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Brasil : Acesso aéreo a áreas isoladas dificulta combate a incêndios na Amazônia
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:53:12

Sucessivos incêndios nas florestas impõem ações permanentes às equipes do Prevfogo/Ibama (Foto: Ibama/Divulgação)
Do ATUAL, com Ascom MJ

MANAUS — O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que bombeiros, brigadistas e voluntários enfrentam dificuldades para combater incêndios florestais na Amazônia em função do deslocamento entre localidades de difícil acesso.

Devido às particularidades de cada bioma, os agentes precisam adotar estratégias específicas para o combate a incêndios florestais. A Amazônia e o Pantanal são as regiões mais afetadas pelas queimadas.

Conforme Jaldemar Pimentel, comandante das operações da Força Nacional na Amazônia, “a maior dificuldade é o deslocamento das tropas”. O custo das operações contra incêndios é de R$ 38,6 milhões até o momento e envolve 300 agentes da Força Nacional de Segurança.

“A maioria é feita por via aérea e, em algumas situações, fluvial. As condições de acesso são bastante limitadas, com estradas precárias”, disse Pimentel. Os agentes permanecem em regiões isoladas por até 15 dias até serem resgatados.

A situação é ainda mais crítica na região conhecida como Arco do Fogo, no Sul do Amazonas, onde muitos incêndios são provocados pela ação humana. “O desmatamento, a grilagem de terras e a queima controlada ou irregular da vegetação criam um cenário de destruição”, afirma Pimentel.

Ele explica que o processo de degradação ocorre em três fases: a queima superficial da vegetação, o corte das árvores mais altas e, por fim, uma nova queima. “Estamos lidando, portanto, com as consequências diretas do desmatamento e da grilagem, que resultam em incêndios devastadores”.

Pantanal

No Pantanal, o fogo de turfa, ou fogo subterrâneo, apresenta desafios únicos. Segundo Marinaldo Gomes Rocha, comandante do Grupamento de Busca e Salvamento da Força Nacional, “as operações são realizadas principalmente à noite quando os focos são mais visíveis e as condições climáticas são favoráveis”.

Além das dificuldades no combate, a presença de animais silvestres, como onças, representa um risco constante, especialmente durante as operações noturnas. O acesso às áreas de queimadas também é complicado, exigindo transporte aéreo.

Rocha ressalta a importância de desmistificar a ideia de que incêndios florestais são raros em regiões com muitos rios, alertando que a seca deste ano, devido à falta de chuvas, torna o Pantanal mais suscetível a incêndios.

Cerrado

No Cerrado, a vegetação de savana enfrenta um clima seco que facilita a propagação do fogo, agravada pelas práticas agropastoris. Rocha menciona o fenômeno 30-30-30, que combina temperatura superior a 30 °C, umidade relativa do ar abaixo de 30% e ventos acima de 30 km/h. O acesso a áreas complicadas, como a Chapada dos Veadeiros, limita o uso de veículos pesados, forçando os combatentes a atuar diretamente com ferramentas manuais.

“Essa ação é dificultada pelo fato de que o fogo pode atingir de 400 °C a 1.000 °C em situações extremas”, acrescenta Rocha.

Crimes Ambientais

A Polícia Federal está intensificando as investigações sobre crimes ambientais, com 5.589 inquéritos em andamento, sendo 52 relacionados a incêndios. Vinte policiais federais estão dedicados a investigar incêndios no Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Além disso, foram criados polos de investigação nos estados que abrangem os biomas da Amazônia e do Cerrado. O programa Brasil Mais fornece imagens diárias de satélite de alta resolução para 517 instituições públicas, incluindo 198 órgãos de segurança pública, contribuindo para o monitoramento e combate aos incêndios.



