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Coluna Agricultura : Safra de grãos deve crescer 5,8% em 2025, mas produção ficará abaixo do recorde de 2023
Enviado por alexandre em 14/11/2024 10:32:09

Projeção do IBGE é mais conservadora quando comparada com a do Conab, que estima recorde

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas - como soja, milho e arroz - deve alcançar 311 milhões de toneladas em 2025, segundo a primeira previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, divulgada nesta quinta-feira. O volume projetado representa um crescimento de 5,8% em comparação à safra deste ano, mas ainda é inferior ao recorde de 315 milhões de toneladas alcançado em 2023.

 

A projeção é mais conservadora quando comparada com a da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que espera safra recorde diante do aumento da área plantada e do ganho de recuperação da produtividade maior. Na estimativa da Conab, a produção deve alcançar 322,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% se comparado com o resultado obtido no último ciclo.

 

Segundo o IBGE, a safra maior no ano que vem será motivada pelo crescimento de 10,9% da produção de soja (ou acréscimo de 15 milhões de toneladas), seguido do aumento de 9,1% na produção de milho 1ª safra (equivalente a mais 2,08 milhões de toneladas), 6% na produção de arroz (633 mil toneladas a mais) e 18,1% na produção de feijão 1ª safra (164 mil toneladas adicionais).

 

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Em contrapartida, a produção de algodão herbáceo em caroço e de milho 2ª safra devem cair no ano que vem. As retrações são estimadas em 0,7% (cerca de 37 mil toneladas a menos) e 1,8% (redução de 1,7 milhão de toneladas), respectivamente.

 

Segundo Carlos Barradas, gerente do LSPA, do IBGE, a safra deste ano enfrentou problemas climáticos em diferentes estados, como falta de chuvas e calor excessivo.

 

No Rio Grande do Sul, houve ainda excesso de chuvas e enchentes entre abril e maio, o que reduziu em cerca de cinco milhões de toneladas a produção total de grãos no Brasil.

 

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— Para 2025, embora os preços dos principais produtos não estejam apresentando uma boa rentabilidade, se tivermos um clima se comportando próximo a uma normalidade esperada, com as lavouras apresentando uma boa produtividade, teremos uma recuperação da safra brasileira, o que é importante para o controle da inflação e para o aumento das exportações brasileiras. 

 

Fonte:O Globo

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Coluna Agricultura : Volta de Trump nos EUA promete novo cenário de volatilidade para o agronegócio
Enviado por alexandre em 11/11/2024 10:39:44

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA gerou impactos imediatos e uma série de projeções para o mercado de commodities agrícolas, especialmente devido à sua abordagem protecionista e à política “America First”. Esse cenário cria incertezas para o agronegócio global e apresenta tanto desafios quanto oportunidades para países exportadores, como o Brasil.

Uma das primeiras reações ao retorno de Trump foi a queda nos preços das commodities, puxada pela alta do dólar. Esse fortalecimento torna produtos americanos mais caros no mercado internacional, dificultando a competitividade dos grãos dos EUA em relação a países como Brasil e Argentina. Commodities agrícolas, principalmente soja e milho, tendem a sofrer com essas oscilações, enquanto o trigo e outros produtos considerados menos expostos às novas tensões comerciais mostram estabilidade relativa.

A soja, em particular, é uma das commodities mais suscetíveis às políticas protecionistas de Trump, que na gestão anterior manteve um relacionamento instável com a China, maior importador do grão. Qualquer retomada de tarifas ou embargos comerciais pode levar a China a reduzir novamente suas compras dos EUA, intensificando a demanda por fornecedores alternativos. Esse movimento favorece países como o Brasil, que possui uma posição estratégica para atender à demanda chinesa, possibilitando um aumento de exportações em caso de restrições ao comércio americano.

No entanto, as políticas de Trump também incluem subsídios e incentivos aos agricultores americanos, prática que busca compensar as perdas dos produtores locais em decorrência das barreiras comerciais. Esses subsídios não apenas sustentam a produção agrícola dos EUA, mas também criam distorções de mercado, uma vez que os produtores americanos conseguem se manter competitivos com preços baixos. Para o agronegócio brasileiro, isso pode significar a necessidade de adaptar-se rapidamente às flutuações do mercado e à concorrência com um setor americano subsidiado.

