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Brasil : Árvores do Sul da Amazônia podem morrer com a seca, revela estudo
Enviado por alexandre em 28/04/2023 00:43:16

O artigo explica como diferentes espécies de árvores se adaptam à seca e como diferentes áreas da floresta são vulneráveis às mudanças climáticas.


As mudanças no clima e nos padrões de chuva decorrentes do desmatamento da Amazônia tornam o bioma mais vulnerável à seca, e as árvores da região Sul da floresta são as mais propensas a morrer nessas condições. É o que reporta estudo publicado nesta quarta (26) na revista "Nature" e assinado por 80 pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras, como Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Universidade de Leeds, no Reino Unido.

O artigo estuda como diferentes espécies de árvores se adaptam à seca e como diferentes áreas da floresta são vulneráveis às mudanças climáticas. O estudo traz evidências sobre a heterogeneidade da Amazônia, destacando a diferença entre a sensibilidade das florestas do oeste, na região de Acre, Peru e Bolivia, e do centro-leste, na região de Manaus e Pará, que é mais resistente à seca. O trabalho também identifica, pela primeira vez, que a capacidade da floresta de atuar como sumidouro ou fonte de carbono para atmosfera é relacionado com a fisiologia das árvores.

A pesquisa é baseada em coletas de amostras de mais de 500 árvores em 11 sítios Amazônia brasileira, peruana e boliviana, explica Julia Tavares, pesquisadora da Universidade de Uppsala, na Suécia, e autora principal do artigo, que é parte de sua tese de doutorado. As localidades brasileiras estudadas estão no Amazonas, Mato Grosso, Acre e Pará . As coletas ocorreram entre os anos de 2014 e 2018

Foto: Francisco Diniz / Divulgação

Os pesquisadores mediram as características fisiológicas dessas árvores, e uma das análises avaliou o estresse hídrico. "Era como se nós fossemos medir, por exemplo, a pressão das árvores, para ver o quão estressadas estão, sendo que ao invés de ser pressão sanguínea, é pressão de água", diz Tavares. A pesquisadora adiciona sobre importância do trabalho intenso e contínuo de uma rede de pesquisadores nacionais e internacionais que realiza a identificação e o monitoramento de longo prazo das árvores estudadas e forma parcelas permanentes de inventários florestais. 

"Por se tratar de florestas que estão sendo continuamente monitoradas, para que cada árvore que medimos, nós sabemos também quem ela é (qual espécie) e qual o seu histórico (com que velocidade ela cresce, quando ela morre, etc)", 

frisa Tavares.

Tavares também explica os desafios de realizar um estudo em diversos pontos da Amazônia, ressaltando a importância da colaboração do numeroso time de pesquisadores para os resultados alcançados. "Para entender padrões de larga escala espacial e temporal na Amazônia, dada a sua grandeza e heterogeneidade, é imprescindível um enorme esforço colaborativo da comunidade científica. Além disso, todo esse trabalho de Ecofisiologia requer medidas minuciosa, tendo as coletas que serem realizadas durante a madrugada, e as amostras extraídas do topo das árvores, que tem entre 30 e 40 metros de altura". A pesquisadora lembra que a concentração da maioria dos estudos sobre o efeito das mudanças climáticas na Amazônia na região centro-leste pode subestimar as diferenças de vulnerabilidade do bioma.

Foto: Reprodução / Artigo 'Basin-wide variation in tree hydraulic safety margins predicts the carbon balance of Amazon forests'

O estudo pode contribuir para políticas de conservação nas regiões da Amazônia mais suscetíveis aos eventos climáticos extremos. Ações como diminuir o aquecimento global e parar o desmatamento são essenciais, sublinha Tavares. A pesquisa também evidencia a importância do fomento à pesquisa no bioma. "Para entendermos as nuances das respostas das diferentes florestas amazônicas às mudanças climáticas que já estão acontecendo e às mudanças futuras, é imprescindível o investimento de recursos para realização pesquisa e valorização dos pesquisadores nacionais", completa a pesquisadora.


