Brasil : Amazônia queima mais de “duas Bélgicas” por ano desde 1985
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Enviado por alexandre em 06/05/2023 10:24:12 |
Pará e Mato Grosso são os Estados que mais acumularam área queimada na Amazônia no período. Portal Amazônia, com informação do IPAM Amazônia Todos os anos, desde 1985, uma área equivalente a mais de "duas Bélgicas" pega fogo na Amazônia brasileira. O bioma foi o mais queimado do país nas últimas quatro décadas, com uma média de 68 mil km² atingidos pelo fogo anualmente. É o que mostra a série de dados da Coleção 2 do 'MapBiomas Fogo', que mapeia as cicatrizes do fogo no Brasil. O mapeamento é realizado pela rede MapBiomas em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), que também é responsável pelo mapeamento da Amazônia. A área queimada ao menos uma vez entre 1985 e 2022 anos soma 809,5 mil km², ou 19% da Amazônia brasileira. Mantendo a comparação com o país europeu, 27 Bélgicas seriam necessárias para ocupar o mesmo espaço – ou mais que a metade do estado do Amazonas. O fogo foi mais frequente na maior parte das regiões: cerca de 68% da área afetada foi queimada mais de uma vez no período. "A Amazônia é um ecossistema sensível ao fogo, o que significa que o fogo não é parte natural do processo de evolução ecológica das florestas do bioma. O fogo na Amazônia é totalmente decorrente das queimadas relacionadas ao desmatamento e ao manejo de pastagem. Essas acabam escapando para as florestas, originando incêndios florestais e causando degradação", avalia Ane Alencar, diretora de Ciência no IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo. Amazônia queima mais de “duas Bélgicas” por ano desde 1985. Foto: Mágson Alves/Unsplash Em 38 anos, a Amazônia concentrou 43% de tudo o que foi queimado no país. Praticamente a mesma proporção vale para o Cerrado, que abrigou 42,7% de toda a área queimada em território nacional. Os dois maiores biomas da América do Sul foram afetados por 85,7% do fogo que se alastrou pelo Brasil desde 1985. Onde queima e por quê A vegetação nativa preenchia 44,3% da área queimada na Amazônia nos últimos 38 anos, enquanto que 55,7% do fogo no período ocorreu em áreas antrópicas, de uso humano, principalmente nas pastagens. "O fogo é usado em uma etapa do processo de desmatamento, como uma forma 'rápida e barata de limpar a terra' para conversão da floresta em área de agricultura ou pecuária. A prática em áreas protegidas pode ocorrer por várias razões e, infelizmente, muitas dessas áreas na Amazônia são alvo de crimes ambientais, em que o fogo é usado para destruir evidências de desmatamento e para a expansão de atividades ilegais. No entanto, vale destacar a importância do Manejo Integrado do Fogo em áreas protegidas como estratégia para prevenir e controlar incêndios florestais de maneira sustentável e segura. Também é necessário que esse tipo de manejo seja realizado de forma planejada, levando em consideração as condições climáticas, a biodiversidade local, além de análises das necessidades das comunidades que habitam essas localidades" explica Felipe Martenexen, pesquisador no IPAM. Propriedades rurais privadas tiveram 41,1% da ocorrência de fogo no bioma entre 1985 e 2022, seguidas por assentamentos (17,1%), terras públicas (16%), terras indígenas (7,3%), unidades de conservação (7,1%) e florestas públicas não destinadas (6,8%). Área queimada acumulada na Amazônia brasileira de 1985 a 2022. Fonte: MapBiomas Fogo Estados Pará e Mato Grosso são os Estados que mais acumularam área queimada na Amazônia no período, com 269,8 mil km² e 221,9 mil km² atingidos pelo fogo. Na sequência estão: Rondônia (92,6 mil km²); Maranhão (68,7 mil km²); Roraima (50,7 mil km²); Amazonas (43,2 mil km²); Acre (26,2 mil km²); Tocantins (20,6 mil km²) e Amapá (15,3 mil km²).
