As limitações tecnológicas da região são por demais conhecidas. Os cientistas estão motivados para promover esta mudança e ela é possível. A Embrapa, por exemplo, foi protagonista de três revoluções tecnológicas, como a produção de agroenergia, a viabilização da agricultura nos cerrados e a domesticação de plantas amazônicas (seringueira, guaraná, cupuaçu, castanha do pará, açaí, bacuri, etc.). Ao mesmo tempo, a engenharia nacional domina a exploração de petróleo em alto-mar e a fabricação de aviões regionais, que são exemplos da capacidade nacional de promover uma revolução tecnológica na Amazônia, desenvolvendo uma agricultura tropical com sua flora e fauna. Na Amazônia Legal, 83% das propriedades são de pequenos produtores, dos quais metade encontram-se em razoáveis condições de vida. O desafio está em encontrar oportunidades produtivas para outra metade, representada pelos colonos assentados, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e populações tradicionais que apresentam baixo padrão de vida.
Estas são algumas das conclusões a que chegou o pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental, em seu estudo “Construindo a Terceira Natureza na Amazônia”. O desafio, segundo ele, relaciona-se às tecnologias agrícolas e ambientais que precisam ser desenvolvidas nos próprios locais para integrar o conhecimento local com a capacidade tecnológica de nosso País. A falta dessa integração reflete-se na redução dos recursos naturais, na importação de alimentos e na geração de emprego e renda. Homma defende a tese de que as alternativas agrícolas mais sustentáveis para a região amazônica dependem do estabelecimento de um novo padrão tecnológico.
Para isso, “é necessário efetuar um grande esforço de ampliação da fronteira do conhecimento científico e tecnológico, com resultados para os pequenos, médios e grandes produtores. O atual sistema de financiamento de pesquisa e de avaliação dos pesquisadores tem prejudicado a pesquisa agrícola por exigir longo tempo. A redução dos impactos ambientais e a geração de emprego e de renda vão depender da mudança das propostas usuais, como extrativismo vegetal, venda de créditos de carbono e atividades tradicionais, defendidas pelas organizações não governamentais e entidades externas. Aproveitar as áreas desmatadas com atividades produtivas mais adequadas é mais importante para o conjunto da população do que o retorno à floresta”.
Esta mesma solução, aponta o estudo, “precisa ser encontrada para os problemas ambientais e agrícolas na Amazônia, com a criação de alternativas tecnológicas e econômicas em vez da criação de mercados difusos ou artificiais, como a venda de créditos de carbono. A população precisa de alimentos e matérias-primas com menor dano ambiental. A Amazônia Legal concentra mais de 104 milhões de bovinos (44,51%) do país, em 2022, sendo que Mato Grosso tem o maior rebanho estadual (14,61%), o Pará o segundo (10,57%) e Rondônia o sexto (7,55%). Em termos de rebanho bubalino, a Amazônia Legal concentra 75,25% do efetivo nacional estimado em 1.598 mil reses, destacando-se os estados do Pará e do Amapá, salienta o pesquisador”.
O estudo conclui afirmando que “a Amazônia precisa aumentar sua produtividade agrícola para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, promover a domesticação de plantas potenciais e substituir importações (interna e externa) de produtos tropicais (borracha, dendê, café, cacau, açúcar, arroz, leite, aves, ovos, hortaliças, etc.) e incentivos à recuperação de áreas que não deveriam ter sido desmatadas. Os problemas ambientais na Amazônia não são independentes, mas conectados a outras partes do País e do mundo e sua solução vai depender da utilização parcial da Segunda Natureza e de um forte aparato de pesquisa científica e de extensão rural”.
As análises de Homma conduzem a uma constatação óbvia, ou seja, a “necessidade de se construir o futuro da Amazônia em um cenário sem desmatamento ilegal e queimadas, independentemente de pressões externas, gerando alternativas tecnológicas e econômicas em relação ao uso de recursos da flora e da fauna sobre os quais impõe-se concentrar ações de planejamento econômico e agroflorestal. Espera-se que a realização da COP 30 venha a se tornar um marco decisivo para a Amazônia, não como um torniquete para as atividades produtivas, mas a partir de uma agricultura tropical mais sustentável para a região, que tem potencial real de resgatar mais de 11.300.000 brasileiros amazônidas da sua atual condição de pobreza, salienta o estudo.
