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Coluna Meio Ambiente : 'Chuva vai retornar à faixa norte do Brasil', explica especialista, sobre a seca na Amazônia
Enviado por alexandre em 19/11/2024 10:24:47

Tendência é que o tempo seco, que perdura desde o outono até a primavera, vai ficar cada vez mais úmido

Em entrevista a RECORD NEWS, o meteorologista Guilherme Borges afirmou que o clima seco no norte do Brasil, que causou diversos incêndios na Floresta Amazônica, está acabando.

 

Segundo Borges, as chuvas começaram a retornar à região, que passava pelo chamado ‘Verão Amazônico’ - época com menos chuvas e temperaturas mais elevadas do ano – e agora o clima ficará mais úmido.

 

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Segundo Borges, as chuvas começaram a retornar à região, que passava pelo chamado ‘Verão Amazônico’ - época com menos chuvas e temperaturas mais elevadas do ano – e agora o clima ficará mais úmido.

 

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Foto: Reprodução

 

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Fonte: O Eco

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Coluna Meio Ambiente : Discussões para manejo integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Putumayo-Içá avançam entre países latinos
Enviado por alexandre em 14/11/2024 10:36:51

Representado pela Sema Amazonas no Brasil, projeto é uma ação entre quatro países para gestão da bacia de forma internacional

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) está representando o Brasil na segunda reunião semestral do Projeto de Gerenciamento Integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Putumayo-Içá, em Manaus, entre terça-feira (12/11) e sexta-feira (15/11).

 

A primeira reunião foi realizada no início do ano em Lima, no Peru. Durante o evento, foram analisados o andamento do projeto e a definição dos componentes.

 

Nos quatro dias de encontro, serão discutidas novas fases dos processos de socialização territorial, administrativos, de aquisição e financeiros, assim como as convocatórias para subprojetos e consultorias.

 

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“O manejo de bacias hidrográficas começa com a governança ambiental. Sem a participação social, sem reconhecer os usos múltiplos da água, a gente não consegue ter o suficiente para ter um diagnóstico preciso. Espero que tenhamos reuniões bastante produtivas e com direcionamentos para as ações do projeto”, declarou a secretária executiva-adjunta de Gestão Ambiental da Sema, Fabrícia Arruda.

 

O Rio Putumayo-Içá é o único da bacia amazônica a drenar os territórios de quatro países. Em seu lado brasileiro, ele é denominado rio Içá, desaguando próximo ao município de Santo Antônio do Içá (a 880 quilômetros de Manaus). A iniciativa de gestão da bacia é liderada por quatro países, sendo a Colômbia, Equador, Peru e Brasil. A Sema é a instituição representante brasileira na bacia.

 

PROJETO PUTUMAYO-IÇÁ

 

 

O projeto de Gerenciamento Integrado de Bacias Hidrográficas do Rio Putumayo-Içá é uma iniciativa coletiva, que objetiva fortalecer as condições de gestão dos ecossistemas de água doce pelos países que compartilham a Bacia do rio Putumayo-Içá.

 

A bacia possui 118 mil quilômetros quadrados de superfície, com 14 áreas protegidas e mais de 25 tipos de ecossistemas. Inclui quatro departamentos, cinco províncias, quatro distritos, 29 municípios e seis cantões. Nesse território, 45% é composto por territórios indígenas, organizados em 153 comunidades.

 

É uma iniciativa de cinco anos executada pela Wildlife Conservation Society (WCS) e implementada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (no inglês, Global Environment Facility – GEF) do Banco Mundial, com aporte financeiro que pode chegar a US$ 12.844.037.

 

A WCS tem uma atuação muito importante na questão de gestão territorial, explica o diretor de Conservação da WCS Brasil, Marcos Amend. “Com a aceleração do projeto, acho que vão ser muito bem-vindas todas as parcerias, colaborações e intercâmbios com outras ações. Esse projeto tem todas as condições e capacidades para gerar soluções inovadoras e ter escala para toda a bacia”, avaliou.

