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Brasil : Estados da Amazônia Legal divulgam apenas 30% das informações ambientais
Enviado por alexandre em 27/04/2023 00:32:30

Relatório do Instituto Centro de Vida (ICV) informa que entidades e órgãos dos nove Estados da Amazônia Legal disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações relacionadas ao meio ambiente.


Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Rodrigo Kugnharski/Unsplash

Entidades e órgãos dos nove Estados da Amazônia Legal disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações necessárias para controle, regularização e tomada de decisões relacionadas ao meio ambiente. É o que diz o relatório "Transparência das informações ambientais na Amazônia Legal: a disponibilização dos dados públicos em 2022", do Instituto Centro de Vida (ICV).

O dado é referente à transparência ativa, que corresponde às informações disponibilizadas nas páginas das entidades. A pesquisa também contabilizou os dados de transparência passiva, a partir da solicitação de informações por meio dos Serviços de Informação ao Cidadão (e-SICs).

Os resultados são embasados por análises em sites de 28 órgãos estaduais e de 7 órgãos federais, de setembro e dezembro de 2022. Ainda, por 119 pedidos de acesso a informação, por meio dos sistemas eletrônicos, de janeiro a outubro de 2022.

De acordo com o analista socioambiental do ICV, Marcondes Coelho, aumentar a transparência das informações ambientais na Amazônia Legal possibilita um maior controle sobre atividades historicamente relacionadas à destruição da floresta.

"A falta de transparência dificulta a separação entre quem cumpre a legislação ambiental e a minoria que não a segue. É importante que as informações-chave para o controle ambiental estejam disponíveis de forma completa e em formato adequado para toda a sociedade, permitindo sua utilização no combate às práticas ilegais", 

disse.

Transparência ativa 

Dos nove Estados da Amazônia Legal, Mato Grosso possui o melhor índice de transparência ativa (53%), seguido do Pará (47%) e Rondônia (33%). O estado do Amazonas aparece na sequência, com um índice de 31%.

Os três primeiros estados possuem em comum páginas da internet dedicadas a portais da transparência específicos para informações ambientais. Os demais estados apresentaram índices abaixo de 21%, com o estado do Tocantins com o valor mais baixo (11%).

O relatório evidenciou que os órgãos estaduais apresentam níveis baixos de disponibilização e de qualidade das informações ambientais. Já os órgãos federais possuem um índice mais alto.

Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Radek Grzybowski/Unsplash

Eixos temáticos 

O estudo também separou as informações de transparência ativa por eixos temáticos. Dentro disso, a regularização fundiária foi apontada como um gargalo a ser superado em todos os estados da Amazônia Legal. Isso porque a média de informações obtidas sobre o tema foi de apenas 15%.

"A ausência de informações nos sites dos órgãos de terras, sobretudo os estaduais, impossibilita o acompanhamento das políticas fundiárias pela sociedade, limitando o controle social, a cooperação entre os diferentes órgãos do Poder Executivo e a atuação das agências de controle",

diz trecho do documento.

Outro tema com baixa transparência foi o de regularização ambiental, que está relacionada às informações sobre implementação do Código Florestal e ações de comando e controle, como autorizações de supressão de vegetação nativa, autos de infração e embargos. Considerando os dados divulgados pelos estados e governo federal, a transparência nesse tema foi de apenas 28%.

"O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um dos principais instrumentos do Código Florestal, lei fundamental para conciliar a produção agropecuária com a conservação ambiental. O acesso aos dados completos do CAR possibilita o monitoramento e combate ao desmatamento nas diferentes cadeias produtivas, por outros atores além dos órgãos ambientais", comentou o Marcondes. 

Transparência passiva 

Apenas 46,2% dos pedidos de informação solicitadas aos órgãos de meio ambiente e institutos de terra de estados da Amazônia legal foram respondidos dentro do prazo estabelecido pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

Entre os 119 pedidos de acesso a informação, 83 foram respondidos, mas apenas 55 enviaram a resposta antes do fim do prazo previsto. De acordo com a legislação, o órgão ou entidade tem o prazo de 20 dias para entrega do dado, com possibilidade de prorrogação por mais 10 dias, com justificativa expressa.

