Brasil : Fundo Amazônia: EUA planejam arrecadar recursos destinados a preservação da Amazônia
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Enviado por alexandre em 28/02/2023 10:43:05 |
A intenção dos EUA de contribuir com o Fundo Amazônia foi anunciada durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Washington, no início do mês. Portal Amazônia, com informações da Agência Brasil Em um pronunciamento do vice-presidente Geraldo Alckmin, nesta segunda-feira (27), foi revelado que os Estados Unidos (EUA) estão empenhados na arrecadação de recursos vultosos para o Fundo Amazônia, embora os norte-americanos ainda não tenham definido um valor a ser doado. As declarações foram dadas após reunião de Alckmin com o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, no Palácio Itamaraty, da qual participou também a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e de outros representantes do governo brasileiro e dos Estados Unidos. "O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que vai se empenhar junto ao governo, junto ao Congresso norte-americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia como também em outras cooperações", esclareceu Alckmin. Foto: Reprodução/ Getty Images O Fundo Amazônia tem o objetivo de financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma. O mecanismo de financiamento havia sido desativado no governo passado e foi reativado agora após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O fundo conta atualmente com R$ 5,4 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão já foram contratados e há 14 projetos do edital de 2018 qualificados para serem aprovados. Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro, na gestão de Jair Bolsonaro, apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do dinheiro. A intenção dos EUA de contribuir com o Fundo Amazônia, recentemente reativado pelo governo brasileiro, foi anunciada durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Washington, no início do mês. A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, disse neste mês que o valor a ser doado para o Fundo Amazônia ainda está sendo definido pelo governo e o Congresso norte-americanos. O motivo oficial para a vinda de John Kerry ao Brasil é dar andamento ao Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas Brasil-EUA, relançado oficialmente por Lula e Biden em 10 de fevereiro, e fazer avançar a cooperação entre os dois países na reversão do desmatamento da Amazônia. Entre outros temas, estão também o impulso às energias limpas e alternativas de renda para a população da região amazônica.
Fronteira emergente de desmatamento no Amazonas registra aumento de incêndios em 16 anos De acordo com o trabalho, cujo foco principal é o município de Boca do Acre (AM), a perda da vegetação por desmatamento tende a aumentar a ocorrência de queimadas, resultando em uma transformação da paisagem. Portal Amazônia, com informações da Agência FAPESP* Uma área de floresta amazônica equivalente a quase duas vezes o território de Luxemburgo (na Europa) foi devastada por fogo no sudoeste do Estado do Amazonas entre 2003 e 2019, incluindo trechos de nove municípios que aparecem entre os piores colocados em indicadores de desenvolvimento sustentável no Brasil. Essa zona também já vinha sendo pressionada pelo desmatamento. O processo se agrava com a extração ilegal de madeira e de outras atividades ligadas à agropecuária ao longo das duas rodovias que cortam o local. No período, os incêndios atingiram 4.141 quilômetros quadrados (km2) de floresta, sendo 3.999 km2 de vegetação nativa (primária). Ao destrinchar os dados por ano, a área afetada pelo fogo variou de 33 km2, em 2011, até o pico de 681 km2, em 2019. Além disso, um total de 6.484 km2 de pastagem e de plantio queimaram nesses 16 anos. Os dados são parte de estudo publicado na revista Fire por cientistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com instituições nacionais e internacionais.