Brasil : A decadência do jornalismo brasileiro
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:51:14

Jornais

OPINIÃO

MANAUS – O jornalismo brasileiro nunca esteve tão decadente. Nesses tempos de avanços da tecnologia da informação e da explosão do uso das redes sociais, o jornalismo acabou errando a mão e partindo para uma prática das mais tristes da história dessa profissão, que nasce da necessidade de revelar fatos, documentos e comportamentos que alguns sempre quiseram manter sob um manto escuro.

Um fato recente, mas relevante, demonstra o abismo em que o jornalismo foi jogado: a ANJ (Associação Nacional de Jornais), que tem entre seus associados os meios de comunicação tradicionais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo, só para citar os três mais conhecidos), publicou uma “nota à imprensa” em que dizia que o bloqueio do X no Brasil “afeta o dever do jornalismo profissional”.

O que a entidade reivindicava na ocasião era o direito dos jornalistas de usar a plataforma comprada pelo bilionário fora da lei Elon Musk para fazer seu trabalho diário. E, de fato, nos últimos anos, o jornalismo brasileiro tem cada vez mais utilizado as frases curtas do Twitter (que virou X) como fonte de informação.

“A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifesta sua profunda preocupação com as restrições ao trabalho da imprensa diante da proibição do STF de acesso à rede social X (ex-Twitter).” Assim começa a nota da ANJ.

Em outro trecho, a ANJ escreve: “A entidade tem recebido uma série de informes de veículos e jornalistas que deixaram de ter acesso a visões, relatos e pensamentos de diferentes fontes de notícias, dentro e fora do Brasil, e que são corriqueiramente distribuídos por meio da plataforma.”

O jornalismo feito pelos grandes jornais brasileiro e agências de notícias nacionais tem se resumido a matérias a partir de declarações incompletas de personalidades, políticos e pessoas comuns, sem ao menos se dar o trabalho de apurar as informações. Um caso recente foi a notícia de um assalto aos membros do grupo musical Molejo, um dia após a morte de um de seus principais artistas.

Os jornais deram a notícia a partir de uma postagem no X do grupo, que não explicava as circunstâncias em que o assalto foi praticado. Até hoje não há sequer a confirmação de que o fato realmente ocorreu.

A ANJ diz que “uma das missões da imprensa é exatamente acompanhar o que se passa nas redes e fazer a devida verificação de versões e declarações, confrontando-as com fatos e dados reais.” Mas o “jornalismo de Twitter” sequer se dá esse trabalho de checagem.

Os jornalistas não entrevistam mais as autoridades, como se fazia no passado. A matéria jornalística é feita a partir de duas linhas escritas em uma rede social. Para completar o texto, serve qualquer coisa para “encher linguiça”. O vídeo que “viralizou” ou o “meme” feito por qualquer “subcelebridade” vira notícia mesmo que o conteúdo seja falso.

Nas eleições deste ano, um novo episódio ajuda-nos a entender como o jornalismo dos antigos jornalões perdeu a linha: a entrada de Pablo Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo animou não apenas os repórteres, mas os comentaristas de plantão do mundo político.

Os jornalistas, por ingenuidade ou mau-caratismo, não se incomodaram de ser usados para ajudar o candidato do PRTB a ganhar a confiança do eleitorado. Com a falácia de que Marçal é “um fenômeno das redes sociais”, foram abrindo espaço em todas as mídias para ele arrotar mentiras, insultos e grosserias. O comportamento que beirava a delinquência “viralizou” no jornalismo profissional. Marçal passou a ser o principal item da pauta.

A “midiazona” caiu como um patinho na estratégia do ex-coach. Ele cresceu e apareceu nas primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto. Por isso, carregou a mão, porque as bobagens e grosserias que dizia e fazia viravam notícia em todos os jornais do país.

O único fato que mereceu manchete foi a cadeirada aplicada por José Luiz Datena. Um fato jornalístico puro, não pré-fabricado, como as provocações de Marçal aos adversários.

Agora, no final da campanha, os mesmos jornalistas que ergueram Marçal ao pódio da eleição tentam corrigir o erro, sem reconhecer que erraram.

