129,8 mil veículos e 2, 7 mil embracações foram vistoriados pelo Exército brasileiro O Ministério da Defesa divulgou, na última terça-feira (28), o segundo balanço parcial da Operação Ágata 7. Com o envolvimento de 33.563 militares e de 1.090 agentes de órgãos públicos, a ação conseguiu criar uma barreira contra os delitos de fronteira, principalmente nas rodovias. Até agora foram vistoriados mais de 129.825 veículos nos 16,8 mil quilômetros de faixa de fronteira. Além disso, rios e lagos estão sendo supervisionados pela Marinha. A operação já resultou na vistoria de 2.743 embarcações. Durante a fiscalização das rodovias e rios da região de fronteira, a Ágata apreendeu mais de 2.399 quilos de drogas, sendo duas toneladas só de maconha e 281 de cocaína, além de 8 mil quilos de explosivos. Dentre as ações de vulto, destaca-se a apreensão de U$ 260 mil, encontrados em um carro em Santa Catarina, e 40 mil pacotes de cigarros, avaliados em mais de R$ 1 milhão de reais, apreendidos em um caminhão na cidade de Guaíra (PR). A Ágata está atuando com eficiência também no espaço aéreo. Até agora foram interceptadas 97 aeronaves só na região Sul. Nessa localidade, no trecho entre Guaíra (PR) e Chuí (RS), estão sendo utilizadas, pela primeira vez simultaneamente, os Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants) da Força Aérea Brasileira e da Polícia Federal. A utilização dos dados coletados por essas aeronaves tem permitido o mapeamento dos pontos onde ocorrem os ilícitos. Na região Norte, uma pista clandestina que dava apoio a um garimpo ilegal na terra indígena Yanomami foi destruída em Cachoeira Xiriana (RO), num local próximo à fronteira com a Venezuela. Ações sociais – Além de ações de patrulha e fiscalização, a operação realizou Ações Cívico-Sociais (Acisos). Ao todo, 13.893 pessoas tiveram atendimento médico nas regiões de fronteira do Norte, Sul e Centro-Oeste. Nas ações, foram distribuídos 30.489 medicamentos. As equipes das Acisos também realizaram consultas odontológicas. No Norte foram 7.346 consultas, no Sul 1.259 e no Centro-Oeste 346. Ágata – Instituída como uma das ações do Plano Estratégico de Fronteiras, a operação Ágata é mantida sob o comando do Ministério da Defesa e coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. A execução cabe à Marinha, ao Exército e à Força Aérea Brasileira (FAB), com o apoio de 12 ministérios, cerca de 20 agências governamentais, forças policiais e agentes de dez estados e 710 municípios. Como a operação se desenvolve ao longo de toda a fronteira terrestre, as tropas contam com os centros montados nos Comandos Militares da Amazônia, em Manaus (AM); do Oeste, em Campo Grande (MS); e do Sul, em Porto Alegre (RS). Nesses locais atuam militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O governo federal pretende montar em parceria com os Estados um esquema de vigilância com câmeras ao longo dos 16,8 mil km de fronteira do Brasil. Portaria do Ministério da Justiça publicada nesta semana no "Diário Oficial da União" lista 60 municípios em 11 Estados que devem receber ainda neste ano recursos para a compra de ao menos 624 câmeras de monitoramento, para uma espécie de "Big Brother" da fronteira. A Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada ao ministério, vai liberar R$ 29,5 milhões para os Estados, que devem enviar projetos para compra e instalação dos equipamentos até o dia 28 de junho. Serão contemplados os governos do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esses Estados fazem fronteira com dez países. A verba federal deve ser utilizada exclusivamente para a compra e instalação das câmeras, do sistema de transmissão e recepção, da central de videomonitoramento e para o treinamento dos operadores de todo o sistema. Haverá contrapartida financeira entre 5% e 10% dos Estados e municípios. Segundo o Ministério da Justiça, as imagens serão analisadas em reuniões periódicas entre Estados, municípios, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Ministério da Defesa. Há cerca de dez dias, 31 mil civis e militares do Exército iniciaram operação de fiscalização da fronteira para evitar a entrada de criminosos, armas e drogas antes da Copa das Confederações, que acontece em junho. O Ministério da Justiça disse que a compra das câmeras "faz parte da política nacional de segurança pública" e "nada tem com a Copa". Fonte: Folha de São Paulo
Fonte: Assessoria |