Área desmatada e queimada no município de Lábrea, no Amazonas. Registro feito em 2021, durante pesquisa de campo. Foto: Reprodução/Acervo dos pesquisadores De acordo com o trabalho, cujo foco principal é o município de Boca do Acre (AM), a perda da vegetação por desmatamento tende a aumentar a ocorrência de queimadas, resultando em uma transformação da paisagem de floresta para trechos agrícolas e de pastagens, principalmente próximos às rodovias BR-317 e BR-364. Fatores temporais, como o agravamento da estação seca ou maior frequência de eventos extremos, também influenciaram, tornando propícia a propagação do fogo provocado pelo manejo humano. Normalmente, regiões previamente desmatadas funcionam como combustível para as queimadas devido ao acúmulo de matéria orgânica. Por outro lado, áreas protegidas, incluindo unidades de conservação e terras indígenas (TIs), funcionaram como uma espécie de barreira para conter a devastação da floresta. Entre 2003 e 2019, 1,3% delas foi queimado, ou seja, 189,13 km2, sendo a maior parte nas TIs Boca do Acre e Apurinã, próximas a rodovias e propriedades rurais. "Nosso trabalho identifica a extensão e as tendências de ocorrência de queimadas em relação às mudanças na cobertura do solo e do clima, apontando áreas prioritárias para preservação. Também analisamos como são suscetíveis ao fogo os trechos de florestas públicas não destinadas, que são terras do Estado brasileiro aguardando destinação e margeiam propriedades rurais. Isso é preocupante. Os novos desmatamentos estão cada vez mais próximos a áreas protegidas, deixando-as ainda mais vulneráveis", afirma a engenheira ambiental e sanitarista Débora Dutra, colaboradora do Cemaden. Ela é primeira autora do artigo e bolsista da FAPESP. Para a pesquisadora do Cemaden Liana Anderson, orientadora de Dutra, além de o estudo fornecer uma avaliação abrangente dos padrões das áreas queimadas, ele permite compreender o processo do fogo no local. "Essa região é chamada de a nova fronteira do desmatamento. Houve uma primeira onda, que foi engolindo a floresta a partir de Mato Grosso, e essa frente avançou. Agora vemos um pouco mais para cima, entrando no Estado do Amazonas. Essa área sofre pressões, mas, por outro lado, as unidades de conservação e terras indígenas têm servido como barreiras, enfatizando a importância delas para a manutenção da floresta e de sua sociobiodiversidade", completa. A pesquisa também recebeu apoio da FAPESP por meio de outros dois projetos (20/08916-8 e 20/15230-5).
A região O município de Boca do Acre e seu vizinho Lábrea são o terceiro e o segundo colocados, respectivamente, com os piores indicadores desenvolvimento sustentável entre as 5.570 cidades brasileiras, ficando atrás apenas de Santana do Araguaia, no Pará. Figuram ainda entre os líderes em desmatamento no Estado.
Para a pesquisa, os cientistas analisaram dados de Boca do Acre e um buffer de 25 km em torno dos limites do município, incluindo partes de Lábrea, Pauini, Acrelândia, Senador Guiomard, Porto Acre, Bujari, Sena Madureira e Manoel Urbano. Engloba sete TIs – Apurinã, Boca do Acre, Camicuã, Igarapé Capana, Inauiní/Teuiní, Peneri/Tacaquiri e Seruini/Mariene – e três unidades de conservação – Reserva Extrativista Arapixi, Mapiá-Inauiní e a Floresta Nacional do Purus.
Foram incluídas, além de dados e imagens de satélites, informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que fornece polígonos representando as propriedades rurais privadas no Brasil. Como na Amazônia é comum a invasão ilegal de terras públicas por grileiros, os pesquisadores fizeram ajustes para evitar a sobreposição de imóveis.
"Um dado muito interessante registrado nessa região é o rápido e contínuo crescimento de áreas afetadas pelo fogo dentro de florestas públicas não destinadas, principalmente a partir de 2012, com a aprovação do Código Florestal. No meu entendimento, existe uma inteligência agindo para identificar exatamente esses locais, que têm pouca ou menor governança, ficando bastante vulneráveis para serem focos de atividades seguramente ilegais, posto que são áreas atualmente aguardando destinação", diz Anderson. Uma das principais pesquisadoras brasileiras na área de impactos de extremos climáticos e incêndios na Amazônia, Anderson participou de outros trabalhos publicados no ano passado que trataram do tema.
Um deles, divulgado na revista Nature Ecology & Evolution, apontou que o acumulado de focos de calor na Amazônia brasileira em agosto e setembro de 2022 foi o maior desde 2010. Além do volume recorde, superior a 74 mil focos, o grupo verificou que a causa não resultou de seca extrema, como 12 anos antes, mas de ações humanas recentes de desmatamento (leia mais em: agencia.fapesp.br/40164/).
O uso descontrolado do fogo pelo homem também foi a principal influência, superando as secas, em queimadas registradas entre 2003 e 2020 em toda a Amazônia, englobando não só o trecho brasileiro, mas também os outros oito países em que há floresta. Em média, 32% das áreas queimadas anualmente no bioma foram em terras agrícolas (dominadas por pastagens), seguidas por campos naturais (29%) e áreas de florestas maduras (16%).