Além disso, uma política externa mais agressiva em relação ao Irã, como a que Trump adotou anteriormente, pode elevar a tensão no Oriente Médio e afetar o mercado de petróleo. Caso as sanções ao Irã sejam reforçadas, o preço do petróleo poderá aumentar, impactando diretamente os custos de logística e produção agrícola. Esse possível aumento nos preços de transporte e insumos é um fator relevante para o setor, que pode ver suas margens de lucro reduzidas em função dos altos custos operacionais.

Outra questão geopolítica relevante é o conflito Rússia-Ucrânia. A disposição de Trump em buscar um acordo rápido, possivelmente com concessões, pode alterar o fornecimento de grãos no mercado global, dado o papel estratégico da Ucrânia como exportadora de trigo e milho. Qualquer mudança abrupta no fornecimento desses produtos cria novas dinâmicas no comércio internacional, influenciando os preços e a oferta de grãos, que podem ser ajustados de acordo com os interesses comerciais dos EUA.

Para o Brasil, essa conjuntura pode resultar tanto em uma ampliação das oportunidades de exportação quanto em uma pressão adicional para os preços internos de commodities. O retorno de Trump sinaliza a possibilidade de um cenário de volatilidade, onde o planejamento dos produtores brasileiros precisará considerar tanto as demandas globais quanto os movimentos imprevisíveis da política externa dos EUA. É um momento de incertezas que só o tempo vai nos dizer qual será o rumo da nova geoeconomia.

Fonte: Pensar Agro

Coluna Agricultura : EUA corta previsões de produção e estoques de soja, milho e trigo para a safra 24/25
Enviado por alexandre em 09/11/2024 16:24:29

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, nesta sexta-feira (08.11), seu relatório mensal de oferta e demanda global, apresentando cortes nas previsões de produção e estoques de soja, milho e trigo para a safra 2024/25. A produção global de soja, agora estimada em 425,4 milhões de toneladas, sofreu uma redução de 0,8% em relação ao relatório anterior. No caso dos Estados Unidos, a previsão foi ajustada em 2,6% para baixo, totalizando 121,42 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de uma menor redução, projetando 123,92 milhões de toneladas.

Com a oferta de soja reduzida, o USDA também revisou para baixo as exportações americanas, que caíram 1,4%, ficando em 49,67 milhões de toneladas. Os estoques finais nos EUA foram diminuídos em 14,5%, atingindo 12,8 milhões de toneladas, abaixo da expectativa de 14,56 milhões. Para Brasil e Argentina, as previsões mantiveram-se praticamente inalteradas, com a produção brasileira de soja projetada em 169 milhões de toneladas e exportações em 105,5 milhões, ligeiramente acima do último relatório. Os estoques finais de soja no Brasil caíram 1,5%, para 33,51 milhões de toneladas, enquanto na Argentina a projeção de produção manteve-se em 51 milhões, com estoques reduzidos em 1,3%, para 28,98 milhões de toneladas.

No mercado de milho, o USDA elevou sua estimativa global para 1,219 bilhão de toneladas, mas revisou para baixo os estoques finais, agora em 304,14 milhões. Nos Estados Unidos, a previsão de produção foi ajustada para 384,64 milhões de toneladas, com exportações de 59,06 milhões e um estoque final de 49,23 milhões. No Brasil, a projeção de safra foi mantida em 127 milhões de toneladas, enquanto a estimativa de exportação subiu para 83,5 milhões. Já na Argentina, Ucrânia, África do Sul e Rússia, as previsões de produção permaneceram as mesmas, destacando 51 milhões de toneladas para a Argentina e 26,2 milhões para a Ucrânia.