O documento projeta, por fim, que a COP 30, que se realiza em novembro deste ano em Belém, PA, possa se tornar um marco decisivo para a Amazônia, “não como um torniquete para as atividades produtivas, mas que é possível uma agricultura tropical mais sustentável para a região a qual tem potencial real de resgatar mais de 11.300.000 brasileiros amazônidas da sua atual condição de pobreza”.(Osíris M. Araújo da Silva é Economista, Consultor de Empresas, Escritor e Poeta – osirisasilva@gmail.com) – Manaus, 3 de fevereiro de 2025
A distribuição da riqueza global é marcada por uma profunda desigualdade. Aproximadamente 1% da população adulta mundial detém 48% de toda a riqueza, enquanto os 53% mais pobres possuem apenas 1,1% do total. A classe média global, representando 12% da população, controla 38% da riqueza, e os 34% classificados como pobres detêm 13%.
Analisando por percentual, o 1% mais rico, cerca de 79 milhões de pessoas, possui 38% da riqueza global, com um patrimônio médio de US$ 2,2 milhões por indivíduo. Os 9% seguintes, ou classe média alta, somam 711 milhões de pessoas e detêm outros 38% da riqueza, com uma média de US$ 247.236 per capita. Os 40% subsequentes, considerados pobres, abrangem 3,2 bilhões de pessoas que possuem 22% da riqueza, resultando em aproximadamente US$ 32.186 por pessoa. Os 50% mais pobres, totalizando 4 bilhões de indivíduos, possuem apenas 1,8% da riqueza mundial, equivalente a US$ 2.112 por pessoa.
Observando a evolução temporal, desde 2014, os milionários ultrapassaram a classe média em termos de participação na riqueza global. A parcela de riqueza dos 50% mais pobres tem diminuído continuamente desde 2010, permanecendo abaixo de 5%.
No Brasil, a concentração de riqueza é ainda mais acentuada. O 1% mais rico, aproximadamente 2,1 milhões de pessoas, detém 49% da riqueza nacional, com um patrimônio médio de R$ 3,8 milhões por indivíduo. Os 9% seguintes representam 19,2 milhões de pessoas e possuem 31% da riqueza, com uma média de R$ 267.913 per capita. Os 40% classificados como pobres, cerca de 85,3 milhões de brasileiros, detêm 21% da riqueza nacional, resultando em R$ 40.083 por pessoa. Os 50% mais pobres, totalizando 106,7 milhões de pessoas, possuem uma riqueza negativa de R$ 70 bilhões, indicando que suas dívidas superam seus ativos, com uma média de R$ -655 por indivíduo.
Comparando a distribuição de riqueza entre o Brasil e o mundo, observa-se que os ricos brasileiros são proporcionalmente mais poderosos em relação às outras classes sociais do que seus equivalentes globais. Enquanto no Brasil o 1% mais rico detém 49% da riqueza nacional, no mundo essa faixa possui 38% da riqueza total. Em termos de riqueza per capita, todas as classes sociais no cenário global possuem mais riqueza do que seus pares brasileiros. Por exemplo, o rico médio mundial possui US$ 2.249.767, enquanto seu equivalente brasileiro possui US$ 763.291.
Esses dados evidenciam a necessidade de políticas públicas que promovam uma distribuição de riqueza mais equitativa, tanto no Brasil quanto no cenário global. A concentração extrema de riqueza em uma pequena parcela da população contrasta com a realidade de bilhões de pessoas que possuem pouco ou nenhum patrimônio, muitas vezes acumulando dívidas.
A desigualdade na distribuição de riqueza tem implicações significativas para o desenvolvimento econômico e social. Altos níveis de concentração de riqueza podem levar a disparidades no acesso a oportunidades, educação e serviços básicos, perpetuando ciclos de pobreza e limitando o crescimento econômico inclusivo.
Abordar essas desigualdades requer uma combinação de políticas fiscais progressivas, investimentos em educação e saúde, e medidas que promovam a inclusão financeira e econômica das populações mais vulneráveis. Somente através de esforços coordenados e sustentados será possível construir sociedades mais justas e prósperas.
As limitações tecnológicas da região são por demais conhecidas. Os cientistas estão motivados para promover esta mudança e ela é possível. A Embrapa, por exemplo, foi protagonista de três revoluções tecnológicas, como a produção de agroenergia, a viabilização da agricultura nos cerrados e a domesticação de plantas amazônicas (seringueira, guaraná, cupuaçu, castanha do pará, açaí, bacuri, etc.). Ao mesmo tempo, a engenharia nacional domina a exploração de petróleo em alto-mar e a fabricação de aviões regionais, que são exemplos da capacidade nacional de promover uma revolução tecnológica na Amazônia, desenvolvendo uma agricultura tropical com sua flora e fauna. Na Amazônia Legal, 83% das propriedades são de pequenos produtores, dos quais metade encontram-se em razoáveis condições de vida. O desafio está em encontrar oportunidades produtivas para outra metade, representada pelos colonos assentados, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e populações tradicionais que apresentam baixo padrão de vida.