Ao avaliar o desmatamento e as anomalias de déficit hídrico, o primeiro fator contribuiu mais do que o segundo para os incêndios no período analisado (leia mais em: agencia.fapesp.br/39913/).
Futuro Maior e mais biodiversa floresta tropical do mundo, a Amazônia desempenha importante papel na regulação do clima global, incluindo os chamados "rios voadores" – curso de água invisível que circula pela atmosfera. As árvores da floresta fazem uma espécie de "reciclagem" por meio da evapotranspiração, ou seja, a água das chuvas que fica retida nas copas das árvores evapora e permanece na atmosfera em forma de umidade.
Porém, o desmatamento contribui com a alteração desse ciclo das chuvas, provocando a intensificação da estação seca em escala local e aumentando a extensão da vegetação nativa afetada por incêndios florestais. De acordo com as pesquisadoras, se o desmatamento não for contido, a perspectiva para os próximos anos é de aumento da área queimada na região.
O estudo destaca a importância da preservação de unidades de conservação, terras indígenas e vegetação nativa para frear a derrubada da floresta. Há a necessidade de incluir estimativas de risco de incêndio e impacto sob os climas atuais e projetados para o futuro em políticas públicas voltadas para a Amazônia para evitar a perda dos serviços ecossistêmicos.
"As discussões de políticas públicas voltadas para a região precisam incluir questões como o avanço de incêndios, atualizações de planos de manejo do fogo e a proteção às áreas de preservação", avalia Dutra.
O artigo Fire Dynamics in an Emerging Deforestation Frontier in Southwestern Amazonia, Brazil pode ser lido em: www.mdpi.com/2571-6255/6/1/2.
*Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui, assinado por Luciana Constantino.
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Brasil : Rondônia Não: Alexandre de Moraes manda soltar 102 presos após ataques do dia 8 de janeiro
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Enviado por alexandre em 28/02/2023 10:40:08 |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de 102 pessoas que foram presas por causa dos atos golpistas de 8 de janeiro que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Eles vão poder retornar para suas cidades de origem, mas vão ser monitorados por tornozeleira eletrônica. A TV Globo apurou que o ministro fixou uma série de medidas cautelares a serem cumpridas pelas pessoas que foram soltas: Veja também  Estações do metrô no Distrito Federal fecham após falhas na sinalização; ônibus estão lotados Número de mortos por chuvas no litoral norte de São Paulo no Carnaval atinge 65 recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana não poderão usar redes sociais passaportes cancelados porte de armas suspensos terão que se apresentar semanalmente à Justiça não podem se comunicar com outros investigados Os despachos do ministro Alexandre de Moraes estão sob sigilo. As medidas terão efeito imediato, servindo de alvará de soltura. Serão beneficiados presos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Ceará, Pernambuco e Bahia. Com isso, dos 1,4 mil presos entre os dias 8 e 9 de janeiro por causa dos atos, cerca de 800 continuam presos. Moraes tem decidido liberar presos com condutas consideradas menos graves. Essas decisões estão sob sigilo dentro de uma ação que transita na Corte sobre o tema. Nas decisões, somente aparecem as iniciais das pessoas que foram soltas. Esta não é a primeira vez que Alexandre de Moraes solta pessoas que foram presas após os ataques aos STF, ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional. Ele já havia liberado, após audiências de custódia, pessoas com enfermidades e também outros presos em decisões individuais. Fonte: G1 LEIA MAIS |
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Brasil : Anticoncepcional masculino já está em estudos e é muito promissor
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Enviado por alexandre em 28/02/2023 10:36:17 |