A violência contra os povos indígenas e seus impactos socioambientais A proteção das terras indígenas não é apenas uma questão ambiental ou humanitária, mas também uma questão de justiça social. OGUARANY@GMAIL.COM">OLÍMPIO GUARANY - OGUARANY@GMAIL.COM Os ataques às terras indígenas têm sido uma triste realidade no Brasil há décadas, mas nos últimos quatro anos, o problema se agravou de maneira alarmante, devido a condescendência durante o governo passado. A exploração desenfreada do garimpo ilegal é um dos principais fatores que contribuem para a destruição das florestas, dos rios e para a perda de territórios dos povos originários. Os rios são poluídos com mercúrio, cianeto e outros metais pesados despejados pelos que exploram o garimpo ilegal, matando peixes e afetando a saúde dos animais e das pessoas que dependem da pesca e do uso da água. Mas os impactos do garimpo ilegal não se limitam ao meio ambiente. A atividade também é responsável pela violação dos direitos humanos e da dignidade dos povos originários. As comunidades indígenas são expulsas de suas terras, ameaçadas, intimidadas e muitas vezes mortas por garimpeiros ilegais e suas milícias como aconteceu no último sábado (29) quando dois indígenas foram baleados e um foi morto com um tiro na cabeça dentro das terras Yanomami. Garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no estado do Pará, em 2017. — Foto: Felipe Werneck/Ibama Durante o governo Bolsonaro ocorreu a paralisação das demarcações de terras indígenas e omissão completa em relação à proteção das terras já demarcadas. Em 2021, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) registrou 305 invasões que atingiram pelo menos 226 Terras Indígenas (TIs) em 22 estados do país. No ano anterior, 263 casos de invasão haviam afetado 201 terras em 19 estados. A quantidade de casos em 2021 é quase três vezes maior do que a registrada em 2018, quando foram contabilizados 109 casos do tipo. (Dados do Cimi). É o claro reflexo das políticas anti-indígenas implementadas nos últimos anos. Políticas que entre outros fins, servem para enfraquecer as instituições responsáveis pela proteção das terras e dos direitos indígenas. A proteção das terras indígenas não é apenas uma questão ambiental ou humanitária, mas também uma questão de justiça social. A falta de assistência aos indígenas tem sido um dos pontos mais críticos da situação, com muitas comunidades sem acesso a serviços básicos como saúde e educação. Por outro lado, considero indispensável que as comunidades indígenas sejam ouvidas e respeitadas em todas as decisões que afetam suas terras e modos de vida. Isso inclui a realização de consultas livres, prévias e informadas, conforme estabelecido pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essas consultas devem ser realizadas de maneira adequada e inclusiva, garantindo que as comunidades indígenas tenham acesso a informações claras e suficientes e possam expressar livremente suas opiniões e preocupações. O momento é crítico, mas ainda é possível reverter a situação. É necessária uma mudança de mentalidade e ações efetivas para combater o garimpo ilegal, fortalecer as instituições responsáveis pela proteção das terras indígenas e fornecer assistência às comunidades afetadas. Os povos indígenas são os verdadeiros guardiões das florestas e dos recursos naturais do Brasil. Sem a sua preservação e respeito aos seus direitos, toda a sociedade brasileira sofrerá as consequências.
Agora é a hora, e o Brasil tem uma oportunidade única de liderar a proteção das florestas tropicais e dos povos indígenas, mas isso só será possível com o engajamento de todos os setores da sociedade. Todos nós devemos ter responsabilidade em proteger a diversidade cultural e biológica do Brasil. É hora de agir! Sobre o autor Olímpio Guarany é jornalista, documentarista e professor universitário. *O conteúdo é de responsabilidade do colunista
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Brasil : Aos 74 anos, Rei Charles III é coroado no Reino Unido
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Enviado por alexandre em 06/05/2023 10:21:05 |