 

“É ótimo pensarmos em como podemos conseguir criar esse ambiente de colaboração e conservação, tanto de ambiente quanto de cultura nessa escala transfronteiriça, que eu acho que é a essência desse projeto”, acrescentou Marcos Amend.

 

O Brasil foi o primeiro país a assinar o Acordo de Cooperação Técnica firmado para implementação do projeto, por meio da Sema. Neste ano, tiveram assinaturas do Acordo com os demais países. Com isso, o projeto está oficialmente cumprindo os requisitos exigidos para financiamento, e pôde dar início à execução dos componentes.

 

COMPONENTES

 

Maycon Castro

 

O projeto Putumayo-Içá é implementado através de três componentes principais, criados para promover a gestão sustentável dos recursos naturais da bacia. O primeiro deles envolve o fortalecimento da governança e a capacidade para tomada de decisões sobre a gestão integrada dos recursos hídricos.

 

O segundo dispõe sobre a realização de intervenções-chave em espaços-piloto para gestão integrada. O terceiro inclui o gerenciamento do projeto, comunicação, monitoramento e avaliação. As ações se desenvolvem com a participação ativa das comunidades locais, respeitando as considerações de gênero e multiculturalidade, e buscando proteger as tradições culturais e os benefícios ambientais.

 

“A Política Nacional de Recursos Hídricos do Brasil aborda a bacia hidrográfica como uma unidade de planejamento. Desde 1997, tentamos implementar esse modelo, e não temos avanço significativo na questão do gerenciamento das bacias. A gente vê que o nível de articulação do projeto tenta romper essa barreira, e tenta realmente aplicar o previsto na nossa legislação nacional”, afirmou o gestor da Assessoria de Recursos Hídricos da Sema, Maycon Castro.

 

ENCAMINHAMENTOS

 

Marcos Amend (Fotos: Emílio Bermeo/WCS)

 

Como metas para as reuniões dos próximos dias, será discutido o seguimento e execução do Plano de Aquisições do projeto, o avanço dos compromissos gerais do Acordo de Doação, a respeito das aquisições, e os avanços do Manual Operativo do projeto.

 

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Na sexta-feira (15/11), terá a reunião do Comitê Técnico Regional, onde será feita a avaliação para aprovação do Plano Operativo Anual 2025. 

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Coluna Meio Ambiente : COP29: Conferência da ONU sobre mudanças climáticas inicia nessa segunda-feira, 11
Enviado por alexandre em 12/11/2024 10:34:49

Acordos internacionais e a promoção de políticas e iniciativas nacionais são os resultados esperados desse encontro

A partir desta segunda-feira, 11, e até o dia 22 de novembro, o maior encontro global de tomada de decisões dedicado à crise climática será realizado em Baku, capital do Azerbaijão. Durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), lideres de 198 países e da União Europeia estarão focados em desenhar soluções que viabilizem práticas sustentáveis, como o fim da emissão de gases do efeito estufa e a adaptação aos impactos da mudança climática.

 

Acordos internacionais e a promoção de políticas e iniciativas nacionais são os resultados esperados desse encontro. Mas para que aconteçam, é necessário um entendimento entre tantas partes com culturas, línguas e experiências diferentes. Tradutores e intérpretes ajudam nas negociações, e, para diminuir os ruídos, a língua inglesa e o uso de siglas são as principais ferramentas de conversão. Conheça os principais termos e siglas que serão usados esses dias:

 

Acordo de Paris: acordo internacional lançado na COP21, em 2015 e ratificado pelo Congresso Nacional no ano seguinte, passando a vigorar em 4 de novembro de 2016. O documento reúne ações globais em resposta à ameaça da mudança climática, como a redução das emissões de gases de efeito estufa.

 

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Artigo 6: é o artigo do Acordo de Paris que trata da viabilização de mercado de carbono global, em substituição ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto.


CMA (Conference of the Parties serving as the meeting of the Parties to the Paris Agreement, Conferência das Partes que secretariam as Partes do Acordo de Paris): encontro das partes que subsidiam e negociam os elementos do Acordo de Paris para as COPs.


