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Brasil : Conheça as ideias da ministra Simone Tebet detalhadas em entrevista exclusiva à ISTOÉ
Enviado por alexandre em 18/03/2023 13:50:25

Nada na trajetória política de Simone Tebet foi fácil. Ela está acostumada a enfrentar obstáculos, que sempre superou com determinação para depois triunfar contra todas as projeções pessimistas.

 

Foi assim no Senado, quando enfrentou o bolsonarismo e brilhou na CPI da Covid. Também ocorreu dessa maneira na campanha presidencial, quando se tornou a candidata do centro democrático, lutando dentro do seu próprio partido e contra rivais poderosos. A adesão ao governo Lula, como ministra do Planejamento e Orçamento, também desagradou os petistas mais radicais, pois tornou-a uma espécie de fiadora das ideias mais liberais na economia e da frente ampla na gestão Lula. Ela acha que a aposta está valendo.

 

Após quase três meses à frente da pasta, ela auxilia o governo nos dois grandes projetos que devem nortear a gestão até 2026: o novo arcabouço fiscal, a ser enviado nos próximos dias ao Congresso, após a aprovação do presidente, e a Reforma Tributária, que ela considera a única “bala de prata” que o governo tem para acelerar o crescimento

 

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Inicialmente recebida com descrédito pelos petistas, que não a queriam em um ministério da área social, ela foi uma escolha pessoal de Lula, que a desejava na área econômica porque “pensava de forma diferente dele”, como ela diz.

 

Na época, Simone questionou o presidente sobre sua própria indicação. Ela esperava um posto na área social e considerou declinar do convite. Mas Lula a tranquilizou e disse que “sabia o que estava fazendo”. Essa iniciativa é uma prova da visão democrática do mandatário, ressalta a emedebista.

 

Enquanto Haddad faz a delicada costura política dos dois projetos econômicos, Tebet tenta apontar a gestão para o futuro. Uma de suas missões, como diz, é dar mais agilidade e trazer modernidade à máquina pública. Para isso, prepara o Plano Plurianual (PPA), o instrumento de planejamento de médio prazo que impactará a administração federal por quatro anos, a partir de 2024. Uma de suas prioridades (e uma das pré-condições para aceitar o posto) foi aumentar a participação feminina na administração federal, o que está segura de conseguir. Outra foi ampliar o sistema de avaliação das políticas públicas, para averiguar a eficiência dos gastos e cortar desperdícios, o que ela espera fazer em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU). Tebet ainda repete que o Estado “gasta muito e gasta mal”.

 

No atual governo o Orçamento não será um “faz de conta”, ela diz, prometendo transparência. “Bolsonaro foi um falso liberal, agiu com irresponsabilidade e sem preocupação com os recursos públicos. Seus gastos foram apenas eleitoreiros”, afirma. A transformação na máquina pública levará tempo e a ministra afirma que o governo está precisando lidar com os problemas herdados do governo anterior. Entre eles, um déficit de R$ 230 bilhões, “que agora vamos tentar zerar”, ela assevera. Este ano, haverá menos de R$ 180 bilhões para gastos discricionários, em que o governo tem liberdade de escolher a destinação.

 

Quase todas as receitas estão comprometidas com os gastos obrigatórios. Para contornar essa dificuldade, ela conta com a ajuda dos organismos internacionais. A reinserção do Brasil nos órgãos multilaterais é outra atribuição da sua pasta. Para isso, viajou ao Panamá na sexta-feira para participar de um encontro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), presidido pelo brasileiro Ilan Goldfajn. A instituição já se comprometeu com investimentos no Brasil de US$ 30 bilhões (nesse valor estão incluídos recursos também do Bird, Caf, Fonplata e Brics), montante que, convertido em reais, é comparável a tudo o que o governo pode gastar neste ano.

 

Aí, de novo, sua visão pró-mercado e a boa relação com os economistas “não heterodoxos” contaram pontos. Ela tem grande proximidade com Goldfjan, ex-presidente do Banco Central (responsável por um ambicioso programa de modernização na instituição que levou ao Pix, por exemplo), cuja indicação ao BID quase foi dinamitada por Guido Mantega em novembro passado, quando o ex-czar da economia na gestão Dilma Rousseff integrava o governo de transição.

 

Goldfjan foi escolhido com apoio maciço dos países que integram a instituição e Mantega acabou escanteado da nova gestão. “Acho que o Ilan nem se lembra mais disso. São águas passadas. Ele sabe como funciona a política”, contemporiza Tebet.