Casada com Charles, a rainha consorte Camilla também foi coroada no evento. O evento de coroação ocorreu quase oito meses após a morte da rainha Elizabeth II e foi menos luxuoso que o de sua mãe, em 1953. O rei Charles III do Reino Unido foi coroado neste sábado (6) com a coroa de St. Edward, na Abadia de Westminster, em Londres - acompanhe o evento. Aos 74 anos, Charles assume a função em um momento delicado, com a economia britânica à beira de uma recessão e a família envolvida em uma série de polêmicas (veja abaixo como foi a cerimônia). Casada com Charles, a rainha consorte Camilla também foi coroada no evento — ela tem o título de rainha consorte, que é dado à esposa do rei vigente. Em tese, uma rainha consorte tem a mesma posição social e o status do cônjuge. Historicamente, no entanto, não possui os mesmos poderes políticos. No momento da coroação do rei, uma saudação de 62 tiros foi disparada na Torre de Londres, com uma salva de seis tiros no Horse Guards Parade. Outros 21 tiros foram disparados em 13 locais em todo o Reino Unido, incluindo Edimburgo, Cardiff e Belfast, e em navios da Marinha Real. Veja também Coroação de Charles III testa humor dos britânicos Soldados ucranianos reciclam material bélico abandonado após ataques russos Essa é a primeira vez que uma cerimônia de coroação incluiu bispas, bem como hinos e orações cantadas em galês, gaélico escocês e gaélico irlandês, além de inglês. Esta também foi a estreia de representantes de outras religiões (que não os da Igreja da Inglaterra) - veja fotos do cortejo e da coroação. Durante o evento, serão apresentadas doze novas composições, incluindo músicas de Judith Weir, Andrew Lloyd Webber e Patrick Doyle. Os artistas do serviço incluem a Orquestra da Coroação, o harpista real Alis Huws, o Coro da Abadia de Westminster e o Coro da Ascensão. Ao fim da Procissão de Coroação, o rei e a rainha farão uma aparição na varanda do Palácio de Buckingham. Em seguida, a Força Aérea Real fará uma apresentação nos céus de Londres. JURAMENTO DE CHARLES III Sentado na Caidera do Estado, Charles realizou o Juramento de Coroação, comprometendo-se a defender a lei e a Igreja da Inglaterra, e o Juramento da Declaração de Adesão, declarando-se um “fiel protestante”. "Eu, Charles, solene e sinceramente na presença de Deus, professo, testifico e declaro que sou um fiel protestante e que irei, de acordo com a verdadeira intenção das leis que garantem a sucessão protestante ao trono, defender e manter as referidas promulgações com o melhor de meus poderes de acordo com a lei", afirmou o rei. Uma nova Bíblia foi criada especialmente para a coroação. Com capa de pele de cabra tingida com escrita em folha de ouro, o item foi aprovado pelo arcebispo de Canterbury, que conduz a cerimônia. Três cópias idênticas foram feitas: uma será dada ao rei e as outras duas serão colocadas nos arquivos da Abadia de Westminster e da Universidade de Oxford. UNÇÃO: A PARTE MAIS SAGRADA DA CERIMÔNIA A unção é considerada a etapa mais sagrada da cerimônia de coroação. O arcebispo de Canterbury derramou um óleo e ungiu as mãos, peito e cabeça do rei. O óleo utilizado na unção vem da Grécia, mais especificamente de dois olivais no Monte das Oliveiras, no Mosteiro de Maria Madalena e no Mosteiro da Ascensão. O primeiro é o local do enterro da avó paterna do rei Charles, a princesa Alice da Grécia. As azeitonas foram prensadas em Belém e perfumadas com gergelim, jasmim, canela, neroli, benjoim, âmbar e flor de laranjeira. Uma nova tela foi utilizada para garantir a privacidade de Charles III. O tecido tem 2,6 metros de altura e 2,2 metros de largura e é sustentado com pilares de madeira que têm esculturas de águias no topo. O design da tela foi inspirado em um vitral da Capela Real do Palácio de St. James, que foi presenteado à falecida rainha Elizabeth II para marcar seu Jubileu de Ouro em 2002. A cerimônia também contou com uma cruz de prata que contêm, segundo o Vaticano, fragmentos da "Verdadeira Cruz", que foi usada para crucificar Jesus Cristo. Um dos pedaços doados tem 1 centímetro, e o outro, 5 milímetros. Esses dois pedaços de madeira foram moldados em uma gema de cristal que foi incorporada no centro de uma peça de prata. CONVIDADOS PARA A COROAÇÃO Os principais integrantes da família real britânica estiveram presentes na coroação de Charles III e Camilla. Entre eles está o príncipe Andrew, irmão do rei. Andrew perdeu seu título honorífico da realeza em 2022, após ser processado por abusar sexualmente de uma menor de idade por meio de uma rede de tráfico sexual. O príncipe Harry, filho do rei, também foi ao evento. No entanto, sua esposa, Meghan Markle, e seus filhos, Archie e Lilibet, não comparecerão à cerimônia. A presença do casal era uma incógnita, pois eles se desvincularam dos deveres oficiais da realeza em 2020 e, desde então, estão no centro de diversas polêmicas envolvendo a família real. