Olho em 2018: a ordem é blindar Lula Postado por Magno Martins
A cúpula do PT e ministros do partido determinaram que deputados e senadores reforcem a atuação no Congresso para evitar novos movimentos que atinjam especialmente Lula. A informaão é de Vera Magalhães, na ua coluna desta sexta-feira da Folha de S.Paulo. Adianta a colunista que dirigentes da legenda temem uma articulação, com apoio de parlamentares do PMDB, para fragilizar o ex-presidente e desarticular o PT diante das dificuldades da gestão Dilma Rousseff. A aprovação da convocação para a CPI da Petrobras do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, fez disparar o alerta, diz Vera.. “Caciques petistas querem blindar a CPI do BNDES, que foi instalada no Senado, e evitar que a oposição explore a relação de Lula com empresas que obtiveram empréstimos do banco.”
Lula e as empreiteiras Postado por Magno Martins
Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo Um mês depois de deixar o governo, Lula embarcou em um avião da Gol para Brasília. Apertou-se na poltrona, posou para fotos com passageiros e disse que os políticos deveriam "ir para a rua". Era só truque de marketing, porque o ex-presidente não foi mais visto em voos comerciais. Passou a se deslocar em jatos fretados por empresas que o contratam. A lista inclui ao menos três empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Papéis apreendidos pela Polícia Federal revelaram que a Camargo Corrêa deu R$ 4,5 milhões ao Instituto Lula e à empresa de "palestras, eventos e publicações" do petista. Em abril, o Ministério Público já havia aberto procedimento sobre as suas viagens a serviço da Odebrecht. Segundo a Procuradoria, o instituto pediu mais prazo para se explicar. Quando as duas notícias vieram à tona, a assessoria de Lula reagiu com irritação. Há um mês, criticou a revista "Época" e afirmou que ele "faz palestras e não lobby ou consultoria". Nesta quarta, acusou a imprensa em geral de semear "factóides, má-fé e preconceito" para atingi-lo. Em vez de atacar jornalistas, Lula deveria divulgar com transparência o que fez, para onde viajou e quanto recebeu das empresas citadas no petrolão. Ele está sem mandato, mas continua na vida pública. Comanda o PT, reúne-se regularmente com a presidente Dilma e já começou a campanha para voltar em 2018. A CPI da Petrobras acaba de convocar o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para prestar depoimento. Seria interessante que seu chefe também aceitasse falar abertamente sobre a Lava Jato. Foi no governo dele que a maior estatal brasileira registrou a maior parte das perdas de R$ 6,2 bilhões com corrupção. Em 2009, Lula reclamou da publicação de suspeitas contra José Sarney e disse que o aliado não deveria ser tratado "como se fosse uma pessoa comum". Agora que também é ex-presidente, parece estender a opinião a si próprio. Está errado. |