Mais Notícias : Lava Jato busca concluir denúncia contra Lula
Enviado por alexandre em 14/09/2016 08:52:58

Lava Jato busca concluir denúncia contra Lula
Postado por Magno Martins

A força-tarefa da Operação Lava Jato tem buscado concluir nos últimos dias pelo menos uma denúncia criminal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os trabalhos entraram pela noite desta terça-feira (13). A Folha apurou que a acusação mais adiantada refere-se ao tríplex em Guarujá que foi reservado à família do ex-presidente e foi reformado pela empreiteira OAS, mas acabou recusado pelo petista após a imprensa tratar do imóvel. Outra investigação diz respeito a obras no sítio em Atibaia frequentado pela família de Lula. Para a força-tarefa, as reformas nos imóveis configuraram vantagens indevidas ao petista, recebidas de empresas envolvidas no petrolão.

O Ministério Público Federal convocou entrevista coletiva para a tarde desta quarta (14) e ao menos uma denúncia contra Lula pode ser anunciada na ocasião. As investigações relativas a Lula entraram na reta final no mês passado, após a colheita de novos depoimentos, como do ex-senador petista Delcídio do Amaral e do ex-deputado federal do PP Pedro Corrêa.

Para a força-tarefa, as apurações e oitivas corroboraram suspeitas de que o ex-presidente era o proprietário de fato do sítio no interior paulista – o que Lula nega. Um laudo da Polícia Federal já apontou indícios de que Lula e sua mulher, Marisa Letícia, orientaram reformas feitas no sítio.

Parte das obras, conforme revelou a Folha, teve participação da empreiteira Odebrecht. As obras no sítio custaram ao todo R$ 1,2 milhão, de acordo com a avaliação da PF, que também identificou objetos de uso pessoal de Lula e Marisa na propriedade.

Antes, o petista já havia sido indiciado pela Polícia Federal no caso do tríplex, no fim de agosto, sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A investigação apontou que o tríplex, reformado pela OAS, estaria reservado à mulher de Lula, e que as melhorias foram feitas para beneficiar a família do petista. Na ocasião, também foram indiciados Marisa, os executivos da OAS Leo Pinheiro e Paulo Gordilho, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Parte deles deve estar entre os denunciados.

Lula ainda é réu na Justiça Federal em Brasília sob acusação de tentar obstruir a Lava Jato e é alvo de outro inquérito, que apura se as palestras dadas por ele após deixar o governo foram pagas com dinheiro oriundo do esquema da Petrobras. O ex-presidente tem afirmado que nunca cometeu qualquer ato ilegal e que é perseguido politicamente pela Lava Jato. (Folha de S.Paulo – Estelita Has Carazzai e Flávio Ferreira)

Mais Notícias : Ameaças do subterrâneo
Enviado por alexandre em 14/09/2016 08:50:50

Ameaças do subterrâneo
Postado por Magno Martins



Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Sentindo-se abandonado pelo grupo que ajudou a alçar ao poder, Eduardo Cunha caiu atirando. Na primeira entrevista após a cassação, ele ameaçou abrir fogo contra o governo de Michel Temer e atacou o deputado Rodrigo Maia, que o substituiu no comando da Câmara.

O correntista suíço começou a dar recados na madrugada desta terça (13), antes mesmo de deixar o Congresso. Assim que saiu do plenário, ele reuniu jornalistas e avisou que pretende lançar um livro com revelações sobre a engenharia da derrubada do governo Dilma Rousseff.

"Vou contar tudo o que aconteceu no impeachment, com todos os personagens que participaram de diálogos comigo. Esses serão tornados públicos em toda a sua integralidade. Todos, todos, todos. Todo mundo que conversou comigo", prometeu o agora ex-deputado. Questionado se havia gravado as conversas, ele respondeu com um sorriso irônico: "Tenho boa memória".

Magoado, o peemedebista culpou o Planalto por sua desgraça. Seu primeiro alvo foi o ex-ministro Moreira Franco, a quem batizou de "eminência parda" por trás de Temer.

Poucas horas depois, ele voltou a mira contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. "Espero que os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos no STF, incluindo [o delator] Sérgio Machado, não se transformem em tempestade", provocou.

As ameaças do ex-presidente da Câmara viraram o principal assunto em Brasília depois da sua cassação. Ninguém sabe ao certo o que ele está disposto a contar e, principalmente, se o governo Temer seria capaz de resistir a uma possível delação.

Desde os tempos da Telerj, no governo Collor, Cunha cultiva a reputação de fabricar dossiês contra adversários. A diferença é que ele não pode mais usá-los para acumular poder ou ampliar os negócios. Agora as informações do subterrâneo da política se tornaram a sua última arma para tentar escapar da cadeia.

Mais Notícias : Escritório da mulher de Toffoli recebeu da Lava Jato
Enviado por alexandre em 14/09/2016 08:49:48

Escritório da mulher de Toffoli recebeu da Lava Jato
Postado por Magno Martins

Um consórcio das empresas Queiroz Galvão e Iesa, suspeito de repassar propinas em contrato de mais de R$ 1 bilhão sem licitação com a Petrobras, fez pagamentos em 2008 e 2011 no total de R$ 300 mil ao escritório Rangel Advocacia, que teve o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli como sócio até 2007. Desde então, o escritório tem como dona a mulher do ministro, a advogada Roberta Rangel.