Estas são algumas das conclusões a que chegou o pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental, em seu estudo “Construindo a Terceira Natureza na Amazônia”. O desafio, segundo ele, relaciona-se às tecnologias agrícolas e ambientais que precisam ser desenvolvidas nos próprios locais para integrar o conhecimento local com a capacidade tecnológica de nosso País. A falta dessa integração reflete-se na redução dos recursos naturais, na importação de alimentos e na geração de emprego e renda. Homma defende a tese de que as alternativas agrícolas mais sustentáveis para a região amazônica dependem do estabelecimento de um novo padrão tecnológico.
Para isso, “é necessário efetuar um grande esforço de ampliação da fronteira do conhecimento científico e tecnológico, com resultados para os pequenos, médios e grandes produtores. O atual sistema de financiamento de pesquisa e de avaliação dos pesquisadores tem prejudicado a pesquisa agrícola por exigir longo tempo. A redução dos impactos ambientais e a geração de emprego e de renda vão depender da mudança das propostas usuais, como extrativismo vegetal, venda de créditos de carbono e atividades tradicionais, defendidas pelas organizações não governamentais e entidades externas. Aproveitar as áreas desmatadas com atividades produtivas mais adequadas é mais importante para o conjunto da população do que o retorno à floresta”.
Esta mesma solução, aponta o estudo, “precisa ser encontrada para os problemas ambientais e agrícolas na Amazônia, com a criação de alternativas tecnológicas e econômicas em vez da criação de mercados difusos ou artificiais, como a venda de créditos de carbono. A população precisa de alimentos e matérias-primas com menor dano ambiental. A Amazônia Legal concentra mais de 104 milhões de bovinos (44,51%) do país, em 2022, sendo que Mato Grosso tem o maior rebanho estadual (14,61%), o Pará o segundo (10,57%) e Rondônia o sexto (7,55%). Em termos de rebanho bubalino, a Amazônia Legal concentra 75,25% do efetivo nacional estimado em 1.598 mil reses, destacando-se os estados do Pará e do Amapá, salienta o pesquisador”.
O estudo conclui afirmando que “a Amazônia precisa aumentar sua produtividade agrícola para reduzir a pressão sobre os recursos naturais, promover a domesticação de plantas potenciais e substituir importações (interna e externa) de produtos tropicais (borracha, dendê, café, cacau, açúcar, arroz, leite, aves, ovos, hortaliças, etc.) e incentivos à recuperação de áreas que não deveriam ter sido desmatadas. Os problemas ambientais na Amazônia não são independentes, mas conectados a outras partes do País e do mundo e sua solução vai depender da utilização parcial da Segunda Natureza e de um forte aparato de pesquisa científica e de extensão rural”.
As análises de Homma conduzem a uma constatação óbvia, ou seja, a “necessidade de se construir o futuro da Amazônia em um cenário sem desmatamento ilegal e queimadas, independentemente de pressões externas, gerando alternativas tecnológicas e econômicas em relação ao uso de recursos da flora e da fauna sobre os quais impõe-se concentrar ações de planejamento econômico e agroflorestal. Espera-se que a realização da COP 30 venha a se tornar um marco decisivo para a Amazônia, não como um torniquete para as atividades produtivas, mas a partir de uma agricultura tropical mais sustentável para a região, que tem potencial real de resgatar mais de 11.300.000 brasileiros amazônidas da sua atual condição de pobreza, salienta o estudo.
O documento projeta, por fim, que a COP 30, que se realiza em novembro deste ano em Belém, PA, possa se tornar um marco decisivo para a Amazônia, “não como um torniquete para as atividades produtivas, mas que é possível uma agricultura tropical mais sustentável para a região a qual tem potencial real de resgatar mais de 11.300.000 brasileiros amazônidas da sua atual condição de pobreza”.
Sobre o autor
Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).
A organização alerta que o garimpo permanece ativo e descontrolado no Rio Madeira, denunciou a Greenpeace.
Cento e sessenta e cinco dias após a maior operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, localizado no Estado do Amazonas, novos registros mostram a retomada das atividades ilegais. Nesta segunda-feira, 3, a Organização Não governamental (ONG) Greenpeace alertou sobre o retorno do garimpo em janeiro deste ano e revelou que cerca de 130 balsas estão posicionadas ao longo de um dos maiores afluentes do Rio Amazonas.
As atividades ilegais são confirmadas por meio alertas emitidos a partir de diferentes pontos do Rio Madeira, entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá, localizados a 227 e 590 quilômetros de Manaus, respectivamente. O monitoramento foi realizado entre 10 e 22 de janeiro deste ano.