 

Além da prioridade aos mais desfavorecidos, Lula tem anunciado a volta de velhas bandeiras petistas, como o programa Minha Casa Minha Vida. No caso do novo PAC, o famoso Programa de Aceleração do Crescimento lançado originalmente em 2007, a ministra aponta que a nova versão se dará em sintonia com a iniciativa privada e com o uso de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Já o nó a desatar para voltar a atrair capital internacional, público e privado, é recolocar a agenda ambiental em primeiro lugar.

 

O cuidado com a sustentabilidade e o compromisso com o desmatamento zero já estão permitindo captar recursos no exterior, assegura. Mas isso não diminui a urgência de o governo equacionar o rombo fiscal legado pela gestão Bolsonaro, assim como colocar a trajetória da dívida pública nos trilhos. “O maior desafio hoje é termos espaço fiscal e dinheiro para encaminhar todas as despesas. Precisamos fazer o dever de casa”, diz a ministra. E isso mudando a prática que imperou nos últimos quatro anos. O importante é mudar o rumo. O governo passado foi irresponsável, gastou sem limites e colocou o País de volta ao mapa da fome, critica. “Procuramos soluções de forma democrática e não com a barbárie que marcou o governo passado.”

 

SINTONIA COM A LULA 


Tebet mostra que se sente confortável no governo, em sintonia com o presidente. “Não existe responsabilidade fiscal sem responsabilidade social”, repete. É um dos mantras de Lula. “Quero o pobre no orçamento” foi uma das primeiras ordens que recebeu do petista, ela lembra. O mandatário tem retribuído a confiança. Na reunião ministerial da última terça-feira, quando ele deu uma bronca em ministros que propunham “genialidades” sem consultar o Planalto, estava ao seu lado e foi apontada como uma das pessoas que deveriam ser procuradas para aprovar eventuais programas novos.

 

“Foi uma fala necessária”, concorda. “São 37 ministérios com políticos das mais variadas origens, sete ex-governadores, senadores, ex-prefeitos e gestores experimentados. Às vezes os ministros de boa fé antecipam projetos. Antes de lançar as ações, é preciso passá-las pelo crivo da Casa Civil e da Presidência, para ver se há espaço fiscal para executar as ideias”, diz. A sinergia também fez o presidente convocá-la a “viajar pelo País”, visitar todos os estados da Federação para conversar com os gestores locais, com o objetivo de estreitar as relações e ampliar as parcerias. Ela está animada com essa tarefa.

 

QUEDA DOS JUROS


Alinhada também com Haddad, Tebet diz que o ministro da Fazenda “está surpreendendo”. Ao lado do colega, ela faz coro ao pedir que o Banco Central comece a baixar os juros, para reativar a economia, que está desacelerando desde o final do ano passado. “Os juros precisam cair, ou na pior das hipóteses se estabilizar.”

 

Mas evita citar nominalmente o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, preferindo focar no relatório a ser elaborado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reunirá nesta semana, dias 21 e 22, para determinar se a Selic permanecerá no atual patamar de 13,75% (mais provável) ou começará uma trajetória de queda. Para reforçar a confiança do Banco Central e do mercado, conta com a divulgação do novo arcabouço fiscal nos próximos dias. Como Haddad, acha que o governo já mostrou que está comprometido com o equacionamento do déficit público.

 

Mas a ministra conta com uma mudança importante para destravar o crescimento. “A única bala de prata para dar serviços públicos de qualidade é a Reforma Tributária.” Essa é considerada a mãe de todas as reformas, mas nunca andou porque mexe em interesses regionais e causa arrepios em setores que podem ser duramente afetados, como o de serviços.

 

Agora, sairá do papel, acredita a ministra. “Vejo o copo meio cheio. A reforma está há 30 anos no Congresso e nunca esteve tão madura.” Descarta com ênfase a possibilidade de volta da CPMF, um imposto regressivo que já foi desprezado pelo Legislativo e era uma obsessão de Paulo Guedes. Tebet fala com conhecimento de causa sobre essa mudança que poderá trazer mais “justiça tributária”, já que conhece as complexas negociações no Congresso, onde foi senadora por oito anos, além de vice-governadora do Mato Grosso do Sul e prefeita da cidade onde nasceu, Três Lagoas (MS). Até dezembro a mudança deverá ser votada, confia. É uma janela de oportunidade que o governo precisa aproveitar no período favorável do início do mandato, “porque o problema é no ano que vem”.

