Mais Notícias : Santa ingenuidade
Enviado por alexandre em 12/08/2016 08:55:52

Santa ingenuidade

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

Só quem perde poder vem a público dizer que não perdeu poder. Ministro da Fazenda não deve fazer isso.

Mas Henrique Meirelles caiu nessa armadilha ao justificar um recuo do governo nesta semana na negociação na Câmara a fim de aprovar o projeto que renegocia dívidas dos Estados com a União. O governo abriu mão da regra que congelava por dois anos reajustes salariais para servidores dos Estados.

Para piorar a imagem de Meirelles, a “Folha de S.Paulo” publicou nesta quinta uma reportagem que atribui a assessores de Temer a avaliação de que o ministro da Fazenda foi inábil e ampliou uma derrota pontual de modo desnecessário.

Levando em conta a quantidade de cobras na Esplanada dos Ministérios e no Congresso Nacional, Meirelles é inábil mesmo. Ele tem de tomar cuidado para não virar Joaquim Levy, um ministro da Fazenda dinamitado pelo Palácio do Planalto. Atirar no ministro da Fazenda também ajuda pouco numa hora em que ele precisa ser fortalecido.

O jogo econômico vai começar pra valer agora que ficou cristalino que o impeachment de Dilma será aprovado. Por mais que o governo queira dourar a pílula, houve um recuo para aprovar a renegociação generosa da União com os Estados. Diante do descalabro nas contas públicas, fazia sentido o congelamento de reajustes por dois anos. Esse recuo é um péssimo sinal. É indicativo de que haverá dificuldades para a equipe econômica entregar as promessas que andou fazendo nos últimos meses.

O atual Congresso é irresponsável do ponto de vista fiscal. Já deu provas disso nos últimos anos, boicotando o governo Dilma. O presidente interino, Michel Temer, é um político habilidoso e fez concessões para aprovar o projeto. No entanto, ele precisará medir o tamanho dessas concessões daqui em diante e ensinar Meirelles a ter mais jogo de cintura. No mínimo, o ministro da Fazenda não deveria ter passado recibo da derrota pontual que sofreu nesta semana na Câmara dos Deputados.

A sociedade precisa estar atenta. De um Congresso leniente com Eduardo Cunha e fiscalmente irresponsável, ela não deve esperar boas notícias.

Dívida: Fazenda recusa benefícios a Norte e Nordeste



A Fazenda se recusa a conceder benefícios adicionais ao Norte e ao Nordeste na proposta de renegociação da dívida dos Estados, mas admite dar incentivos fora do âmbito do projeto que tramita no Congresso. Para contornar a falta de caixa, o governo decidiu acelerar a autorização de empréstimos para Estados que não atingiram seus limites de endividamento. Norte e Nordeste reclamam que a renegociação de débitos contempla as regiões mais endividadas, como Sul e Sudeste.

Um ministro ironizou a exigência de tratamento igualitário para o Norte e o Nordeste: “Quer dizer que distribuímos remédio de graça e o sujeito, que não está doente, vem reclamar que ficará sem injeção?” (Painel - Foha de S.Paulo)

Mais Notícias : Nomeado por Sarney Filho: crime ambiental nas redes
Enviado por alexandre em 12/08/2016 08:54:36

Nomeado por Sarney Filho: crime ambiental nas redes

Postado por Magno Martins

O Estado de S.Paulo

Nomeado pelo ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) como superintendente do Ibama em Tocantins, Luciolo Cunha Gomes debochou do órgão nas redes sociais em 2013, quando relatou estar comendo um animal silvestre e com “medo” de ser flagrado.

No seu post, ele revela um crime ambiental cuja pena varia de 6 meses a um ano de prisão, além de multa: caçar e utilizar animais silvestres sem permissão das autoridades ambientais. Nos comentários da publicação, ele continua a fazer graça do Ibama ao dizer que “eles não sabem o endereço”.

“Se o Ministério do Meio Ambiente é para defender o Meio Ambiente, (…) a pergunta que não quer calar é: como pode ser nomeado um infrator das normas para Superintendente?”, questionou a Associação Nacional de Servidores do Ibama em sua página no Facebook.

