Mais Notícias : Um, dois, mil Moros
Enviado por alexandre em 28/09/2015 09:50:50

Um, dois, mil Moros

Carlos Brickmann

A militância petista que detesta o juiz Sérgio Moro festeja sem parar a decisão do Supremo que divide as investigações sobre casos até agora unicamente de sua responsabilidade. Acham que, com isso, o Supremo quebrou as pernas de Moro e agora será muito mais fácil livrar mensaleiros, petroleiros e outros gatunos da possibilidade da punição. 

Acontece que Moro já foi recebido em São Paulo, no lançamento de um livro, com palmas e flores; foi aplaudido numa palestra com líderes empresariais; é cumprimentado nas ruas. Será que outros juízes não se sentirão tentados a buscar este reconhecimento público? Ou não se sentirão obrigados a julgar com severidade, seguindo o exemplo de conduta de Moro? Ou não estarão dispostos a demonstrar que Moro não é o único juiz corajoso o suficiente para enfrentar o poder político, empresarial e econômico da alta gatunagem?

Se isso acontecer, muita gente vai ter saudades dos tempos em que só Sérgio Moro e seu pessoal de Curitiba mandavam nos processos.

Na guerra petista contra Moro há lances engraçados. Um deles é uma reportagem com título na linha "Provas duvidosas nos processos", algo assim. Os três entrevistados faziam duras referências ao juiz e criticavam suas sentenças: um jurista tradicionalmente ligado ao PT, por ideologia e laços de família; o advogado de um dos réus condenados por Moro; e o presidente da CUT, aquele que ameaçava pegar em armas contra os adversários dos petistas. 

Se até estes estivessem a favor de Sérgio Moro e da Polícia Federal, quem estaria contra?

Mais Notícias : Asas de um tucano
Enviado por alexandre em 28/09/2015 09:50:08

Asas de um tucano

Folha de S.Paulo - EDITORIAL

Oscilando entre a vulgaridade confessa e a sugestão picante, uma copiosa literatura de entretenimento se produz na Grã-Bretanha em torno da vida íntima da casa real.

A curiosidade e a titilação não se limitam aos atuais herdeiros do trono –estando a rainha Elizabeth 2ª, pelo que se sabe, acima de pecadilhos mundanos–, mas também a figuras do passado.

Um típico exemplar do gênero, de autoria de Stephen Clarke, dedicou-se recentemente às não muito discretas escapadas daquele que seria o futuro Edward 7º, rei da Inglaterra entre 1901 e 1910.

Submetido ao controle rigoroso de sua mãe, a rainha Vitória, o jovem Albert Edward encontrou maneiras de entregar-se a movimentados, e não propriamente discretos, lazeres em Paris.

A crônica histórica tende a tratá-lo, hoje, com salaciosa indulgência –a que se pode acrescentar uma dose de diplomacia, uma pitada de geopolítica. As sendas de uma produtiva "entente" entre França e Inglaterra puderam abrir-se, em parte, graças à desenvoltura do membro da realeza nos estabelecimentos alegres da cidade luz.

As relações entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro, sem dúvida, não se mostram tão tensas como as que marcaram França e Reino Unido ao longo da história. No papel de governador de Minas, e de herdeiro reluzente nas ordens do tucanato, o atual senador Aécio Neves aprimorou com garbo, mesmo assim, os contatos interestaduais.

Foram 124 viagens suas ao Rio de Janeiro, nos sete anos e três meses em que foi governador (2003-2010), a maioria delas entre quinta-feira e domingo. Partissem os voos do aeroporto de Cláudio, ao menos Aécio teria tirado aquela obra, construída com dinheiro público em terras familiares, do triste abandono em que se encontra.

Embora feitas em avião oficial, o fato é que não se registraram justificativas de Estado para tanta movimentação. Decreto assinado pelo próprio Aécio Neves permitiu seu acesso a aeronaves públicas em deslocamentos pessoais, "por questões de segurança".

Não será fora de propósito, em todo caso, invocar o antigo mote da mais alta condecoração britânica, a Ordem da Jarreteira: "honni soit qui mal y pense". Abominado seja quem pensar mal de tudo isso. Os ingleses entendem do assunto.

Mais Notícias : PT: ajuste defende interesses dos bancos
Enviado por alexandre em 28/09/2015 09:49:27

PT: ajuste defende interesses dos bancos

Folha de S.Paulo - Mônica Bergamo

Documento que será divulgado nesta segunda diz que lógica que comanda medidas é defesa de grandes bancos

Dirigentes petistas dizem que texto expressa a opinião da maioria dos membros da legenda

A Fundação Perseu Abramo, centro de estudos criado e mantido pelo PT, divulga nesta segunda-feira (28) um documento com duras críticas à política econômica do governo de Dilma Rousseff.

No primeiro volume do estudo "Por Um Brasil Justo e Democrático", que é assinado também por outras cinco entidades, o texto diz que as iniciativas do governo estão jogando o país em uma recessão e que elas interessam a banqueiros e a fundos de investimento.

A fundação é presidida por Marcio Pochmann, que presidiu o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) até 2012, é próximo do ex-presidente Lula e um dos economistas mais influentes do PT.

De acordo com dirigentes do partido, embora não seja assinado pela legenda, o documento expressa a opinião da maioria da agremiação.

"A lógica que preside a condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento. Eles querem capturar o Estado e submetê-lo a seu estrito controle, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social", afirma o documento.

Mais Notícias : Delação de Baiano: Temer na lista?
Enviado por alexandre em 28/09/2015 09:48:49

Delação de Baiano: Temer na lista?

Segundo revela Mônica Bergamo, na sua coluna de hoje na Folha, rumores de que o lobista Fernando Baiano, que operava para o PMDB, teria citado Michel Temer no acordo de delação premiada voltaram a agitar os bastidores de Brasília. O vice-presidente da República afirma que nem sequer o conhece.

Enquanto isso, integrantes do diretório do PT vão defender na próxima reunião da sigla, sem data marcada, que reforma ministerial com a manutenção de Aloizio Mercadante na Casa Civil não é reforma ministerial.

As manifestações contra Mercadante ecoam a insatisfação da bancada de deputados federais do partido. Sibá Machado, líder do PT na Câmara, chegou a falar mal do ministro abertamente em uma reunião com outras legendas na semana passada.

Mais Notícias : Para 2018: Aécio, e vice Paulo Câmara ou Renata
Enviado por alexandre em 28/09/2015 09:48:20

Para 2018: Aécio, e vice Paulo Câmara ou Renata

Quem informa é Cláudio Humberto, hoje, no seu blog Diário do Poder:

Acordo selado há dias garantiu a união dos dois maiores opositores à campanha de reeleição de Dilma, em 2014. O PSDB do senador Aécio Neves (MG) e o PSB do falecido governador Eduardo Campos estão “fechados”: Aécio será o candidato à Presidência e o PSB indicará o candidato à vice na mesma chapa. Estão cotados para a vaga a viúva de Campos, Renata, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Segue o raciocínio do colunista:

Para tucanos, uma possível saída de Dilma não muda as negociações com o PSB: se Temer virar presidente, o PMDB terá candidato próprio.

O PSB define no próximo dia 15, na reunião da Executiva Nacional, o posicionamento oficial de oposição ao governo Dilma Rousseff.

Álvaro Dias, que desembarca do PSDB, ouviu do PSB que o partido não pode garantir sua candidatura em 2018 em razão desse acordo.

A saída de Marina Silva do PSB garantiu ao partido espaço para negociar com o PSDB: ex-ministra de Lula, Marina não engole tucanos.

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