*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Bori

Brasil : Entenda a importância do tempo de qualidade com os filhos e como isso ajuda no desenvolvimento infantil
Enviado por alexandre em 28/04/2023 00:37:05

O tempo que os pais passam com os filhos é importante pois permite mais interação, além de auxiliar no desenvolvimento infantil e na relação da criança com o mundo. Por outro lado, não basta só estar por perto, mas também ter um período de qualidade. Organizar o tempo individual e familiar, principalmente para as mães, pode ser uma dificuldade em meio a tantas demandas, segundo um artigo publicado por pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP).

 

As autoras Ana Laura Godinho Lima, professora da Faculdade de Educação da USP, e Júlia Catani, psicóloga e psicanalista da USP, destacam que o tempo de qualidade não pode ser mensurado no relógio, e sim pelas atividades que estão sendo feitas e o quão proveitosas estão sendo para ambos, pais e filhos.

 

O artigo, publicado na revista Estilos da Clínica – Revista sobre a infância com problemas da USP, analisou os discursos de pediatras, de manuais de puericultura e de reportagens da revista Pais & Filhos nos últimos cinco anos, com destaque para o contexto da pandemia da Covid-19.

 

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Conciliar o trabalho, as atividades do dia a dia e ainda assim manter um bom contato afetivo com os filhos foram assuntos recorrentes durante a pandemia, momento em que os pais tiveram que se adaptar ao home-office e homeschooling, além de organizar o tempo e a atenção aos filhos a todo momento dentro de casa e sem rede de apoio.

 

“Tem mais relação com ‘o que se faz’ enquanto está junto, do que com a quantidade de tempo. Podemos passar um tempo muito grande com uma pessoa, mas envolvidos em outras atividades, ou distraídos com o celular e outras coisas, não dando a atenção devida para a pessoa que está com você. Apenas ‘estar perto do outro’ não significa ‘interagir COM o outro’, diz a psicóloga da pediatria do Hospital Israelita Albert Einstein, Caroline Nóbrega.

 

Ela ressalta que é importante refletir como é o formato de participação, considerando a interação e a troca. “Quando você propõe ter um tempo de qualidade com seu filho, é importante estar focado nele e no momento presente, deixando de lado outras distrações para estar ali com a criança”, explica a especialista.

 

SOBRECARHA MATERNA


As autoras do estudo da USP Julia Catani e Ana Laura Lima também abordaram as dificuldades das mães para aproveitar o tempo com os filhos, enquanto precisam se preocupar com outras responsabilidades como o relacionamento amoroso, as atividades do trabalho, os cuidados da casa, o autocuidado. Elas explicam que isso pode gerar frustração, além de uma preocupação excessiva dos pais com a criança.

 

Na visão de Lima, uma forma de evitar esse desapontamento na família é que os conteúdos especializados sobre o desenvolvimento infantil sejam menos prescritivos e mais divulgados ao lado da experiência pessoal dos pais com o bebê, mostrando vários modos possíveis de estabelecer uma boa convivência com os filhos.

 

“O que falta muitas vezes no especialista é a confiança na mãe e no modo que ela cuida da criança. Se durante o dia a dia a criança recebeu afeto, se ela foi atendida em suas necessidades e teve a oportunidade de gastar energia, e se isso já pode ser suficiente para garantir que ela se sinta satisfeita e durma bem”, diz Julia Catani, psicóloga, psicanalista e pós-doutora pela Faculdade de Educação da USP.

 

Já em relação às outras responsabilidades das mães, a professora Ana Laura Lima comenta “que a conta não fecha” ao serem dadas tantas demandas para as mulheres, incluindo a criação dos filhos. “Trabalho, lazer, exercício físico, meditação.

 

Todas essas e outras atividades esperadas das mulheres junto da maternidade se tornam impossíveis de conciliar em um curto período de tempo”Já Catani observa que, com a chegada de um bebê, a mãe não consegue fazer os mesmos exercícios e ter o mesmo tempo de sono de antes da gravidez: “A vida agora é outra. E é importante que os conteúdos especializados alertem os pais sobre essa grande mudança após o nascimento da criança”.

 

COMO APROVEITAR O TEMPO JUNTOS?


Segundo as autoras do estudo da USP, o tempo de qualidade acontece com naturalidade e não se deve buscar a perfeição na criação e na relação com o filho. Elas defendem momentos simples: uma conversa no caminho para escola e trabalho ou mesmo as refeições em família. Catani ressalta que as memórias afetivas acontecem nos lugares menos óbvios e no cuidar do dia a dia.