O Acre figura no último lugar no ranking de estados que responderam às solicitações de acesso a informação. De todos os pedidos feitos aos órgãos estaduais, nenhum foi respondido.

Em seguida, aparecem o Tocantins e o Amazonas, ambos com 27,3% dos pedidos respondidos. Respostas não coerentes ao que foi solicitado foram comuns para ambos os estados, justificando o baixo desempenho.

Mato Grosso respondeu a 28,6% dos pedidos de informação. Contudo, o órgão estadual que atua na regularização fundiária não respondeu nenhuma das solicitações dentro do prazo previsto.

"A falta de transparência sobre a gestão de terras compromete a participação da sociedade no ordenamento territorial, que é central para o estado que tem a produção agropecuária como base de sua economia", diz trecho do relatório.

Apesar disso, os órgãos federais tiveram destaque positivo. Todos os pedidos foram atendidos dentro do prazo previsto na legislação, com resposta coerente ao que foi solicitado. O estado de Rondônia, no mesmo sentido, teve resultado semelhante, com 87,5% de resposta aos questionamentos. 

Estados da Amazônia disponibilizam em seus sites apenas 30% das informações sobre meio ambiente. Foto: Dieny Portinanni/ Unsplash

Melhorias 

Marcondes pontuou que dar acesso às informações ambientais na Amazônia Legal é uma forma de promover uma ação coletiva de combate às práticas ilegais. Por isso, ele considerou essencial a ampliação da transparência sobre esses dados.

"É importante que os órgãos estaduais se engajem em ações de promoção da transparência de informações relevantes para a sociedade. Elaborar planos de dados abertos, a exemplo do governo federal, desenvolver portais de transparência ambiental ou disponibilizar bases de dados nos seus sítios eletrônicos, bem como estreitar o diálogo com os usuários de dados para identificar as melhorias necessárias, são alguns exemplos", finalizou.

Veja o relatório completo AQUI.

Brasil : Operação Amazônia fiscaliza desmatamento com alertas de satélites de alta resolução
Enviado por alexandre em 26/04/2023 00:42:43

Os alertas emitidos são usados por equipes que fiscalizam, em tempo real, pontos onde ocorre desmatamento ilegal.


Imagens de satélite. Foto: Karla Silva/Sema-MT
Para diminuir o índice de desmatamento, o Estado do Mato Grosso utiliza uma tecnologia a favor do meio ambiente, com o monitoramento de todo o território estadual por satélites de alta resolução. Com alertas de desmatamento ilegal, equipes da Operação Amazônia fiscalizam, em tempo real, pontos onde está ocorrendo o crime ambiental.

Nos primeiros três meses do ano já foram atendidos 1.055 alertas de desmatamento, sendo em torno de 70% de modo presencial, com fiscalização in loco, e 30% por autuação remota. O trabalho estratégico de identificar os locais no Estado que devem receber equipes em campo é realizado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD).

O setor identifica o início do desmate ilegal, notifica o proprietário para que pare imediatamente, e caso a retirada de vegetação avance, a fiscalização entra em campo. Criada em 2019 pela Sema, a Gerência planeja as operações para otimizar os recursos e frear o desmatamento ainda no início.
Operação Amazônia fiscaliza desmatamento ilegal. Foto: Ricardo Oliveira/Ipaam

Conforme a gerente de Planejamento e Fiscalização, Graziele Gusmão, a plataforma e a metodologia de trabalho foram aprimoradas nos últimos anos, de acordo com as experiências exitosas da equipe. "O objetivo é sempre chegar o mais rápido possível no local e impedir o aumento da área desmatada", disse.

"A Gerência faz o tratamento dos alertas, o que permite que a gente esteja sempre monitorando o que está acontecendo no estado, para fazer o flagrante do infrator. Esse é o grande diferencial que faz com que as operações tenham maior eficência no combate ao desmatamento ilegal", afirma.

A Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal do Estado de Mato Grosso permite detectar desmates a partir de um hectare, e acompanhar a alteração da cobertura vegetal de forma rápida e precisa. Com imagens de satélite Planet, a plataforma também disponibiliza a versão pública dos alertas. A ferramenta foi financiada com recursos internacionais do Programa REM MT.  