“A organização alerta que o garimpo permanece ativo e descontrolado no Rio Madeira”, denunciou a Greenpeace.De acordo com a ONG, sete alertas indicaram que há balsas em fase de operação na região. Outros cinco se referiam às balsas em deslocamento rumo à áreas de atividade ilegal. As imagens foram captadas por um sistema de monitoramento remoto desenvolvido pelo próprio Greenpeace Brasil, que usou imagens do radar SAR, via satélite, Sentinel 1. A tecnologia é eficaz para áreas com alta cobertura de nuvens, característica da Amazônia.
A Greenpeace também afirmou que o Rio Madeira enfrenta uma epidemia de exploração ilegal de ouro. As atividades ilegais são impulsionadas por garimpos que usam as balsas para dragar os sedimentos do fundo do rio. A medida destrói o leito, contamina as águas e afeta comunidades ribeirinhas que moram na região e dependem do rio para o sustento.
“A destruição causada pelo garimpo é sustentada por uma cadeia criminosa que opera com total impunidade. É urgente que o governo brasileiro adote políticas integradas que unam tecnologia, fiscalização eficiente e alternativas econômicas sustentáveis para proteger nossos rios e populações”,
afirma Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil.Em agosto do ano passado, vários órgãos federais deflagraram uma operação contra o garimpo ilegal na calha do Rio Madeira, no Amazonas. As ações foram coordenadas pela Polícia Federal (PF) e contou com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, a operação destruiu cerca de 460 balsas usadas o garimpo ilegal.
Na época, o Ministério dos Povos Indígenas afirmou que a ação conjunta identificou que os garimpeiros estavam obrigando os indígenas a realizarem trabalhos análogos à escravidão em uma das terras indígenas da região. “Em outras, os agentes federais verificaram que os criminosos pagavam quantias irrisórias para que as comunidades permitissem o garimpo”, disse a pasta, por meio de nota.
Fotos: Reprodução
Após a operação, a PF buscaria chegar aos financiadores do garimpo, com o avanço das investigações sobre os crimes ambientais cometidos na região, mas, até o momento, não houve outras fases de operações policiais mirando o braço financeiro dos delitos. “A atuação do garimpo polui as águas do rio e provoca danos ambientais, resultando em um impacto direto na saúde e na segurança alimentar das comunidades indígenas da região”, disse o MPI em nota.
A CENARIUM solicitou nota da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas para pedir esclarecimentos sobre o planejamento de novas operações para coibir crimes ambientais na região do Rio Madeira. A reportagem também procurou o Ibama para obter informações sobre ações que seriam desenvolvidas após a retomada do garimpo ilegal. Até o momento não houve retorno.
No ano em que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia aborda a cultura oceânica, a importância dos oceanos para a humanidade ganha destaque no Brasil
Em 2025, ano que marca o ponto médio da Década do Oceano (2021-2030), a cultura oceânica foi escolhida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como tema da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que deve ocorrer entre outubro e novembro, colocando os ecossistemas marinho e costeiro no centro dos debates por todo o país.
O anúncio foi feito pela ministra Luciana Santos e pela diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, Juana Nunes, ainda durante a 21ª SNCT, que ocorreu em Brasília entre os dias 5 e 10 de novembro de 2024. Tatiana Mazzo, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que atua em projetos de extensão voltados à cultura oceânica desde 2015, estava entre os participantes do evento e comemorou o anúncio: “Nós ficamos muito felizes!
O oceano regula o clima, influencia em todas as águas, é bioeconomia, é agronegócio… as pessoas ainda não enxergam isso e acham que é um tema restrito, mas pelo contrário: é extremamente amplo! Será uma ótima oportunidade para o Brasil entender essa conexão”.
A essência da cultura oceânica é, justamente, a compreensão tanto da influência do oceano sobre a sociedade, quanto das consequências das ações humanas para os ecossistemas marinho e costeiro. Norteada por sete princípios básicos, ela aborda principalmente os aspectos socioambientais, mas também culturais e emocionais da relação entre a humanidade e o mar.
O Maré de Ciência, programa de extensão da UNIFESP – Campus da Baixada Santista, é um dos principais agentes de propagação da cultura oceânica no Brasil. O programa surgiu em 2018 como um projeto de letramento científico e ciência cidadã voltado às crianças atendidas pelo Instituto Arte no Dique, localizado na Vila Gilda em Santos – SP. Com o passar dos anos, a ação pontual se tornou um programa amplo que hoje engloba diversos projetos de educação e conscientização.