Brasil : Amazônia já perdeu 17% de sua cobertura nativa, aponta Mapbiomas
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Enviado por alexandre em 24/08/2023 09:48:28 |
Quase 125 milhões de hectares de vegetação nativa do bioma foram destruídos até 2021. COM INFORMAÇÕES DE MAPBIOMAS Os dados de desmatamento da Amazônia surpreendem por extensão e velocidade. Quase 125 milhões de hectares de vegetação nativa do bioma foram destruídos até 2021. Só que em 1985 a área desmatada ocupava 50 milhões de hectares. Isso significa que em apenas 37 anos foram desmatados 75 milhões de hectares de vegetação nativa – 50% a mais do que havia sido desmatado historicamente até 1985. Desse total, 74 milhões de hectares foram convertidos para atividades agropecuárias e silvicultura, que passaram de 49 milhões de hectares em 1985 para 123 milhões de hectares em 2021. O Brasil, que responde por 61,9% do território amazônico, perdeu 61,5 milhões de hectares de vegetação natural, ou 82% do que foi devastado no período de 1985 a 2021. Os dados fazem parte da Coleção 4 de mapas anuais de cobertura e uso da terra do Projeto MapBiomas Amazônia, iniciativa resultante da colaboração entre a RAISG (Rede Amazônica de Informações Socioambientais Georreferenciadas) e a Rede MapBiomas, que mapeia as mudanças de uso da terra em todos os nove países amazônicos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). Segundo os autores, as perdas têm sido enormes, praticamente irreversíveis e sem perspectiva de reversão dessa tendência. Os dados acendem a luz amarela e dão um sentido de urgência à necessidade de uma ação internacional integrada, decisiva e contundente. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Em 2021, a Amazônia havia perdido 17% de sua cobertura vegetal natural. No Brasil a área de vegetação nativa do bioma amazônico é de 79% em 2021, ou seja, a devastação já adentrou a faixa de risco traçada pelos cientistas, entre 20% e 25% de perda da cobertura florestal. Se a tendência atual verificada pelo MapBiomas Amazônia continuar, o bioma, que é um sumidouro de carbono de importância planetária, chegará a um ponto sem volta, afetando irreversivelmente seus serviços ecossistêmicos. O mapeamento também mostra que as geleiras dos Andes amazônicos, que fornecem água para milhões de pessoas e alimentam as nascentes dos grandes rios da região, perderam 46% de seu gelo no período analisado. A atividade minerária, por sua vez, expandiu-se 1107% (mais de 1.000%, passando de 47 mil hectares em 1985 para mais de 571 mil hectares em 2021). Imagem: Reprodução/MapBiomas Bolívia Na Bolívia, que responde por 8,4% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 48 milhões de hectares para 43 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte boliviana do bioma saltou de 2 milhões de hectares para 8 milhões de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico boliviano é de 85,5% em 2021.
Brasil No Brasil, que responde por 61,9% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 442 milhões de hectares para 382 milhões de hectares entre 1985 e 2021 – uma perda de 60 milhões de hectares, ou 80% do total perdido no período no bioma como um todo. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte brasileira do bioma praticamente triplicou, passando de 36 milhões de hectares para 98 milhões de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico brasileiro é de 79% em 2021 – a mais baixa entre todos os países amazônicos. Colômbia Na Colômbia, que responde por 6% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 45,1 milhões de hectares para 42,6 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte colombiana do bioma passou de 2,4 milhões de hectares para 4,6 milhões de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico colombiano é de 89,5% em 2021. Equador No Equador, que responde por apenas 1,6% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 10,3 milhões de hectares para 9,8 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte equatoriana do bioma passou de 1,3 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico equatoriano é de 83% em 2021. Guiana A Guiana, que responde por apenas 2,5% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 18,8 milhões de hectares para 18,7 milhões de hectares entre 1985 e 2021. A área de vegetação nativa do bioma amazônico guianense é de 97,4% em 2021. Guiana Francesa A Guiana Francesa, que responde por apenas 1% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 8,21 milhões de hectares para 8,16 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte guianense do bioma passou de 200 mil hectares para 400 mil hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico guianense é de 98,1% em 2021 – a mais alta entre todos os países amazônicos. Peru No Peru, que responde por 11,4% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 73 milhões de hectares para 70 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte peruana do bioma passou de 6 milhões de hectares para 9,5 milhões de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico peruano é de 87% em 2021. Suriname No Suriname, que responde por 1,7% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 13,8 milhões de hectares para 13,7 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte surinamesa do bioma passou de 110 mil hectares para 150 mil hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico surinamês é de 96,7% em 2021. Venezuela Na Venezuela, que responde por 5,6% do território amazônico, a área coberta por vegetação florestal nativa caiu de 38,6 milhões de hectares para 37,9 milhões de hectares entre 1985 e 2021. Nesse período, a área de agropecuária e silvicultura na parte venezuelana do bioma passou de 0,9 milhão de hectares para 1,3 milhão de hectares. A área de vegetação nativa do bioma amazônico venezuelano é de 94% em 2021.