CMP(Conference of the Parties serving as the meeting of the Parties to the Kyoto Protocol, Conferência das Partes que secretariam as Partes do Protocolo de Quioto): encontro das partes que subsidiam e negociam os elementos do Protocolo de Quioto para as COPs.

 

Em discurso de abertura, presidente da COP29 diz que 'mundo está a caminho  da ruína' | Meio Ambiente | G1

 

COP (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas): Reunião para teve início em Berlim, na Alemanha, em 1995, um ano após começar a vigorar a Convenção de Clima. Tem como principais objetivos debater soluções para diminuir as emissões de gases do efeito estufa, conter o aquecimento global e implementar a convenção e seus instrumentos jurídicos.

 

GST (Global Stocktake, Balanço Global de Carbono): previsto no Artigo 14 do Acordo de Paris, é um mecanismo de transparência que permite avaliar o progresso nas metas de longo prazo. O primeiro foi concluído na COP28.

 

O que esperar do Brasil na Conferência do Clima – DW – 11/11/2024

Fotos: Reprodução

 

INC (Intergovernmental Negotiating Committee, Comitê Intergovernamental de Negociação): grupo aberto a todos os Estados-Membros das Nações Unidas e agências especializadas. Foi criado em 1990, pela Assembleia Geral da ONU, com a participação inicial de 150 países, responsável pelo texto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) finalizado em 1992.

 

Livro de Regras de Paris: documento elaborado na COP24 para orientar as partes sobre como concretizar o Acordo de Paris e limitar o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius e atingir a meta de manter em 1,5 ºC.

 

NDC (Nationally Determined Contributions, Contribuições Nacionalmente Determinadas): são as metas e os compromissos assumidos pelas partes para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Até fevereiro de 2025 os países-membros devem apresentar a terceira versão (NDCs 3.0) de suas metas atualizadas em relação ao Acordo Paris. Na última NDC apresentada, o governo brasileiro estabeleceu a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43% em 2030, em relação aos níveis de emissões estimados para 2005.

 

NCQG (New Collective Quantified Goal on Climate Finance, Nova Meta Quantificada Global de Finanças): visa substituir o acordo de financiamento climático de US$ 100 bilhões anuais entre 2020-2025, ultrapassado, insuficiente e que os países nunca entregaram.
Protocolo de Quioto: tratado para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global. Foi assinado em 1997 e entrou em vigor em 2005.

 

BTR (Biennial Transparency Reports, Relatório Bienal de Transparência): documento com previsão da primeira submissão nesta COP29.
SB60 (Sessão dos Órgãos Subsidiários): Também chamada de Conferência sobre Mudança Climática de Bonn (Bonn Climate Change Conference), é um encontro anual que ocorre na Alemanha de preparação para a Conferência das Partes. São discutidos aspectos específicos das ações climáticas, partilhados conhecimentos e iniciadas as negociações. A antecipação garante a redefinição das estratégias e progressos mais significativos antes da conferência.

 

Troika: pacto de cooperação internacional firmado pelas três presidências das COPs 28, 29 e 30, Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão e Brasil, respectivamente, pelo cumprimento da Missão 1,5 ºC, com reuniões avaliativas.

 

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UNFCCC (Convenção de Clima ou Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em inglês United Nations Framework Convention on Climate Changev): documento lançado para assinaturas na Eco-92 no Rio de Janeiro, e que passou a vigorar em 1994, que traz os princípios das responsabilidades “comuns mas diferenciadas” (países que emitiram mais devem reduzir mais) sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa. 

 

Fonte: Revista Cenarium

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Coluna Meio Ambiente : Desmatamento ilegal já suspendeu R$ 720 milhões em crédito rural em 2024
Enviado por alexandre em 11/11/2024 10:07:23

Essa é uma das ações que o governo federal vem adotando para tentar inibir o crime ambiental contra a derrubada das florestas públicas

Somente este ano, R$ 720 milhões em 1.235 operações de crédito rural deixaram de ser concedidos a produtores rurais porque envolviam áreas embargadas por desmatamento ilegal, informou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Rodolfo de Lima.