 

O otimismo e a energia que Tebet está demonstrando neste início de gestão contrastam com o ceticismo inicial de agentes econômicos. O governo Lula tinha desde o time de transição nomes responsáveis pela “nova matriz econômica”, o plano econômico intervencionista que fracassou provocando a maior recessão da história. Tebet, ao contrário, vinha de uma campanha em que havia reunido economistas que formularam o Plano Real e atuaram no governo Fernando Henrique Cardoso.

 

Quando o ministério de Lula foi anunciado, muitos se perguntaram qual seria o papel dela em um time cercado de petistas que lembrava muito mais a gestão Dilma do que o primeiro mandato de Lula, nos anos 2000. Ela parece confiante que vai, mais uma vez, dar a volta por cima.

 

“A grande missão é garantir qualidade nos gastos públicos”


Ministra comenta os projetos de novo arcabouço fiscal e Reforma Tributária e diz que sua equipe quer tornar os ministérios mais eficientes
A nova geração encontrou um orçamento engessado, apesar da aprovação da PEC da Transição. Quais são as prioridades?
O problema não está apenas no orçamento engessado. O problema não é já ter as despesas direcionadas para a saúde, educação, previdência e salário. A questão é que o Brasil gasta muito e gasta mal.

 

É um grande elefante branco, pesado, atrasado e deficiente. O meu objetivo é garantir agilidade e eficiência por meio de uma nova visão de gestão pública, que passa pelo planejamento antes do orçamento. Esse é o ano do PPA, o Plano Plurianual. A meta é que nós possamos envolver todos os ministérios.

 

Que o plano possa ser a bússola que faltou, por exemplo, nos últimos quatro anos e na pandemia. Com um planejamento bem feito, preocupação social e envolvimento de todos os ministérios, conseguiremos alcançar a missão principal do presidente, que é a primeira ordem que ele me deu: “Quero o pobre no Orçamento”. E não é só o pobre que tem que estar dentro: é a primeira infância, é o jovem e o idoso.

 

“O ministro Fernando Haddad tem me surpreendido. Ele cuida das receitas e está preocupado com o Orçamento, com o fiscal”
A senhora anunciou na posse que atuaria para monitorar e avaliar as políticas públicas em parceria como o TCU e CGU. Esse trabalho estará atrelado à nova âncora fiscal?


O Orçamento tem dois entraves: da receita e da despesa. Com a receita, a minha missão é dar suporte, colocar nossa equipe toda à disposição do Ministério da Fazenda, ajudando a fazer contas. Do lado da despesa, é difícil, diante das necessidades de um País que hoje tem 33 milhões de famintos e mais de 120 milhões de pessoas com insegurança alimentar.

 

O Brasil tem uma demanda de cirurgias e consultas, fruto da pandemia. É difícil falar apenas em corte de gastos. Então, uma vez que cortar é mais difícil, embora necessário, faremos naquilo que é supérfluo ou desperdício. A grande missão é garantir qualidade nos gastos públicos. Pela primeira vez nós temos no Ministério uma secretaria exclusivamente para isso. O objetivo, e tenho consciência de que é um grande desafio, é envolver todos os ministérios para mostrar que o nosso papel é servir aos demais. Queremos ser um ministério parceiro dos outros para que possamos ser eficientes.

 

A senhora declarou que a nova âncora fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado. A responsabilidade fiscal será preservada? O déficit vai diminuir?


Vamos lembrar que o governo passado foi irresponsável. Visando à reeleição, gastou de forma desordenada e sem limites. Provocou inflação e juros altos, além de colocar o Brasil no mapa da fome. Isso não pode ser esquecido. Ao ponto de eu, como uma liberal, que tem o fiscal como âncora, e do Congresso, termos de aprovar uma PEC que gerou um déficit fiscal histórico de R$ 232 bilhões. Claro que houve a pandemia, mas teve uma irresponsabilidade do governo que só dizia que era liberal, mas não tinha nenhuma preocupação com os gastos públicos. A intenção foi eleitoreira.

 

Neste governo, nós não só herdamos esse déficit fiscal, cuja nova âncora tem como premissa zerá-lo, como temos uma responsabilidade para fazer com que os juros caiam e, na pior das hipóteses, estabilizar a dívida pública. Tudo isso que vai ser apresentado, e que já tem anuência do presidente para ocorrer, vem ao lado da crença de que é possível fazer investimentos públicos e continuar a garantir serviços públicos de qualidade.

 

Precisamos ter uma visão moderna de parcerias público-privadas, de investimentos privados não só nacionais como estrangeiros. No mais, temos de aproveitar o bom momento: um governo que coloca a responsabilidade sócio-ambiental como prioridade. Meu papel é ajudar a equipe econômica e restaurar essa segurança jurídica, socioambiental e garantir previsibilidade. Sabemos que ninguém investe no escuro. Estou otimista de que a nova âncora fiscal vai ser bem aceita por todos.

