Militar do Exército é encontrada carbonizada em quartel no Distrito Federal

Publicado em: 06/12/2025 21:41
Cabo Maria de Lourdes Freire Matos, vítima de assassinato — Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (5), uma tragédia chocou o Distrito Federal: a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrada carbonizada dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), localizado no Setor Militar Urbano, na região do Cruzeiro. A vítima, militar do Exército, foi assassinada em circunstâncias brutalmente violentas, e o suspeito é o soldado Kelvin Barros a Silva, de 21 anos, que confessou o crime. O caso está sendo investigado como feminicídio.

De acordo com o delegado da Polícia Civil, Paulo Noritika, o soldado afirmou que havia mantido um relacionamento com a vítima e que a discussão que resultou no homicídio ocorreu no dia do crime. A motivação teria sido uma tentativa da cabo de forçar o soldado a terminar com sua namorada. A versão do suspeito indica que, durante a briga, Maria de Lourdes sacou sua arma de fogo, e, em uma luta física, o soldado conseguiu tomar a faca da militar e a golpeou no pescoço.

Após cometer o crime, Kelvin Barros teria jogado álcool no local e ateado fogo no corpo da vítima, resultando em sua carbonização. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi acionado para combater o incêndio às 16h06. Durante o resfriamento dos materiais queimados, os socorristas encontraram o corpo de Maria de Lourdes, confirmando as suspeitas de assassinato.

A vítima, além de ser militar, era saxofonista e estava no Exército há apenas cinco meses. O crime foi registrado em uma das instalações militares mais importantes do Distrito Federal, o que chamou ainda mais atenção para a gravidade do feminicídio dentro de um ambiente controlado como o quartel.

A cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos

O Exército Brasileiro, por meio de nota, informou que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do incêndio e do assassinato de Maria de Lourdes. O soldado Kelvin Barros está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde aguarda as próximas etapas da investigação. Segundo a Força, ele deverá ser excluído do Exército.

Em uma nota oficial, o Exército lamentou profundamente a perda da cabo Maria de Lourdes e se comprometeu a punir com rigor os responsáveis por qualquer ato criminoso, reafirmando seu compromisso com a segurança e a integridade de seus membros. A morte de Maria de Lourdes, que ocorreu em um ambiente militar, gerou indignação e demandou uma resposta imediata das autoridades competentes.

O caso levanta questões sobre a violência de gênero dentro das forças armadas, além de refletir a importância de um processo de investigação rigoroso para garantir que o responsável seja punido de forma justa. A Polícia Civil do Distrito Federal segue com as apurações, e o IPM está sendo conduzido para esclarecer todos os detalhes do assassinato.

O feminicídio de Maria de Lourdes Freire Matos representa uma perda trágica e ressalta a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a violência doméstica e de gênero, especialmente em ambientes que, por sua natureza, deveriam zelar pela segurança e bem-estar de seus membros.

Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo
Foto: Reprodução

A perícia feita pelo departamento de Polícia técnica da PCDF aponta lesões em algumas regiões do corpo do soldado do Exército

O exame de corpo de delito feito no soldado do Exército Brasileiro Kelvin Barros da Silva (foto em destaque), 21 anos, que confessou ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25, apontou lesão contundente. Apesar disso, o militar disse não ter sofrido agressão.

 

Uma lesão contundente é um dano físico causado por um impacto forte de um objeto sem ponta afiada ou lâmina (um objeto contundente) contra o corpo. A perícia feita pelo departamento de Polícia técnica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aponta lesões em algumas regiões do corpo do homem:

 

Apesar das escoriações registradas, Kelvin está em bom estado, consciente e orientado. O exame deixa claro que as lesões causadas foram recentes e não são antigas. Segundo o delegado Paulo Noritika, não há indícios de luta corporal contra a vítima, que se encontrava sentada quando foi achada com o seu corpo carbonizado.Maria de Lourdes era cabo do Exército, tendo ingressado há cinco meses, para a vaga de musicista. Ela foi encontrada morta por militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF).

 

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O feminicídio ocorreu no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG). Em depoimento à Polícia Civil (PCDF), Kelvin Barros confessou a autoria e disse que o crime ocorreu após uma discussão entre os dois.Segundo Kelvin Barros, eles tinham um relacionamento. “Após uma discussão, em que a mulher teria exigido que ele terminasse com a atual namorada e a assumisse, conforme havia sido prometido pelo autor, a vítima teria sacado sua arma de fogo”, comentou o delegado Paulo Noritika.

 

Exame de corpo de delito aponta lesões em feminicida que matou cabo - destaque galeria

Foto: Reprodução

 

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“Ele teria segurado a pistola enquanto ela tentava municiá-la. Enquanto isso, ele conseguiu alcançar a faca militar da vítima, que estava em sua cintura, e a atingiu, profundamente, na região do pescoço”, detalhou o delegado.

 

Fonte: Metrópoles

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