Pênis ligeiramente torto é normal, seja para os lados, para baixo ou para cima, o que não pode é atrapalhar a penetração. Outro motivo para ligar o botão de atenção é se antes não era torto e agora começou a entortar. Pode ser a doença de Peyronie. Mas antes de entrar neste assunto meio curvo, saiba que o pênis torto na performance sexual faz um grande sucesso, isso porque a fricção com as paredes da vagina torna o ato muito mais prazeroso, claro, estou falando de curvaturas normais.
A Doença de Peyronie é uma condição que afeta entre 1% e 23% dos homens em todo o mundo, de acordo com estimativas. Caracterizada pelo desenvolvimento de uma cicatriz fibrosa no pênis, ela resulta em uma curvatura anormal durante a ereção. Essa condição não afeta apenas a aparência física do órgão genital, mas também pode causar dor, disfunção erétil e problemas emocionais e psicológicos. As dificuldades geradas por Peyronie podem prejudicar profundamente a vida amorosa dos homens que sofrem com ela, criando um ciclo de frustração e insegurança.
A Doença de Peyronie é uma condição causada pela formação de uma placa fibrosa (tecido cicatricial) na túnica albugínea, que é uma camada de tecido ao redor dos corpos cavernosos do pênis. Quando um homem tem uma ereção, essa placa faz com que o pênis se curve de maneira anormal, tornando difícil ou até mesmo doloroso o ato sexual. A curvatura pode ser leve, mas em casos mais graves, pode resultar em uma torção significativa, dificultando a penetração ou até mesmo tornando-a impossível.
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A causa exata da Doença de Peyronie ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que ela está relacionada a pequenos traumas no pênis, que podem acontecer durante a atividade sexual ou esportiva, que levam a uma cicatrização irregular. Quando o pênis tenta curar uma lesão, o tecido cicatricial se forma de maneira desorganizada, causando o enrijecimento do local. Em vez de um tecido elástico e flexível, o que se forma é uma placa dura, responsável pela curvatura.
A curvatura peniana, muitas vezes acompanhada de dor e disfunção erétil, afeta profundamente a vida amorosa de um homem, trazendo insatisfação para o casal. A relação sexual pode se tornar um desafio, tanto físico quanto emocional. A dor durante a ereção ou a dificuldade em mantê-la tornam a experiência sexual estressante e frustrante. Além disso, a deformidade física do pênis pode causar vergonha, insegurança e perda de autoconfiança, não raro, muitos homens com a Doença de Peyronie desenvolvem medo de ter intimidade, principalmente com parceiras recentes, o que pode levar ao distanciamento emocional em seus relacionamentos.
A pressão psicológica causada pela condição pode resultar em um ciclo vicioso: quanto mais o homem se preocupa com seu desempenho sexual, maior a probabilidade de sofrer disfunção erétil ou ejaculação precoce. Esses fatores combinados frequentemente afetam a qualidade de vida, e a relação com o parceiro pode ficar abalada.
Além disso, a percepção negativa do próprio corpo pode desencadear problemas emocionais mais graves, como ansiedade e depressão. O impacto de Peyronie vai além das questões físicas, afetando também a saúde mental e a satisfação global nas relações.
O mais importante é jamais descuidar do acompanhamento médico, sabendo que muitas vezes a causa para o aparecimento desse crescimento fibroso são pequenos artritos em um momento mais “empolgante” do ato sexual e que pode passar desapercebido pelo homem, porque na maioria das vezes não há uma dor significativa, por isso a ida anual ao médico é tão importante. Com seus olhos treinados, ele será capaz de identificar algo errado mesmo que o próprio “proprietário” não tenha percebido e com o tratamento precoce, não haverá perigo de um agravamento futuro.
Embora não exista uma cura definitiva para a Doença de Peyronie, há diversas opções de tratamento que podem melhorar os sintomas e minimizar o impacto da condição. A escolha do tratamento ideal depende da gravidade da curvatura, do estágio da doença e dos sintomas específicos de cada paciente.
A doença de Peyronie costuma afetar homens principalmente entre os 40 e 60 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer fase da vida adulta. É mais comum em homens de meia-idade, mas não é exclusiva dessa faixa etária. Fatores como traumas no pênis, predisposição genética e condições de saúde, como diabetes e disfunção erétil, podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença em idades variadas.
1. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Para os casos iniciais, onde a placa fibrosa ainda está em formação e o pênis não apresenta uma curvatura grave, os médicos podem prescrever medicamentos para reduzir a progressão da doença, combatendo a formação fibrosa. Por isso a importância do acompanhamento médico.
2. TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE
A terapia por ondas de choque é uma opção não invasiva que tem resultados promissores mostrados. Pequenas ondas de choque são aplicadas no pênis, estimulando o fluxo sanguíneo e promovendo a remodelação do tecido cicatricial. Embora esse tratamento não seja eficaz em todos os casos, ele pode ajudar a aliviar a dor e reduzir a curvatura em casos específicos e sobre orientação médica.
3. MANOBRAS E EXERCÍCIOS DE MODELAGEM PENIANA
A modelagem peniana é uma técnica que envolve uma manipulação suave do pênis para ajudar a remodelar o tecido cicatricial e reduzir a curvatura. Eu tenho vídeo no meu Privacy onde ensino as manobras e elas, executadas em casa, terão ótimo efeito na maioria dos casos de curvatura. Meu livro A Conquista do Prazer Masculino contém também vários exercícios excelentes para esta finalidade. Agora, se a escolha for por ajuda mecânica, lembre-se que o uso de aparelhos extensores ou de tração SÓ devem ser usados com a supervisão médica ou fisioterapêutica.
4. CIRURGIA
Quando a curvatura do pênis é grave e impede completamente a vida sexual, a cirurgia pode ser a única solução.
5. TRATAMENTOS NATURAIS E ALTERNATIVOS
Embora os tratamentos naturais não sejam substitutos para intervenções médicas, alguns homens relatam melhorias ao fazer uso de suplementos como vitamina E, coenzima Q10 e ácidos graxos ômega-3. Esses suplementos ajudam a melhorar a elasticidade dos tecidos e a reduzir a intensidade da condição. No entanto, esses tratamentos devem ser sempre orientados por um médico.
POSTURAS ESPECIAIS PARA O SEXO
Para casais que enfrentam os desafios da Doença de Peyronie, existem posições sexuais que melhoram a experiência íntima. Manter uma comunicação aberta é fundamental para que ambos os parceiros se sintam confortáveis experimentando posições que se tornem cômodas e agradáveis aos dois, não esquecendo que este conforto aumenta com o uso de lubrificantes, prefira os à base de água.
Sei que para quem começa a perceber a curvatura se acentuando, o primeiro momento é devastador, mas quanto mais cedo procurar ajuda, mais eficazes serão os resultados. O mais importante é que os homens afetados por essa condição busquem por esta ajuda o mais cedo possível para explorar as diferentes opções de tratamento. Com as soluções adequadas, é possível reduzir a curvatura, melhorar a qualidade da vida sexual e restaurar a autoestima, permitindo que o relacionamento volte a ser o que era antes, satisfatório para os dois.
DICAS DA MATÉRIA
1. Procure um especialista: O primeiro passo é buscar um urologista especializado em saúde sexual masculina. O diagnóstico precoce pode ajudar a evitar que a condição piore.
2. Entenda a doença: Conhecer melhor o que é a doença de Peyronie, suas causas e possíveis tratamentos pode reduzir a ansiedade e ajudar a lidar melhor com a situação.
3. Mantenha o diálogo com o parceiro: Comunicação aberta sobre os desafios que a doença pode trazer para a vida sexual é essencial para manter a confiança e o entendimento no relacionamento.
4. Terapias não cirúrgicas: Há opções como medicamentos orais, injeções no pênis manobras e dispositivos mecânicos de tração que podem melhorar a curvatura e reduzir a dor. Consulte um médico sobre essas alternativas.
5. Evite comparações: Não se compare com outras pessoas ou com versões anteriores de si mesmo. A Peyronie afeta homens de formas diferentes, e cada tratamento pode ter resultados variados, inclusive levar mais ou menos tempo para se observar a melhora.
6. Exercícios manuais somente se for indicado e com acompanhamento médico, o uso de apoio mecânico.
Fotos: Reprodução
7. Considere a psicoterapia: Para muitos homens, a Peyronie pode causar estresse e baixa autoestima. Terapias com psicólogos ou sexólogos podem ajudar a lidar com o impacto emocional da doença.
8. Evite atividades que agravam a condição: Se atividades ou posições sexuais específicas pioram a dor ou a curvatura, tente evitá-las até que um tratamento adequado seja encontrado.
9. Tenha paciência com os tratamentos: Alguns tratamentos para Peyronie, como os aparelhos de tração, exigem tempo para mostrar resultados. É importante seguir as orientações e ser paciente.
10. Considere a cirurgia como última opção: Se outros tratamentos não funcionarem e a condição estiver afetando gravemente sua qualidade de vida, a cirurgia pode ser uma opção viável, mas deve ser discutida com o médico.
Fonte: FA Notícias