 

Ninguém está falando que vai fazer milagres ou mágicas. Estou dizendo que há várias qualidades desse arcabouço: ele é simples e crível. Falta apenas colocar os números para ver o quanto se poderia ser mais ou menos otimista numa visão de médio prazo.

 

E a reforma tributária? Há riscos como a volta da CPMF?


Não vejo de forma alguma esse risco, porque a sociedade refuta essa ideia e o Congresso é que segurou essa proposta da retomada de um imposto digital maquiado. A reforma é sobre o consumo, inicialmente. Fala em unificação dos tributos, visa a um sistema mais simples e com justiça tributária. Quem mais consome é o pobre. Alguns pontos precisam ser mais bem debatidos junto com o Congresso e em relação aos entes federados e aos diversos setores da economia, mas isso está muito avançado.

 

O presidente criticou em reunião no Planalto “genialidades” de ministros e pediu que todos ouvissem a senhora e o ministro da Fazenda. O governo ainda está “ajustando” o discurso?


Acho que a fala foi necessária por duas razões. Primeiro, porque o governo é um só e é do presidente Lula. Estamos com uma ampla frente democrática com diversos pensamentos e matizes ideológicas. Temos 37 ministérios com pessoas experientes, sete ex- governadores. senadores e ex-prefeitos.

 

Numa estrutura tão grande como essa, diante da pressa que todos temos de unir, pacificar e reconstruir o Brasil, diante de tantos retrocessos, muitas vezes no início de um governo acontece de todos quererem contribuir da melhor forma possível. Mas nós precisamos partir de duas premissas. É preciso que todas as ações passem pelo crivo político, portanto, pela Casa Civil, que faz análise política junto ao presidente. E, em paralelo a isso, que se coloque no papel essa política pública para que possamos ver pelo lado da receita, se há recursos.

 

A senhora participará de reunião do BID nos próximos dias. O ex-ministro Guido Mantega tentou impedir a eleição do seu presidente, o brasileiro Ilan Gold- fajn. Esse mal-estar já foi superado?


Ele nem lembra mais disso, é página virada. Todos nós temos experiência suficiente para saber como isso funciona na política. Hoje, o Ilan fala com o ministro da Fazenda e está pronto para colaborar nesse momento importante em que o mundo está olhando para nós e dizendo que estão prontos para colaborar conosco, se fizermos nossa parte.

 

Eles querem servir ao planeta por meio do Brasil, que tem a maior floresta tropical do mundo. Sabem do exemplo que o País pode dar na parte da energia limpa, do esforço que faremos na transição energética. Esse governo tem prioridade absoluta em relação a isso. Não à toa, colocou Marina Silva na pasta do Meio Ambiente, criou um ministério dos povos indígenas e tem a determinação do desma­tamento ilegal zero. Fazendo isso, o BID e outros organismos multilaterais têm todas as condições de nos ajudar.

 

Durante a campanha a sra. tinha uma equipe de economistas liberais. Agora, passou a ser aliada do Haddad. Mas vocês passaram a ser visados por uma ala política do governo, ligada ao PT.


Sim, porque eu acho que o ministro Haddad tem me surpreendido. Ele cuida das receitas e está preocupado com o Orçamento, com o fiscal. E nisso ele faz realmente com que eu me aproxime dele.

 


 

Porque entendo que não se faz o social sem o fiscal. O Orçamento tem de levar em consideração a questão dos gastos públicos. Conciliar as necessidades e prioridades de cada ministério com suas perspectivas atribuições e com os recursos disponíveis. Essa mesma visão se vê no discurso do ministro Haddad. 

 

Fonte: Revista IstoÉ

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Brasil : Paciente americana é curada do HIV após transplante de células-tronco
Enviado por alexandre em 18/03/2023 13:47:50

Pela quarta vez na história, cientistas conseguiram curar um paciente com HIV, o vírus da aids. A mulher, moradora de Nova York, nos Estados Unidos, passou por um transplante de células-tronco para tratar um câncer, e não apresenta mais vestígios do vírus no organismo.

 

O caso foi publicado na revista Cell nesta quinta-feira (16/3).


A paciente tinha câncer no sangue e passou por um transplante de células-tronco que vieram do cordão umbilical de um doador. Após 30 meses, os autores do estudo observaram que a mulher, mesmo sem fazer o uso das medicações antirretrovirais, não tinha mais HIV em seu organismo.