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Brasil : Mais de 7 milhões de pessoas não estudam e nem trabalham no Brasil
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Enviado por alexandre em 24/08/2023 09:43:41 |
Foto: Reprodução Dados do Dieese refletem os desafios da empregabilidade entre os mais jovens e evidencia a importância de iniciativas que podem contribuir com a inserção desta parcela da população no mercado de trabalho. O Brasil possui atualmente, 15% dos jovens, com faixa etária entre os 15 e os 29 anos, sem estudar nem trabalhar, de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). São mais de 7 milhões de pessoas entre os chamados ‘nem-nem’ (nem estudam, nem trabalham). Os números representam um desafio ainda maior diante do contexto de crescimento populacional brasileiro e coloca em evidência a pertinência de iniciativas que estimulem este público a ingressar no mercado de trabalho. Projetos como o PL2796/2021, que estabelece o Marco Legal dos Games, pode ser decisivo para essa parcela da população. É nesta é na indústria em si que os jovens têm uma atuação mais decisiva. “Projetos que auxiliem na abertura de vagas para esse público, como é o caso do Marco Legal dos Games, são fundamentais. Observamos muitos jovens recebendo propostas sedutoras para trabalhar, de maneira remota, para empresas de games de outros países e ganhando em euros, dólar e libra. Ao fomentar o mercado brasileiro, por meio da regulamentação, empresas serão atraídas, produtos novos surgirão e isso gera mais competitividade para o mercado nacional”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS), Rafael Marcondes. Veja também  No Senado, indígenas dizem que marco temporal é inconstitucional Para Bolsonaro existe harmonização facial grátis, segundo o próprio Ainda de acordo com o executivo, o desequilíbrio salarial ainda será um desafio, mas o Marco Legal poderá aumentar a oferta de empregos com melhores salários do que os pagos atualmente. “Ainda não há como competir com dólar e euro, mas é possível tornar a indústria brasileira mais atrativa”, declarou. Rafael explica também que a proposta dá destaque específico à formação de mão-de-obra e detalha que o artigo 7º do texto prevê o estímulo à criação de cursos de formação para o setor de games, em parceria com universidades e cursos profissionalizantes. PESQUISA RETRATA A IMPORTÂNCIA DE QUALIFICAR OS JOVENS TALENTOS PARA O MERCADO  Foto:Reprodução A necessidade de oferta e qualificação de mão-de-obra jovem também está presente no documento 12 compromissos para um Brasil Competitivo, desenvolvido pelo Movimento Brasil Competitivo em parceria com a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. O estudo mostra que apenas 4% dos jovens de 15 a 24 anos estão matriculados em algum curso técnico ou profissionalizante – pior desempenho dentre os 37 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Outro estudo também do MBC, realizado em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e intitulado “Transformação Digital, produtividade e crescimento econômico”, mostrou que a digitalização da economia tem o potencial de injetar até R? 1,12 trilhão no PIB brasileiro. E que isso impacta também o mercado de trabalho, como o setor de games. Segundo a pesquisa, nos últimos cinco anos, os empregos digitais apresentaram um crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações e trouxeram remunerações acima da média e uma produtividade de trabalho superior em relação às demais atividades. Marcondes observou os números e destacou que “Os jovens de hoje estão cada vez mais conectados e digitalizados. Precisamos criar condições para que eles se sintam atraídos para esses empregos que envolvam pesquisa e inovação. O mercado de games atende à essa equação. Não é apenas entretenimento, é uma indústria que move a economia do Brasil para o futuro”. LEIA MAIS |
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Brasil : Calor e tempo seco colocam saúde em risco: veja alguns cuidados
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Enviado por alexandre em 24/08/2023 09:36:50 |