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja estiveram entre os convidados confirmados e representam o Brasil na celebração. Outros chefes de Estado, como Emmanuel Macron, presidente da França também estão presentes - veja fotos de famosos e autoridades que foram para a coroação do rei Charles III. Neste ano, cerca de 2,3 mil pessoas foram convidadas na Abadia de Westminster – bem abaixo dos 8 mil que assistiram à cerimônia de 1953, quando aconteceu da rainha Elizabeth II. PÚBLICO ASSISTE DE FORA Dezenas de fãs reais acamparam no centro de Londres antes da coroação do rei Charles no sábado. O público será convidado a se juntar a um "coro de milhões" para jurar lealdade ao rei e a seus herdeiros, disseram os organizadores à BBC. A coroação, cujas origens remontam a 1.000 anos, é o maior evento cerimonial desde a encenada para a mãe de Charles, a rainha Elizabeth, em 1953, com uma exibição de pompa e uma enorme procissão militar. Para alguns britânicos, é um evento único na vida. Para outros, é uma ocasião bem-vinda apenas porque proporciona um dia de folga com um feriado extra na segunda-feira. Uma pesquisa do YouGov no mês passado descobriu que apenas 33% dos entrevistados se importam com a cerimônia. Outra pesquisa na semana passada descobriu que 48% provavelmente assistiriam na televisão, em comparação com 46% que disseram o contrário. Isso contrasta com 1953, quando milhões lotaram as ruas de Londres e cerca de 27 milhões de pessoas assistiram à cerimônia televisionada de Elizabeth, que foi para muitos a primeira vez que assistiram a qualquer evento na televisão. ORGANIZAÇÃO DO EVENTO Mais de 11 mil membros das forças armadas estiveram envolvidos nas cerimônias, de acordo com as últimas informações até a publicação desta reportagem. Destes, mais de 4 mil devem participar da procissão entre a Abadia de Westminster e o palácio de Buckingham, segundo a agência Reuters. Os integrantes das forças armadas britânicas que participaram dos cortejos foram acompanhados de soldados de mais de 30 países da Comunidade Britânia das Nações (Commonwealth), formando uma das maiores procissões militares do Reino Unido em décadas. A polícia local informou que a tolerância para qualquer distúrbio ou manifestação será baixa, e que essa é uma das maiores e mais importantes operações na história. A monarquia britânica respondeu a reclamações sobre o custo da operação de segurança: houve relatos de que a organização custará US$ 125 mil (R$ 624 mil), mas, segundo o palácio de Buckingham, vai ser esse valor. No entanto, eles não falam qual é o custo do evento e respondem a perguntas sobre os valores com respostas como a seguinte, de um porta-voz da monarquia: "Uma ocasião como esta, uma grande ocasião de Estado, atrai um enorme interesse global que mais do que compensa as despesas que a acompanham". CERIMÔNIA MAIS 'ECONÔMICA' O evento ocorre quase oito meses após a morte da rainha Elizabeth II e foi menos luxuoso que o de sua mãe, em 1953. À época, havia sido a mais cara da história, tendo custado 1,57 milhão de libras, de acordo com dados do jornal norte-americano "New York Times", citados pela revista. Ainda segundo a Time, esse valor é equivalente a 56 milhões de libras atualmente. Segundo a imprensa britânica, o que motiva a realização de uma cerimônia mais comedida são a pauta ambiental, defendida há anos por Charles, e a ameaça de recessão econômica vivida pelos britânicos. Além disso, as mudanças da sociedade (e de como ela enxerga a monarquia) também parecem ter influenciado a cerimônia. As festividades devem custar cerca de 100 milhões de libras (aproximadamente R$ 624 milhões) aos contribuintes britânicos, segundo a revista norte-americana Time. Os custos da coroação são bancados, portanto, pelos cofres públicos