 

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De acordo com a autora do estudo, Yvonne Bryson, a mulher está bem. Mesmo não sendo um procedimento que pode ser aplicado a todos os pacientes, os resultados dão esperanças que, no futuro, novas técnicas baseadas nessa terapia possam ser desenvolvidas.

 

“Atualmente, ela está clinicamente saudável, livre de câncer e HIV. Chamamos o quadro de cura possível, em vez de definitiva, já que precisamos de um período de acompanhamento mais longo”, afirma Yvonne.

 

Em casos como o da paciente, os médicos e cientistas buscam um doador que, além de ser compatível, tenha uma mutação específica no gene CCR5, responsável por impedir que o HIV ataque as células.

 

 

As células-tronco do doador substituem as do paciente, levando à diminuição do câncer e proporcionando resistência contra o vírus da aids.

 

Fonte: Metrópoles
 

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Brasil : Terras do Médio Solimões apresentam estimativas de desmatamento e vulnerabilidade no Amazonas
Enviado por alexandre em 17/03/2023 10:39:17

Os modelos são estimativas hipotéticas baseadas em dados observados e podem ser utilizados para compreender a evolução e as consequências do desmatamento nessas regiões.

Um estudo, realizado através do Sistema de Informação Geográfica (SIG), produziu modelos com estimativas futuras do desmatamento e da vulnerabilidade da paisagem em bacias hidrográficas localizadas nos municípios de Tefé e Alvarães, no Amazonas.

O modelo considerou diversas variáveis, entre as quais, relevo, tipos de solo, altitude, precipitação de chuvas e declividade dos terrenos para mensurar possíveis cenários de mudanças do uso da terra e vulnerabilidade das paisagens para as próximas décadas. Os modelos são estimativas hipotéticas baseadas em dados observados e podem ser utilizados para compreender a evolução e as consequências do desmatamento nessas regiões e, com isso, direcionar políticas públicas que visam combater a degradação ambiental na Amazônia e promover o uso racional da terra.

Os dois locais analisados no estudo foram a Bacia Hidrográfica do Igarapé Agrovila, no município de Tefé, e a Bacia Hidrográfica do Igarapé Jarauá, em Alvarães, ambas na região do Médio Solimões. O estudo recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Foto: Christian Braga/Greenpeace

De acordo com o coordenador do estudo, o doutor em Geografia e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) João Cândido, uma das variáveis utilizadas para elaboração do mapeamento com cenários futuros são os dados já existentes sobre o desmatamento, nessa região, nos últimos anos. 

"É possível verificar as mudanças do uso da terra em um determinado período, então analisamos de 2010 a 2021 para observar o que foi desmatado nesse período. A partir disso consideramos outras variáveis e implementamos no modelo o que é chamado de peso de evidências, para analisar a relação de cada uma dessas variáveis com o desmatamento",

explicou João Cândido.

O modelo de cenários futuros foi realizado com o auxílio do software Dinâmica EGO, desenvolvido pelo Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), parceira do projeto.

"A importância desses modelos é justamente para repensar alguns tipos de uso da terra, e demonstrar como algumas áreas podem ser melhor aproveitadas para determinados tipos de uso, e outras serem prioritariamente preservadas por conta do grau de vulnerabilidade observado", destacou. 

Municípios que fazem parte do Médio Solimões. (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde)

João Cândido acrescenta ainda que não é somente o desmatamento que pode comprometer a vulnerabilidade da paisagem nas bacias hidrográficas analisadas, mas a sua associação aos elementos naturais e processos dinâmicos da natureza. 

Os dados gerados pelo modelo são baseados em tendências e estão sujeitos a alterações.


Pesquisa avalia potencial farmacológico e alimentício no colágeno da tambatinga

Uma pesquisa avaliou o potencial farmacológico e alimentício no colágeno do peixe tambatinga (Piaractus brachypomus). Esse colágeno adquirido a partir de resíduos do pescado pode ser aproveitado para aplicações na área médica, na composição de curativos, tratamento de queimaduras, medicamentos, cosméticos e bebidas. Esse elemento também pode ser utilizado em alimentos industrializados substituindo a gordura saturada.

O estudo que contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) campus de Barra do Bugres, e tem como um dos objetivos agregar valor aos resíduos gerados no processo de filetagem do pescado, que atualmente não tem um destino ou valor agregado.