O jornalismo precisa voltar a ser feito com pensamento crítico, como o foi no início. Não existe jornalismo imparcial, e nesses tempos de redes sociais, em que cada cidadão pode fazer o papel de jornalista, o desafio da profissão é ainda maior, mas ele jamais pode flertar com a mentira. A verdade sempre foi e sempre será o fundamento do jornalismo.



Meio Ambiente : Manejo com fogo, contrafogo e queimada - entenda a diferença
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:48:14

Técnicas de controle exigem conhecimento técnico e qualificação

O uso controlado de fogo como instrumento na agricultura e na prevenção de queimadas é instrumento importante para o combate aos incêndios descontrolados e queimadas, porém demanda conhecimento técnico e qualificação dos profissionais que irão aplicá-lo.

 

Seu uso foi regulado no final de julho, por meio da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, e é avaliado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como estratégia integrada e relacionada aos aspectos sociais, saberes tradicionais e técnicas, com fins de conservação dos ecossistemas naturais, diminuição de conflitos sociais relacionados a seu uso e de incêndios, principalmente em áreas remotas.

 

Para entender um pouco mais sobre o manejo com fogo, a Agência Brasil consultou especialistas. Vladimir Arraes, coordenador da Operação São Paulo sem Fogo, que organiza os esforços do governo paulista na prevenção de queimadas e incêndios criminosos ou acidentais nos meses de seca, explicou que uma das principais ferramentas é a Queima Prescrita, que consiste em uma técnica planejada e controlada de uso do fogo, empregada por especialistas (geralmente brigadistas ou engenheiros florestais) para reduzir a quantidade de material combustível (como folhas secas, galhos e vegetação densa) em área específica.

 

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Seu uso, comum em unidades de conservação como as geridas pela Fundação Florestal, na qual Arraes atua, ajuda a prevenir incêndios descontrolados e a manter a saúde de ecossistemas que dependem do fogo.

 

"É executada em condições meticulosamente monitoradas, como clima adequado, umidade e ventos moderados, para garantir que o fogo fique confinado à área planejada. Seus efeitos são benéficos para o manejo ambiental, prevenindo incêndios maiores e promovendo a biodiversidade", completa o gestor.

 

Outra técnica importante é o uso de fogo como instrumento para controlar incêndios, o chamado contrafogo. Se trata do "fogo ateado de encontro a um incêndio florestal ou campestre para impedir-lhe a propagação, técnica que exige conhecimento especifico de manejo", completa Arraes. Ambas as técnicas são de uso de brigadistas, bombeiros técnicos e engenheiros florestais.

 

A queimada controlada, por sua vez, é o uso do fogo para fins agrícolas, e pode ter diferentes finalidades, como explicou o professor Edson Vidal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), para quem "o uso do fogo foi e sempre será uma alternativa viável em alguns contextos e biomas como o cerrado, desde que siga orientações técnicas e científicas.

 

O fogo é ferramenta de manejo importante por contribuir para promover resultados ecológicos. O manejo da queimada deve levar em consideração a frequência, intensidade e época da queima e se o período não é atípico como agora, em que a seca extrema aliada à umidade baixa deixa os recursos florestais bem suscetíveis ao fogo". Ela pode ter diversas finalidades e deve ser autorizada pelos órgãos de controle estaduais.

 

Entre as funções que pode desempenhar estão o controle, com estímulo ou diminuição de nutrientes disponíveis no solo, da produção de folhas e frutos ou mesmo de algumas espécies de animais ou plantas em uma região, ou ainda para ralear ou adensar a vegetação.

 

"Dessa forma, o uso do fogo pode ser instrumento de manejo e contribuir para a manutenção de pastagens naturais protegendo ecossistemas do Cerrado de forma adequada e com poucos recursos financeiros investidos", complementa o professor.