O contrato do consórcio com a Petrobras é um dos investigados na última fase da Operação Lava Jato, a 33ª, intitulada "Resta Um", e foi executado entre 2007 e 2011. Em depoimento de delação premiada, o ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco disse que recebeu suborno ligado a esse contrato.

Segundo planilha apresentada por Barusco, o contrato resultou em propina de 2% sobre seu valor inicial, de R$ 627 milhões. O suborno teria sido dividido entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (1%), o PT (0,5%) e integrantes da diretoria de Serviços da Petrobras (0,5%).

Além disso, a Andrade Gutierrez, também acusada no petrolão, pagou R$ 50 mil à Rangel Advocacia em 2006, quando Toffoli ainda pertencia à banca. Os pagamentos ao escritório não são alvo de investigação pela Lava Jato, mas poderão expor Toffoli a acusações de conflito de interesses caso tenha de tomar decisões sobre o consórcio.

A Folha indagou ao ministro se a relação entre as empresas e a banca advocatícia poderia levar ao afastamento dele de processos na Operação Lava Jato. Toffoli afirmou que os casos não se enquadram nas hipóteses legais em que um magistrado deve deixar de atuar em processos por impedimento legal ou nos quais possa ter interesses pessoais.

Em março de 2015, Toffoli pediu para ser transferido para a 2ª Turma do STF, colegiado que vai julgar a maioria dos casos da Lava Jato. No mês seguinte, ele participou do julgamento que libertou executivos de empreiteiras e converteu a detenção deles em prisão domiciliar com tornozeleiras. Entre os beneficiados estava Ricardo Pessoa, da construtora UTC.

Junto com os ministros Gilmar Mendes e Teori Zavascki, Toffoli votou pelo fim do regime fechado. Essa decisão ainda não beneficiou diretamente executivos da Queiroz Galvão, Iesa e Andrade Gutierrez, mas pode servir como precedente em casos futuros. (Folha de S.Paulo – Flávio Ferreira e Bela Megale)

Mais Notícias : Pra Já: livro-bomba de Cunha pronto dia 15 de novembro
Enviado por alexandre em 14/09/2016 08:48:46

Pra Já: livro-bomba de Cunha pronto dia 15 de novembro
Postado por Magno Martins

Eduardo Cunha passou a madrugada trabalhando em seu primeiro livro. Escreveu roteiro, sinopse e ordem dos capítulos. O livro que contará todos os bastidores do impeachment constrangerá, em 300 páginas, antigos e novos adversários. Cunha é disputado por três editoras. Esteve com uma nesta terça (13) e se reunirá com outras duas na quinta (15). Obstinado, quer a obra nas prateleiras de Natal — o material irá para a gráfica em 15 de novembro, Proclamação da República. A informação é de Natuza Nery, na coluna Painel da Folha de S.Paulo desta quarta-feira.

Cunha – segundo a colunista --, não encerrará a carreira de escritor com o impeachment. Fará um segundo livro “mais picante”, promete a amigos, e fala em redigir um terceiro sobre o dia de sua cassação.

Na terça, ele se recusou a receber antigos aliados que votaram por sua cassação. Disse a alguns: “Quem votou contra mim não precisa me procurar”.

Um interlocutor comum de Cunha e Michel Temer questionou se o ex-deputado queria transmitir alguma mensagem ao presidente. Ouviu que a hora dos recados já havia passado, conclui Natuza.

Mais Notícias : Estragos do arquivo de Cunha já começaram
Enviado por alexandre em 14/09/2016 08:46:54

Estragos do arquivo de Cunha já começaram
Postado por Magno Martins

O arquivo de Cunha atingiria especialmente grandes empresas do país que teriam negociado com ele benefícios na Câmara dos Deputados e em setores do governo. E que teriam participado de encontros com a cúpula do PMDB, inclusive com Michel Temer. Um desses encontros até já veio a público, na Operação Lava Jato. Cunha organizou reunião entre a empreiteira Andrade Gutierrez e o então vice-presidente Temer. O tema: contribuição para campanha eleitoral do PMDB. Temer já disse que a ajuda financeira foi legal.

A prioridade de Cunha (PMDB-RJ) passa a ser agora livrar sua mulher, Claudia Cruz, da prisão.

Cunha estaria convencido de que o Ministério Público Federal dificilmente concordará em dar a ele os benefícios da delação premiada, como cumprir a pena fora da prisão. Mas poderia concordar em aliviar eventual condenação de Claudia Cruz caso ele decida abrir a boca e contar o que sabe aos procuradores.

Apesar de contrariado com o governo Temer, Cunha não pretende transformá-lo na bola da vez, segundo interlocutores. Pode bater no presidente, mas um de seus alvos principais passaria agora a ser também o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). (De Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

Publicidade Notícia