A ideia do processo de pesquisa é isolar proteínas miofibrilares e colágenos presentes em resíduos de pescado e avaliar suas potencialidades tecnológicas. A pesquisa 'Isolamento de proteínas miofibrilares e colágeno do resíduo de pescado e avaliação de potencialidades tecnilígicas alimentares' avalia o processo para se obter o colágeno do peixe, como o Ph, temperatura e adição de aditivos reestruturantes.

A espécie usada foi o Tambatinga. Foto: Reprodução/Widson Ovando

Metodologia de pesquisa 

O processo se inicia com a filetagem do peixe, que gera diversos resíduos, como escamas, vísceras, barbatanas, aparas, nadadeiras, cabeça e a pele, em seguida esses resíduos são despigmentados imerso em solução de extração, o colágeno é solubilizado em solução de extração que passa por processo de coagulação e secagem, podendo ser solubilizado em água novamente.

Os resultados alcançados até o momento mostram-se promissores, tendo em vista que as proteínas extraídas apresentaram propriedades físico-químicas satisfatórias, quanto à estabilidade frente a variação de pH e adição de sal (NaCl) pois há indicativos que as proteínas mantêm as propriedades físico-químicas similar àquelas encontradas na matéria bruta usada na extração.

A pesquisa em andamento vem proporcionando também a formação e qualificação de recursos humanos, com a participação ativa de alunos dos Cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia de Produção Agroindustrial, ambos pertencentes a (UNEMAT), campus de Barra do Bugres, no que diz respeito a realização de trabalhos de conclusão de curso e Iniciação Científica.


Baleia e Balaio: a história da mãe de um macaco com deficiência que lutou pela vida do seu filhote

Apesar de serem considerados seres irracionais, os animais sempre trazem lições sobre inclusão, amor e empatia. Um amor que vence barreiras e deficiências que podem ser vistas como limitações. Foi com base no amor materno que uma mãe de um macaco-prego lutou pela vida do seu filhote. Completamente dependentes das mães para locomoção nos primeiros meses de vida, os filhotes agarram suas mães para poderem acompanhar o grupo de primatas.

Um estudo sobre psicologia comportamental dos animais registrou a história comovente da mãe Baleia que lutou pela vida do seu filhote Balaio. O filhote nasceu com deficiência congênita na perna que impossibilitava sua locomoção. Com instinto maternal de proteção, Baleia oferecia suporte físico ao Balaio. Os pesquisadores acompanharam os dois primeiros meses de vida do filhote, cuja espécie pode ser encontrada em diversas regiões do Brasil, incluindo a Amazônia.

Para entender melhor sobre esse instinto maternal dos animais, o Portal Amazônia conversou com a pesquisadora do Grupo de Pesquisas de Primatas Neotropicais da Universidade de São Paulo (USP), Tatiane Valença, a coautora do artigo 'Vida e morte de um infante de macaco-prego selvagem incapacitado'.

Foto: Tatiane Valença

Considerado um dos macacos mais inteligentes do mundo, é capaz de abrir frutos de casca rígida usando pedras ou pedaços de madeira. São macacos de porte médio, que atingem cerca de 45 centímetros de comprimento. 

Vale destacar que sua abrangência no continente sul-americano é grande. Eles são encontrados desde a bacia Amazônica até o sul do Paraguai e norte da Argentina e por todo o Brasil. O Sapajus macrocephalus é uma espécie amazônica, já os Sapajus flavius e Sapajus xanthosternos são endêmicos do nordeste, por exemplo. Outra espécie amazônica é a Sapajus apella, encontrada no Acre, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá e Roraima. Para a pesquisa, foram observados macacos do Parque Nacional de Ubajara, no Ceará. 

Contudo, mesmo com o cuidado que a mãe teve com seu filhote, após dois meses ele faleceu. Os pesquisadores acreditam que ele tenha caído da costa da sua mãe, tendo em vista a hipótese de que a causa da morte pode ter sido de um trauma, somado a sua deficiência. A deficiência congênita no filhote estava na sua perna, que não se flexionava igual aos outros. 

"Podemos dizer que ela flexionava para o lado externo, o joelho 'dobrava para o lado'. Ele era capaz de movimentar a perna normalmente nessa posição diferente e não parecia exibir qualquer desconforto ao fazer isso. Nós acreditamos que seja uma condição congênita, a condição causava dificuldades para se agarrar à mãe. Os filhotes utilizam os dois braços e flexionam as duas pernas para encaixar bem e agarrar firmemente nas costas da mãe, especialmente porque a mãe fica boa parte do tempo andando entre as árvores e às vezes fazendo movimentos de impacto. Como a perna esquerda do filhote flexionava para a lateral, ela não encaixava firmemente nas costas da mãe",

esclareceu a biológa.

