Mais Notícias : Renan: exibicionismo perigoso
Enviado por alexandre em 22/09/2016 09:10:58

Renan: exibicionismo perigoso
Postado por Magno Martins

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou o que chamou de “exibicionismo” da força-tarefa da “lava jato”. Investigado pelo Ministério Público Federal, Renan citou o caso do ex-presidente Lula, denunciado por causa do tríplex no Guarujá. Ele afirmou que esse tipo de comportamento acaba reforçando as pressões para a votação de projetos que tratem de punições e preservação de garantias. “A ‘lava jato’ é um avanço civilizatório, mas tem a responsabilidade de separar o joio do trigo, acabar com esse exibicionismo, fazer denúncias que sejam consistentes. E não fazer denúncias com mobilização política, porque, com isso, o país perde e as instituições perdem também”, disse o senador.

A Rede Sustentabilidade pede na Justiça Eleitoral a impugnação de alianças da legenda em 39 cidades que não seguiram diretrizes nacionais do partido. A Rede havia determinado, entre outras resoluções, que não fossem feitas coligações majoritárias com o PSC, de deputados como Jair Bolsonaro e Marco Feliciano.

Mais Notícias : A primeira pedra
Enviado por alexandre em 22/09/2016 09:10:03

A primeira pedra
Postado por Magno Martins

Carlos Chagas

A Caixa Dois existe desde que pela primeira vez tivemos eleições no Brasil. Dinheiro não contabilizado para ajudar na campanha dos candidatos circulou pelo país inteiro e ajudou todos que disputavam votos, provocando vitórias e derrotas. A última tentativa de criminalizar essas doações transcorreu na noite de segunda-feira, mas ia invertendo o sentido da proposta. Se o projeto punia os doadores irregulares, uma emenda acrescentada na surdina, sem indicação do autor, dava o dito pelo não dito, anistiando as multidões que haviam incorrido no crime em todas as eleições verificadas no país, inclusive as últimas. A atenção de alguns deputados cultores da ética foi despertada, gerando a maior confusão. Resultado: adiou-se a votação para a semana que vem.

Pela Lei Eleitoral vigente, a Caixa Dois pode gerar inelegibilidade ou perda de mandato, mas não vem sendo aplicada, porque esvaziaria o Congresso, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores, além dos governos federal, estaduais e municipais. Quem não se valeu da Caixa Dois, recebendo fortunas ou merrecas? Valeria atirar a primeira pedra...Convém aguardar o desdobramento, mas o mais o provável é o adiamento da votação.

SOBE A TEMPERATURA

Ficou quente o plenário do Tribunal Superior Eleitoral com a confissão do ex-presidente da Andrade Gutierrez de que a empresa repassou um milhão de reais para a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Às campanhas do PT, foram 30 milhões. Houve abuso de poder econômico? A palavra está com o ministro Gilmar Mendes. Tanta coisa estranha tem acontecido na política que não assustaria ninguém a anulação do resultado das eleições presidenciais de 2014...

Mais Notícias : Lula na mira da Justiça, PT prepara Wagner para 2018
Enviado por alexandre em 22/09/2016 09:08:20

Lula na mira da Justiça, PT prepara Wagner para 2018
Postado por Magno Martins

Leandro Mazzini - Coluna Alvorada

O Partido dos Trabalhadores começa a preparar o ex-governador da Bahia Jaques Wagner para ser lançado ao Planalto em 2018, diante da segunda denúncia contra Lula da Silva acolhida pela Justiça Federal, revelam grãos petistas.

Outrora plano B, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em evidência no 3º colégio eleitoral do País, está enrolado com a Justiça na Operação Acrônimo.

A cúpula do PT já espera a condenação do ex-presidente Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro até ano que vem, e em seguida a inevitável confirmação da sentença em segunda instância, o que tira de vez o Barba da corrida presidencial por causa da Lei Ficha Limpa.

Por sua vez, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, garantiu aos sindicatos de categorias dos funcionários ontem que a estatal não será privatizada, apesar do déficit no caixa.

O Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, e Guilherme Campos também evitaram nova greve dos carteiros e brecaram a série após sete anos de paralisações pontuais. O acordo com os sindicatos foi assinado com reajuste de 9%.