 

Para que os momentos com os filhos possam ser bem aproveitados, a psicopedagoga Laura Delciello, que atua na oncologia pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein, recomenda o diálogo com as crianças para ouvir sugestões de atividades: “É importante criar relações de confiança e dar espaço para que essas crianças e jovens possam se expressar, manifestar seus gostos e preferências. Pode ser interessante que as propostas venham dos pais, mas elas também podem vir dos filhos.

 

É válido buscar interesses em comum e equilibrar as atividades para que todos sejam beneficiados e sintam prazer em partilhar tais momentos”.A interação e a presença dos pais nas atividades e brincadeiras das crianças é muito importante pois, segundo a psicopedagoga, assim há uma relação de troca e uma demonstração de interesse pelo que o filho tem a dizer ou fazer.

 

BENEFÍCIOS DO TEMPO DE QUALIDADE


“Durante toda a infância, a criança passa por uma construção de estrutura mental. Essa parte da vida reflete o adulto que ela será futuramente, e a presença dos pais é fundamental”, explica Denise de Sousa Feliciano, psicanalista e presidente do Núcleo de Estudos de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Ela diz que trocas prazerosas entre os familiares são como tijolos da estrutura mental que proporcionam uma infância feliz e transformam a pessoa em um adulto mais seguro.

 

Para a criança, o brincar envolve o lúdico, mas muitas vezes isso causa o afastamento dos adultos. O pediatra e psicanalista Donald Woods Winnicott, que em sua carreira se aprofundou no desenvolvimento psicológico no ambiente familiar, defende os benefícios das brincadeiras e das interações com o imaginativo da criança: “é no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação”, explica em seu livro O brincar e a realidade.

 


Feliciano afirma que, no caso dos pais, essa troca pode ser uma forma de conhecer melhor os gostos, a personalidade e o ritmo de cada filho: “É uma possibilidade também de ‘abandonar o lugar de adulto’ e mergulhar no universo lúdico e fantasioso da criança, se conectando melhor com ela”.

 

Fonte: Revista IstoÉ

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Brasil : Dificuldade em dar a rosca? Botox no ânus promete facilitar sexo anal
Enviado por alexandre em 27/04/2023 10:00:19

O sexo anal pode ser muito prazeroso para pessoas de todos os sexos e gêneros, mas para muitos é desconfortável.

 

Com uma abordagem gentil, comunicação aberta e consentimento mútuo, é possível que as pessoas façam sexo anal sem dor.

 

A seguir, confira algumas indicações de como evitar desconforto e também algumas dicas gerais para você ter prazer e segurança.

 

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SEXO ANAL DÓI?

 

Para a maioria das pessoas, o sexo anal pode ser doloroso, especialmente quando é a primeira vez ou com um parceiro que não é gentil. Em uma pesquisa com 412 pessoas pela San Francisco Aids Foundation, dos Estados Unidos, 96% dos participantes relataram que fazem ou já fizeram sexo anal. Desses participantes:

 

86% disseram que sentiram dor pelo menos uma vez, enquanto 9% nunca sentiram dor;

 

36% disseram que gostaram da dor durante o sexo anal;

 

64% das pessoas que penetraram parceiros disseram que eles pediram para parar por causa da dor.

 

O sexo anal pode doer por várias razões, incluindo:

 

-o ânus não produzir lubrificação para o sexo;

 

-os músculos do esfíncter do ânus se contraírem demais;

 

-certos problemas de saúde, como hemorroidas, tornam o ato doloroso.

 

No entanto, o sexo anal não precisa doer, e a dor intensa pode indicar que uma pessoa está fazendo algo potencialmente prejudicial.

 

COMO SE PREPARAR

 

Antes de fazer sexo anal, é importante conversar com a outra pessoa sobre consentimento, e sobre como tornar a experiência o mais prazerosa possível. Alguns tópicos a serem discutidos incluem:

 

-testes para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);

 

-sexo com outros parceiros, pois fazer sexo anal com várias pessoas pode aumentar o risco de transmissão de vírus, como o HIV;

 

-experiência anterior com sexo anal.

 

o uso de preservativos para reduzir a chance de transmissão de ISTs;

 

uso de profilaxia pré-exposição (PrEP), pois esses medicamentos podem reduzir o risco de transmissão do HIV.