Operação Amazônia 

Mato Grosso realiza a Operação Amazônia mobilizando todas as estruturas estaduais e de parceiros institucionais contra o desmatamento ilegal e outros crimes ambientais. Foram colocados em campo cerca de 200 servidores com o objetivo de reduzir os índices de desmatamento ilegal.


Pesquisa monitora qualidade da água em reserva biológica da Amazônia

Pesquisa realizou o monitoramento detalhado da qualidade da água de rios localizados na Reserva Biológica do Uatumã, em Presidente Figueiredo, no Amazonas.Os dados já alcançados indicaram que os parâmetros utilizados para checar as características de cursos d'água, como pH, turbidez e transparência, por exemplo, possuem pouca variação temporal e espacial, na região. 

As informações foram obtidas após a realização de cinco campanhas de coleta de dados nos rios Uatumã e Pitinga, além de afluentes e no lago de Balbina. A pesquisa também utilizou imagens de sensores, instalados em satélites, para mapear a qualidade ambiental da água na Reserva Biológica do Uatumã, demonstrando que é possível fazer o monitoramento remoto da região.

De acordo com o coordenador do projeto e doutor em Clima e Meio Ambiente, Rogério Marinho, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foram analisadas diferentes características físico-químicas da água.

"O projeto pretende gerar produtos na forma de mapas multitemporais da distribuição espacial da concentração de sólidos em suspensão, turbidez e profundidade do Disco Secchi (transparência da água). Esses mapas podem ser utilizados para o monitoramento e avaliação da qualidade da água na região estudada, e podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias de gestão ambiental", informou.
Foto: Rogério Marinho/Acervo pessoal

Monitoramento 

Com esses dados e ferramentas, será possível identificar fontes de degradação da qualidade da água no local e contribuir com a preservação da biodiversidade aquática na região estudada, garantindo a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

Além disso, as informações disponibilizadas na pesquisa tornam possível fornecer explicações úteis para a população em geral, permitindo que as pessoas acompanhem a qualidade da água na Reserva e seu entorno e, por consequência, contribui para gestão das atividades de ecoturismo no Lago de Balbina.

Foto: Rogério Marinho/Acervo pessoal
O estudo é realizado por uma equipe de dez pesquisadores vinculados à Ufam, à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), de diferentes áreas de atuação, como Geografia, Geologia, Química, Biologia e Sensoriamento Remoto. Conforme o coordenador, a diversidade de conhecimentos e habilidades contribui de forma significativa para este projeto multidisciplinar.

O estudo é fomentado pelo Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa Biodiversa/Fapeam. Iniciado em 2021, a previsão atual é que seja finalizado no segundo semestre de 2023.

Brasil : Estudo derruba mitos e elege novos vilões para a obesidade no Brasil
Enviado por alexandre em 26/04/2023 00:34:48

Pela primeira vez, um estudo lançou um olhar socioeconômico sobre a questão da obesidade no Brasil. E o resultado da análise não poderia ser mais surpreendente. O trabalho mostra, por exemplo, que o fator mais relevante associado à doença não é, como se imagina, o consumo de alimentos calóricos – embora ele não deixe de ser pertinente.

 

Outros vilões, muitos deles, em essência, econômicos, ocupam os primeiros lugares da fila entre as principais causas do problema. Eles incluem o sedentarismo, a faixa etária e o gênero. O envelhecimento da população, um fator demográfico, representa o maior risco para o avanço da cota de obesos no médio prazo no país. A pobreza não é, necessariamente, um fator determinante da doença.

 

Tais constatações foram feitas a partir da pesquisa Obesidade e Consumo das Famílias Brasileiras – Um Diagnóstico e Implicações para as Políticas Públicas, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). “A novidade é que, pela primeira vez, um estudo identifica os fatores multidimensionais do problema”, diz o economista Márcio Holland, professor da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP) e coordenador do trabalho. “Até então, era muito comum as pessoas associarem a doença a um item ou a um tipo de alimento e mais nada.

