O comandante geral da Polícia Militar, coronel Paulo César de Figueiredo foi o entrevistado desta terça (01/03) do programa A Voz do Povo, da Cultura FM 107,9, comandado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
O coronel falou sobre as ações iniciais, sobre os desafios do comando e dos projetos que serão implantados. Temas como reajuste dos policiais, integração entre as polícias e o policiamento comunitário também foram abordados pelo comandante.
“A política salarial depende do governante, estamos trabalhando para ampliar o trabalho integrado com as demais forças de segurança e vamos ampliar o policiamento comunitário”, disse.
Paulo César é matogrossensse, de Cuiabá e está na Polícia Militar desde 1987, trabalhou 9 anos em Vilhena e Colorado do Oeste. Veio para a capital e agora assumiu o comando geral. É formado em administração pela UNIR e pós-graduado. “Minha maior facilidade é com o relacionamento interpessoal. Sou muito de ouvir e gosto de trabalhar com planejamento participativo. Sempre trabalhei em operações, junto com a tropa”, declarou.
O coronel garantiu que a meta hoje “é a inteligência, com investimentos tecnológicos, como forma de acompanharmos o crescimento do Estado e o avanço da criminalidade”.
Sobre o secretário da Segurança, Alexandre Bessa, o coronel se mostrou confiante em sua atuação. “O secretário foi oficial da PM por sete anos. Fez academia da Civil e conhece a realidade de Rondônia. Ele busca a integração total entre as polícias e está voltado a promover a segurança pública do Estado”, disse.
Ele anunciou a mudança do 5º BPM para dentro da Zona Leste, “para estabelecer setores atribuídos a determinados grupos e ampliar ainda mais a presença e o contato com àquela localidade”.
Figueiredo informou que o convite feito pelo governador, passou dos contatos que ele teve ainda durante a campanha. “Nossa carreira na PM foi sempre em operações e contato direto com a tropa. Várias entidades ligadas à corporação indicaram meu nome, entre os 10 coronéis candidatos ao cargo de comandante geral”, declarou.
Segundo ele, “em 24 anos de trabalho, assumi a PM com uma situação muito boa. Não se pode negar que a gestão da PM anterior deixou coisas sanadas no aspecto pessoal e de logística, que vai ajudar a trabalharmos de agora em diante”.
Ele disse que foi bem recebido pela tropa. “Após a confirmação de meu nome, fiz uma reunião e expliquei aos demais coronéis como havia sido a escolha. Esse convite foi de forma técnica, todos os coronéis tem capacidade de gerir a corporação. A instituição somos todos nós. Me coloquei à disposição e pedi que trabalhássemos em conjunto”, afirmou.
O comandante, contrariando as expectativas, disse que a questão salarial não é a grande preocupação da tropa. “Conversei com o governador sobre recomposição salarial. Estou procurando aspectos motivacionais. Reajuste vai ser dado em razão das disponibilidades financeiras do Estado. Um anseio antigo de se resolver a questão das classes de policiais militares, foi resolvido de pronto no início do governo. Em janeiro de 2012, serão extintas as classes”, completou.
Segundo ele, para motivar a polícia, é preciso fortalecer o serviço de assistência social. “Temos que conhecer as condições que os policiais estão vivendo. Um problema é a habitação, queremos expandir essa ação para oferecer moradia digna aos policiais militares”, observou.
O comandante manifestou a sua preocupação em depurar a corporação, afastando os policiais que possam ‘desonrar a farda’. “Estamos melhorando a capacidade dos processos administrativos da Corregedoria Militar. Uma conduta incompatível não é admitida. Se houver erro, existem os canais de apuração e punição aos culpados. Fui corregedor adjunto da PM e criamos a ouvidoria. Lá, as pessoas podem levar as suas denúncias e protestos, podendo ainda usar o fone 3216-5505 para maiores informações”, acrescentou.
Paulo César garantiu que “a policia tem trabalhado em todo o Estado, para melhorar o policiamento nas localidades, voltando a nossa atuação e atenção para a comunidade. A PM está presente em 84 localidades do Estado. São três regionais, em Porto Velho, em Ji-Paraná e Vilhena, que coordenam todo o trabalho policial. As informações se processam até chegar ao comando geral. Hoje, temos localidades com pelo menos 10 policiais. Chegou época que eram apenas dois em municípios enormes. Em São Miguel, por exemplo, funciona uma companhia da PM. O efetivo em cada localidade ao longo da BR-364, por exemplo, é entre 25 a 30 policiais cada cidade”, informou.
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