 

Essa é uma das ações que o governo federal vem adotando para tentar inibir o crime ambiental contra a derrubada das florestas públicas e, assim, frear o desmatamento nos biomas brasileiros, principalmente na Amazônia Legal, que nos últimos 12 meses conseguiu reduzir em 30,6% a taxa de devastação.

 

Mesmo com a vitória da redução na taxa de desmatamento, a Amazônia ainda perdeu 6.288 km2 de florestas, entre agosto de 2023 e julho de 2024, segundo os dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período anterior, foram 9.001 km2 devastados.

 

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Além de buscar os responsáveis, o governo quer obrigar que eles recuperem as áreas.A meta do governo brasileiro é pelo desmatamento zero até 2030 e, para isso, nos dois últimos anos foi necessário remontar toda a estrutura ambiental governamental para combater o crime contra a floresta e, agora, para enfrentar as consequências das mudanças climáticas, cujas alterações favorecem a degradação.

 

De acordo com o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, uma vez registrado o desmatamento ilegal, a legislação brasileira prevê dois encaminhamentos para tentar reparar o dado: um é o embargo da área, impedindo o uso econômico de qualquer produto realizado naquele local; a segunda são as ações judiciais para a recuperação ambiental da região devastada ilegalmente.

 

Foto: Reprodução

 

“O Ibama tem feito um trabalho muito grande, em alguns estados, de embargar. Se você desmatou uma área ilegalmente, você não pode utilizar a área, nenhum produto ali produzido pode ser comercializado”, informou Capobianco.Segundo o MMA, a Advogacia Geral da União (AGU) já ingressou com 73 ações civis públicas (ACPs) para a reparação de danos ambientais na Amazônia. Os dados não mostram quanto já se recuperou no histórico de monitoramento do desmatamento do bioma.

 

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Mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil de 1985 a 2023 do Mapbiomas mostra que, nesse período, a Amazônia já perdeu 14% de sua cobertura nativa. Em 1985, tinha 80% de seu território coberto de vegetação natural, enquanto no ano passado, foram registrados 68%. Nesse período, a área ocupada pela agropecuária saiu de 3% para 16%. 

 

Fonte: Revista Cenarium

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Coluna Meio Ambiente : Zoológico comemora sucesso em reprodução de saguis-da-serra-escuro
Enviado por alexandre em 06/11/2024 10:38:33

Espécie está ameaçada de extinção

Prestes a completar um mês de nascimento, dois filhotes de sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) são motivo de comemoração no Zoológico de São Paulo, já que a espécie está ameaçada de extinção. Filhos do casal Rolo e Scarlet, que chegaram à instituição no ano passado, os filhotes são os primeiros a nascer no local e representam avanço significativo na conservação da fauna brasileira.

 

O casal passou a integrar a área de visitação do Zoo neste ano e a rotina da família é acompanhada de perto pela equipe técnica. Os cuidados seguem as recomendações do programa de conservação, vinculado ao Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da preguiça-de-coleira, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

 

"Não interferimos nos cuidados, a menos que seja necessário, e a Scarlet está se saindo uma ótima mãe. É o pai quem carrega os filhotes, enquanto a mãe cuida dos bebês no momento da amamentação. Estamos muito felizes com o crescimento da família.

 

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É a primeira vez que mantemos essa espécie, e o nascimento desses filhotes representa a consolidação do nosso trabalho pela conservação. É importante manter uma população de segurança que, no futuro, poderá contribuir com ações na natureza, se necessário”, afirmou o biólogo chefe do setor de mamíferos, Luan Moraes.

 

Moraes explicou que esses primatas, popularmente conhecidos como sagui-caveirinha, são nativos de pequenas áreas da Mata Atlântica nos estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

 

Eles desempenham papéis ecológicos cruciais, como a dispersão de sementes e o controle de insetos, sendo fundamentais para o equilíbrio do ecossistema e a manutenção da biodiversidade.