Os homens só tem duas opções para evitar uma gravidez indesejada: o uso de preservativos ou a vasectomia. Além disso, existem diversos tipos de pílulas anticoncepcionais — mas elas são tomadas pelas mulheres. Por serem baseadas nos hormônios, a maioria delas têm muitos efeitos colaterais e devem ser usadas continuamente. Essa situação pode mudar no futuro, com o desenvolvimento de um anticoncepcional para homens. Uma pesquisa publicado em fevereiro de 2023, na renomada revista Nature, traz resultados bastante promissores. O remédio não é hormonal e teria poucos efeitos colaterais, além de ser utilizado sob demanda, tomando uma pílula antes do ato. Veja também  Folie à Deux: entenda síndrome que dá nome ao novo filme do Coringa Soho: a tinta anti-xixi usada nas paredes do distrito de Londres REMÉDIO IMPEDE A MOVIMENTAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES Tudo começou quando os cientistas estavam estudando um remédio para uma doença rara nos olhos e descobriram que a substância também bloqueava uma enzima chamada adenilil ciclase solúvel (sAC, na sigla em inglês). Os homens que não produzem sAC são inférteis, já que a enzima é essencial para a movimentação dos espermatozoides até o óvulo. Sem essa enzima, os espermatozoides não são capazes de nadar. Logo, tornam-se inúteis. A partir daí, surgiu a ideia de testar a substância bloqueadora de sAC como anticoncepcional masculino. Nos testes com camundongos, uma única dose do remédio horas antes de acasalar impediu que eles engravidassem. Com o passar das horas, o efeito do remédio cessava — e, em 24 horas, todos estavam férteis novamente. Ou seja, o bloqueador de sAC poderia ser tomado um pouco antes do ato, sem qualquer efeito de longo prazo na fertilidade. Ele age rapidamente, sendo revertido com rapidez semelhante. E outro estudo, de 2019, aponta que o maior problema para homens sem essa enzima é um risco de desenvolver pedras no rim. Isso é muito diferente de outras drogas hormonais que estavam sendo testadas — ou mesmo daquelas que estão disponíveis para mulheres —, que demandam tratamento contínuo, levam muito mais tempo para fazer efeito e tem mais contraindicações. Também é bem diferente da vasectomia, que até pode ser revertida, porém é mais complicada. ANTICONCEPCIONAL MASCULINO AINDA VAI DEMORAR Os testes com camundongos foram muito promissores, mas o artigo na revista Nature explica que são apenas uma "prova-de-conceito": um primeiro teste em seres vivos, para provar que a ideia tem fundamento. Muitos outros testes são necessários: uma das próximas etapas é testar o remédio em coelhos, por exemplo. Os testes em humanos, se tudo der certo, devem ocorrer só em 2025. Além disso, os autores salientam que o remédio busca evitar somente a gravidez — portanto, o preservativo continua sendo importante para evitar ISTs. Fonte: Mega Curioso LEIA MAIS |
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Brasil : Tocantins é capaz de criar tilápias até dois meses mais rápido que os principais Estados produtores
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Enviado por alexandre em 27/02/2023 14:58:41 |
Estudo mostrou que condições climáticas do Tocantins acelera o ciclo produtivo da tilápia.
Portal Amazônia, com informação da Embrapa Amazônia Com condições edafoclimáticas ideais para a produção, o Tocantins apresenta potencial de produzir tilápia ( Oreochromis niloticus) com ciclos produtivos mais curtos em comparação a grandes Estados produtores. Além disso, o cultivo é economicamente viável. Essas foram algumas conclusões do primeiro estudo sobre viabilidade técnica e econômica desse peixe no Tocantins, realizado pela Embrapa Pesca e Aquicultura (TO).
Para a pesquisadora Flávia Tavares de Matos, responsável pelo estudo, as condições de clima, a qualidade e a quantidade de recursos hídricos disponíveis qualificam o estado para se tornar um dos protagonistas na produção de peixes em nível nacional.
