Gurgacz garante que está elegível; Capixaba disputa poder com irmão do vice; e ainda rachada com Cassol, Jaqueline será candidata

O PL está sendo derrotado pelo dualismo entre a falta de capacidade de entrega de resultados a população e a militância digital bolsonarista de um mundo paralelo
CARO LEITOR, a exemplo do MDB, PFL, PSDB e PT no passado, o PL vive o paradoxo do poder, ou seja, quanto mais cresce, mas corre o risco de rachar por conta das divergências das lideranças internas. A base ideológica do partido é movida pela emoção como se estivesse o tempo todo em campanha eleitoral, quando deveria se guiar pela racionalidade no exercício do poder. Em essência, a manutenção do poder exige conhecimento, compromisso, competência e capacidade de entrega de resultados minados pelas mudanças psicológicas causadas pela posse do poder. O poder, para ser sustentável, precisa ser construído com base na confiança e na capacidade de servir a sua base de sustentação, ou seja, o seu grupo político, bem como entregar resultados concretos à população. Por sua vez, a arrogância e os jogos humanos de manipulação por disputa de poder minam a legitimidade do líder. O PL, para não rachar, precisa vencer o que a neurociência chama de “tribalismo sob estresse”. Assim, o PL que hoje representa a extrema-direita no país não está sendo derrotado pela esquerda, direita ou moderados, mas pelo dualismo por não demonstrar capacidade de entrega de resultados à população e a militância digital bolsonarista de um mundo paralelo.
Tribalismo
O que é tribalismo sob estresse? Segundo a neurociência, é quando um grupo prefere a sensação de estar certo à necessidade de continuar vencendo. No caso do PL, a emoção continua conduzindo a legenda em detrimento da razão de resolver os problemas reais da população e do país.
Autofagia
O cérebro tribal busca segurança na semelhança. Quando o grupo cresce demais, ele cria subgrupos para reafirmar a identidade. É o intuito biológico da purificação. Mas em política isso se chama autofagia.
Resultados
O PL e a extrema-direita vivem numa contínua guerra de narrativas. Os prefeitos e alguns parlamentares tentam manter o diálogo da capacidade de entrega de resultados. Já os governadores se distraem na guerra de narrativas e na demonstração de resultados.
Pureza
Os militantes de extrema-direita que vivem na rede com a guerra de narrativas exigem dos representantes políticos pureza ideológica. Neste caso, o PL que deveria pautar o futuro, demonstrando capacidade de entrega de resultados, mas passa o dia nas redes sociais debatendo quem é puro o bastante.
Derrotada
A direita que se permitiu seguir a reboque da extrema-direita não está sendo derrotada por falta de pauta e de demonstração de capacidade de entrega de resultados. Mas está sendo derrotada por ausência de líderes com coragem e de um projeto de poder político.
Ataques
Nos últimos meses, vozes da extrema-direita antes celebradas viraram alvo de ataques do deputado federal licenciado antipatriota Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por não repetir o tom da cartilha bolsonarista e são rotulados de traidores. Contudo, Dudu Bananinha derrete nas redes sociais com seus delírios.
Reação
O deputado federal licenciado antipatriota Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a atacar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). A reação veio do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil-MT), ele disse: “Eduardo enlouqueceu.”
Lema
Falando em reação, viralizou nas redes sociais nos últimos dias o furo de notícia do colunista Tácio Lorran do Metrópoles, dando conta de que o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-Rondônia) empregava no seu gabinete a atual mulher, a cunhada e dois concunhados. Chrisóstomo acrescentou no lema da extrema-direita: “Deus, pátria e a minha família”.
Cabide
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-Rondônia), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), transformou o próprio gabinete em um cabide de empregos familiar. Mais de R$ 2,1 milhões já saíram dos cofres da Câmara dos Deputados para bancar as remunerações de seus aparentados.
Nepotismo I
Segundo assessoria do gabinete do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), a esposa, a cunhada e dois concunhados foram exonerados da Câmara dos Deputados na sexta-feira (07). Coronel Chrisóstomo disse “que não via problema nas contratações, tampouco nepotismo”.
Nepotismo II
Do valor pago aos aparentados, sozinha, a companheira do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Elizabeth Dias de Oliveira, abocanhou mais da metade desse valor: R$ 1,2 milhão. Chrisóstomo não enxerga nepotismo, mas cabe agora ao eleitor julgar nas urnas o lema “minha família” nas eleições do próximo ano.
