29/11/2016 10:08:27

Risco maior para Temer e Padilha é investigação da PGR
Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

O governo Temer se enfraqueceu perante a opinião pública, mas ainda possui uma sólida base de apoio no Congresso. Dificilmente prosperarão pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer.

O risco maior para Temer e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) é a possibilidade de uma investigação da Procuradoria Geral da República a partir das gravações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. O ex-ministro gravou Temer, Padilha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Um auxiliar de Padilha também foi gravado. A depender dos diálogos, o governo ainda sangrará muito.

Para enfrentar a crise, o caminho para o governo é priorizar a agenda econômica, com foco na PEC do Teto, que deve ser aprovada em primeiro turno amanhã no Senado, e na reforma da Previdência. O placar da votação da PEC do Teto será importante para medir o poder de Temer no Congresso. Será um teste após o episódio Geddel.

O governo perdeu o rumo e se enfraqueceu ao tratar da anistia ampla ao caixa 2 e do lobby de Geddel. Para superar a crise, tem de aprovar a PEC do teto e começar a lutar pela reforma da Previdência. Temer chegou ao poder para dar respostas à crise econômica. Perder esse mandato de vista e flertar com crise política é o caminho da perdição.

Mais Notícias : A boia do xadrez
Enviado por alexandre em 29/11/2016 10:07:43

A boia do xadrez
Postado por Magno Martins

Hélio Schwartsman - Folha de S.Paulo

A esperança de Michel Temer era que a melhora das expectativas após o impeachment de Dilma lhe desse fôlego para atravessar os primeiros meses. Ele conseguiria ainda algum oxigênio extra com a aprovação das reformas, e isso deveria bastar até que a economia começasse a reagir positivamente. É da recuperação que seu governo extrairia a legitimidade que não conquistou nas urnas. Se a Lava Jato não acertasse em cheio o núcleo duro de sua administração, Temer poderia sonhar até com reeleição. Bem, não está dando certo...

É verdade que a saída de Dilma melhorou as expectativas, mas as reformas vêm num ritmo muito mais lento do que o necessário. E, nesse meio tempo, o cenário econômico mudou para pior. Ainda não apareceram sinais inequívocos de recuperação, e os analistas já reveem para baixo as previsões para 2017. A eleição de Trump adiciona mais algumas incertezas que não ajudam o Brasil.

É na política, contudo, que a deterioração foi mais rápida. O Congresso está acuado pela Lava Jato, e parlamentares já partem para o salve-se quem puder. As movimentações em torno da suposta anistia ao caixa dois são o melhor exemplo disso. Mas, como a opinião pública deixou claro que não vai aceitar passivamente que tudo termine em pizza, o governo não poderá contar com um acordão para acalmar a base aliada e facilitar a aprovação das reformas. E, se houver a percepção de que elas não virão, as expectativas irão para o buraco, levando junto a economia.

A essa altura, nossa melhor esperança é a de que os parlamentares desvinculem a votação da agenda econômica de seus interesses pessoais. Em condições normais, isso não aconteceria. Mas, com exemplos como o do RJ, a gravidade da crise fiscal que nos ameaça está ficando difícil de ignorar. Se isso não bastar para comovê-los, deveriam lembrar que a comida da cadeia tende a ficar ainda pior se o Estado estiver falido.

Mais Notícias : Com Lula, Castro disse ser Odebrecht exemplo a Cuba
Enviado por alexandre em 29/11/2016 10:06:51

Com Lula, Castro disse ser Odebrecht exemplo a Cuba
Postado por Magno Martins



Lula e Raúl Castro em viagem do ex-presidente a Cuba em 2013

Folha de S.Paulo – Wálter Nunes e Felipe Bachtold

O ano era 2011. Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de executivos da empreiteira Odebrecht, o ditador cubano Raúl Castro não poupava elogios ao trabalho da construtora brasileira.

Lula e o empreiteiro Marcelo Odebrecht, hoje preso em Curitiba e em fase final de delação premiada, viajavam ao país caribenho para visitar as obras do porto de Mariel, tocadas pela empreiteira com financiamento do BNDES.

Após exaltar o cumprimento do cronograma das obras, Raúl criticou a precariedade da direção das estatais de seu país. Os cubanos, disse o líder comunista aos dirigentes de uma das principais empresas do capitalismo brasileiro, "têm de aprender com vocês [da Odebrecht]".

O relato da visita e das conversas constam de um documento sigiloso do Itamaraty obtido pela Folha.

Lula visitou Mariel meses após deixar a Presidência –anos depois a obra do porto viraria tema da campanha eleitoral brasileira, em 2014, e alvo de investigações e da CPI do BNDES.

Dois dos participantes da visita estão presos por causa da Operação Lava Jato: além de Marcelo Odebrecht, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, sem cargo público desde 2005, também acompanhava a viagem de Lula.

Segundo o despacho da Embaixada do Brasil em Cuba, na ocasião Raúl foi informado sobre a liberação de uma nova parcela do financiamento do BNDES para o projeto, de US$ 150 milhões.

O banco financiou US$ 682 milhões do projeto, inaugurado em 2014.

Dias antes do périplo, uma troca de e-mails de executivos da Odebrecht mostra um deles sugerindo entregar um "presente" a Raúl, porque seria aniversário dele. "Podemos entregar durante a visita as obras ou depois fazer chegar a ele a nome de MO [Marcelo Odebrecht]", diz a mensagem, interceptada pela Lava Jato.

O mesmo e-mail sugere entregar "presentes menores" a dois dirigentes cubanos e ao embaixador brasileiro.

TABU

Mais Notícias : Empresa omite contrato com Geddel em edifício
Enviado por alexandre em 29/11/2016 10:05:57

Empresa omite contrato com Geddel em edifício
Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo - Joao Pedro Pitombo

A empresa responsável pelo residencial La Vue, em Salvador, não incluiu o contrato de promessa de compra em venda do apartamento 2301, adquirido pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, em sua defesa junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Em recurso apresentado em 24 de maio de 2016 ao Iphan, a Porto Ladeira da Barra Empreendimento anexou os contratos de promessa de compra e venda de dez apartamentos no edifício. O objetivo era demonstrar que a paralisação da obra prejudicaria os futuros moradores. No período em que o recurso foi apresentado, Geddel já havia assinado uma promessa de compra e venda para garantir a unidade.

Os contratos anexados na defesa junto ao Iphan, todos "instrumentos de promessa de compra e venda de fração ideal do edifício", cada qual com seu respectivo apartamento, foram assinados entre dezembro de 2014 e outubro de 2015.

A Folha revelou que parentes do ministro atuavam na defesa do empreendimento. A relação dos contratos dos futuros moradores do La Vue consta no recurso que contesta a decisão do Iphan de maio deste ano, ainda na gestão de Dilma Rousseff (PT), que optou por suspender o parecer que autorizou a obra.

Na defesa, os advogados do empreendimento alegaram que a decisão do Iphan ia de encontro ao direito adquirido dos futuros moradores. Ao argumentar pela continuidade da obra, a defesa também afirma que o empreendimento está sendo feito no regime de "construção por administração", no qual são os compradores que bancam o custo integral da obra.

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