A pesquisa verificou, por exemplo, que o ciclo de produção da tilápia no Tocantins é de um mês e meio a dois meses mais curto do que nos Estados de maior produção da espécie em tanques-rede do País, como São Paulo e Paraná. Isso porque nessas regiões o inverno é mais rigoroso, enquanto a temperatura média da água no Tocantins é de 29 graus Celsius durante todo o ano. Estudo mostrou que condições climáticas do Tocantins acelera o ciclo produtivo da tilápia. Foto: Jefferson Christofoletti De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins (Seagro), os quatro grandes reservatórios federais alocados no Rio Tocantins (São Salvador, Peixe Angical, Lajeado e Estreito) possuem a capacidade de suporte para produção aquícola em torno de 290 mil toneladas ao ano. "A produtividade de uma piscicultura está relacionada às condições edafoclimáticas da região e do ambiente de cultivo. Portanto, é imprescindível estudos de viabilidade técnica e de sustentabilidade de um sistema de produção nos três pilares: social, econômico e ambiental", detalha a chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz. A chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, Lícia Maria Lundstedt, frisa a importância do estudo para a região. "Além de superar os desafios inerentes à implantação da infraestrutura inédita no Tocantins, era de fundamental importância conhecer as respostas zootécnicas e os dados de viabilidade econômica do cultivo perante as condições edafoclimáticas específicas e particulares do estado". Reservatório de Lajeado O Estado possui o reservatório de Lajeado que é a fio d'água, ou seja, não possui tanta variação de nível, diferentemente do que ocorre com reservatórios de regulação, nos quais são abertas e fechadas as comportas para regular a água dos outros reservatórios que estão em cascata. Em alguns desses reservatórios de acumulação, a diferença do nível da água na estiagem em relação ao período das águas é tão significativa que grande parte da área inundada se torna seca durante meses. Por isso, para a prática da aquicultura, deve-se evitar que os tanques permaneçam nesses locais. A pesquisa ainda comprovou que a qualidade da água é excelente, com alta taxa de renovação, ocorrendo a cada 25 dias. Outros reservatórios chegam a levar cerca de um ano para serem completamente renovados. Lajeado também tem a vantagem de não ser tão profundo, apresenta média de dez metros. Reservatórios com maior profundidade têm mais chances de apresentar camadas com diferentes temperaturas ao longo da coluna d'água, fenômeno chamado de estratificação térmica. Essa condição pode levar à inversão térmica, quando a camada superficial da água é rapidamente esfriada e afunda, fazendo com que a água do fundo, de pior qualidade, ocupe seu lugar, podendo levar à mortandade em massa dos peixes Reservatório de Lajeado. Foto: Manoel Pedroza Temperatura favorável Com o clima quente, a temperatura média anual da água no reservatório do Lajeado (Lago de Palmas) é de 29 graus Celsius – condição ideal para a produção, perfeita para o metabolismo do peixe, para o melhor aproveitamento dos nutrientes e diminuição da conversão alimentar. A tilápia possui uma faixa ótima de temperatura da água que influencia diretamente na alimentação da espécie. Entre 27 e 31 graus é considerada a temperatura ideal para a alimentação do peixe. Abaixo ou acima dessa faixa, a ração fornecida precisa ser reduzida em cerca de 30%, porque o peixe passa a se alimentar menos. A pesquisadora informa que grupos empresariais nacionais e estrangeiros têm procurado a região para estudos de implantação de tilapicultura contemplando vários elos da cadeia produtiva. Recentemente, a multinacional GenoMar Genetics, com sede na Alemanha, inaugurou o seu Centro de Reprodução e Melhoramento Genético de Tilápia, instalado no município tocantinense de Monte do Carmo. Avanço na pesquisa Segundo Flávia Tavares, ainda há muito a ser estudado sobre os reservatórios do Tocantins. "É importante conhecermos melhor as características e os parâmetros de qualidade da água do reservatório. Precisamos saber, por exemplo, se a água piora quando chove, se vai influenciar no desempenho do peixe, a melhor época para povoar, quantos ciclos de tilápia vai ter etc.", enumera. |
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Brasil : Romana Didulo: a 'rainha' do Canadá que manda matar migrantes
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Enviado por alexandre em 27/02/2023 14:53:48 |