 

Embora haja alternativas em estudo, sua popularização depende de recursos técnicos mais complexos, como é o caso de alternativas com uso de maquinário para trituração de vegetação, que pode ser usada como adubo verde no lugar do fogo, explicou Vidal.

 

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Tanto a queimada quanto o incêndio descontrolados e sem finalidade são crimes, com reclusão que pode variar de seis meses a quatro anos, dependendo da intenção e dos meios usados. Seus impactos são intensos e foram experimentados nos últimos meses, quando o país viu a quebra de marcas históricas de incêndios em diversos biomas. 

 

Fonte:Agência Brasil

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Regionais : Mãe vira ré por morte da filha encontrada no lixo após uso de remédio
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:47:18

Denúncia do MP aponta que mulher deu sedativo para a criança de 9 anos, que teria morrido por asfixia mecânica mista após cair na lixeira

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (RS) denunciou Carla Carolina Abreu de Souza por homicídio doloso qualificado contra a filha Kerollyn Souza Ferreira, 9 anos, encontrada morta dentro de um contêiner de lixo em agosto. O corpo da menina foi encontrada por um catador de materiais recicláveis em Guaíba (RS), região metropolitana de Porto Alegre (RS). De acordo com a perícia, não foram encontrados sinais de violência aparentes.

 

A denúncia foi recebida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) na terça-feira (24/9) e a mulher deve ser julgada pelo Tribunal do Júri. Segundo o promotor responsável pelo caso, Rafael de Lima Riccardi, a morte da criança resultou de conduta direta da mãe, que teria dado um remédio sedativo para a menina na noite do caso.

 

“A morte de Kerollyn é consequência direta da conduta da mãe, que corriqueiramente permitia que a filha transitasse pelas ruas sem qualquer supervisão, inclusive na lixeira em que foi encontrada, somado ao fato de que, naquela mesma noite, ministrou medicação sedativa não prescrita e de consequências imprevistas à criança, que veio a morrer na lixeira em decorrência de asfixia mecânica mista, relacionada à posição no contêiner, às baixas temperaturas e ao efeito do medicamento, conforme laudos periciais”, declarou.

 

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Além das denúncias no caso Kerollyn, a ré foi denunciada por maus tratos praticados contra os outros três filhos dela. O magistrado do MP pediu a prisão preventiva de Carla Carolina. A mulher chegou a ser presa, mas teve a prisão substituída por monitoramento eletrônico. A promotoria deve recorrer. O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri do MPRS, promotor Marcelo Tubino, declarou que os “réus não praticaram o mínimo de civilidade em relação a essa filha”. Ele apontou ainda que a morte da menina foi resultado de uma série de negligências por conta dos genitores.

 

Em nota, a defesa de Carla Carolina Abreu Souza afirmou que “não demonstra surpresa com a denúncia”. Segundo os advogados, “as imputações constantes na acusação nada mais são do que uma manobra acusatória, para levar a acusada a júri popular, aproveitando-se da comoção social e a repercussão dada em sede investigativa”. Leia a nota completa no final da matéria.

 

O pai da menina, Matheus Lacerda Ferreira, foi denunciado por abandono material e pode ser julgado pelo Tribunal do Júri por crime conexo. Residente em Santa Catarina, o homem teria deixado de prover auxílio à subsistência da filha e recusado tentativas de reaproximação com a criança. Procurada, a defesa do genitor apontou que discorda da responsabilização do cliente pelo crime.

 

Segundo a nota, Matheus "sempre buscou de todas as formas ter acesso e fornecer tudo o que sua filha necessitava, mas enfrentou muitas dificuldades de contato devido à relação estremecida com a mãe da criança".

