Mais Notícias : Muito para nada
Enviado por alexandre em 08/09/2015 09:29:14

Muito para nada

Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo

Perdeu-se no tempo a aproximação possível entre o PSDB e os que priorizam o combate às desigualdades

Por caminhos muito diferentes, Lula e Fernando Henrique imaginam soluções muito semelhantes para a complicação mais acirrada deste sempre complicado país. Um tanto originais nas formas de suas propostas, não o foram no teor, já expresso por um ou outro empresário.

Lula já falara, mais de uma vez, na "união dos que pensam no país". Agora elevou o estado de ânimo e a união imaginados: "Se recuperarmos a harmonia política (...)". Harmonia, nada menos.

Do impeachment, passando pela Dilma como "pessoa honrada", pela entrega da "solução" aos tribunais, pela "grandeza da renúncia", até outras variantes, Fernando Henrique está agora com a solução vinda de "um bloco de poder": "É algo que engloba, além dos partidos, os produtores, os consumidores, os empresários e os assalariados, e que se apoia também nos importantes segmentos burocráticos do Estado, civis e militares". Para ser a união de todo o país, só faltaram as passistas de escolas de samba.

Mas, nessas propostas, onde fica a realidade? Não é isso, por certo, mas parecem propostas de ambição grandiosa o bastante para que nada seja feito. Perdeu-se no tempo, em ambições pessoais e mediocrização política, a aproximação possível entre o PSDB, quando se propunha a ser social-democrata, e os que priorizam as políticas de combate às desigualdades, tantas, que caracterizam o país.

Hoje, o PT e os demais componentes deste segmento admitiriam por conveniência, só por isso, alguma aproximação com a linha encabeçada pelo PSDB. Motivo, portanto, incapaz de sustentar um programa e ações de unidade razoável. E, já de saída, o colapso mental do PT nem teria contribuição a dar para uma tentativa de pacto entre opostos.

O PSDB, depois de desfigurado por ambições e pela degradação do pensamento político, por oportunismo deixou-se minar pelos militantes da antipolítica. Transfigurou-se em representação partidária dos que anseiam por uma "saída pela direita", bem à direita.

Como os petistas são os aturdidos porque emudecidos, os peessedebistas são os aturdidos porque, falastrões, não conseguem dizer a mesma coisa dois dias seguidos.

O nível a que a animosidade chegou tem poucos precedentes no Brasil. Muitos falam em ódio, e é isso mesmo. Os três maiores jornais têm publicado artigos com nível de ódio e insulto que, retratando bem esse estado, mesmo nas grandes crises do passado só apareceram nos poucos jornais da ultradireita.

Essa extremização furiosa reflete e insufla um estado em que tudo de ruim é possível e nada de bom tem oportunidade. E o entendimento amplo seria muito bom para o país.

Mais Notícias : Polícia brasileira é a que mais mata no mundo
Enviado por alexandre em 08/09/2015 09:28:38

Polícia brasileira é a que mais mata no mundo

Portal G1

Relatório da Anistia Internacional destaca o Brasil e os EUA. 
Brasil aparece como o país que tem o maior número geral de homicídios

Brasil e Estados Unidos têm em comum números trágicos. A força policial brasileira é a que mais mata no mundo. A americana é considerada uma das três polícias mais violentas. É o que diz um relatório da organização Anistia Internacional, divulgado nessa segunda-feira (7). O documento traz números assustadores da violência policial.

 O relatório sugere a criação de ferramentas para reduzir as mortes por violência policial. Entre elas, investigações independentes, punições em caso de abuso e regras mais rígidas sobre a atuação dos agentes da lei, estatutos que deixem claro quando o uso da força se justifica.

Brasil e Estados Unidos são os destaques do levantamento. O Brasil aparece como o país que tem o maior número geral de homicídios no mundo inteiro. Só em 2012, foram 56 mil homicídios. Em 2014, 15,6% dos homicídios tinham um policial no gatilho. Segundo o relatório da Anistia Internacional, eles atiram em pessoas que já se renderam, que já estão feridas e sem uma advertência que permitisse que o suspeito se entregue.