 

No entanto, sua sobrevivência está ameaçada por diversos fatores, como expansão urbana, incêndios florestais, desmatamento e competição com espécies invasoras. Atualmente, a espécie é classificada como “Em Perigo” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

 

Os saguis-da-serra-escuro Rolo e Scarlet não foram os primeiros primatas a se reproduzirem no Zoo de São Paulo. Antes deles, a área de Moraes já teve sucesso na reprodução de micos-leões, o que concretiza o sucesso do manejo dos técnicos e o sinal de que eles estão no caminho certo. Segundo ele, o cuidado correto com as espécies em extinção é extremamente importante porque permite que se crie uma população de backup, que é nada mais nada menos do que uma reserva de indivíduos que podem ser soltos na natureza, caso haja necessidade.

 

“Não só com os saguis, mas em toda espécie ameaçada é importante cuidar do que a gente chama ex-situ, que significa, conservação fora do lugar de origem, do ambiente natural, seja ele em zoológico ou por criadores, porque podemos promover uma população que chamamos de backup. Caso ocorra alguma extinção na natureza, temos esses indivíduos que podemos reintroduzir. Aqui no zoológico temos essas populações e já houve solturas”, ressaltou.

 

O biólogo se refere à Arara-azul-de-lear, que já esteve em alto grau de ameaça de extinção e foi recuperada. Com essa espécie, o Zoo já trabalha há muitos anos fazendo manejo de conservação integrada com o Grupo de Pesquisa e Conservação da Arara-de-lear, que trabalha em campo, unindo as ações ex-situ e as ações in-situ. No Zoo é feito todo o processo de incubação de ovos, maximizando o número de filhotes das espécies ameaçadas.

 

“Nossa função aqui com essas espécies ameaçadas é ter uma população de segurança. Nós nunca sabemos como e quando uma espécie estará no seu grau de ameaça. Hoje, posso ter uma espécie que não está ameaçada mas por conta de um desastre natural ou problemas como, por exemplo, a queimada do Pantanal, não sabemos se isso pode acarretar ameaça de algumas espécies que lá habitam. Caso a área precise de revigoramento, conseguimos fornecer esses animais para soltura”, explicou a bióloga chefe do setor de aves, Fernanda Vaz Guida.

 

Apesar de as espécies ameaçadas serem o foco desse trabalho, também há no Zoológico populações de segurança de espécies domésticas, como o Cisne Negro e espécies nativas brasileiras. Já há sucesso na reprodução da Jacutinga, uma espécie ameaçada de Mata Atlântica, com duas aves destinadas a um programa de soltura.

 

Esse manejo é feito também com os anfíbios, explica a bióloga chefe do setor de herpetofauna, Cybele Sabino Lisboa. Ela cita o exemplo dos anfíbios, que são os animais vertebrados mais ameaçados do mundo, com 40% de todo o grupo classificada nesse ponto. Por isso, uma das recomendações é justamente aumentar a população de segurança.

 

No Zoológico é feito o manejo das pererecas de Alcatraz, endêmica da ilha de mesmo nome e ameaçada no período em que foi iniciado o manejo. Apesar de recente, com os primeiros animais chegando à instituição em 2011, já há uma população de 100 indivíduos.

 

“Essa espécie foi o início dessa estratégia no Brasil. Na época em que começamos, a perereca de Alcatraz era criticamente ameaçada e, por causa de todos os esforços conjuntos, hoje em dia ela melhorou a categoria de ameaça, passando a ser considerada vulnerável, e isso foi um grande ganho de um trabalho em conjunto e esforços principalmente para proteger a área que ela ocorre. E sabendo que existe uma população de segurança, isso também dá força para que a espécie melhores o status de ameaça”, destacou Cybele.

 

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O Zoológico de São Paulo está localizado em área de mais de 450 mil metros quadrados de Mata Atlântica, abriga mais de 2.200 animais de 300 espécies, incluindo diversas nativas da região. A visitação está aberta das 9h às 17h e a bilheteria até as 16h. O zoo fica na Avenida Miguel Estefno, 4.241, Água Funda. É possível comprar os ingressos no site da instituição. 

 

Fonte:Agência Brasil

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