Mais Notícias : Delcídio prefere ficar calado, mas pode delatar
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:26:02

Delcídio prefere ficar calado, mas pode delatar

Postado por Magno Martins

O senador Delcídio do Amaral permanecia até ontem indeciso sobre a possibilidade de aderir à delação premiada. Ele demonstrava a quem o visitou nesta semana que, se tivesse segurança de que poderia ser solto em breve pelo STF (Supremo Tribunal Federal), preferiria ficar de boca calada. A informação é de Mônica Bergamo na sua coluna desta quinta-feira na Folha de S.Paulo.

Os advogados, no entanto, não têm como dar essa garantia a Delcídio. "A delação premiada seduz justamente pela certeza que o réu tem do que vai acontecer em sua vida", afirma um dos interlocutores do senador. Já o processo normal não ofereceria "certeza alguma".

Pesa contra a delação o fato de que um colaborador da Justiça dificilmente consegue retomar a rotina profissional, nem na esfera pública nem na privada. "A pessoa vira apenas um ex-delator", afirma o mesmo amigo de Delcídio que já conversou com ele sobre o tema.

A previsão é de que o STF julgue os próximos recursos que serão apresentados pela defesa do senador em três meses. Ele mostra exaustão e, segundo amigos, talvez não suporte ficar por mais todo esse período preso, em especial por causa da família.

A possibilidade de delação de Delcídio, que voltou a se queixar de Lula, do governo e do PT, como antecipou a coluna na terça, é a que mais assusta a equipe da presidente Dilma Rousseff e também o PT.

Até agora, a presidente passou por constrangimentos quando empreiteiros ou ex-executivos da Petrobras relataram contribuições à sua campanha ou às de ministros. Com Delcídio seria diferente. Como líder do governo, ele fez por muito tempo parte da "inteligência" da administração, participando inclusive da discussão de estratégias políticas e jurídicas para blindá-la. Foi, também, presidente da CPI que investigou o mensalão, maior escândalo do governo Lula.

Mais Notícias : "Estou precisando de dinheiro", disse Cunha a lobista
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:24:51

"Estou precisando de dinheiro", disse Cunha a lobista

Postado por Magno Martins

Da Folha de S.Paulo – Rubens Valente,Márcio Falcão e Agurre Talento

O lobista Fernando Soares, o Baiano, afirmou ter ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "Tô precisando de arrumar dinheiro para a campanha". A conversa, que teria ocorrido entre 2010 e 2011, levou à ideia de "pressionar" o executivo Julio Camargo, o que resultou no pagamento de pelo menos R$ 5 milhões em propina para Cunha.

As declarações de Baiano constam de uma série de vídeo inéditos com depoimentos de alguns dos principais delatores da Operação Lava Jato, como Baiano, o empreiteiro Ricardo Pessoa e os entregadores de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha e Rafael Angulo, que trabalhavam para o doleiro Alberto Youssef. Eles dão detalhes sobre as acusações que fizeram a diversos políticos com foro privilegiado no STF.

São as primeiras imagens que vêm a público desses delatores. São 108 horas de gravação, em 288 vídeos.

Veja todos os vídeos inéditos de delatores da Lava Jato

Baiano contou que Cunha aceitou pressionar Camargo para que ele pagasse propinas em atraso em torno da compra pela Petrobras de navios-sondas para a estatal.

"Nesse momento eu até falei para ele: 'Eduardo, o que eu conseguir receber, eu te dou 50%'", contou Baiano, segundo o vídeo. Cunha respondeu, de acordo com o delator, "que ele tinha tomado a decisão de fazer um requerimento [...] para pressionar o Julio". Segundo denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o requerimento foi elaborado por Cunha e subscrito pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).

Mais Notícias : Dilma dirá que não sabe de nada
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:24:06

Dilma dirá que não sabe de nada

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Intimada a depor no processo sobre a suspeita de ‘compra’ de medida provisória por lobistas a serviço de empresas automotivas, Dilma Rousseff está condenada a repetir o bordão imortalizado por Lula: “Eu não sabia”. Fora disso, poderia negar categoricamente o crime ou associar-se às suspeitas. Numa hipótese, correria o risco de ser desmentida pelas investigações. Noutra, deixaria em má situação o padrinho Lula, em cuja gestão as medidas provisórias teriam descido ao balcão.