Ela é chamada de “rainha do Canadá”, não porque evoca algum tipo de majestade, mas porque seus seguidores e teóricos da conspiração realmente acreditam que ela seja. Ainda assim, Romana Didulo não possui nenhum título acompanhando seu nome, apenas o legado torpe da realeza de querer a destruição do que considera minoria e escória. Em um trailer coberto por uma bandeira canadense, a mulher viaja pelo país em uma comitiva, cumprimentando apoiadores em cidades pequenas por onde passa, enquanto os convoca para executar profissionais de saúde e políticos que apoiam, por exemplo, as campanhas de vacinação em massa, como aconteceu no apogeu da pandemia da COVID-19. Didulo possui mais de 60 mil seguidores em suas redes sociais, em que se autodenomina "Rainha do Canadá". Ela é considerada um ícone, líder de um movimento marginal associado ao Q-Anon, uma teoria da conspiração criada pela extrema-direita norte-americana que alega a existência de uma cabala secreta formada por adoradores de Satanás, pedófilos e até canibais. Veja também  4 corações reais em exposição no mundo Cogumelo-Juba-de-Leão pode ajudar portadores de doenças neurodegenerativas Didulo reivindicou a soberania sobre o Canadá, ganhando popularidade em meio à erosão da confiança nas instituições democráticas e civis do país. Para as autoridades policiais e de segurança nacional, Romana Didulo representa a ameaça de que teóricos da conspiração conseguem infligir muitos danos no mundo real.  UM PROBLEMA CRESCENTE  Em agosto de 2022, Didulo ganhou as manchetes nacionais depois que seus seguidores tentaram prender um departamento inteiro de policiais em Peterborough, uma cidade de Ontário a quase 300 km a sudoeste de Ottawa, despertando um alerta máximo nas autoridades sobre o poder e influência desses grupos ideológicos online que crescem a cada dia. Sob influência dela, como se fosse sob o mesmo efeito que Wiliam Miller causou em 1844, as pessoas pararam de pagar suas contas e hipotecas, acabando despejadas e desempregadas. E como se essa arquitetação não fosse o suficiente, Didulo foi mais longe, encorajando-as a atirar em migrantes. A líder alegou que enfrenta uma guerra contra o Estado paralelo, emitindo um aviso a seus seguidores, em 6 de fevereiro de 2022, sobre caravanas de migrantes da América do Sul atravessando as fronteiras do Canadá. Didulo implorou aos seus seguidores para "agirem por conta própria" se encontrassem algumas dessas pessoas insistindo em cruzar a fronteira para o "Reino do Canadá".  Por meio de mensagens em grupos do Telegram, Didulo observou que os migrantes são pagos pelos Cabals do Estado paralelo para criarem o caos e desestabilizar o reino, como aconteceu com a União Europeia. Apesar de alguns poucos terem se inclinado para a violência proposta, ficaram satisfeitos com o aval para tal e por Didulo proteger o país deles. “Fico feliz em aceitar um emprego na fronteira, atirando em ilegais”, escreveu um de seus seguidores em resposta. “Homens, mulheres ou crianças, eu atiraria em todos”, observou. O ROSTO POR TRÁS DA LOUCURA  É, no mínimo, irônico o ódio de Didulo por migrantes, visto que ela imigrou das Filipinas para o Canadá quando tinha apenas 15 anos, após se tornar órfã. Em meados de 2007, ela montou uma empresa de recrutamento e consultoria de engenharia e uma consultoria de saúde – ambas com sucesso limitado. Demorou até 2021 para que Didulo fundasse seu próprio partido político nacionalista, o Canada1st, com a promessa de acabar com a "escravização" dos canadenses e retirar o país das alianças internacionais. Engana-se quem imagina que Didulo não fatura nada com sua ideologia. Há mais de um ano em turnê por pequenas cidades do Canadá em um comboio de trailers, flanqueada por seus assessores pessoais, a mulher extraiu milhares de dólares de seus discípulos. Nem mesmo aqueles que trabalham com ela escaparam de suas falcatruas. Seguidores antigos alegaram abusos nas mãos de sua líder, como o uso de suas contas bancárias, ameaças de morte, privação do sono e alimentação precária.  Fotos: Reprodução Essa conduta violenta é o cerne do verdadeiro culto que Didulo criou. Diariamente, seus seguidores pedem execuções de figuras políticas, jornalistas ou outros inimigos, comemorando aqueles que Didulo os convenceu de que ela executou, como o presidente Joe Biden. Essa alucinação é a mesma que sustenta a ideia de que a Rainha Elizabeth II foi executada por crimes contra a humanidade em 2022, e de que tropas aliadas globais e seus governos ajudaram a instalar Didulo como soberana do "Grande Branco Norte", outra maneira para se referirem ao Canadá. Além disso, ela concorda com teorias da conspiração como o movimento dos cidadãos soberanos, uma crença infundada de que políticos norte-americanos fazem parte de uma cabala de tráfico de crianças, e a alegação de que alienígenas visitaram o planeta há 300 mil anos. O que mais assusta em meio a tudo isso, porém, é o mínimo crédito que as autoridades dão à capacidade desse tipo de grupo sob a desculpa de que dar atenção seria o mesmo que estender uma lona sobre um circo. Fonte: Mega Curioso LEIA MAIS
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