 

COMO DIMINUIR A DOR DURANTE O SEXO ANAL

 

Algumas estratégias que podem tornar o sexo anal menos doloroso incluem:

 

Usar bastante lubrificante: o ânus não produz nenhuma lubrificação, então faça uma pausa para relubrificar se a penetração sexual se tornar dolorosa. Se estiver usando um preservativo de látex, use apenas lubrificantes à base de água ou silicone, pois outros podem danificá-lo.

 

Usar água ou um sabonete suave para limpar o ânus antes do sexo anal: fazer isso ajuda algumas pessoas a se sentirem mais confortáveis.

 

Ir devagar: uma abordagem lenta e suave reduz o risco de lesões e pode tornar o sexo anal mais prazeroso. Tente começar com os dedos ou pequenos brinquedos sexuais e, em seguida, trabalhe gradualmente até a penetração com o pênis ou brinquedo sexual maior.

 

Respirar lenta e profundamente: concentrar-se na respiração pode ajudar a pessoa a relaxar.

 

Comunicar-se com o parceiro durante o sexo: se doer, diga a ele para desacelerar ou parar.

 

Parar imediatamente se houver sangue ou dor intensa: esses sintomas podem indicar uma lesão ou ser devido ao sexo anal irritar uma hemorroida.

 

DEPOIS DO SEXO ANAL

 

Muitas pessoas se preocupam que o sexo anal seja sujo, mas para a maioria das pessoas com boa saúde, não há problema. Ter alguns lenços ou toalhas à mão pode ajudar no processo de limpeza. É importante lavar todos os brinquedos usados na penetração.

 

Saiba mais sobre a limpeza após o sexo

 

Outras práticas de higiene incluem:

 

-evite penetrar no ânus e depois na vagina ou na boca sem lavar primeiro, pois isso pode espalhar bactérias, aumentando o risco de infecção;

 


-lave as mãos depois de penetrar no ânus com elas ou com os dedos;

 

-não reutilize brinquedos anais sem lavá-los primeiro.

 

Fonte: Extra

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Brasil : Musculação reduz a pressão arterial em pessoas com hipertensão
Enviado por alexandre em 27/04/2023 00:35:55

Exercícios de força com carga moderada a vigorosa, dois ou três dias na semana, a partir de oito semanas, são eficientes no tratamento de hipertensos. Entenda

Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) conclui que o treinamento de força (musculação) - desde que praticado com carga de moderada a vigorosa, dois ou três dias por semana - é uma alternativa natural e eficaz para diminuir a pressão arterial.

 

Os achados da pesquisa foram publicados em janeiro deste ano na revista Scientific Reports e reforçam a importância da atividade física na prevenção e no tratamento da hipertensão.

 

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O ESTUDO

 

É mais divulgado que os exercícios aeróbios têm potencial para auxiliar no combate à pressão alta. O estudo analisa outros que mostram que os exercícios de força também são um medicamento eficaz para a condição. Sob a coordenação da professora do Departamento de Educação Física da Unesp de Presidente Prudente, Giovana Rampazzo Teixeira, os alunos conduziram uma revisão sistemática da literatura científica sobre o tema com uma meta-análise (tipo de estudo considerado padrão-ourem nível de evidência) para verificar a intensidade, o volume e a duração do treinamento que garantiriam os melhores resultados.

 

Com uma amostragem de 253 participantes, com média de idade de 59 anos, foi realizada a análise com base em uma série de ensaios controlados que avaliou o efeito do treinamento por oito semanas ou mais.

 

- A prevenção continua sendo um bom caminho, contudo, encontramos resultados robustos que o exercício físico de força pode ser utilizado como uma terapia não farmacológica para reduzir a pressão arterial. E nesse caminho, nossos resultados apontam a dose necessária para alcançar esse objetivo - - comenta a professora Giovana Rampazzo Teixeira, explicando qual seria essa dose:

 

Exercícios de musculação com carga moderada a vigorosa, dois ou três dias na semana, a partir de oito semanas, são eficientes em reduzir os valores de pressão arterial em indivíduos hipertensos;


Nessa dose, houve uma redução de 10 mmHg sistólico e 4,79 mmHg diastólico em oito semanas do treinamento de força.