 

ÍNTEGRA DA NOTA DA DEFESA DE CARLA CAROLINA ABREU, MÃE DE KEROLLYN SOUZA FERREIRA

 

A defesa de Carla Carolina Abreu Souza não demonstra surpresa com a denúncia oferecida pelo Ministério Público. As imputações constantes na acusação nada mais são do que uma manobra acusatória, para levar a acusada a júri popular, aproveitando-se da comoção social e a repercussão dada em sede investigativa. Concluída a investigação, constatou-se que não haviam elementos de prova suficientes para indiciar Carla pela morte de Kerollyn. E nada alterou-se desde o indiciamento. A defesa acredita na inocência de Carla, e seguirá efetuando seu trabalho de forma ética e transparente, com a certeza de que demonstrará se tratar essa acusação uma das maiores injustiças do sistema investigativo gaúcho.

 

CONFIRA NOTA COMPLETA DE MATHEUS LACERDA FERREIRA, PAI DE KEROLLYN SOUZA FERREIRA

 

A defesa de Matheus Lacerda Ferreira recebeu, na data de hoje, a denúncia feita pelo Ministério Público em relação ao delito de abandono material. A defesa discorda da eventual responsabilidade de Matheus, que sempre buscou de todas as formas ter acesso e fornecer tudo o que sua filha necessitava, mas enfrentou muitas dificuldades de contato devido à relação estremecida com a mãe da criança.

 

Além disso, a defesa ressalta que não apenas o pai e a mãe devem ser investigados e acusados. É importante destacar que os órgãos de proteção à criança e ao adolescente não foram responsabilizados em momento algum, mesmo sendo acionados com frequência. Essa situação é ainda mais preocupante, especialmente considerando que houve a atuação de conselheiros que podem ter vínculos pessoais com a parte envolvida, o que pode ter influenciado a condução do caso.

 


 

Houve uma clara falha desses órgãos, cuja omissão, no entendimento dadefesa, supera em muito as falhas atribuídas a Matheus. A defesa reitera anecessidade de uma investigação mais ampla que abarque a atuação de todos osenvolvidos, incluindo os órgãos de proteção.

 

Fonte: Correio Braziliense

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Mais Notícias : Alzheimer reduz risco de certos tipos de câncer? Entenda como
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:45:17

Pesquisa desvendou o mistério do porquê pessoas com Alzheimer têm menos probabilidade de desenvolver câncer colorretal

Quem tem a doença de Alzheimer parece ter menos probabilidade de desenvolver certos tipos de câncer. Pesquisas apontaram que o risco cai pela metade em pacientes com essa condição. No entanto, o porquê disso acontecer era um mistério.

 

O fato que intrigou a ciência por um tempo agora tem uma resposta. Uma investigação realizada no Primeiro Hospital da Universidade Médica de Hebei, na China, descobriu, durante um experimento clínico com ratos, que uma bactéria está por trás dessa relação.

 

Em um estudo anterior, pesquisadores chineses observaram que ratos com sintomas de Alzheimer apresentavam uma incidência menor de câncer colorretal do que o esperado. No entanto, quando esses ratos receberam um transplante de fezes de animais saudáveis, a taxa de câncer voltou ao normal.

 

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Essa descoberta reforça a ideia de que o microbioma intestinal — os microrganismos que vivem no intestino — pode influenciar não apenas a saúde geral, mas também o desenvolvimento de doenças como Alzheimer e câncer. Outros experimentos em ratos já haviam demonstrado que o microbioma pode afetar o cérebro, inclusive provocando ou agravando sintomas de Alzheimer.A nova pesquisa investiga essa relação mais a fundo e descobriu o que pode explicar a intrigante conexão entre a condição que afeta a memória e o risco reduzido de câncer de cólon.

 

 

A inflamação é um fator importante no desenvolvimento de tumores. As novas descobertas sugerem que a maior tolerância a esse processo, induzida por certas bactérias intestinais, pode ser responsável pelas propriedades anticancerígenas observadas em animais com Alzheimer. As evidências fornecem uma explicação mais clara para a relação inversa. Porém, é preciso entender se essa validação se aplica aos humanos.

 

Fonte: Olhar Digital 

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