do país – o que tem desagradado a população britânica. Soma-se à insatisfação um agravante: o país ainda se recupera de uma crise de custo de vida, em meio à inflação que persiste por lá e pelas grandes economias do planeta. MANIFESTAÇÕES CONTRA O EVENTO A polícia britânica prendeu Graham Smith, líder do grupo antimonarquista Republic, antes da coroação do rei Charles, disse um porta-voz do grupo à Reuters. A polícia não confirmou a prisão. Porém, a mídia local também apontou a prisão de Smith e de cinco outros organizadores de um protesto antimonarquista. Fotos: Reprodução Uma foto postada no Twitter mostrou Smith sentado no chão cercado por um grupo de policiais. Harry Stratton, diretor do movimento Republic - que chegou ao local quando Smith e os outros foram detidos - disse ao jornal The Guardian: “Eles estavam recolhendo os cartazes e trazendo-os quando a polícia os deteve. Os caras perguntaram por que e eles disseram: 'Nós diremos a você assim que revistarmos o veículo.' Foi quando prenderam os seis organizadores". Jovens são contra governo financiar coroação Questionados se acham que a coroação do rei Charles III deve ou não ser financiada pelo governo – o que inclui o dinheiro vindo da arrecadação de impostos, por exemplo –, 50% dos britânicos maiores de 18 anos disseram que não. Outros 32% disseram que sim, enquanto 18% não souberam responder. Os dados reforçam a desaprovação dos mais jovens. Na faixa etária entre 18 a 24 anos, 62% são contra a realização das cerimônias com dinheiro público. Percentual que vai caindo conforme o avanço da idade: de 25 a 49 anos, 55% são contra; de 50 a 64 anos, 46% são contra; maiores de 65 anos, 44% são contra. O caminho inverso vale para a parcela que considera que o contribuinte deve, sim, arcar com os custos da cerimônia. Entre os maiores de 65 anos, 43% são favoráveis ao uso do dinheiro público. Percentual que, nesse caso, vai caindo junto com a idade: de 50 a 64 anos, 39% são a favor; de 25 a 49 anos, 25% são a favor; de 18 a 24 anos, 15% são a favor. A COMEMORAÇÃO CONTINUA A celebração continua nos dias seguintes à coroação: Domingo (7): a noite contará com shows de diversos artistas, a maior parte internacionais. Entre eles estão Kary Perry, Lionel Richie e Andrea Bocelli. Segunda-feira (8): o dia será feriado nacional. Na data, a família real incentiva os britânicos a realizarem atos de caridade e a partilharem refeições com a comunidade. Fonte: G1 LEIA MAIS |
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Brasil : No Dia Nacional da Matemática, fique sabendo algumas curiosidades sobre a disciplina
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Enviado por alexandre em 06/05/2023 10:18:58 |
Adorada por muitos e evitada por tantos outros, a matemática é uma ciência exata fundamental na vida do ser humano. As pessoas utilizam, no dia a dia, objetos desenvolvidos após vários cálculos matemáticos, como cadeiras, mesas, computadores, sapatos, roupas, entre outros. Por tudo isso, nada mais justo que dedicar um dia inteiro a essa disciplina. Sendo assim, em 6 de maio é comemorado o Dia Nacional da Matemática. Esse dia foi escolhido como referência ao nascimento do grande escritor, educador e matemático brasileiro Julio Cesar de Mello e Souza, conhecido pelo pseudônimo de Malba Tahan. Você sabia disso? Não? Então, continue lendo e saiba mais curiosidades sobre a Matemática. Você com certeza já ouviu falar sobre os números primos, mas sabia que o maior número primo conhecido é 2(32.582.657) -1, que tem 9.808.358 dígitos e foi descoberto em 4 de setembro de 2006 pelos doutores Curtis Cooper, Steven Boone e sua equipe. Este primo tem 650.000 dígitos a mais do que o maior primo encontrado por eles mesmos, em dezembro de 2005. Veja também Idosa de 92 anos realiza sonho de assistir show de striptease Por que o 'Dia de Star Wars' é comemorado em 4 de maio? E, para você, o que é uma capicua? Um número é capicua quando lido da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda representa sempre o mesmo valor, como por exemplo 77, 434, 6446, 82328. Para obter um número capicua a partir de outro, inverte-se a ordem dos algarismos e soma-se com o número dado, um número de vezes até que se encontre um número capicua, como por exemplo: partindo