Liderou
O deputado federal Lúcio Mosquini (MDB-Jaru) liderou uma expedição com outros políticos e produtores rurais no meio da mata em Tarilândia, no PA Jaru, para demonstrar in loco, com registro de imagens, os marcos da demarcação da terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau no sentido de demonstrar o equívoco da FUNAI e da “Operação Desintrusão” contra produtores rurais.
Georreferenciamento
A Bancada Federal precisa se unir para buscar uma solução para os produtores rurais assentados pelo INCRA no entorno da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau há mais de cinquenta anos. Nossos parlamentares deveriam solicitar apoio da UNIR e do IFRO para realizar o georreferenciamento da demarcação oficial da TI e das áreas de assentamento rural.
Garantir
Caso existam desencontros nos limites das áreas assentadas com a TI Uru-Eu-Wau-Wau, nossa Bancada Federal precisa se unir e sensibilizar o presidente Lula (PT-SP), bem como a equipe de governo, para alterar a legislação no sentido de garantir o pedacinho de chão para aqueles produtores rurais que há décadas tiram o seu sustento da terra.
Assegurou
O jurídico do ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) assegurou à coluna que ele está elegível e poderá disputar as eleições do próximo ano. Em face disso, Acir se movimenta no território político para voltar ao Senado.
Filiou
O ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) conversa com lideranças do interior e da capital para construir a nominata de deputado estadual e federal. Acir já filiou o ex-presidente da OAB Elton Assis e o ex-vereador Da Silva do Sinttrar.
Correção
Em contato com a coluna e para efeito de correção, a ex-deputada Jaqueline Cassol (sem partido) afirmou que em momento algum levou “rasteira” da deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná). Pelo contrário: “sempre tratei a deputada Silvia com respeito, e a nossa relação sempre foi pautada por cordialidade e consideração mútua”.
Episódio
A ex-deputada Jaqueline Cassol (sem partido) esclareceu à coluna que o episódio que resultou na desfiliação do PP teve outra origem com o ex-senador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura). Jaqueline deve disputar um novo mandato para a Câmara dos Deputados e o recall eleitoral das últimas eleições pode fazer dela uma vencedora nas urnas nas eleições de 2026.
Cidadania
O deputado estadual Eyder Brasil (PL) realizou, no último final de semana, a 4ª edição do Cidadania no Bairro – Especial de Fim de Ano, com mais de 1.500 atendimentos à população do bairro Ulysses Guimarães. Entre os serviços oferecidos estavam emissão de RG, vacinação, testes rápidos, atendimento médico, orientação jurídica, cortes de cabelo, atividades recreativas para crianças e muito mais.
Viriato
Prestei bastante atenção no discurso do médico Viriato Moura na Sessão Solene de homenagem com o Título Honorífico de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa ao médico Hiram Gallo, entregue ontem (10) pelo deputado estadual Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho). Conclusão: Viriato não é apenas um médico da ciência, mas, a exemplo do apóstolo Lucas, é um médico da alma e das artes.
Disputa
A disputa pelo comando partidário do Partido da Renovação Democrática – PRD, entre o ex-deputado federal Nilton Capixaba, que representa um grupo de deputados estaduais, e Fábio Gonçalves, irmão do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho), deverá ser decidida hoje em Brasília.
Cereja
O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) está com o garfo, a faca e o queijo na mão para lançar pelo Podemos candidatos a governador e senador. Léo possui lideranças de peso político nas regiões do Alto-Madeira, Vale do Jamari, BR. 429, Café e Cone Sul. Em face disso, será a cereja do bolo nas próximas eleições.
Aliado
Os moradores do Bairro Tiradentes ganharam um importante aliado na luta por melhorias na infraestrutura em escala local. O vereador Zé Paroca (Avante-Porto Velho) protocolou pedido de providências junto à Prefeitura de Porto Velho, solicitando a pavimentação asfáltica da Rua Estrela no sentido de eliminar a poeira no verão e a lama intensa no período chuvoso.
Lixo
Os líderes políticos rondonienses precisam apostar mais nos nossos líderes empresariais. Por conta das disputas judiciais, pressão política, mobilização e desmobilização das equipes de coleta de lixo, a Amazonfort, empresa de capital local, se esforça nos últimos dez dias para normalizar a coleta de lixo na capital. É preciso apostar e ter um pouquinho de paciência para tudo se ajustar.
Sério
Falando sério, o paradoxo do poder refere-se à ideia de que, ao alcançar o poder, os indivíduos frequentemente perdem características cruciais como a empatia, a inteligência emocional e o sentimento de convergência por um projeto de manutenção dos espaços de poder e de tomada de decisões, o que, paradoxalmente, pode levar à perda desse mesmo poder.