Mais Notícias : O temor de que fritura de Meirelles prejudique Temer
Enviado por alexandre em 12/08/2016 08:53:05

O temor de que fritura de Meirelles prejudique Temer

Postado por Magno Martins

Parte da Esplanada considera perigosa a tentativa de fritura de Henrique Meirelles por emissários do Planalto, pois a eventual fragilização do ministro leva o próprio interino a reboque. A avaliação é de Natuza Nery, na coluna Painel da Folha de S.Paulo desta sexta-feira.

Há explicação para as críticas veladas ao chefe da equipe econômica, diz a colunista: palacianos querem Meirelles suficientemente forte para dar sustentação ao governo, mas não tão forte a ponto de parecer maior que o presidente da República.

Causou contrariedade no Planalto o recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) pedindo que a Justiça mantivesse o veto a protestos políticos na Olimpíada. Auxiliares de Temer avaliaram que a medida manteve o assunto na pauta — e trouxe desgaste desnecessário.

Mais Notícias : Medo de Cunha levou a adiamento da cassação
Enviado por alexandre em 12/08/2016 08:52:30

Medo de Cunha levou a adiamento da cassação

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Eduardo Cunha fez circular pelos porões de Brasília um aviso: não admite ser cassado. Admite menos ainda ser enviado para casa antes da deposição de Dilma Rousseff. Em privado, Cunha diz que Michel Temer e os partidos que apoiam o seu governo lhe devem gratidão por ter deflagrado o processo de impeachment. Ignorado, ameaçou reagir. E seu encontro com a guilhotina foi empurrado para 12 de setembro —uma segunda-feira, dia de quórum fraco.

Interrogado na última segunda-feira (8) por ordem do STF, o lobista Júlio Camargo, delator da Lava Jato, reafirmou que pagou propina de US$ 5 milhões a Eduardo Cunha em 2011. “Para justificar a cobrança dos valores, ele disse que tinha uma bancada de mais de duzentos deputados para sustentar”, contou o delator, sem se intimidar com a presença de Cunha na sala.

Dois dias depois desse depoimento, o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou a data da votação do pedido de cassação de Eduardo Cunha. Subvertendo as expectativas dos que esperavam por um desfecho em agosto, Maia deu nova sobrevida ao antecessor —um franco-atirador que o lobista Júlio Camargo diz ter munição para disparar pelo menos duas centenas de balas perdidas.

Empenhado em evitar confusões que coloquem em risco o afastamento de Dilma, o Planalto celebra o silêncio de Cunha. Na Câmara, o mutismo da maioria evidencia o poder de fogo do personagem. Nesse cenário, basta que um deputado agache no plenário para ser considerado um político de grande altivez.

Data da cassação de Cunha criticada por beneficiá-lo

Postado por Magno Martins

Rodrigo Maia marca votação para 12 de setembro, uma segunda-feira, quando quórum de parlamentares em Brasília é baixo

El País - Afonso Benites

Dentro de pouco mais de um mês, os deputados federais estão convocados para votar o processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se vão comparecer em meio à campanha para as eleições municipais, já é outra coisa. Na quarta-feira passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou a votação do processo contra Cunha para o dia 12 de setembro. A data foi comemorada por parlamentares aliados deste peemedebista, assim como por assessores do presidente interino Michel Temer (PMDB).

O primeiro grupo acredita que, com um quórum baixo de deputados na Casa sob a alegação de que estariam fazendo campanha eleitoral, seria possível evitar a perda de mandato de um dos mais polêmicos políticos que já ocupou a presidência do Legislativo. Já os representantes do governo provisório torciam para não precisarem dividir os holofotes com a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), este que deve ocorrer até o fim de agosto.

Os opositores de Temer e Cunha, contudo, veem a data como uma tentativa de proteger o parlamentar, que diz ter orgulho de ter dado entrada no processo de impedimento da presidenta afastada. “O Planalto e uma parte da Câmara têm medo de Cunha. É um misto de covardia e conivência”, diz o deputado Alessandro Molon, da REDE, um dos partidos que entrou com a representação contra o deputado.

Logo que foi eleito para o cargo de presidente da Câmara, Maia sinalizou que poderia colocar a cassação de Cunha em votação na segunda semana de agosto. Porém, a análise do projeto de lei complementar 257/2016 (que trata da renegociação da dívida dos Estados) se arrastou por duas semanas e obrigou a uma mudança de planos.