Por conta da deficiência, o filhote ficava em posições instáveis nas costas da sua mãe, então tinha a tendência a escorregar mais que o normal. Algo que chamou atenção dos pesquisadores foi que grupo de macacos que conviviam com o Balaio o tratavam de modo igual, sem diferenciações.

"Os macacos-prego tendem a ter muito interesse pelos recém-nascidos. Eles se aproximam, olham na face, tocam, fazem catação e exibem um comportamento muito interessante que a gente chama de lip smacking, que é um estalar de lábios como se fosse um 'beijinho'. Esse filhote recebia todos esses cuidados também", pontuou Tatiane.

Os macacos-prego costumam viver em grupos de até 40 indivíduos. Em geral, sua alimentação é rica em frutos e insetos. Eles possuem o hábito de ingerir alimentos mais duros, como cocos e sementes, este hábito influencia na sua anatomia e comportamento.

"Essa população utiliza pedras como ferramentas para quebrar pequenos cocos. Levantar e abaixar a pedra com força para quebrar o coco gera um impacto grande, então esse é um momento que os filhotes têm que se agarrar bem firmemente ao corpo das mães. Para quebrar cocos, os macacos costumam apoiar a cauda no chão ou em alguma árvore, conseguindo mais estabilidade para bater com força. Essa mãe às vezes levantava a cauda nesse momento, o que é incomum. Então nós acreditamos que ela fazia isso para evitar que o filhote escorregasse nesse momento de impacto", explicou a coautora do artigo, que também tem assinatura de Tiago Falótico. 

Foto: Tatiane Valença

Casos parecidos com o Balaio

Existem registros de populações de macacos semelhantes ao do Balaio, como é o caso dos macacos japoneses. No Japão, os macacos possuem maior facilidade de locomoção no chão, então não precisam pular com frequência entre as árvores, o que prolonga a sobrevivência dos macacos que nascem com alguma deficiência. Com isso, os filhotes podem escorregar das mães sem causar grandes danos a sua saúde física. 

"Há uma população de macacos japoneses em que há vários casos de macacos que nasceram com deficiências e não conseguem se agarrar às mães. Elas seguram os filhotes deficientes contra o corpo, carregando eles dessa forma pelo tempo que for necessário. Elas também posicionam os filhotes nos mamilos para que possam mamar. E muitos deles conseguem viver bem, chegar à idade adulta e ter seus próprios filhotes", contou Tatiane.  

A pesquisadora resumiu o artigo em um vídeo. Confira:https://portalamazonia.com/amazonia/baleia-e-balaio-a-historia-da-mae-de-um-macaco-com-deficiencia-que-lutou-pela-vida-do-seu-filhote

Leia também: Árvore típica da Amazônia, cedro rosa é utilizado no controle da diabetes e gordura no sangue

 


Brasil : Por que o ovo de páscoa é tão mais caro do que a barra de chocolate?
Enviado por alexandre em 17/03/2023 10:32:40

Toda época de Páscoa as pessoas se perguntam o motivo da grande diferença de preço entre o ovo e a barra de chocolate. Entenda o porquê.

Todos os anos as pessoas comemoram a Páscoa. Para os cristãos, essa é uma das datas mais importantes do ano pois representa a ressurreição de Jesus Cristo. Também é o fim da Quaresma, período em que os praticantes da religião fazem jejum de várias coisas, incluindo de carne vermelha. Mas é claro que também é o momento do tão conhecido ovo de Páscoa.

 

E sempre nessa época do ano a discussão entre ovo ou barra de chocolate ressurge. Até porque parece que ano após ano as pessoas ainda não sabem o motivo de um ovo de Páscoa ser tão mais caro. Para se ter uma ideia, o ovo de Páscoa Diamante Negro de 176 gramas está custando R$ 45,89, enquanto que sua barra de 90 gramas sai pelo valor de R$ 6,99 na mesma loja. Isso mostra que para comer 180 gramas do chocolate, se ele estiver no formato de barra, a pessoa precisará desembolsar somente R$ 13,98.

 

Por conta disso que várias pessoas sempre questionam a diferença muito grande no preço do ovo comparado com a barra. Muitas pessoas podem achar que é por conta de todo o apelo comercial que o ovo tem na Páscoa, contudo, de acordo com Gecilda Esteves, professora de Economia do Ibmec RJ, os motivos são muitos.