 

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”Sobre os novos fatores observados, Holland considera, por exemplo, que o sedentarismo conta com uma espécie de “ecossistema” que o fortalece. “Ele começa em casa, onde mais de 20% da população adulta assiste, em média, a três horas de TV por dia, segue no trajeto para o trabalho, realizado de carro ou por meio de transporte público, e continua no escritório, ou mesmo, na escola”, afirma. “O resultado disso é um nível muito baixo de atividade física.”

 

POUCOS EXERCÍCIOS

 

Melhores Exercícios para OBESOS - Treinamento para combater a obesidade e  perder peso com saúde! - YouTube

 

Estudos mostram que o brasileiro pratica, em média, 1,3 hora de exercícios por semana. “A recomendação médica é de, pelo menos, três dias por semana, com 50 minutos de atividade em cada um deles”, afirma o professor da FGV. “Além do mais, cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil estão associados ao setor de serviços, onde o sedentarismo tende a ser mais comum.” Holland observa ainda que há maior prevalência da obesidade em áreas urbanas do que nas rurais.

 

De acordo com a pesquisa, por tudo isso, o sedentarismo antecede o consumo de calorias na ordem das principais causas da obesidade no Brasil. Mesmo porque, sem a atividade física, não é possível se chegar a um equilíbrio razoável entre a ingestão e o gasto calórico. “Além do mais, na comparação entre indivíduos tanto com peso normal como com sobrepeso e obesidade, não há diferenças estatisticamente significativas em relação ao consumo de calorias”, diz o acadêmico.

 

ENVELHECIMENTO 

 

A obesidade no envelhecimento: trauma, doença ou libertação dos corpos? -  14/02/2022 - UOL VivaBem

 

O estudo constatou ainda uma maior prevalência da obesidade nas faixas etárias entre 40 a 59 anos, tanto para homens como para mulheres. “Isso preocupa porque a população brasileira já passa, e continuará passando, por um acentuado processo de envelhecimento”, diz o professor da FGV.Essa é uma mudança demográfica em curso. O envelhecimento avança no Brasil com velocidade três vezes maior, em média, do que nas sociedades já “envelhecidas”, como os países da Europa e os Estados Unidos.

 

Diz Holland: “Nas últimas décadas houve uma grande redução da população jovem entre nós. O que a França demorou 150 anos para envelhecer, por exemplo, o Brasil envelheceu em 50 anos”. Note-se que, em 2013, 18,5% (37 milhões de pessoas) da população brasileira era obesa. Em 2019, esse grupo passou a ser de 20,1% (42 milhões) e as projeções indicam que, em 2030, serão 24,5% (55 milhões). Mais obesidade significa custos ainda maiores na saúde, com impacto econômico negativo evidente.

 

GÊNERO 

 

Quais são os diferentes tipos de obesidade que existentemOs tipos De

 

A questão do gênero também é destaque no estudo. Há um número maior de mulheres obesas (22% do total) do que de homens (18%) no Brasil. Em contrapartida, os homens (39%) apresental mais sobrepeso (o estágio anterior à obesidade) do que as mulheres (34%). “Na verdade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) deveria ter critérios diferentes para avaliar a obesidade em relação ao gênero”, diz Holland. “Não faz sentido que os índices sejam os mesmos para homens e mulheres.”

 

MITOS 

 

Revisão de estudos aponta mitos da obesidade - 02/02/2013 - Equilíbrio e  Saúde - Folha de S.Paulo

 

A pesquisa da FGV também derrubou alguns mitos associados ao problema. Um deles é a renda. “Esse é um fator importante dentro do estudo”, afirma o economista. “Há um crescimento da obesidade entre a população mais pobre, assim como ocorre um avanço entre os mais ricos. Não encontramos diferenças expressivas entre esses grupos.”

 

Segundo o levantamento da FGV, a escolaridade também não é um elemento que mereça destaque no conjunto de fatores que contribuem de forma decisiva para a doença. “Em tese, a baixa escolaridade estaria ligada à maior taxa de obesidade”, diz Holland. “Mas também não identificamos que essa relação seja importante. E esse é um dado que não coincide com os estudos internacionais.”