A maioria dos policiais nunca foi punida. A Anistia Internacional acompanhou 220 investigações sobre mortes causadas por policiais desde 2011. Em quatro anos, em apenas um caso, o policial chegou a ser formalmente acusado pela Justiça. Em 2015, desses 220 casos, 183 investigações ainda não tinham sido concluídas.

Nos Estados Unidos, não existem números oficiais sobre a violência policial no país inteiro. Mas estatísticas regionais sugerem que o perfil das pessoas mortas pelos agentes da lei é muito parecido com o do Brasil. A maioria é de homens negros e jovens.

Mais Notícias : PTB não fila de adesão ao impeachment
Enviado por alexandre em 08/09/2015 09:27:57

PTB não fila de adesão ao impeachment

O movimento pró-impeachment na Câmara espera obter a adesão formal de um partido que integra o ministério de Dilma. A deputada Cristiane Brasil (RJ), que preside o PTB, tem conversa agendada com líderes do grupo nesta terça-feira.

Janaina Paschoal, a advogada que acompanhou a entrega do pedido de impeachment de Dilma feito por Hélio Bicudo a Eduardo Cunha, articula uma aproximação entre o ex-petista e Miguel Reale Júnior.

A sugestão para que Bicudo discuta o tema com Reale Júnior –que foi acionado pelo PSDB para escrever um parecer sobre o assunto– já foi feita aos dois.  (Vera Magalhães - Folha de S.Paulo)


Madri: recuperação é questão de meses, diz Levy

Da Folha de S.Paulo

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) voltou a defender cortes de despesas e para equilibrar o Orçamento e recuperar a economia. "Se a gente não fizer isso, tudo vai ficar mais difícil", disse nesta segunda (7) em Madri, onde participou de evento do jornal "El País".

"O principal para a gente ter um começo de 2016 vendo um processo de queda de juros, inflação convergindo [para a meta] e as condições para as pessoas quererem investir é resolver agora a questão fiscal."

Comparando com a Espanha, que se recupera de prolongada recessão e deve crescer mais de 3%, Levy disse que a reação brasileira será mais rápida.

"Tem períodos que você vê mais custos que resultados. No Brasil vai ser mais rápido que na Espanha. O principal é focar nesses esforços estruturais que vão criar o novo Brasil", disse.

O governo apresentou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com déficit de R$ 30,5 bilhões. Agora, negocia novas fontes de receita para equilibrar as suas contas.

Levy elogiou a "energia" e a "responsabilidade" do governo espanhol ao adotar medidas de austeridade para combater os efeitos do fim da bolha do mercado imobiliário e da crise econômica internacional.

Ele disse que o Brasil continua oferecendo segurança jurídica e convidou as empresas espanholas a continuar investindo no Brasil. "A recuperação é uma questão de meses."

À noite, ao chegar em Paris, Levy foi questionado pela Folha sobre sua própria situação no cargo. Ele respondeu: "Eu estou no exterior, não sei se teve alguma evolução política". Depois, afirmou que é um momento de "cooperação" e disse que o governo vai superar possíveis "erros" cometidos.

Mais Notícias : Tucano: Tô nem aí. Pode me investigar à vontade
Enviado por alexandre em 08/09/2015 09:26:30

Tucano: Tô nem aí. Pode me investigar à vontade

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) recebeu com indignação a abertura de inquérito contra ele, autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido da investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. Em depoimento, o empresário teria declarado que Nunes recebeu R$ 200 mil de caixa 2 para sua campanha de 2010 ao senado, além dos R$ 300 mil que constam nas contribuições oficiais. Para o senador, a denúncia tem o objetivo de desviar o foco da Operação Lava-Jato.

O foco da Lava-Jato é exatamente um conluio entre empresários, dirigentes da Petrobras e políticos governistas, sob a bênção do Lula e da Dilma para saquear e empresa. Estou nisso como Pilatos no Credo. Não tenho nada a ver com a essa história. Esse pedido de investigação desvia o foco da operação — disse Nunes após interromper sua caminhada matinal no bairro onde mora em São Paulo.