Foto: Reprodução O calor forte e a baixa umidade registrados em boa parte do país devem permanecer firmes ao longo de toda a semana. Segundo projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os índices de umidade relativa do ar devem oscilar entre 20% e 30% em cidades das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Em São Paulo, por exemplo, a umidade relativa do ar tem variado de 10% a 15% em algumas localidades. A baixa qualidade do clima chama a atenção para cuidados com a saúde, especialmente a respiratória. “Com a redução da umidade, as membranas oculares, orais e nasais podem ficar desidratadas, facilitando a influência de elementos externos como microrganismos e germes, ou mesmo substâncias poluentes resultantes de incêndios e queimadas. Algumas das principais doenças que podem se manifestar são rinite, sinusite, pneumonia e asma”, alerta a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Cláudia Elisangela Fernandes Bis Furlan. Veja também  4 melhores chás que ajudam a emagrecer para valer Prefeitura de Manaus realiza Projeto 'Mais Vida' para idosos da Fundação Dr. Thomas VEJA CUIDADOS CONTRA O CALOR Tome bastante água para manter as mucosas das vias aéreas hidratadas; Faça refeições leves com legumes e verduras, consuma frutas nos intervalos das refeições; Evite os descongestionantes nasais, sobretudo sem indicação médica; Evite fumar, pois a fumaça do cigarro provoca reações alérgicas, além de irritação das mucosas; Use soro fisiológico para hidratação das vias áreas; Escolha horários de temperatura mais amena para realizar suas atividades físicas; Mantenha a casa sempre arejada e tenha atenção redobrada com a limpeza de itens que possam acumular poeira; Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar-condicionado. Fonte:Metrópoles LEIA MAIS |
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Brasil : Saiba como a técnica da compostagem pode ajudar a combater queimadas urbanas
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Enviado por alexandre em 23/08/2023 09:52:46 |
Técnica sustentável auxilia no descarte correto de resíduos e até na redução da proliferação de mosquitos, segundo biólogo florestal. Com informações do G1 Rondônia Porto Velho (RO) registrou 238 focos de queimadas urbanas entre os meses de janeiro a julho de 2023. Nas primeiras duas semanas de agosto, cerca de 22 registros já foram registrados pela administração municipal. No entanto, existem técnicas sustentáveis – como a compostagem –, que podem ajudar a reduzir as queimadas urbanas.
Terra adubada. Foto: Tatiane Silvestroni/Sesc Sorocaba/Divulgação De acordo com o engenheiro florestal da Ecoporé, Romas Silva, a compostagem é uma alternativa para gestão de resíduos, principalmente, no descarte correto das folhas de árvores, que são sujeitas a queima nessa época do ano. O engenheiro explica que essa técnica envolve um processo biológico, em que micro organismos decompõem os resíduos, transformando-os em um composto rico em nutrientes, mais conhecido como 'adubo'. Além de contribuir para a destinação correta de resíduos, o aproveitamento das folhagens gera diversas vantagens ambientais, como a redução da proliferação de insetos e aplicação desses fertilizantes em hortas e até em lavouras.
"Isso acaba tornando um ciclo sustentável. Consumimos os resíduos e colocamos na composteira, que degradam e servem de adubo para as próximas plantas. Esse ciclo se repete", explica Romas Silva. Como fazer? Segundo o engenheiro florestal, além das folhas, outros resíduos orgânicos podem ser utilizados, como cascas de frutas, ovos, borra de café, entre outros produzidos na cozinha de casa. Ainda de acordo com o especialista, a composteira pode ser feita de diferentes maneiras, mas a mais comum inclui o uso de terra e matéria orgânica. Veja dicas: - Escolha um local e separe a matéria orgânica;
- Evite o uso de matérias que não podem ser compostas (frutas cítricas, carnes, plástico e fezes de cachorros, que podem prejudicar o processo);
- Adicione os materiais em camadas alternadas de material úmido (como restos de comida), terra e material seco (como folhas secas). Isso ajuda a manter o equilíbrio de umidade;
- Quando o composto estiver escuro, com cheiro de terra e semelhante a uma textura de solo, estará pronto para ser utilizado.
Esse composto, de acordo com o engenheiro, é um ótimo adubo para plantas e pode ser utilizado em diferentes plantios. *Por Emily Costa, do G1 Rondônia |
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