do número 84: 84+48=132;132+231=363, que é um número capicua. E a capicua pode ser mais interessante ainda, preste atenção na seguinte história: quarta-feira, dia 20 de fevereiro de 2002 foi uma data histórica. Durante um minuto, houve uma conjunção de números que somente ocorre duas vezes por milênio. Essa conjugação ocorreu exatamente às 20 horas e 02 minutos de 20 de fevereiro do ano 2002, ou seja, 20:02 20/02 2002. É uma simetria, portanto, uma capicua. Você sabia que a sequência 1089 é conhecida como o número mágico? Aprenda o motivo e se divirta com seus amigos. Escolha qualquer número de três algarismos distintos: por exemplo, 875. Agora escreva este número de trás para frente e subtraia o menor do maior: 875 – 578 = 297. O próximo passo é inverter também esse resultado e fazer a soma: 297 + 792 = 1089 (o número mágico). Basta acertar o resultado antes do seu amigo o divulgar e pronto, você é novo adivinho da sua turma. Mas, não se esqueça de usar sempre três dígitos no cálculo. E, para finalizar, segue outra informação pouco divulgada. Se um número triangular é multiplicado por 8 e acrescido de 1, o resultado é um número quadrado. Por exemplo, 1 x 8 + 1 = 9, ou então, 3 x 8 + 1 = 25. Essa afirmação foi feita por Plutarco, aproximadamente no ano 100 d.C.. Fonte:Governo de São Paulo LEIA MAIS |
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Brasil : Pé de mandioca gigante de 112 kg levou 4 horas para ser colhido
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Enviado por alexandre em 05/05/2023 00:50:06 |
O produtor Otávio Hoeppner conta que precisou de ajuda para colher o pé de mandioca de 112 quilos que se desenvolveu no terreno que tem com a esposa, Wilma, em Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Ele e o jardineiro da propriedade vizinha levaram quatro horas para retirar toda a planta da terra, contou. "Eu comecei a cavar. Quando estava liberando a raiz maior, fui verificar as outras também. Comecei a limpar e cavar, até que senti que estavam começando a soltar. O vizinho tem uma empresa e tem um jardineiro. Ele estava curioso e pedi 'vem cá, me ajuda. Vem ver o que está acontecendo, nunca vi isso na minha vida'", disse Otávio, que tem 76 anos. O pé de mandioca foi colhido em 19 de abril. Juntando as duas raízes principais, tem 2,3 metros. Veja também Estrela brasileira do OnlyFans vende velas com o aroma da própria vagina Foto bizarra se torna viral porque não foi editada Hoeppner contou que a colheita do pé foi feita das 7h30 às 11h30. À tarde, ele colocou a planta em um trator e levou para casa. O terreno onde estava o pé de mandioca tem pedregulhos e macadame, segundo Otávio. O casal resolveu fazer o cultivo assim mesmo. "Plantamos 20 e poucos pés. Um sobrou. Não sei dizer o motivo, cada vez que aparecia uma raiz ou rachadura, coloquei terra adubada que eu comprei de um amigo meu. Usei junto com barro vermelho e foi aumentando e deu no que deu", relatou. Na noite de terça-feira (2), quando conversou com o g1 SC, o casal já tinha cortado o pé de mandioca, retirando as partes que não ia usar. Agora, os dois têm 62 quilos do alimento estocados no freezer. COLHEITA HABITUAL Normalmente, os produtores de mandioca colhem um pé com peso entre 6 e 8 quilos, afirmou a extensionista rural do escritório de Pomerode da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Eneide Barth. "Quantidades maiores podem ser obtidas em cultivos que estão sob condições ótimas. Esse peso corresponde ao conjunto de raízes de uma planta. O número de raízes varia de acordo com a variedade. Podemos ter duas, três ou mais raízes por planta", explicou. Geralmente, o pé de mandioca é retirado um ou dois anos após ser plantado. Otávio e Wilma, porém, fizeram a colheita sete anos depois. "Sendo uma planta perene, se deixar e ter condições de desenvolvimento, ela vai crescer", disse Barth. Em relação ao pé de mandioca colhido pelo casal, ela disse que a colheita mais tardia e a adubação favorecem o desenvolvimento da planta. Ela também disse que o pé de aipim, como também é conhecida a mandioca, não é muito exigente em relação ao terreno. Fotos: Reprodução Casal colhe cará gigante de 36 quilos no quintal de casa "É uma cultura rústica, pouco exigente. Pelo fato de ser uma cultura rústica, sabe que pode plantar numa terra que outras culturas não aguentam. Porém, ele responde à melhoria das condições de solo, terra arenosa, adubação equilibrada. Pode produzir mais do que o habitual", explicou. Fonte: G1 LEIA MAIS |