 

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“A data gera uma elevação do preço por conta da lei de oferta e da procura. Mas, de fato, o ovo de Páscoa tem uma produção mais complexa. Enquanto a barra de chocolate tem uma estrutura compacta, pois basta colocar o chocolate na forma e estabelecer o corte, o (processo de fabricação do) ovo é delicado. Muitas empresas fazem o fechamento do produto à mão. Não podem recorrer a uma produção mecanizada e mais barata. Precisa ser manual”, disse ela.

 

Para justificar o preço a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) explicou todo o processo de produção de um ovo de Páscoa. Além de também ressaltar que ele é “um produto sazonal e mais complexo do que os de linha regular”.

 

OVO DE PÁSCOA

 

Começa pelo fato de todo o trabalho de criação de conceito, coleções e fechar parcerias para esses produtos. Tudo isso pode começar com até 18 meses de antecedência da Páscoa.

 

Com relação à produção dos ovos, eles têm uma produção de alta complexidade, o que faz com que seus custos de fabricação sejam maiores. Eles também precisam ser embalados de forma manual. Outro fator é que essas embalagens são maiores e com mais detalhes do que as do chocolate em barra.

 

Por serem diferentes das barras, os ovos de Páscoa precisam ser armazenados em condições controladas de temperatura e umidade, o que exige uma logística bem maior e complexa das empresas. E além do seu armazenamento, seu transporte também é diferenciado. Por conta das suas características, como tamanho por exemplo, os caminhões levam menos mercadoria do que a capacidade total.

 

Tudo isso ainda é somado com um reforço no número de funcionários que são contratados temporariamente para a Páscoa, mas que por muitas vezes ficam nas empresas por até seis meses.

 

COMPRANDO MAIS BARATO

 

Foto: Reprodução

 

Mesmo que seja um produto mais caro, a Abicab pontua que no mercado existe uma grande variedade de ovos de Páscoa com os mais variados preços, recheios, embalagens e brindes. “Isso tudo para garantir que o consumidor tenha a oportunidade de celebrar a Páscoa de acordo com a sua possibilidade no momento”, explicou.

 

Para quem gosta de comprar o ovo nessa época, mas quer pagar mais barato, Gecilda tem duas dicas. A primeira é comprar o produto com antecedência, até porque conforme a data da Páscoa vai se aproximando os preços podem subir. E a segunda é comprar logo depois que a Páscoa acabou.

 


 

“Os mercados e as lojas que revendem esses produtos promocionam depois da data e os descontos chegam a 50% uma semana depois. O objetivo é se livrar da mercadoria e retomar aquele espaço que tinha sido dedicado à data. Já as marcas próprias fazem promoções módicas: de até 20%. Como esse é o negócio final delas, podem vender esses produtos por mais tempo”, disse ela.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos

 

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Brasil : Carol Dartora discursa na ONU sobre equidade de gênero
Enviado por alexandre em 17/03/2023 10:28:41

A deputada federal Carol Dartora (PT-PR), professora e primeira mulher negra eleita deputada federal da história do Paraná, vai discursar na sede da ONU – em Nova York (EUA) – sobre a união dos setores público e privado para alcançar a igualdade de gênero.

 

O painel fará parte do encontro do Pacto Global da ONU no Brasil e da 67ª Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW67). A participação da congressista acontece nesta quinta-feira (16).

 

Dados da Oxfam, em parceria com o Datafolha, mostram que em 2022, para 75% dos brasileiros – sendo 79% mulheres negras -, as mudanças tecnológicas estão deixando os ricos mais ricos e os pobres ainda mais pobres.

 

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Atualmente, a equidade de gênero está na ordem do dia. Em 8 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma série de atos para a equidade de gênero.

 

O encontro do Pacto Global quer alinhar as estratégias empresariais, governamentais e da sociedade a princípios nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção, e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em paralelo, a CSW67 vai tratar sobre inovação, mudança tecnológica e educação na era digital para alcançar a igualdade de gênero, além do empoderamento de mulheres e meninas.

 

Frente Parlamentar de Combate ao Racismo


Dialogando também com a temática internacional, Carol Dartora está engajada na criação da Frente Parlamentar de Combate ao Racismo e Educação para Relações Étnico-raciais e de Gênero.

 

A Frente tem o objetivo de mostrar como a igualdade de gênero pode ser transversal a pautas como a educação.

 

“A gente entende que a pauta passa pela educação.

 

 

A gente precisa deixar claro que as desigualdades podem ser vencidas pela formação e, assim, ter uma sociedade menos machista”, pontuou Dartora, ao dizer que a função tanto do legislativo como do setor privado é estabelecer a igualdade no trabalho.

 

Fonte: Revista Fórum

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