 

QUEM É OBESO 

 

Obesidade aumenta em até 4 vezes o risco de morrer por Covid, especialmente  homens e menores de 60 anos | Coronavírus | G1

Fotos:Reprodução

 

Tecnicamente, o conceito de obesidade é medido pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Quando ele fica entre 18 a 24,9 quilos por metro quadrado (kg/M2), o peso é considerado normal. Há sobrepeso entre 25 e 29,9 kg/M2. De 30 kg/M2 em diante, a pessoa é considerada obesa.

 

Dados de 2019, como mencionado acima, indicam que 20,1% da população brasileira é obesa, o que equivale a 42 milhões de pessoas. O Brasil ocupa a 85ª posição no ranking mundial de obesidade que inclui 185 países, produzido pelo Global Obesity Observatory (Observatório Global de Obesidade), em 2016. Entre os brasileiros, seis em cada dez pessoas têm excesso de peso ou, no jargão, sobrepeso. Elas, portanto, estão no patamar que antecede a obesidade.

 


 

O projeto da FGV utilizou dados da Pesquisa Nacional em Saúde (PNS) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados do estudo serão discutidos num seminário (webinar) sobre o tema, nesta terça-feira (25/4), às 11horas, no canal do YouTube da FGV.

 

Fonte:Metrópoles

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Brasil : Cidade realiza disputa de 'quem mata mais gatos' com crianças
Enviado por alexandre em 26/04/2023 00:31:09

Aqui no Brasil, "atirei o pau no gato" costuma ser apenas uma cantiga e quem realmente fizer mal ao pobre bichano pode ser penalizado por isso. Mas, em uma cidade da Nova Zelândia, os maus tratos contra os gatinhos não apenas foram tolerados, como incentivados.

 

A comunidade de North Canterbury, na ilha sul do país, organizou uma disputa de quem mata mais gatos... Para crianças! A ideia era que os jovens menores de 14 anos usassem um rifle de pressão para matar o máximo possível de gatinhos. Quem conseguisse o maior número de carcaças levaria o prêmio de 250 dólares neozelandeses — cerca de R$ 775, na cotação de 2023.

 

É claro que existia uma justificativa "nobre" para isso, pelo menos na visão dos organizadores — o objetivo era angariar recursos para a escola local e diminuir a enorme população de gatos de rua, que frequentemente caça os passarinhos nativos da região. Mas, como os críticos da proposta ponderaram, existem outras maneiras de salvar os pássaros, como castrar os gatos (para que eles não se reproduzam tanto) ou levá-los para dentro de casa, como pets.

 

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Aliás, esse foi um dos principais problemas da proposta: muitas pessoas estavam com medo de que seus gatos de estimação pudessem ser atingidos pelos tiros. Até porque os rifles de pressão usados na competição causam muita dor antes de matar o pobre bichano.

 

A organização respondeu dizendo que desclassificaria qualquer criança que levasse um gato com microchip. Mas de que adiantaria, se o gatinho já estivesse morto? E, como dito, para que matar todos os gatos de rua de forma tão cruel?

 

CONCURSO FOI CANCELADO APÓS CRÍTICAS

 

Fonte: GettyImages

Foto: Reprodução

 

A competição de quem mata mais gatos foi organizada no âmbito da Competição de Caça de North Canterbury — que é um absurdo por si só. Com a justificativa de ajudar os passarinhos, os moradores se reúnem para matar todo tipo de animal, de gambás a coelhos.

 

E isso inclui as crianças, claro. O maior prêmio da competição, além dos 250 dólares para as crianças que matam gatos, é uma picape.

 

Mas foi só quando a organização incluiu a matança de gatinhos que o caso tomou maiores proporções, virando notícia no mundo todo. Entidades como a SPCA (Sociedade Neo-Zelandesa para a Prevenção da Crueldade com Animais, em tradução livre) fizeram protestos e milhares de críticas nas redes sociais, até que a organização voltou atrás. Não sem se fazer de vítima, afirmando que estava sendo cancelada pelos justiceiros da internet, obviamente.

 

Antes dessa desistência, contudo, a competição rolou por quatro dias. E o que os donos de gatos mais temiam, aconteceu: uma criança atirou em um gatinho doméstico, que morreu de infecção. O gato era castrado e microchipado, portanto não oferecia risco para os pássaros.