Quanto ao trigo, o USDA aumentou a projeção de colheita mundial para 794,73 milhões de toneladas, com um crescimento na produção do Cazaquistão que compensou cortes em outros países, como Rússia e Brasil. No Brasil e Argentina, a previsão de colheita foi reduzida em 500 mil toneladas, ficando em 8,50 milhões e 17,50 milhões, respectivamente. Nos Estados Unidos, a produção foi mantida em 53,65 milhões de toneladas. Apesar do aumento na oferta, a estimativa de consumo global foi ajustada para cima em 900 mil toneladas, reduzindo os estoques finais em 150 mil toneladas.

Coluna Agricultura : Exportações de carne de frango crescem 15,4% em outubro
Enviado por alexandre em 08/11/2024 15:39:34

As exportações brasileiras de carne de frango seguem em alta, com destaque para a expansão em mercados estratégicos, como Ásia e América Latina. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume exportado em outubro totalizou 463,5 mil toneladas, refletindo um aumento de 15,4% em comparação ao mesmo mês de 2023.

Esse desempenho reflete a crescente demanda global, impulsionada, em parte, pela ausência de casos de Influenza Aviária na produção brasileira, que fortalece a competitividade do país no cenário internacional.

Entre os destinos que mais contribuíram para esse avanço, o Japão e o México registraram aumentos significativos de 19,2% e 21,6%, respectivamente. O crescimento no mercado filipino foi ainda mais expressivo, com alta de 73,9%.

Esses países, considerados estratégicos pela ABPA, valorizam produtos com maior valor agregado, o que impulsionou também as receitas das exportações brasileiras. Com isso, a receita total em outubro chegou a US$ 904,4 milhões, uma alta de 25% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Regionalmente, estados como Paraná, Santa Catarina e Goiás foram os principais exportadores de carne de frango, com destaque para Santa Catarina, que ampliou seus embarques em 27,1%. Essa expansão contínua reafirma o papel do Brasil como um dos maiores fornecedores de proteína avícola do mundo, especialmente em um cenário de demanda aquecida e preocupações sanitárias em outras regiões produtoras.

Fonte: Pensar Agro

Coluna Agricultura : Danone é acusada de boicote à soja brasileira e produtores protestam
Enviado por alexandre em 30/10/2024 14:46:26


Site da entidade de produtores de soja criticando a posição da Danone. Reprodução

A multinacional Danone, que tem sede na França, está sendo acusada de boicotar a soja brasileira pela Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja). A empresa, no entanto, nega a informação e diz que continuará comprando o grão no país.

O imbróglio surgiu após o Mato Grosso aprovar uma lei que retira incentivos fiscais a empresas que aderirem à Moratória da Soja, acordo que prevê um compromisso de empresas brasileiras que vendem soja para a Europa de não comercializar produtos provenientes de áreas desmatadas dentro da Amazônia Legal.

O acordo foi assinado em 2006 entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) e o mercado internacional, e tem sido renovado anualmente.

A Aprosoja divulgou uma nota criticando a suposta decisão da Danone de boicotar o produto brasileiro e afirmou que a ação demonstra “desconhecimento ao processo produtivo no Brasil e um ato discriminatório contra o Brasil e sua soberania”.

“Nota-se que a ação da Danone está pautada na coerção da lei pela previsão de multa na hipótese de descumprimento da legislação que ainda nem entrou em vigor”, afirmou a associação. A Aprosoja também é contra a Moratória da Soja, alegando que o acordo afeta a comercialização de grãos em áreas desmatadas legalmente.

Escritório da Danone em São Paulo. Foto: Reprodução

A Aprosoja ainda defende que o Brasil busque medidas de compensação, alegando que o acordo tem causado prejuízos a produtores brasileiros e suas cadeias produtivas. A associação sugere que o governo deveria notificar a União Europeia para que se adequasse a sua legislação.

A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) afirmou que a lei aprovada no Mato Grosso pode gerar “pode representar um risco à reputação do país como um produtor sustentável”. A moratória, segundo a entidade, foi criada para evitar a destruição da floresta e atender às demandas de clientes europeus, que defendem ações concretas contra o desmatamento.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) também se manifestou sobre o tema e afirmou que o Brasil tem compromisso ambiental com o setor e com a legislação vigente. A pasta ainda classificou como arbitrárias as regras da União Europeia “arbitrárias, unilaterais e punitivas”

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