Contos de fadas ensinam inglês e encantam crianças de escola pública
Foto: Reprodução
Projeto transforma narrativas clássicas em experiências lúdicas de aprendizagem
Sou professora de língua inglesa de Pré I ao 5º ano na Escola Padre Trudo Plessers, da rede pública municipal de Pinheiro Preto (SC), cidade de aproximadamente 3 mil habitantes. Em 2025, desenvolvi com uma oficina marcante na minha trajetória profissional. A proposta nasceu de um desejo simples, mas fundamental: tornar o ensino/aprendizado de inglês mais agradável, significativo e conectado ao universo das crianças.
Ao longo dos séculos os contos de fadas despertam imaginação, ensinam e incentivam a leitura, e foi a partir desse olhar que decidi criar o projeto “Língua Inglesa através de contos de fadas”, realizado ao longo de dez encontros semanais no contraturno escolar, com as turmas de 1º ano.
Desde o início, minha intenção foi despertar o gosto pela literatura, incentivar a oralidade, a escuta atenta, e unir artes visuais e ludicidade, criando momentos nos quais a língua inglesa fluísse naturalmente, dentro de contextos que fizessem sentido para os alunos. O projeto teve duração de 10 aulas, de 1h30 cada, no período matutino. Ao longo do projeto, cada história guiou a aprendizagem de um conjunto específico de vocabulário e expressões.
Veja também

Mais de 42 mil fazem provas discursivas do CNU 2025 neste domingo
Brasil tem 7 das 10 melhores universidades da América Latina; USP lidera
O primeiro encontro iniciou com a frase clássica “Once upon a time…”, que usei para apresentar o universo dos personagens que nos acompanhariam durante as semanas seguintes. Neste primeiro encontro, conversamos sobre reis, rainhas, fadas, castelos e dragões, explorando o que as turmas sabiam sobre essas histórias, usando expressões simples como It’s a fairy ou It’s a dragon, enquanto jogávamos com sombras e adivinhações de cada uma dessas figuras tão comuns nestes contos infantis. Finalizamos a primeira aula montando castelos em papel firme, cada um com personagens desenhados pelos próprios estudantes, por fim, as crianças permitiram-se imaginar e brincar com seus trabalhos.

Foto: Reprodução
Em “Chapeuzinho Vermelho” (“Little Red Riding Hood”), por exemplo, utilizei uma cesta com pãezinhos plastificados para contar a narrativa. A cada pão retirado, um trecho se revelava. Foi uma forma divertida de trabalhar perguntas simples, como Who is this?, além de introduzir alimentos e bebidas do café da manhã em língua inglesa. Os alunos montaram suas próprias cestas de massinha e criaram rodas ilustradas para expressar o que comem e bebem, utilizando construções frasais como I eat… e My favorite food is….
Com o conto “Os Três Porquinhos” (“The Three Little Pigs”), apresentei mini casinhas feitas de palha, madeira e tijolos, que permitiram às crianças vivenciar a história com todos os sentidos. Com frases como Who built this house? / I’ll blow your house down!, os alunos reagiam ao meu sopro tentando derrubar as casinhas, trazendo risadas e surpresa. Esse conto abriu espaço para explorar o vocabulário relacionado ao lar, diferentes tipos de moradia e para valorizar temas como esforço, colaboração e empatia. Depois de assistirmos a um vídeo sobre partes da casa, cada aluno desenhou sua própria casa, trazendo sua identidade, realidade e suas vivências para a atividade.
Fonte: Porvir