Mais Notícias : Renan e Toffolli: críticas necessárias à Lava Jato
Enviado por alexandre em 22/09/2016 09:07:18

Renan e Toffolli: críticas necessárias à Lava Jato
Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

É fato o incômodo da classe política com a Lava Jato. Muitos políticos, entre os quais Renan Calheiros, gostariam de enfraquecê-la. Aconteceu nesta segunda uma manobra fracassada na Câmara para tentar anistiar o caixa 2 praticado por parlamentares investigados.

Logo, é conveniente que haja sempre vigilância em relação a tentativas de abafar investigações de corrupção. Dito isso, o presidente do Senado tem razão nas críticas à Lava Jato. É bom que ele as expresse publicamente, ao contrário de ações sorrateiras como a que se tentou nesta segunda-feira à noite na Câmara.

Renan reconheceu que a Lava Jato é um “avanço civilizatório”, porque dá um combate rigoroso à corrupção, mas pediu a separação do “joio do trigo”. Apesar de ele responder a inquéritos no âmbito da Lava Jato, ele tem o direito de criticar o que considerou “exibicionismo” e “excessos”.

Na denúncia contra Lula, num grau maior do que já havia acontecido em outras entrevistas dos investigadores, foram ultrapassados limites. Pareceu um julgamento sumário contra o ex-presidente. A denúncia não trouxe a acusação do crime de liderar ou participar de organização criminosa, apesar de o procurador da República Deltan Dallagnol ter dito que Lula era o “comandante máximo” do esquema de corrupção na Petrobras.

A Lava Jato não é imune a críticas. Numa democracia, os políticos podem criticar e ser criticados, nós, jornalistas, podemos criticar e ser criticados, policiais, procuradores e juízes podem criticar e ser criticados. É bom que a Lava Jato esteja investigando poderosos e ricos num grau inédito no Brasil. Mas não podemos colocar essa investigação acima do Brasil, como se fosse uma entidade perfeita e sagrada. (Blog do Kennedy)

Se fosse assim, não precisaríamos ter eleições nem uma sociedade civil e instituições fortes. Bastaria entregar o país aos integrantes da Lava Jato. Acontece que a força-tarefa é formada por pessoas de carne e osso.

Renan pode até ter interesse direto no enfraquecimento da Lava Jato, mas as palavras dele são corajosas, porque é difícil remar contra a maré. Quem critica a Lava Jato é imediatamente acusado nas redes sociais, por exemplo, de defensor da corrupção.

A história do Brasil ensina que instituições que se fortalecem de forma exagerada, como os militares em 1964, podem produzir mal ao país. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, fez uma crítica nessa linha na semana passada. Foi outro que teve a coragem de tornar pública uma observação necessária.

Não é incompatível combater a corrupção preservando o Estado Democrático de Direito. Ter essa capacidade é que é sinal de avanço civilizatório.

Mais Notícias : Com meias verdades, Temer criou outro Brasil
Enviado por alexandre em 22/09/2016 09:05:37

Com meias verdades, Temer criou outro Brasil
Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Michel Temer assumiu o papel de caixeiro viajante em almoço com empresários em Nova York. Não poderia haver figurino mais adequado para o presidente de um país que caminha para o terceiro ano consecutivo de recessão. Mas Temer exagerou no otimismo ao dizer que há no Brasil “uma estabilidade política extraordinária”, com “segurança jurídica.” Muitos empresários brasileiros, depois de tomar conhecimento do que Temer disse nos Estados Unidos, gostariam muito de viver nesse Brasil que ele descreve com tanto entusiasmo, seja ele onde for.

Ao assumir a poltrona de Dilma, Temer se autoimpôs a prioridade arrumar as contas públicas, em completo desalinho. O Planalto remeteu ao Congresso a emenda constitucional que fixa o teto para os gastos federais, limitando sua evolução à inflação do ano anterior. No mais, o governo recauchutou o programa de concessões e privatizações que a ideologia de Dilma impediu de caminhar e acomodou nas manchetes duas promessas: a reforma da Previdência e a reforma trabalhista.

Hoje, nem o mandato de Temer pode ser considerado estável. Correm na Justiça Eleitoral os processos que, no limite, podem resultar na cassação da chapa Dilma-Temer. O governo molha a camisa para aprovar o teto de gastos até o fim do ano. E jura que não vai mais torcer o braço de investidores que quiserem participar do programa de concessões, como fazia Dilma. Quanto às reformas da Previdência e trabalhista, vão sendo empurradas para 2017.

Alguém já disse que a propaganda é a arte de contar mentiras completas a partir de meias verdades. Foi mais ou menos o que fez Michel Temer em Nova York.

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