Mais Notícias : Base: traições e críticas, Temer e seus dias de Dilma
Enviado por alexandre em 12/08/2016 08:51:01

Base: traições e críticas, Temer e seus dias de Dilma

Postado por Magno Martins

Presidente interino sofre defecções na Câmara e faz discurso com respostas aos críticos

El País - Afonso Benites

Chamado de usurpador e golpista por parte seus opositores, o presidente interino Michel Temer (PMDB) fez algo que a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) costumava fazer em seus discursos: respondeu às críticas em evento público dentro do Palácio do Planalto lotado de apoiadores, enquanto protestos contra ele ocorrem em boa parte do país – principalmente nas arenas olímpicas.

Em sua fala, Temer cobrou mais debates de ideias do que ataques feitos por adversários. “Sem construção não há progresso. Construção da harmonia social tão desejada pelos brasileiros, construção da harmonia entre os poderes do Estado, construção da amizade fraterna entre os brasileiros, tão comum no Brasil, mas ignorado nos últimos tempos, construção da ideia de que as ideias se combatem com ideias, e não com reações físicas”, afirmou a uma plateia de empresários e trabalhadores vinculados a entidades da área de construção civil nesta quinta-feira.

O peemedebista também disse que sua intenção não é o de dividir o Brasil entre ricos e pobres. “Esse é um Governo que não tem preconceitos, esse é um Governo que quer unir as várias classes sociais para construir o país”, afirmou o interino, que assim como a petista fora vaiado na abertura de um evento de grande porte. Ela na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Ele, nos Jogos Olímpicos do Rio.

Um adeus a Zadock

Postado por Magno Martins

Do Diario de Pernambuco - Aline Moura

O jornalista Zadock Castelo Branco faleceu, ontem, aos 74 anos. Despediu-se do mundo sem a plateia de sempre, na casa que morava em Bonito, onde vivia desde a aposentadoria, há cerca de cinco anos. Zadock deixa como herança a paixão que tinha pela profissão. Para os colegas, era dotado de excelente memória, um contador de histórias, engraçado, apaixonado pelo jornalismo, pela política e pelas pessoas com quem convivia. Seu último emprego foi no Diario, onde trabalhou até se aposentar.

Zadock deixa a esposa, Carmen Célia Castro, e a filha, Mariana Branco. A família não sabe a causa da morte, mas acredita que ele teve um infarto quando estava sozinho, por volta das 14h. A suspeita se dá em virtude de o jornalista ter sido internado recentemente com problemas cardíacos. Seu corpo está sendo velado no Centro Espírita André Luiz, em Bonito, e seu enterro será à tarde, no cemitério da cidade.

Zadock se relacionava bem com todas as correntes políticas, mesmo tendo perfil conservador. Chegou a ter amizade especial com os ex-governadores Miguel Arraes e Roberto Magalhães. Em 2006 recebeu, do Tribunal de Contas do Estado, a medalha Nilo Coelho, maior comenda oferecida a personalidades ou instituições que se destacam com serviços à sociedade. A homenagem aconteceu na Assembleia Legislativa, lugar que lhe rendeu as maiores experiências políticas, notícias e amigos. De tanta convivência com os deputados, Zadock protestava quando algum deles queria votar em desacordo com sua consciência.

Após a aposentadoria, Zadock ligava sempre para o jornal para saber notícias e falar com repórteres de política, como Rosália Rangel, que é setorista do PSB e lhe atualizava sobre as novidades. “Ele era capaz de lidar com a informação, como repórter experiente, e a convivência com ele era agradável. Ele era uma pessoa muito engraçada. Apelidava todo mundo. Sempre me chamava de ‘a misteriosa’”, conta Rosália. “Zadock também era conhecido como o ‘homem mais calorento do mundo’”, diz.

A colunista de política Marisa Gibson lembra dele com carinho, ressaltando sua memória prodigiosa. “Ele era um arquivo. Sabia tudo de cabeça, era inteligente e versátil, capaz de escrever uma página inteira de memória.” Para a jornalista Teresinha Nunes, com quem ele também conviveu, “Zadock era muito apaixonado pelo que fazia. Quando ele começava a fazer uma matéria, às vezes misturava os sentimentos com a interpretação dos fatos”.

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