A docente acrescenta que o potencial terapêutico do exercício físico ao longo do tempos inclui modificação da frequência cardíaca, aumento do diâmetro dos vasos sanguíneos (vasodilatação), redução da resistência periférica, aumento da produção de óxido nítrico (um mediador importante no relaxamento dos vasos), melhoria da eficiência cardíaca e aumento do volume máximo de oxigênio (VO2máx).

 

As doenças cardiovasculares são a principal causa global de morte, com a hipertensão arterial respondendo por quase 14% delas. A condição é considerada perigosa quando os níveis ficam acima de 140 milímetros de mercúrio (mmHg) de pressão arterial sistólica e acima de 90 mmHg de pressão diastólica. A enfermidade tem múltiplos fatores, sendo desencadeada por hábitos como sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabaco.

 

Resultados efetivos a partir da vigésima sessão de musculação:


O estudo mostrou ainda que resultados efetivos eram observados por volta da vigésima sessão de treinamento e os efeitos hipotensivos benéficos duravam até 14 semanas, mesmo quando os exercícios eram interrompidos. E mais: que indivíduos que realizaram os exercícios com intensidade de carga moderada a vigorosa conseguiram os melhores resultados.

 

- Na prática clínica ou até no dia a dia das academias, os profissionais que se depararem com pessoas hipertensas poderão usar o treinamento de força como tratamento não farmacológico para hipertensão arterial, sabendo quais são as variáveis necessárias para que isso seja alcançado e sempre levando em consideração os objetivos individuais - explica a pesquisadora.

 

Contudo, ela ressalta que novos estudos devem ser conduzidos para explicar por quais vias moleculares essas mudanças ocorrem e quais os impactos da hipertensão arterial e do treinamento de força nos tecidos periféricos.


- Este estudo é uma revisão sistemática com metanálise, onde sumarizamos a literatura disponível sobre os objetivos previamente definidos. Utilizamos estudos clínicos randomizados que usaram o treinamento de força como tratamento para a hipertensão arterial em indivíduos hipertensos. Além dos resultados já citados, identificamos que indivíduos com menos de 59 anos obtiveram redução mais expressiva da pressão arterial durante o período de treinamento físico. Além disso, indivíduos com idade entre 60 e 79 anos apresentaram menor efeito, mas com diferença significativa. Desta forma, salientamos que mesmos os mais idosos podem ser beneficiados pelo treinamento de força - garante a professora da Unesp.

 


 

A pesquisa contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 

 

Fonte: G1

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Brasil : Estados da Amazônia Legal divulgam apenas 30% das informações ambientais
Enviado por alexandre em 27/04/2023 00:32:30

Relatório do Instituto Centro de Vida (ICV) informa que entidades e órgãos dos nove Estados da Amazônia Legal disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações relacionadas ao meio ambiente.


Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Rodrigo Kugnharski/Unsplash

Entidades e órgãos dos nove Estados da Amazônia Legal disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações necessárias para controle, regularização e tomada de decisões relacionadas ao meio ambiente. É o que diz o relatório "Transparência das informações ambientais na Amazônia Legal: a disponibilização dos dados públicos em 2022", do Instituto Centro de Vida (ICV).

O dado é referente à transparência ativa, que corresponde às informações disponibilizadas nas páginas das entidades. A pesquisa também contabilizou os dados de transparência passiva, a partir da solicitação de informações por meio dos Serviços de Informação ao Cidadão (e-SICs).

Os resultados são embasados por análises em sites de 28 órgãos estaduais e de 7 órgãos federais, de setembro e dezembro de 2022. Ainda, por 119 pedidos de acesso a informação, por meio dos sistemas eletrônicos, de janeiro a outubro de 2022.

De acordo com o analista socioambiental do ICV, Marcondes Coelho, aumentar a transparência das informações ambientais na Amazônia Legal possibilita um maior controle sobre atividades historicamente relacionadas à destruição da floresta.

"A falta de transparência dificulta a separação entre quem cumpre a legislação ambiental e a minoria que não a segue. É importante que as informações-chave para o controle ambiental estejam disponíveis de forma completa e em formato adequado para toda a sociedade, permitindo sua utilização no combate às práticas ilegais", 

disse.