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Brasil : Estudo indica que antigos incêndios estão ajudando a Amazônia a sobreviver às secas
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Enviado por alexandre em 05/05/2023 00:48:05 |
Os pesquisadores analisaram a dinâmica da floresta – contabilizando taxonomia, crescimento florestal e mortalidade de árvores, entre outros – e coletaram amostras de solo em 95 locais diferentes na Bacia Amazônica. Portal Amazônia, com informação da Mongabay* Incêndios florestais antigos parecem ter desempenhado um papel no aumento da resistência à seca na Amazônia, sugere um estudo recente. A pesquisa, publicada no periódico Frontiers in Forests and Global Change, concentrou-se em áreas sem incêndios recentes conhecidos, mas com altas concentrações de carbono pirogênico (PyC), um material encontrado no solo que é produzido pela queima da vegetação. A maior presença de PyC nessas áreas indica um registro de incêndios florestais ocorridos há muito tempo. Onde suas concentrações no solo eram maiores, descobriram os pesquisadores, características relacionadas à resistência à seca, como maior fertilidade e capacidade de retenção de água, também eram mais perceptíveis. "Trabalhos recentes mostraram que a Floresta Amazônica já teve eventos de incêndio séculos ou milênios atrás, embora em uma escala muito menor do que a que se vê hoje", diz a principal autora do estudo, Laura Vedovato, pesquisadora da Universidade de Exeter, no Reino Unido. Essa descoberta contraria a ideia de que a floresta só começou a sofrer incêndios nas últimas décadas, como as queimadas intencionais feitas por fazendeiros para a expansão da agropecuária. "Este é um estudo sem precedentes, nunca realizado em outras florestas tropicais", disse Vedovato à Mongabay. Incêndios na Amazônia. Foto: Jeromey Balderrama/Unsplash Os pesquisadores analisaram a dinâmica da floresta – contabilizando taxonomia, crescimento florestal e mortalidade de árvores, entre outros – e coletaram amostras de solo em 95 locais diferentes na Bacia Amazônica. Depois de analisá-los quanto à fertilidade, textura e concentração de carbono pirogênico, eles combinaram as descobertas com dados sobre períodos de seca extrema nas últimas quatro décadas. "Nossos resultados indicaram que as áreas com maior concentração de PyC no solo, ou seja, com indícios de maior ocorrência de queimadas ancestrais, mantiveram a capacidade de ganho de carbono nas mesmas taxas em relação aos anos sem seca", diz Vedovato. Embora o mecanismo real por trás desse fenômeno permaneça desconhecido, o estudo aponta para três explicações possíveis. Como a maior presença de PyC está relacionada com o aumento da fertilidade do solo, as árvores nessas áreas podem estar morrendo e crescendo a uma taxa mais alta, lideradas por espécies com menor densidade de madeira. "Assim, mesmo com a mortalidade de árvores em períodos de estiagem, há também o crescimento de novas árvores em um período tão curto, sem alterar o equilíbrio entre perda e ganho de carbono", diz Vedovato. Essa hipótese também se relaciona com a segunda, relativa à mudança de espécies arbóreas quando uma área é perturbada por incêndios, o que permite o predomínio de espécies com um período de crescimento mais rápido. A terceira teoria refere-se à maior capacidade de retenção de água das árvores para sobreviver aos períodos secos, o que também se relaciona com a presença de carbono pirogênico. "Uma ou mais hipóteses podem estar corretas", diz Vedovato, acrescentando que são necessários mais estudos sobre os mecanismos subjacentes. Distribuição das parcelas analisadas para carbono pirogênico (PyC). O tamanho dos pontos cinzentos é proporcional à concentração média de PyC no intervalo de 0 a 30 cm em cada local. Imagem: Vedovato et al. Incêndios modernos são diferentes Essa resposta histórica aos incêndios naturais, no entanto, não é uma indicação de como a Amazônia pode se adaptar às ameaças atuais. "O regime de ocorrência dos incêndios ancestrais não pode ser comparado aos intensos e frequentes incêndios que ocorrem hoje", diz Ted Feldpausch, professor da Universidade de Exeter, que supervisionou o estudo. "Os incêndios florestais registrados nos últimos anos ocorreram em condições diferentes daqueles de séculos atrás", diz ele, referindo-se às queimadas feitas de modo controlado por populações humanas nos séculos anteriores à colonização portuguesa. Embora os incêndios antigos ocorressem em intervalos de poucas centenas ou mesmo milhares de anos, hoje em dia algumas áreas da Amazônia sofrem vários incêndios na mesma década. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os incêndios na Amazônia brasileira aumentaram 74% em 2020, se comparados com a virada do século. Sonaira Silva, professora da Universidade Federal do Acre especializada em incêndios florestais na Amazônia, que analisou o artigo a pedido da Mongabay, concorda. "O estudo chama a atenção para o fato de que, ao contrário do que se pensa, as queimadas não são um fenômeno novo", diz ela. "Mas o contexto atual é muito mais difícil porque temos uma sinergia de ameaças: desmatamento, um número maior de fontes de ignição, temperaturas mais quentes em geral e áreas de floresta fragmentada que ficam mais secas, mesmo que a seca não seja tão intensa como no passado." O resultado, diz Silva, são incêndios florestais que não só se tornaram mais frequentes, como também podem se espalhar mais rapidamente por conta da falta de umidade. A ação humana desempenha um papel central em tornar a floresta mais vulnerável, de acordo com Philip Fearnside, biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). "É um ciclo vicioso: primeiro vem a extração de madeira, depois um incêndio, depois um segundo incêndio traz ainda mais destruição, e depois de três ou quatro incêndios não podemos mais falar que existe uma floresta de verdade", diz Fearnside. De acordo com pesquisas recentes, o atual desmatamento causado pela ocupação humana e outras ameaças tornam a região cada vez mais vulnerável a incêndios. Foto: Cristian Braga/Greenpeace O desmatamento provocado pelo homem contribui para a fragmentação da floresta e adiciona mais material inflamável ao meio ambiente: quando uma árvore está viva, ela pode preservar a umidade e atuar como uma barreira natural contra incêndios. Mas, quando ela é derrubada, os galhos e tocos deixados para trás secam e se tornam apenas mais combustível no caminho da destruição. "Pode ser ainda mais perigoso do que o próprio desmatamento, porque com o desmatamento o governo ainda pode agir preventivamente", disse Fearnside. "Mas se um incêndio florestal cresce além do controle, não há nada que possa ser feito para detê-lo", completou. Revendo o estudo, Fearnside diz que é necessário colocar os dados em contexto para evitar interpretações errôneas de suas conclusões. "Aqueles que leem o título podem ter uma ideia errada" sobre o que exatamente os incêndios podem fazer para aumentar a resistência à seca, diz ele. Esta posição é compartilhada pelos autores, que dizem que os resultados precisam ser considerados apenas em relação a incêndios antigos, e provavelmente não serão replicáveis no futuro, devido à forma que a natureza dos incêndios tomou nas últimas décadas. "Os mecanismos que discutimos provavelmente não são válidos quando consideramos os incêndios modernos, mas são relevantes para ajudar a entender os impactos dos incêndios ancestrais na Amazônia", diz Vedovato. "Os efeitos dos incêndios permanecem nas florestas por mais de duas décadas após o fato. O aumento da frequência desses incêndios não dá à floresta tempo suficiente para se recuperar e mostrar quaisquer benefícios durante as secas de curto prazo". Citação: Vedovato, L. B., Carvalho, L., Aragão, L. E., Bird, M., Phillips, O. L., Alvarez, P., … Feldpausch, T. R. (2023). Ancient fires enhance Amazon forest drought resistance (Incêndios antigos aumentam a resistência à seca na floresta amazônica, em uma tradução livre). Frontiers in Forests and Global Change (Fronteiras em Florestas e Mudança Global, em uma tradução livre), 6. doi:10.3389/ffgc.2023.1024101 *O conteúdo foi originalmente publicado por Mongabay, com matéria escrita por Maurício Brum e traduzida por Thaissa Lamha
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