 

 

Nos comentários do comunicado de cancelamento (que estão restritos aos seguidores, aliás), há muitas pessoas defendendo a iniciativa, dizendo que os gatos selvagens causam bastante dano à comunidade, aos pássaros e às fazendas... Mas voltamos ao comentário anterior: não há uma maneira melhor de resolver esse problema do que rifles de ar?

 

Fonte: Mega Curioso

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Brasil : Dança, luta e jogo: Plano de Salvaguarda da Capoeira em Rondônia é disponibilizado pelo Iphan
Enviado por alexandre em 25/04/2023 09:49:15

O documento apresenta as iniciativas de proteção, os objetivos e o planejamento de ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo.


"Berimbau, atabaque e pandeiro, na roda não pode faltar, se você é capoeira, vem pra praça vadiar". A musicalidade da roda capoeira talvez seja o mais interessante desse bem cultural que une dança, luta e jogo. Em Rondônia, o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou o Plano de Salvaguarda da Capoeira no Estado. O documento é um instrumento fundamental para a gestão dos bens registrados como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O Plano de Salvaguarda da Capoeira em Rondônia é fruto do trabalho conjunto entre o Instituto e diferentes grupos e rodas de capoeira rondonienses. Em 2012, a superintendência do Iphan no Estado iniciou o processo de identificação dos detentores para a atualização do Cadastro Nacional da Capoeira e, nos últimos dois anos, mesmo com todos os obstáculos que a pandemia de Covid-19 trouxe à sociedade, realizou encontros virtuais para discutir a produção do plano.

Foto: Reprodução/Iphan

Para o técnico em Ciências Sociais do Iphan-RO, Emanuel Vieira, o Plano de Salvaguarda juntou motivações e expectativas em prol do fomento da capoeira no estado.

"A mobilização contou também com a vontade sincera de participação de detentores que expressaram, em diferentes momentos, o amor e a reverência que cultivam em relação à capoeira. O documento guarda uma parte da memória coletiva da comunidade capoeirista rondoniense, seus anseios e expectativas, seus ideais e projetos de realização", 

explicou.

Assim como o plano, a Roda de Capoeira é uma construção coletiva, de modo que a socialização entre os praticantes é indispensável. De acordo com o advogado e capoeirista, Vitor Noé, a oralidade na capoeira é a principal ferramenta de transmissão de saberes. "O respeito, a gratidão e a deferência para com o mestre de capoeira se assemelham àquela que deve ser concedida a um líder religioso, pois ele conduz o processo de aprendizagem, a roda de capoeira e a forma como os componentes do grupo se relacionam entre si", contou.

Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira

Respectivamente inscritos nos Livros de Registro das Formas de Expressão e dos Saberes, a Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira são Bens Culturais que abrangem todo o território nacional e chegam a extrapolar fronteiras. A capoeira é uma manifestação cultural presente em mais de 150 países, com variações regionais e locais criadas a partir de suas "modalidades" mais conhecidas: as chamadas "capoeira angola" e "capoeira regional".

A Roda de Capoeira é um espaço profundamente ritualizado, congrega cânticos e gestos que expressam uma visão de mundo, uma hierarquia, um código de ética, que revelam companheirismo e solidariedade. É composta pelo mestre, contramestre e seus discípulos (alunos). Homens ou mulheres podem ocupar qualquer uma das funções, desde que tenham passado pelos rituais específicos.

Os bens culturais – Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres – expressam a história de resistência negra no Brasil, durante e após a escravidão. Seus reconhecimentos como patrimônio demarcam a conscientização sobre o valor da herança cultural africana. Herança esta que, no passado, foi reprimida e discriminada. A partir do reconhecimento oficial das práticas e saberes relacionados à capoeira, em 2008, foram elaboradas estratégias para promover, inicialmente em nível federal e, posteriormente de forma descentralizada, sua salvaguarda.  

Confira o arquivo completo:https://portalamazonia.com/cultura/danca-luta-e-jogo-plano-de-salvaguarda-da-capoeira-em-rondonia-e-disponibilizado-pelo-iphan


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