Transparência ativa 

Dos nove Estados da Amazônia Legal, Mato Grosso possui o melhor índice de transparência ativa (53%), seguido do Pará (47%) e Rondônia (33%). O estado do Amazonas aparece na sequência, com um índice de 31%.

Os três primeiros estados possuem em comum páginas da internet dedicadas a portais da transparência específicos para informações ambientais. Os demais estados apresentaram índices abaixo de 21%, com o estado do Tocantins com o valor mais baixo (11%).

O relatório evidenciou que os órgãos estaduais apresentam níveis baixos de disponibilização e de qualidade das informações ambientais. Já os órgãos federais possuem um índice mais alto.

Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Radek Grzybowski/Unsplash

Eixos temáticos 

O estudo também separou as informações de transparência ativa por eixos temáticos. Dentro disso, a regularização fundiária foi apontada como um gargalo a ser superado em todos os estados da Amazônia Legal. Isso porque a média de informações obtidas sobre o tema foi de apenas 15%.

"A ausência de informações nos sites dos órgãos de terras, sobretudo os estaduais, impossibilita o acompanhamento das políticas fundiárias pela sociedade, limitando o controle social, a cooperação entre os diferentes órgãos do Poder Executivo e a atuação das agências de controle",

diz trecho do documento.

Outro tema com baixa transparência foi o de regularização ambiental, que está relacionada às informações sobre implementação do Código Florestal e ações de comando e controle, como autorizações de supressão de vegetação nativa, autos de infração e embargos. Considerando os dados divulgados pelos estados e governo federal, a transparência nesse tema foi de apenas 28%.

"O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um dos principais instrumentos do Código Florestal, lei fundamental para conciliar a produção agropecuária com a conservação ambiental. O acesso aos dados completos do CAR possibilita o monitoramento e combate ao desmatamento nas diferentes cadeias produtivas, por outros atores além dos órgãos ambientais", comentou o Marcondes. 

Transparência passiva 

Apenas 46,2% dos pedidos de informação solicitadas aos órgãos de meio ambiente e institutos de terra de estados da Amazônia legal foram respondidos dentro do prazo estabelecido pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

Entre os 119 pedidos de acesso a informação, 83 foram respondidos, mas apenas 55 enviaram a resposta antes do fim do prazo previsto. De acordo com a legislação, o órgão ou entidade tem o prazo de 20 dias para entrega do dado, com possibilidade de prorrogação por mais 10 dias, com justificativa expressa.

O Acre figura no último lugar no ranking de estados que responderam às solicitações de acesso a informação. De todos os pedidos feitos aos órgãos estaduais, nenhum foi respondido.

Em seguida, aparecem o Tocantins e o Amazonas, ambos com 27,3% dos pedidos respondidos. Respostas não coerentes ao que foi solicitado foram comuns para ambos os estados, justificando o baixo desempenho.

Mato Grosso respondeu a 28,6% dos pedidos de informação. Contudo, o órgão estadual que atua na regularização fundiária não respondeu nenhuma das solicitações dentro do prazo previsto.

"A falta de transparência sobre a gestão de terras compromete a participação da sociedade no ordenamento territorial, que é central para o estado que tem a produção agropecuária como base de sua economia", diz trecho do relatório.

Apesar disso, os órgãos federais tiveram destaque positivo. Todos os pedidos foram atendidos dentro do prazo previsto na legislação, com resposta coerente ao que foi solicitado. O estado de Rondônia, no mesmo sentido, teve resultado semelhante, com 87,5% de resposta aos questionamentos. 

Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Dieny Portinanni/ Unsplash

Melhorias 

Marcondes pontuou que dar acesso às informações ambientais na Amazônia Legal é uma forma de promover uma ação coletiva de combate às práticas ilegais. Por isso, ele considerou essencial a ampliação da transparência sobre esses dados.

"É importante que os órgãos estaduais se engajem em ações de promoção da transparência de informações relevantes para a sociedade. Elaborar planos de dados abertos, a exemplo do governo federal, desenvolver portais de transparência ambiental ou disponibilizar bases de dados nos seus sítios eletrônicos, bem como estreitar o diálogo com os usuários de dados para identificar as melhorias necessárias, são alguns exemplos", finalizou.

Veja o relatório completo AQUI.

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