O senador negou que tenha recebido R$ 200 mil de caixa 2 e destacou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou as contas de sua campanha de 2010. Segundo ele, as doações foram pedidas ao presidente da Constran, João Santana:

— Eu me dirigi, quando pedi contribuição de campanha, não à UTC, mas à Constran, cujo presidente é meu amigo há muitos anos. A contribuição veio na conta da UTC porque é a holding que engloba a Constran. Declarei o que recebi efetivamente, que foram R$ 300 mil, mas, ainda que tivesse recebido R$ 200 mil não declarados, isso não tem nada a ver com propina da Petrobras. Isso deveria ser encaminhado à Justiça Eleitoral, que, aliás, aprovou minhas contas.

— É um instrumento importantíssimo de investigação. Não tenho nada a temer. Se o Dr. Janot quer investigar as minhas contas, que investigue. Não tenho nenhum problema contra isso. Pode investigar à vontade. Não tô nem aí. Mas tem que investigar todo mundo. Não pode ser seletivo nesse pedido de investigação. Tem que apontar realmente os mandantes dos crimes cometidos na Petrobras: Lula e Dilma.(De O Globo)


TCU cobra de Dilma abandono de fronteiras

Além das pedaladas fiscais, Dilma terá mais problemas no TCU. O órgão está concluindo relatório que mostra o "abandono" das fronteiras brasileiras.

O documento do Tribunal de Contas da União mostra que o país perde cerca de R$ 100 bilhões anualmente com contrabando.

Para a corte, os esforços de segurança do governo federal estão desintegrados, e os recursos são mal gastos.(Vera Magalhães - Folha de S.Paulo)

Mais Notícias : Quem quer dinheiro? Vá na Câmara!
Enviado por alexandre em 08/09/2015 09:25:32

Quem quer dinheiro? Vá na Câmara!

Em meio às discussões sobre enxugamento de gastos públicos, a Câmara desembolsa R$ 1 milhão em cada sessão extraordinária, apenas com o pagamento de horas extras aos funcionários. Estudo feito pela Mesa Diretora mostra que, até julho, R$ 50,6 milhões saíram dos cofres do Legislativo para realizar 51 sessões noturnas. Segundo o levantamento, cerca de 2.500 trabalhadores estendem o horário, mas nem todos ficam até o fim das atividades. Para a Mesa, 500 já seriam suficientes. A informação é de Vera Magalhães, na sua coluna desta ter-feira na Folha de S.Paulo.Diz mais a colunista:

O estudo será submetido por Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário, à cúpula da Casa para a edição de uma medida que reduza os gastos com as sessões noturnas.

Na reunião de coordenação política nesta terça-feira, Dilma Rousseff será avisada por ministros com trânsito no Congresso de que não há como aprovar uma elevação de tributos sem que o governo promova um corte significativo de gastos.


Aécio: tesoureiro de fachada e diretor da Cemig

Em fins de 2014 o ex-ministro tucano José Gregori (Secretário Nacional dos Direitos e Ministro da Justiç do governo FHC) deu entrevistas à imprensa sobre dívidas da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB-MG), falando e se apresentando como tesoureiro. Uma dessas entrevistas pode ser conferida aqui. Chama a atenção, porém, que seu nome nem sequer apareça na prestação oficial de contas apresentada pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quem está registrado como administrador financeiro, popularmente chamado de tesoureiro, é Frederico Pacheco de Medeiros. Trata-se de um primo de Aécio Neves, que até janeiro de 2015 foi diretor de Gestão Empresarial da Cemig, a companhia de eletricidade do governo de Minas.

Antes de ser levado à Cemig, Medeiros já participava do governo mineiro desde 2003, ano aliás em que o primo assumiu seu primeiro mandato como governador. Ele foi secretário-adjunto de governo e secretário-geral de Aécio.

Ou seja, enquanto a mídia aponta seus holofotes para Gregori, no papel de "tesoureiro de fachada", o verdadeiro "homem do dinheiro" (para usar outra expressão popular), aquele que pilotava as finanças da campanha tucana – nos bastidores e longe dos holofotes –, desde 3 de julho de 2014 (segundo a documentação do PSDB), também ocupava uma estratégica diretoria de uma estatal mineira, a Cemig. Cargo que o levava a lidar com fornecedores da empresa e, portanto, potenciais doadores de campanha.

Leia na íntegra aí:  Helena Sthephanowitz, da Rede Brasil Atual

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