Deve-se a decisão de ouvir Dilma ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira. A presidente foi arrolada, junto com outros políticos, como testemunha de defesa de um dos acusados de ‘comprar’ medida provisória, o empresário Eduardo Valadão, ex-sócio de um escritório de lobby de Brasília. Lula também terá de depor. O filho dele, Luís Cláudio Lula da Silva, é investigado no caso. Recebeu R$ 2,5 milhões de outro lobista sob suspeição.

Dilma era chefe da Casa Civil quando foi editada a medida provisória supostamente comercializa. Trata de benefícios fiscais a empresas do setor automotivo. O documento passou por suas mãos a caminho do Congresso. Fez nova escala em sua mesa na volta do Legislativo, antes da sanção de Lula. Daí o intresse em ouvi-la, para arrancar dela a declaração de que nada sucedeu fora da normalidade.

Cada vez que Dilma é forçada pelas circunstâncias a mimetizar o antecessor, repisando a tecla do “eu não sabia”, ela se torna uma paródia grotesca da gestora de mostruário que Lula vendeu ao eleitorado na sucessão de 2010. A supergerente deu lugar à inepcia. Em vez de eficiência, suspeição.

Da fábula petista só resta o discurso da honestidade pessoal dos presidentes, reiterado por Lula em entrevista a blogueiros nesta quarta-feira: “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu.” Considerando-se a sucessão de escândalos, pode-se concluir que a virtude também é ficcional. Ou perdeu sua função.

Mais Notícias : Após citar ‘putas e viados’, Geddel pede desculpas
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:23:14

Após citar ‘putas e viados’, Geddel pede desculpas

Postado por Magno Martins

De O Globo - Vinicius Sassine

Expressões foram usadas em entrevista ao GLOBO, que o peemedebista confirmou intermediação de interesses da OAS

O ex-ministro da Integração Nacional e ex-vice-presidente da Caixa Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu desculpas, no Twitter, pela expressão usada em entrevista ao GLOBO para justificar sua atuação a favor da empreiteira OAS quando era diretor do banco. Na edição desta quarta-feira, o jornal revelou uma série de mensagens trocadas entre Geddel e o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, reproduzidas num relatório da Polícia Federal (PF).

Os torpedos de celular mostram que o ex-ministro atuou para a OAS na Caixa, na Secretaria de Aviação Civil e na Prefeitura de Salvador. Questionado ontem pela reportagem sobre a razão que o levou a intermediar pelos interesses da empreiteira, Geddel respondeu:

– É claro que hoje tem o fato de ele ter sido preso. Antes ele era empresário, e eu tinha de tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado... Era coisa absolutamente natural.

Leia na íntgra: Após citar ‘putas e viados’, Geddel pede desculpa ‘por erro brutal’

Geddel defendeu interesses da OAS na CEF

Postado por Magno Martins

De o Globo - Vinicius Sassine

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro, atuou no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.

Numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos). A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.

As mensagens trocadas entre Geddel e o empreiteiro são as mais explícitas dentre as transcritas no relatório da PF. Só se comparam às conversas envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Geddel é presidente do PMDB na Bahia e um dos principais defensores no partido do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi ministro no governo Lula entre 2007 e 2010 e vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013.

No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.

Mais Notícias : O Dia D de Dilma: quinta-feira que vem
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:19:44

Quinta-feira, dia 28 de janeiro. Dilma Rousseff pretende esse que seja um dia D em seu segundo tempo como presidente da República. Uma espécie de dia para marcar, enfim, o início do seu mandato.

Dilma vai apresentar publicamente um documento lançando as novas diretrizes econômicas do governo.

O palco será a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que, aliás, não se reúne desde 2014.

Há cerca de um mês, desde que virou ministro da Fazenda, Nelson Barbosa está preparando, junto com Dilma, o material que a presidente mostrará.

Barbosa, claro, também irá ao encontro, que se realizará no Palácio do Planalto.

Ontem mesmo, Lula disse na entrevista dada aos blogueiros aliados do governo esperar que Dilma ainda este mês anuncie mudanças na economia. Falava de sua expectativa com a reunião da semana que vem.

O maior desafio de Dilma é trazer de volta a confiança aos agentes econômicos.

O Conselhão terá também uma nova composição. Ou melhor, a maioria dos integrantes não mudou. Mas alguns serão trocados — até porque Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai estão impossibilitados de comparecer.

Os nomes estão sendo escolhidos por Jaques Wagner (com a aprovação de Dilma, é claro).

O próprio Wagner tem se encarregado de convidar diretamente os novos integrantes.

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